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Contabilidade Tributária 
 
1. Contabilidade: Tributária x Societária 
O Direito e a Contabilidade são ciências que andam juntas e complementam-se, há muitos 
anos, acompanhando a evolução das sociedades. 
O direito é a ciência que estuda as normas obrigatórias que disciplinam as relações dos 
homens em sociedade, existindo para tanto diversas jurisprudência, ou seja, um conjunto de 
normas jurídicas vigentes em um país. 
Já contabilidade é a ciência que estuda e prática as atividades de orientação, controle e registo 
dos atos e fatos financeiros e econômicos, a partir da definição dada pelo professor Francisco 
D’Auria. Utiliza-se desta ciência como ferramenta para gerenciar a evolução do patrimônio de 
uma das entidades e, tem como principal objetivo prestar informações de qualidade e que 
representam a realidade econômica da entidade para os usuários destas informações: usuários 
internos e externos. 
Exemplo de um usuário externo, muito conhecido entre outros tantos interessados nas 
informações contábeis, é o governo, que possui interesse nas informações contábeis das 
empresas com a intenção de arrecadação de tributos. 
O Objetivo da contabilidade tributária é apurar com exatidão o resultado econômico do 
exercício social para aplicar de forma de acordo com as exigências legais a tributação sobre o 
lucro. 
O Direito Tributário disciplina uma relação jurídica entre um sujeito ativo (o fisco) e um 
sujeito passivo (o contribuinte), envolvendo uma prestação (tributo). O Direito Tributário 
existe para delimitar o poder de tributar, sua finalidade não é a arrecadação de tributos, 
porque este sempre aconteceu, e acontece, independente da existência do Direito Tributário. 
 
1.1 Conceito de Legislação Tributária 
No artigo 96 do Código Tributário Nacional – CTN (Lei 5.172/66) menciona o conceito de 
legislação tributária: 
“Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as 
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no 
todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.” 
A partir do conceito acima é possível entender que existem leis que tratam em especial dos 
tributos e as relações jurídicas pertinentes. 
De acordo com o artigo 97 da CTN somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 
39, 57 e 65; 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o 
disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus 
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de 
dispensa ou redução de penalidades. 
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que 
importe em torná-lo mais oneroso. 
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste 
artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
O artigo 100 define o que são as normas complementares: 
São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e 
dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a 
lei atribua eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. 
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição 
de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da 
base de cálculo do tributo. 
 
 
 
 
1.2 Tributos: Conceito 
O Código Tributário Nacional conceitua tributo no artigo 3º : 
“ tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
 
Para melhor compreender as definições de tributo, seguem as explicações pertinentes: 
� Prestação pecuniária: quer dizer que o tributo deve ser pago em moeda corrente, 
inexistindo pagamento in natura ou in labore, ou seja, não poderá ser pago em bens 
ou em trabalho/prestação de serviços; 
� Compulsória: é uma obrigação independente da vontade do contribuinte; 
� Em moeda ou cujo valor se possa exprimir: os tributos são expressos em moeda 
corrente ou por meio de indexadores; 
� Que não constitua sanção de ato ilícito: as penalidades pecuniárias ou multas não se 
incluem no conceito tributo, assim o pagamento do tributo não decorre de infração de 
determinada norma ou descumprimento lei; 
� Instituída por lei: existirá a obrigação do pagamento de tributo se uma norma jurídica 
com força de lei estabelecer tal obrigação; 
� Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade 
não possui liberdade para escolher a melhor oportunidade cobrar o tributo; a lei já 
estabelece todos os passos a serem tomados. 
A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação. 
 
1.3 Classificação dos Tributos 
 
No que se refere às espécies de tributos, o Sistema Tributário Nacional está estruturado de 
forma a permitir ao Estado a cobrança de: 
� Impostos; 
� Taxas; 
� Contribuições de melhoria; 
� Contribuições especiais. 
Já no que diz respeito a sua vinculação com a atividade estatal, os tributos podem ser 
classificados em: 
Além disso, os tributos podem ser criados e utilizados com funções não arrecadatórias, 
sobretudo de intervenção na economia, sendo classificados, quanto as suas finalidades em: 
Tributos fiscais: possuem função meramente arrecadatória, visando ao 
- Vinculados, quando o Estado oferece uma contraprestação de imediatoao contribuinte; e 
- Não vinculados, quando a arrecadação do tributo não depende dequalquer contrapartida do 
Estado em favor do contribuinte. 
� financiamento das atividades do Estado para garantir o aporte de recursos necessários 
ao exercício de suas atividades. Ex.: Imposto de Renda; 
� Tributos parafiscais: possuem função meramente arrecadatória; contudo, a receita 
arrecadada destina-se ao cumprimento de funções paralelas às funções típicas do 
Estado. Ex.: contribuições previdenciárias; 
� Tributos extrafiscais: não são instituídos com função arrecadatória, mas para que o 
Estado cumpra a função de controle da economia. Ex.: Imposto sobre Importação; 
Imposto sobre Exportação; Imposto sobre Produtos Industrializados; etc. 
Taxas (CTN, art. 77): são vinculadas à atividade do Estado. É o tributo que tem como fato 
gerador o exercício de poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Ex.: Taxa de Coleta 
de Lixo; Taxa de Emissão de Documentos; Taxa de Conservação e Limpeza Pública; Taxa de 
Fiscalização de Estabelecimentos; etc. 
Contribuição de Melhoria (CTN, art. 81): tributo instituído para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa incorrida e 
como limite individual o acréscimo do valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
Pode-se afirmar que a Contribuição de Melhoria difere-se da Taxa porque esta está 
relacionada ao “serviço público” enquanto a Contribuição de Melhoria diz respeito à “obra 
pública”. 
Contribuições Especiais: são instituídaspela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
para fazer face aos investimentos em determinado setor (ex.: social), tais como as 
contribuições: 
� À seguridade social (CF, art. 195, 201 a 204); 
� Social do salário-educação (CF, art. 212, § 5o); 
� Para o Programa de Integração Social –PIS; 
� Para o Programa de Formação do Patrimônio Público – PASEP (CF,art. 
239); 
� Para o Fundo de Investimento Social – COFINS. 
 
Impostos (CTN, art. 16): é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Possui caráter 
geral, ou seja, se destina a cobrir as necessidades públicas gerais. 
Os impostos se distinguem entre si pelos respectivos “fatos geradores” e com base nessa 
distinção são atribuídos às diversas entidades em que se divide o Poder Político (Municipal, 
Estadual e Federal): 
� Sobre o comércio exterior; 
� Sobre o patrimônio e a renda; 
� Sobre a produção e a circulação; 
� Impostos especiais. 
 Os impostos também podem ser segregados em diretos e indiretos: 
 Indiretos: 
- São os tributos cujo ônus da contribuição os contribuintes podem transferir, total ou 
parcialmente, para terceiros; 
- Os impostos indiretos são pagos pelo comprador, a empresa é somente a intermediária do 
imposto; 
- Neste caso existe a figura do contribuinte de fato (aquele que efetivamente está pagando o 
imposto ( consumidor)) e de direito (aquele que a lei determina que é o apurador, arrecadador 
(intermediário)). O ônus não é do contribuinte de direito. 
Ex.: IPI e ICMS, que são cobrados pelo fisco do Produtor-Vendedor (contribuinte de fato) 
que emite a nota fiscal, e cujo custo é transferido ao comprador de mercadoria (contribuinte 
de direito). 
Diretos: 
- São tributos cujos contribuintes são os mesmos indivíduos que arcam com o ônus da 
respectiva contribuição; 
- O ônus é exclusivamente do contribuinte (o contribuinte de fato é o de direito). Ex.: IR, 
Imposto sobre Importação (II), Imposto sobre Exportação (IEx), Imposto Territorial Rural 
(ITR), Imposto Transmissão Inter vivos (ITBI), Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), 
Imposto Propriedade Veículos Automotivos (IPVA), etc.). 
 
Em relação à incidência, os tributos podem ser divididos em: 
 
RENDA- são os tributos cobrados sobre o produto do capital, do trabalho e da combinação de 
ambos. IRPJ-CSLL da PJ e IRRF da PF; 
 
PATRIMÔNIO – são os tributos cobrados sobre os patrimônios das pessoas jurídicas e físicas. Ex; 
IPVA, IPTU e ITBI; 
 
CONSUMO - são os tributos cobrados incidentes sobre a cadeia produtiva. EX: IPI – PIS e COFINS 
– CIDE – II – IOF – ICMS e ISS; 
 
ENCARGOS SOCIAIS - são os tributos cobrados sobre a folha de pagamento. EX: INSS, SESC, 
SENAC, salário educação, FGTS, entre outros. 
 
 
Com relação à sua cumulatividade os impostos podem ser segregados em: 
 
Cumulativos: incidem em todas as etapas intermediárias dos processos produtivo e/ou de 
comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto anteriormente pago, 
da origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em conseqüência, 
na fixação de seu preço de venda. 
Ex.: ISS: A cumulatividade ocorre quando o serviço é prestado para outra empresa também 
prestadora de serviço. Assim, se uma empresa de construção civil constrói ou reforma um 
hospital, ou se uma empresa de decoração decora um hotel, o usuário do serviço arca com o 
ônus do imposto constante da fatura. Não há permissão para o aproveitamento do imposto e 
para o abatimento do ISS devido pelo hospital ou pelo hotel. 
Não-Cumulativos: compensa-se o que é devido em cada operação com o montante cobrado 
nas operações anteriores. Não incide sobre o mesmo imposto/tributo pago/recolhido na etapa 
anterior. 
Ex: IPI e ICMS. 
 
1.4 Tributos Federais, Estaduais e Municipais. 
A Constituição Federal estabelece os níveis de governo e a competência de estabelecer os 
tributos: 
� União (CF, art. 153 e 154); 
� Estado e Distrito Federal (CF, art. 155); 
� Municípios (CF, art. 156) 
União Estados e DF Municípios 
Impostos sobre: 
- Importação de 
produtos estrangeiros 
(II): cobrado sobre a 
entrada de mercadorias 
estrangeiras no país; ** 
- Exportação de 
produtos nacionais ou 
nacionalizados (IEx); ** 
- Renda e proventos de 
qualquer natureza (IR); 
- Produtos 
Industrializados (IPI); ** 
- Operações de crédito, 
câmbio e seguro ou 
relativos a títulos ouvalores 
mobiliários (IOF, 
IOC); ** 
- Propriedade Territorial 
Rural (ITR); 
- Grandes Fortunas 
(IGF) *; 
- Impostos 
Extraordinários de 
Guerra (IEG); 
- Impostos que não 
sejam cumulativos e que 
não tenham a mesma 
base de cálculo dos 
impostos acima 
(Imposto Residual). 
(*) embora definido na 
CF, o IGF ainda não foi 
regulamentado por lei 
complementar. O 
contribuinte do imposto, 
a alíquota e a base de 
cálculo ainda não foram 
definidas. 
(**) não é necessária lei 
para alterar as alíquotas 
deste imposto, desde 
que sejam obedecidos 
os limites da legislação 
(a alteração pode ser 
Impostos sobre: 
- Transmissão causa 
mortis (herança) e 
doação de quaisquer 
bens e direitos (ITCMD); 
- Circulação de 
mercadorias e prestação 
de serviços de 
transporte interestadual 
e intermunicipal e de 
comunicação (ICMS); 
- Propriedade de 
veículos automotores 
(IPVA): cobrado sobre a 
propriedade de veículos 
automotores: consiste 
num tributo patrimonial 
sobre veículos, 
proporcional à data de 
fabricação do carro e ao 
seu valor de mercado. 
Impostos sobre: 
- Propriedade Predial e 
Territorial Urbana 
(IPTU); 
- Transmissão inter 
vivos: (Imposto sobre a 
transmissão de bens 
imóveis - ITBI); 
- Serviços de qualquer 
natureza (ISS). 
realizada por Decreto). 
 
1.5 Princípios Constitucionais Tributários 
 
Os princípios constitucionais tributários prevalecem sobre todas as demais normas jurídicas, as quais 
só têm validade se editadas em rigorosa consonância com eles: 
 
Legalidade (CF, art. 150, I): qualquer alteração nos termos tributários deve ser estabelecida em lei 
para que o pagamento possa ser exigido do contribuinte. É a garantia de que nenhum tributo será 
instituído ou aumentado a não ser através da lei. 
 
Isonomia/Igualdade (CF, art. 150, II): não deve haver tratamento desigual entre contribuintes que se 
encontrem em situações equivalentes. Ex.: no caso dos impostos progressivos, quem tem mais 
capacidade contributiva deve pagar um imposto maior, pois assim será “igualmente” tributado, em 
termos proporcionais. 
 
Irretroatividade (CF, art. 150,III, “a” – exceção art. 106, CTN): a lei nova, que cria ou aumenta 
tributos, alcança somente os fatos ocorridos posteriormente à sua publicação. Admite-se a 
retroatividade da lei tributária quando ela beneficia, de alguma forma, o contribuinte. 
 
Anterioridade (CF, art. 150, III, “b” – exceção do art. 150, § 1 e 195 § 6): qualquer alteração em 
termos de impostos só pode ser exigida do contribuinte a partir do 1º dia do próximo ano, com 
exceção de: 
 
- Empréstimos compulsórios para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou de sua eminência; 
��Impostos sobre importação de produtos estrangeiros e exportação para o exterior de produtos 
nacionais ou nacionalizados; 
��Produtos industrializados e ��Operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas à títulos ou 
valores mobiliários; 
��Impostos extraordinário de eminência de caso de guerra; 
��Contribuições sociais: CSLL, PIS, COFINS, FGTS, INSS. 
Competência (CF, art. 150 paragrafo 6º e no art. 151, III) o exercício da competência é dado a 
União, aos Estados ou aos Municípios, por meio do poder legislativo, nas quais exercitarão as 
competências tributárias, não é permitidaqualquer delegação ou prorrogação desta competência para 
outro ente que não seja aquele expressamente previsto na Constituição. 
 
1.6 Elementos Fundamentais do Tributo 
É importante salientar que uma obrigação se origina por meio de uma relação jurídica, determinada 
pessoa (credor) pode exigir de outra (devedor) uma prestação (objeto), em razão de prévia 
determinação legal ou manifestação de vontade, como por exemplo o recebimento do preço de um 
bem em um contrato....) 
 
1.6.1 Obrigação Tributária 
Uma obrigação tributária é a relação de Direito Público na qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir 
do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos e nas condições descritas na lei 
(fato gerador). 
A obrigação tributária é principal ou acessória: 
Principal (CTN, art. 113, § 1o): tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária (em 
dinheiro). É a prestação à qual se obriga o sujeito passivo, é de natureza patrimonial. 
Acessória (CTN, art. 113, § 2o): é uma obrigação não patrimonial que decorre da legislação 
tributária. É uma obrigação de fazer, não fazer ou de tolerar. 
Exemplos: 
• Emitir nota fiscal, escriturar um livro, inscrever-se no cadastro de contribuintes (de fazer); 
• Não receber mercadorias desacompanhadas da documentação legalmente exigida (não fazer); 
• Admitir o exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar). 
As obrigações acessórias têm como finalidade comprovar a existência e o limite das operações 
tributadas e a exata observância da legislação aplicável. 
 
1.6.2 Elementos Básicos da Obrigação Tributária 
 
São três os elementos básicos da obrigação tributária: 
• A lei: é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de sua 
cobrança (Princípio da Legalidade); 
• O objeto: representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) 
deve cumprir, segundo as determinações legais. Basicamente, as obrigações consistem em principais 
(pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo devido ou à multa imposta pelo não 
atendimento à determinação legal) e acessórias (cumprimento de formalidades complementares); 
• O fato gerador: 
- Fato Gerador da Obrigação Principal (CTN, art. 114): fato gerador da obrigação tributária principal 
é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
Exemplos: ISS – prestação do serviço; 
 II – importação de mercadoria do exterior; 
 Recebimento do Salário – IRRF; 
 Propriedade de veículo – IPVA; 
 ICMS – circulação de mercadoria; 
 
- Fato Gerador da Obrigação Acessória (CTN, art. 115): é qualquer situação que, na forma de 
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
Ex.: o comerciante realiza a vende de mercadorias em seu estabelecimento e faz nascer, ao mesmo 
tempo, a obrigação de pagamento de ICMS (obrigação principal) e também a obrigação de emitir 
nota fiscal correspondente (obrigação acessória). 
 
1.6.3 Contribuinte ou Responsável 
 As partes da obrigação tributária são, de uma lado, o sujeito ativo, que é o ente público (União, 
Estado ou Município), criador do tributo, e, de outro lado, o sujeito passivo, que, segundo o CTN, 
pode ser o contribuinte ou o responsável. O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta 
com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Já o responsável, é aquele que sem revestir a 
condição de contribuinte, ou seja, sem praticar o ato que enseja a ocorrência do fato gerador, vê a 
obrigação de pagar o tributo nascer por força de dispositivo legal. 
 
O contribuinte é o sujeito passivo da obrigação tributária que possui relação direta com o fato 
gerador. 
 Existem dois tipos de contribuintes: o contribuinte de fato e o contribuinte responsável. 
 
o contribuinte de fato é o que efetivamente suporta o ônus tributário e o contribuinte responsável é 
o contribuinte que a lei determina para responder pela obrigação tributária. Em alguns casos o 
contribuinte de fato também é o contribuinte responsável. 
EX: 
TRIBUTO Contribuinte de fato Contribuinte responsável 
INSS empregado empregador 
IPI comprador vendedor 
ICMS comprador vendedor 
 
 
 
 
1.6.4 Base de Cálculo 
 
É o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) com a finalidade de se apurar o montante a 
ser recolhido. A base de cálculo, conforme a CF, deve ser definida em lei complementar, estado sua 
alteração sujeita aos princípios da legalidade (mudança somente por outra lei); da anterioridade (a lei 
deve estar vigente antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da irretroatividade (a norma não 
pode atingir fatos passados). 
 
1.6.5 Alíquota 
 
É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do tributo 
a ser recolhido. Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota também está sujeita aos 
princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade. 
 
1.6.6 Imunidade e Isenção 
 
A imunidade tributária é estabelecida pela Constituição e constitui-se de privilégios dados a alguém 
para que se livre ou se isente de certas obrigações legais em virtude de não ser obrigado a cumprir 
certo encargo de caráter legal. Exemplos: imunidade diplomática, imunidade judicial, imunidade 
parlamentar, imunidade tributária. 
 
Exemplo de imunidade tributária: vedação de entes estatais de instituírem impostos sobre livros, 
jornais, periódicos e papel destinado à impressão destes. 
 
 
 A isenção tributária em linguagem jurídica entende-se como a dispensa atribuída a algo ou alguém 
para que possa se desobrigar de algum encargo que a todos onere. 
 
Exemplos: partidos políticos, templos de qualquer culto, instituição de assistência social, entidade 
sindical de trabalhadores, instituição de educação sem finalidades lucrativas. 
 
 
1.6.7 Incidência, Não Incidência e Diferimento. 
 
 
A incidência viabiliza a ocorrência do fato gerador do imposto, enquanto a não incidência encontra-
se fora do campo da incidência. Exemplificando a incidência do fato gerador atribui a competência 
tributária, ou seja, a competência de instituir a obrigação tributária do ICMS, por exemplo, é do 
Estado e não da União. Outro exemplo: compete a União tributar a renda – IRPJ e IRRF. 
 
No diferimento a obrigação tributária é postergada ou adiada, transferindo para uma etapa posterior 
o pagamento do tributo. 
 
1.6.8 Créditos e Débitos Tributários 
 
No artigo 170 da CTN estão previstas as modalidades de extinção dos créditos tributários vincendos 
ou vencidos, desde que os mesmo não sejam objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo do 
tributo. 
 
A prescrição do crédito tributário extingue-se após 5 anos. 
 A compensação de tributos administrados pela RFB é disciplinada pelo Lei 9.430/1996 e em seu 
artigo 76 dispõe que: 
 
"o sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo 
a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de 
restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios 
relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão ". 
 
 
 
 
2. Tributação Sobre o Lucro 
 
2.1 Fato Gerador e Conceito de Renda 
 
 
De acordo com o artigo 43 da CTN o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é de 
competência da União, tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: 
 
� De renda, representada pelo produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; 
� De proventos de qualquer natureza, representadas pelos acréscimos patrimoniais não 
compreendidos no item anterior. 
 
Portanto,a obrigação tributária surge quando a pessoa física ou jurídica adquire a disponibilidade 
jurídica ou econômica da renda ou quando se constata um acréscimo patrimonial. 
 
Em se tratando de pessoa jurídica, a ocorrência do fato gerador dá-se pela obtenção de resultados 
positivos (lucros) em suas operações: industriais, comerciais e de prestação de serviço. Além dos 
acréscimos patrimoniais decorrentes de ganho de capital e ou de outras receitas não oriundas das 
atividades operacionais. 
 
São contribuintes do Imposto de Renda: 
 
� As pessoas jurídicas, incluindo as empresas públicas e as sociedades de economia mista; 
� As pessoas físicas; 
� As empresas individuais. 
 
 
3 Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado 
 
 
O art. 44 da CTN dispõe que a base de cálculo do imposto de renda é o montante real, presumido ou 
arbitrado , das rendas e proventos tributáveis. Em decorrência, surgiram os conceitos de lucro real, 
lucro presumido e lucro arbitrado. 
 
 
 
 
3.1 Lucro Presumido 
 
O Lucro Presumido é uma forma simplificada de tributação sobre o lucro – IRPJ e CSLL. Restrita 
aos contribuintes que não estão obrigados a tributação do lucro real. 
 
Os contribuintes pessoas jurídicas que auferem receitas tributáveis inferiores a R$ 78 milhões anual 
podem optar pelo lucro presumido, conforme artigo 13 da Lei 9.718/1998 alterada pela LEI N º 
12.814, DE 16 DE MAIO DE 2013. 
 
O lucro presumido é calculado considerando apenas as receitas das empresas, devendo ser utilizado 
principalmente em empresas bastante lucrativas. 
 
Empresas proibidas e optar pelo Lucro Presumido: 
 
- cuja receita total ultrapasse no ano-calendário, anterior, o montante de R$ 78 milhões; 
- instituições financeiras e equiparadas, inclusive as empresas de seguros privados, capitalização, 
factoring e entidades de previdência privada; 
- que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos auferidos no exterior; 
 - que autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos a isenção ou 
redução de imposto; 
- que no decorrer do ano tenham efetuado pagamento mensal pelo regime da estimativa, inclusive 
mediante balanço de suspensão ou redução. 
 
O artigo 516 do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/3000, esclarece sobre as formas de 
pagamento e de apuração do imposto pelo lucro presumido. 
 
A opção deverá ser feita no primeiro mês do ano da apuração do imposto.. 
 
A apuração é feita trimestralmente em: 31 de março; 30 de junho; 30 de setembro e 31 de dezembro 
de cada ano calendário. 
 
A base de cálculo do imposto de renda no lucro presumido é apurado a partir da receita bruta 
decorrente da atividade econômica que a pessoa jurídica desenvolve e do resultado das demais 
receitas e dos ganhos de capital. Sendo a receita bruta o produto das vendas de bens e serviços nas 
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido de conta alheia ( 
consignação por exemplo). 
 
As receitas, os demais resultados e os ganhos de capital como regra geral devem ser reconhecidos 
pelo regime de competência, porém poderão as empresas adotar o regime de caixa e deverá manter 
livro caixa, emitindo a nota fiscal quando da entrega do bem ou do serviço prestado. 
 
A empresa que mantiver escrituração contábil na forma da legislação comercial deverá controlar os 
recebimentos de suas receitas em conta especifica, e no lançamento deverá ser indicar o numero da 
nota fiscal que corresponder o recebimento. 
 
Da receita bruta podem ser excluídos as vendas canceladas; os descontos incondicionais concedidos 
(descontos na nota fiscal) e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou 
contratante. Exemplo ICMS ST e IPI. 
 
O cálculo do imposto de renda pelo lucro presumido é feita pela aplicação de percentuais de 
lucratividade ditados pela lei (lei 9249/1995 em seu artigo 15), conforme tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
No caso da empresa auferir receita bruta até R$ 120.000,00 anual, a base de cálculo do imposto de 
renda das prestadoras de serviços e serviços de transportes (exceto cargas) será determinada pela 
aplicação do percentual de 16% sobre a receita bruta auferida mensalmente (faturamento). 
 
Por força do artigo 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas 
optantes pelo lucro presumido corresponderá a: 
� 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de 
transporte; 
� 32% para: 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transporte; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. 
 
Demais Receitas e outros Resultados 
 
 
A empresa deverá adicionar na apuração do lucro presumido, os ganhos de capital, os rendimentos e 
os ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas e o resultado positivo 
decorrentes de receitas não abrangidas pela atividade. 
 
Assim são acrescidos ao lucro presumido para chegar na base de cálculo do imposto no trimestre: 
 
a) Rendimentos auferidos nas operações de mútuos realizadas entre pessoas jurídicas 
controladas, controladoras e coligadas; 
b) Ganhos de capital auferidos na alienação de participação societária; 
c) Ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge); 
d) Receita de locação de imóvel, quando esse não for o objeto social da pessoa jurídica; 
e) Juros sobre capital próprio, decorrente de investimento em outra pessoa jurídica; 
f) Receitas financeiras decorrentes de variação cambial; 
g) os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a 
impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; 
h) O ganho de capital nas alienações de bens do ativo permanente e de aplicações em ouro 
não tributadas como renda variável corresponderá à diferença positiva verificada entre 
o valor da alienação e o respectivo valor contábil. 
 
 
 
 
Não são tributáveis: 
a) as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas e cujas perdas 
não tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em anos anteriores; 
b) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas; 
c) os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias, avaliados pelo custo; 
d) receitas de participação societária avaliadas pelo MEP; 
 
 
Alíquota e Adicional do IRPJ 
 - Alíquota do IRPJ _15% sobre a base de cálculo 
- Adicional do IRPJ _10% sobre a parcela da base de cálculo que ultrapassar o 
resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de 
apuração. 
 
 
Alíquota CSLL 
 
- 9% 
 
Códigos de Recolhimento: 
 
2089 - IRPJ 
2372 - CSLL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
A empresa apresenta no trimestre a seguinte situação: 
 
- Receita de venda de mercadorias R$ 1.000.000,00 
- Receita de prestação de serviços R$ 200.000,00 
- Receita de rendimentos de aplicações financeiras R$ 100.000,00 
- Ganho na venda de bens do imobilizado R$ 50.000,00 
- Juros sobre capital próprio R$ 23.529,41 
 
Cálculo do lucro presumido: 
 
a) Receitas com alíquota de 8% 
R$ 1.000.000,00 X 8% = R$ 80.000,00 
 
b) Receitas com alíquotas de 32% 
R$ 200.000,00 X 32% = R$ 64.000,00 
 
c) Total do lucro presumido 
LC= 80.000,00 + 64.000,00 = 144.000,00 
CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA 
 
a) Base de cálculo 
Lucro presumido R$ 144.000,00 
Rendimentos financeiros R$ 100.000,00 
Ganhos de capital R$ 50.000,00 
Juros sobre capital próprio R$ 23.529,41 
Total da base de cálculo R$ 317.529,41 
Alíquota do imposto 15% 
Imposto R$ 47.629,41 
Adicional do imposto de renda 
(317.529,41 – 60.000,00) X 10% R$ 25.752,94 
Total do imposto R$ 73.382,35IMPOSTO A RECOLHER 
Total do imposto R$ 73.382,35 
IRRF R$ 3.529,41 
Imposto a recolher R$ 69.852,94 
 
 
 
 
 
 
Para as pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços, exceto as que prestam serviços 
hospitalares e as sociedades civis de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada, 
cuja receita bruta anual não ultrapassar R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), o percentual a ser 
considerado na apuração do lucro presumido será de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta 
de cada trimestre (RIR/1999, art. 519, § 4º), ADN COSIT 22/00. 
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual reduzido cuja a receita bruta acumulada até 
determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$120.000,00 ficará sujeita ao pagamento da 
diferença do imposto, apurada em relação a cada mês transcorrido, até o último dia útil do mês 
subseqüente aquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos (RIR/1999, art. 519, §§ 6º e 7º). 
O exercício de profissões legalmente regulamentadas, como as escolas, inclusive as creches, mesmo 
com receita bruta anual de até R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), não podem aplicar o percentual 
de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta para fins de determinação do lucro presumido, 
devendo, portanto, aplicar o percentual de 32% (trinta e dois por cento) (ADN Cosit nº 22, de 2000). 
O percentual acima também será aplicado sobre a receita financeira da pessoa jurídica que explore 
atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de 
prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, 
quando decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de índices ou coeficientes 
previstos em contrato (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, § 4º, inserido pela o art. 34 da Lei nº 11.196, de 
2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Lucro Real 
 
 
O lucro real é o sistema que apura o IRPJ e CSLL a partir do resultado contábil da empresa. 
 
Contabilmente, conclui-se que o lucro real é aquele apurado pela contabilidade, com base na 
escrituração contábil fiscal, com a rigorosa observância dos princípios de contabilidade e demais 
normas fiscais e comerciais. 
 
Portanto, no lucro real obrigatoriamente se faz necessário seguir o princípio da confrontação das 
receitas e das despesas incorridas no período. 
 
 
Conceito de Lucro Real de acordo com o artigo 247 da RIR/99 (Decreto 3000 de 26/03/1999) é o 
lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas 
ou autorizadas pelo Decreto 3000/99. 
 
No paragrafo 1º do mesmo artigo menciona-se que a determinação do lucro real será precedida da 
apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis 
comerciais. 
 
A pessoa jurídica obrigada a tributar pelo Lucro Real deverá manter a escrituração contábil com 
observância das leis comerciais e fiscais. A escrituração deverá abranger todas as operações do 
contribuinte, os resultados apurados em suas atividades no território nacional, bem como os lucros, 
rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior. Artigo 251 da RIR/99. 
 
Os valores que não competem ao período de apuração, para efeito de determinação do lucro real, 
serão excluídos ou adicionados ao lucro líquido do período. 
 
Deverão ser lançados os ajustes do lucro líquido do período de apuração, bem como a transcrição da 
demonstração do lucro real no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR. 
 
No Lalur também deverão ser mantidos os registros de controle dos prejuízos fiscais a compensar em 
períodos subsequentes, os valores da depreciação acelerada, bem como os demais valores que devem 
influenciar a determinação do lucro real de períodos futuros e não constem da escrituração comercial, 
de acordo com o item III , artigo 262 da RIR. 
 
Portanto na Parte “A” do Lalur deverá ser transcrita a demonstração da apuração do lucro real e na 
Parte “B” deverá manter-se os registros dos valores que afetarão o resultado em períodos futuros, 
mesmo com as alterações manifestadas por meio da Lei 12.973/2014 para a entrega do e-Lalur, a 
estrutura permanece da mesma forma como foi instituída pelo Regulamento do Imposto de Renda. 
 
 
No artigo 246 estão elencadas as pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real, conforme 
abaixo: 
 
I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de 78 milhões de reais, ou 
proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses; 
 
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, 
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de 
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
 
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
 
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou 
redução do imposto; 
 
V - que, no decorrer do ano-caledário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, 
na forma do art. 222; 
 
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a 
receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de 
serviços (factoring); 
 
Parágrafo único. As pessoas jurídicas não enquadradas nos incisos deste artigo poderão apurar seus 
resultados tributáveis com base nas disposições deste Subtítulo. 
 
 
A apuração do Lucro Real a critério do contribuinte poderá ser: 
 
a) apurado em cada trimestre ou; 
b) apurado anualmente com antecipações mensais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Opção pela Apuração Trimestral 
 
Na opção pelo lucro real trimestral, deverá ser determinado nos seguintes períodos: 
31 de março; 30 de junho; 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no resultado líquido de cada 
trimestre. 
 
Na apuração trimestral a pessoa jurídica encerra em quatro períodos distintos e de forma definitiva o 
reconhecimento e recolhimento do imposto. Estatisticamente a opção pelo lucro real trimestral é a 
menos vantajosa devido ao fato de que empresa fica limitada em compensar os prejuízos fiscais 
dentro do próprio ano em 30% do seu lucro. 
 
O resultado deve ser apurado mediante levantamento das demonstrações contábeis em observação a 
legislação comercial e fiscal, e será ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas 
ou autorizadas pela legislação tributária. 
 
As alíquotas aplicadas são: 15% sobre a totalidade da base de cálculo e adicional 10% sobre a parcela 
da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 para o IRPJ e 9% sobre a base de cálculo 
para a CSLL. 
 
 
Opção pela Apuração Anual 
 
A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no Lucro Real ANUAL poderá optar pelo pagamento 
do imposto e adicional, em cada mês, determinados sobre base de cálculo estimada (Lei 9.430/1996, 
artigo 2o). 
A base de cálculo estimada pode ser determinada das seguintes formas (facultado ao contribuinte a 
qual for mais vantajosa): 
a) Com base na Receita Bruta auferida mensalmente: sobre a receita bruta mensal aplica-se 
percentuais constantes no artigo 15, § lº, da Lei 9.249/1995, acrescidos das demais receitas (ganho decapital, juros, variação monetária ativa, etc.) (regras que determinam a apuração pelo lucro 
presumido). 
 
b) Com base em balancetes mensais de suspensão ou redução: 
b1) SUSPENSÃO - através do balancete mensal acumulado, demonstra-se que o imposto pago até a 
data do balancete é maior que o devido. Exemplo: em 30 de abril, pelo balancete acumulado de 
janeiro a abril do respectivo ano, apurou-se um imposto devido de R$ 10.000,00 e até essa data já foi 
recolhido R$ 12.000,00 - portanto, inexiste a obrigação de recolhimento do IRPJ. Essa opção, 
também, pode ser utilizada nos meses em que houver prejuízo fiscal. 
b2) REDUÇÃO - através do balancete mensal acumulado demonstra-se que o imposto devido, com 
base no lucro real, é inferior ao apurado com base na receita bruta mensal da empresa, conforme 
citado no item "a", podendo haver a redução do recolhimento mensal. 
 
A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em cada mês, desde 
que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o 
valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso (Lei 
8.981/1995, artigo 35, e Lei 9.430/1996, artigo 2º). A opção exercida para o recolhimento do IRPJ 
deve ser a mesma para a CSLL. 
Os balanços ou balancetes: 
I – deverão ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e transcritos no Livro Diário; 
II – somente produzirão efeitos para determinação da parcela do imposto devido no decorrer do ano-
calendário. 
Estão dispensadas do pagamento mensal as pessoas jurídicas que, através de balanços ou balancetes 
mensais, demonstrem a existência de prejuízos fiscais apurados a partir do mês de janeiro do ano-
calendário (Lei 8.981/1995, artigo 35, § 2º, e Lei 9.065/1995, artigo 1º). 
O pagamento mensal, relativo ao mês de janeiro do ano-calendário, poderá ser efetuado com base em 
balanço ou balancete mensal, desde que fique demonstrado que o imposto devido no período é 
inferior ao calculado com base nas regras de estimativa. (Lei 8.981/1995, artigo 35, § 3º, e Lei 
9.065/1995, artigo 1º). 
 
REGRA GERAL PARA A DEDUTIBILIDADE DAS DESPESAS 
 
 
O artigo 299 da RIR/99 considera como despesas operacionais aquelas necessárias à atividade e à 
manutenção da respectiva fonte produtora. São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a 
realização das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa. As despesas operacionais 
admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa. 
 
Algumas despesas não são aceitas pelo Fisco no momento, mas o serão no futuro, como por exemplo, 
a provisão para devedores duvidosos, que representa uma expectativa de perda, na qual poderá se 
materializar ou não. Estas adições são consideradas temporárias. 
Já as despesas que não são aceitas pelo fisco, independente do momento em que forem registradas, 
como por exemplo: as despesas com brindes são consideradas definitivas . 
 
 
A partir de 01/01/1996, a Lei n o 9.249, de 1995, art. 13 c/c a IN SRF n o 11, de 1996, vedou a 
dedução das seguintes despesas operacionais, para efeito de apuração do lucro real: 
 
a) de qualquer provisão, com exceção apenas daquelas constituídas para: férias de empregados e 13 o 
salário; reservas técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de 
previdência privada cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável; 
 
b) das contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto 
quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços; 
 
c) de despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, 
seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis e imóveis, exceto se relacionados 
intrinsecamente com a produção ou comercialização (sobre o conceito de bem intrinsecamente 
relacionado com a produção ou comercialização vide a IN SRF n o 11, de 1996, art. 25); 
 
d) das despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores; 
das contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde e 
benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social, instituídos em favor de 
empregados e dirigentes da pessoa jurídica; 
 
e) de doações, exceto se efetuadas em favor: do Pronac (Lei n o 8.313, de 1991); instituições de 
ensino e pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei federal, sem finalidade lucrativa (limitada 
a 1,5% do lucro operacional); de entidades civis sem fins lucrativos legalmente constituídas no Brasil 
que prestem serviços em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e respectivos 
dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem (limitada a 2% do lucro operacional). A 
partir de 2001, incluem-se também como dedutíveis as doações efetuadas às Organizações da 
Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), qualificadas segundo as normas estabelecidas na Lei n 
o 9.790, de 1999 (MP n o 2.158-35, de 2001, art. 59); 
 
f) das despesas com brindes. 
 
NOTAS: 
A Lei n o 9.430, de 1996, arts. 9º e 14, revogou a possibilidade de dedução do valor da provisão 
constituída para créditos de liquidação duvidosa, passando a ser dedutíveis as efetivas perdas no 
recebimento dos créditos decorrentes da atividade da pessoa jurídica, observadas as condições 
previstas naqueles dispositivos. 
A Contribuição Social sobre o Lucro não mais é considerada como despesa dedutível para fins da 
apuração do lucro real, devendo o respectivo valor ser adicionado ao lucro líquido (Lei n o 9.316, de 
1996, art. 1 o ). 
Somente serão admitidas como dedutíveis as despesas com alimentação quando esta for fornecida 
pela pessoa jurídica, indistintamente, a todos os seus empregados. 
As despesas computadas no lucro líquido e consideradas indedutíveis pela lei fiscal deverão ser 
adicionadas para fins de apuração do lucro real do respectivo período de apuração. 
 
Resumindo o lucro real é apurado a partir das adições, exclusões e compensações permitidas em lei. 
 
 
As adições são despesas contabilizadas pela pessoa jurídica, mas não admitidas por lei. Ex: multas 
por infrações fiscais, multas por infrações de trânsito, brindes e doações (não permitidas em lei). 
 
As exclusões são valores permitidos em lei para subtrair do lucro líquido para efeitos fiscais. Ex: 
depreciação acelerada por incentivos fiscais, dividendos obtidos de investimentos avaliados pelo 
custo, resultado positivos avaliados pelo método da equivalência patrimonial, receitas de juros sobre 
capital próprio (JCP), etc. 
 
Compensações podem ser compensadas os prejuízos fiscais dos períodos-base de exercícios 
anteriores. 
A lei 8.981/95 no art. 42, limitou a compensação do prejuízo fiscal em 30% (trinta por cento) do 
lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões. 
 
Prejuízo fiscal operacional é aquele oriundo das atividades fins da empresa e o prejuízo fiscal não 
operacional é decorrente dos prejuízos das operações em atividades que não fazem parte do objeto 
social da entidade. 
Devem ser segregados na parte B do LALUR os controles dos prejuízos fiscais decorrentes da 
própria atividade, dos prejuízos fiscais não operacionais, pois no momento da compensação deve ser 
observado a sua classificação de operacional e não operacional para fins fiscais. 
 
 
 
Provisão Para Créditos de Liquidação Duvidosa 
 
Desde 01/1997 a despesa com PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) ou PCLD (Provisão para 
Créditos de Liquidação Duvidosa) passou a fazer parte da lista de despesas consideradas indedutíveis 
para fins fiscais. Desde então o normativo que regulamentou a permissão da dedução para os créditos 
em atraso é a Lei 9.430/1996 nos seus artigos 9º e 10ºconforme segue: 
 
Tratamento das Perdas no Recebimento de Créditos 
Dedução 
Art. 9º As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica 
poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real, observado o disposto neste 
artigo. 
 § 1º Poderão ser registrados como perda os créditos: 
 I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença 
emanada do Poder Judiciário; 
 II - sem garantia, de valor: 
 a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses, 
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; 
 b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, 
vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu 
recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa; 
 c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados 
e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento; 
 III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os 
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; 
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, 
relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar 
 
Art. 10. Os registros contábeis das perdas admitidas nesta Lei serão efetuados a débito de conta 
de resultado e a crédito: 
I - da conta que registra o crédito de que trata a alínea a do inciso II do § 1o do art. 9o e a alínea 
a do inciso II do § 7o do art. 9o; (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) 
 II - de conta redutora do crédito, nas demais hipóteses. 
 § 1º Ocorrendo a desistência da cobrança pela via judicial, antes de decorridos cinco anos do 
vencimento do crédito, a perda eventualmente registrada deverá ser estornada ou adicionada ao lucro 
líquido, para determinação do lucro real correspondente ao período de apuração em que se der a 
desistência. 
 § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o imposto será considerado como postergado desde o 
período de apuração em que tenha sido reconhecida a perda. 
 § 3º Se a solução da cobrança se der em virtude de acordo homologado por sentença judicial, o 
valor da perda a ser estornado ou adicionado ao lucro líquido para determinação do lucro real será 
igual à soma da quantia recebida com o saldo a receber renegociado, não sendo aplicável o disposto 
no parágrafo anterior. 
 § 4º Os valores registrados na conta redutora do crédito referida no inciso II do caput poderão 
ser baixados definitivamente em contrapartida à conta que registre o crédito, a partir do período de 
apuração em que se completar cinco anos do vencimento do crédito sem que o mesmo tenha sido 
liquidado pelo devedor. 
 
 
Lei 12.973/2014 
 
A convergência com as normas internacionais em 2008 trouxe novos critérios de reconhecimentos, 
mensuração e divulgação das receitas e despesas. A manifestação do fisco foi por meio da criação do 
Regime Transitório de Tributação - RTT – na qual foi instituída pela edição da Lei 11.941/09 com o 
objetivo da neutralidade fiscal e que durou de 2008 até dez/2013; até o fisco federal entender as 
alterações dos novos critérios contábeis trazidos pela convergência com as normas IFRS. 
 
Com a edição da Lei 12.973/2014 o livro e-Lalur a partir do ano calendário 2014 passam a ser 
enviado para a Receita Federal em arquivo eletrônico, substituindo o livro Lalur até então mantido 
impresso nas empresas para atender a possíveis fiscalizações das autoridades fiscais. 
 
 Ver alterações e tratamentos contábeis e fiscais trazidos pela lei 12.973/2014 para AVP, Valor 
Justo, Valor Recuperável dos Ativos (impairment), JCP, dividendos, resultado positivo 
avaliados MEP, Gastos pré-operacionais, gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica, 
pagamentos baseados em ações, goodwil, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR 
 
 
O Programa De Alimentação Ao Trabalhador – PAT, é um incentivo criado pela Lei 6.321/1976 e 
consiste na dedução direta no imposto de renda de parte do valor pago a título de despesas com 
alimentação de seus empregados, sem prejuízo da dedutibilidade da despesa. O tratamento fiscal do 
incentivo está consolidado no RIR/99 nos artigos 581 a 589. 
Para utilização do incentivo, a empresa deve ser cadastrada no PAT, cujo programa pertence ao 
Ministério do Trabalho. 
A despesa com o PAT refere-se as refeições pagas pela empresa para seus empregados, conforme 
definido no Parecer Normativo nº 8/82 
As despesas de custeio admitidas na base de cálculo do incentivo são aquelas que vierem a constituir 
o custo direto e exclusivo do serviço de alimentação, podendo ser considerados, além da matéria 
prima, mão de obra, encargos decorrentes de salários, asseio e os gastos de energia diretamente 
relacionados ao preparo e a distribuição das refeições. 
A despesa com refeições fornecidas é totalmente dedutível nas bases do IRPJ e da CSLL, 
independente do valor fornecido para cada empregado. Além da dedução integral como despesa 
dedutível para o imposto de renda e a CSLL, ainda o valor incentivado em lei para dedução está 
limitado a 4% do IR devido na alíquota básica – 15%. 
Para o cálculo do valor a ser deduzido do IR deve ser considerado as instruções da IN SRF nº 
267/2002, na qual refere-se a outro limite que dever ser considerado em conjunto com o limite 
definido em lei, sendo utilizado dos dois o MENOR. Portanto, o limite é encontrado pela seguinte 
conta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de cálculo: 
 
Supondo que a empresa gastou R$ 270.000,00 no período e foram fornecidas ao todo 70.400 (setenta 
mil e quatrocentos) mil refeições. Cálculo: 
 
- com base nas despesas de custeio: 270.000,00 x 15% (alíquota IR) = 40.500,00 
- com base no número de refeições: (70.400 x 1,99) x 15% = 21.014,00 
 
Com base nesse exemplo, o cálculo de menor valor é o baseado em número de refeições, portanto, 
será utilizado para fins de dedução o valor de R$ 21.014,00. 
 
A parcela do incentivo a ser deduzido do IR está limitada a 4% do imposto devido em cada período-
base da apuração. Caso o valor de incentivo seja maior que o limite dos 4%, o excesso poderá ser 
utilizado nos dois períodos seguintes. Supondo que a empresa acima tenha um valor de imposto a 
pagar na alíquota básica (15%) no valor de R$ 80.000,00. Considerando o limite de 4%, o valor que 
poderá ser deduzido será de R$ 3.200,00 (80.000 x 4%). O valor não dedutível de R$ 17.814,40 (R$ 
21.014,40 - R$ 3.200,00) poderá ser utilizado nos períodos seguintes. Observar as regras contidas nos 
artigos 581 e 582 do RIR/99. 
 
 
 
 
Códigos documentos de arrecadação para IRPJ 
O pagamento será feito mediante a utilização do Documento de Arrecadação de Receitas 
Federais - Darf , sob os seguintes códigos: 
a) 2362 - IRPJ - Obrigadas a Apurar o Lucro Real - Estimativa Mensal; 
b) 2319 - IRPJ - Instituições Financeiras - Estimativa Mensal; 
c) 0220 - IRPJ - Obrigadas a Apurar o Lucro Real - Trimestral; 
d) 1599 - IRPJ - Instituições Financeiras - Trimestral; 
e) 5993 - IRPJ - Optantes pela Tributação com Base no Lucro Real - Estimativa Mensal; 
f) 3373 - IRPJ - Optantes pela Tributação com Base no Lucro Real - Trimestral; 
g) 2390 - IRPJ - Instituições Financeiras - Ajuste Anual; 
h) 2430 - IRPJ - Obrigadas a Apurar o Lucro Real - Ajuste Anual; 
i) 2456 - IRPJ - Optantes pela Tributação com Base no Lucro Real - Ajuste Anual. 
 
 
Códigos documentos de arrecadação para CSLL 
 
 
O pagamento é feito mediante a utilização do Documentode Arrecadação de Receitas Federais 
(Darf), sob os seguintes códigos: 
a) 2484 CSLL - Pessoas Jurídicas não Financeiras - Resultado Ajustado - Estimativa 
Mensal; 
b) 2469 CSLL - Entidades Financeiras - Estimativa Mensal; 
c) 6012 CSLL - Pessoas Jurídicas não Financeiras - Resultado Ajustado - Apuração 
Trimestral; 
d) 2030 CSLL - Entidades Financeiras - Apuração Trimestral; 
e) 6773 CSLL - Pessoas Jurídicas não Financeiras - Resultado Ajustado - Ajuste Anual; 
f) 6758 CSLL - Entidades Financeiras - Resultado - Ajuste Anual; 
g) 2372 - PJ optante pela apuração com Base no Resultado Presumido ou pelo Arbitrado; 
h) 5638 CSLL - Pessoas Jurídicas que apuram a CSLL com base no Resultado Arbitrado. 
 
Exercício Lucro Real: 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 LUCRO ARBITRADO 
 
O Lucro arbitrado decorre, principalmente, da não validade da escrituração contábil ou da 
impossibilidade de se calcular os tributos pelas vias normais, verificado pelo fisco a partir da 
autuação. 
As hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal conforme o artigo 530 do Regulamento do Imposto 
de Renda são: 
 
I - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes 
ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: 
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou 
b) determinar o lucro real; 
II - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da 
escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar 
escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro 
presumido e não mantiver escrituração contábil regular; 
III - o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido; 
IV - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar 
o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado no 
exterior; 
V - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis 
recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou 
subconta, os lançamentos efetuados no Diário; 
VI – o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou 
deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em 
que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real. 
 
Em síntese o arbitramento do lucro será aplicado em virtude da escrituração contábil não estar em 
conformidade com as normas contábeis e fiscais e em consequência a não apresentação dos livros comerciais e 
fiscais e quando a empresa optar indevidamente pelo lucro presumido. 
As formas de arbitramento do lucro são: quando conhecida a receita bruta e quando esta não for conhecida. 
Quando a Receita Bruta é Conhecida os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os mesmos 
aplicáveis para o cálculo do lucro presumido, acrescido de 20%, exceto quanto ao fixado para as instituições 
financeiras. Sendo possíveis as deduções das devoluções e cancelamentos das vendas, assim como o IPI e o 
ICMS ST quando estiverem compondo a Receita Bruta. Segue a tabela com 20% sobre os percentuais 
aplicáveis na apuração do Lucro Presumido de acordo com o artigo 532 da RIR/99: 
 
Quando a Receita Bruta NÃO é Conhecida será determinado por meio de procedimento de ofício, mediante 
a utilização de uma das alternativas previstas no art. 535 da RIR/99: 
 
 
Se a fiscalização constatar omissão de receita pela pessoa jurídica, ou seja, entrada de dinheiro e não 
declarada, então 50% do valor apurado será considerado lucro e integralmente tributado. É 
importante salientar que a omissão de receitas não pode ser confundida com o seu desconhecimento, 
que pode ocorrer devido a escrituração contábil da pessoa jurídica estar prejudicada de maneira ser 
impossível ao Fisco apurar os resultados gerados pela empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 SIMPLES NACIONAL 
 
 
A Constituição Federal de 1988 no artigo 179 definiu tratamento especial para as empresas de 
pequeno porte, como segue: 
“ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às 
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, 
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela 
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, 
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por 
meio de lei." 
O assunto foi regulamento pela Lei 9.841/99 que institui o estatuto da microempresa e da empresa de 
pequeno porte, na qual assegurava a elas tratamento jurídico diferenciado e simplificado nos campos 
administrativos, tributários, previdenciários, trabalhistas, creditícios e de desenvolvimento 
empresarial, mas o estatuto não tinha aplicação prática no campo tributário e era regido pela Lei 
9.317/96 e alterações posteriores. Em 2006 foi publicada a Lei Complementar 123 que revogou as 
Leis 9.317/96 e 9.841/99. 
No final de 2008 foi publicada a Lei Complementar 128 consolidando a legislação do Simples 
Nacional e em 2011 foi publicada a Lei Complementar 139 trazendo mais modificações para as 
empresas de pequeno porte. Nesta lei ocorreu o aumento dos limites para o uso do Simples Nacional 
para o máximo de R$ 3,6 milhões. Em 2012 a LC 123/2006 sofreu mais alterações e comtemplava 
quatro outras lei complementares sobre o tema que vieram posteriormente. 
As justificativas para a criação do Simples apresentada pela RFB para a instituição do regime 
simplificado para as pequenas empresas ME e EPP são as seguintes: 
- estas empresas possuem baixo potencial arrecadatório e, portanto, não devem ter um ônus excessivo 
nas atividades de controle exercidas pela administração; 
- a concessão de benefícios tributários diretos (redução da carga tributária) deve observar uma 
transição suave, com o objetivo de não criar descontinuidades acentuadas que induzama prática de 
planejamento fiscal; 
- o regime simplificado se destina a buscar um ambiente mais competitivo entre grandes e pequenas 
empresas e não conceder privilégios a pequenos grupos; 
- dada a importância destas empresas (geração de empregos, competição no mercado, etc.) o custo 
para o cumprimento das obrigações tributárias para esse segmento deve ser minimizado com a 
finalidade não comprometer a sobrevivências dessas empresas; 
- a relação entre contribuinte e Estado sempre que possível, deve ser única, a despeito da existência 
de distintos níveis de governo e administração tributários envolvidos. 
O grande diferencial da legislação do SIMPLES foi à inclusão nos recolhimentos únicos dos 
encargos previdenciários, reduzindo o custo de pessoal e incentivando a contratação de mão de obra. 
O Simples Nacional consiste em recolher em único documento mensal, aplicando um percentual 
estabelecido em lei e de acordo com a faixa de faturamento os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS, 
COFINS, INSS, além do IPI, ICMS e ISS para as empresas contribuintes desses impostos. 
A Formalização da Opção pelo SIMPLES NACIONAL é feita pela internet, sendo irretratável 
para todo o ano calendário. O prazo para inscrição da empresa no SN é até o último dia útil do mês 
de janeiro, valendo a inscrição já para o próprio ano-calendário. Também deve ser observado a a 
Opção pelo Regime de Apuração de Receitas: regime de competência ou regime de caixa. 
 
Livro Caixa x Escrituração Contábil 
 
O contribuinte não está obrigado, para fins fiscais, da escrituração contábil, bastando escriturar o 
livro caixa e o livro registro de inventário, na qual deverão constar os estoques existentesno fiscal de 
cada ano. 
É importante salientar que embora a legislação fiscal não exija a escrituração contábil das empresas 
tributadas pelo SIMPLES NACIONAL ( e pelo Lucro Presumido), toda e qualquer empresa deve 
manter escrituração contábil por vários motivos, tais como: 
a) O Código Comercial Brasileiro exige escrituração contábil completa para servir de 
instrumento de prova em juízo e em eventuais acertos de direitos dos sócios, acionistas, seus 
herdeiros ou sucessores; 
b) No livro caixa somente poderá ser contabilizada a movimentação financeira, não sendo 
registrada as entradas e as saídas a prazo, os empréstimos e demais valores a pagar e a 
receber; 
c) O levantamento de balancetes e balanços de forma adequada, reduzindo a insegurança e os 
prejuízos que podem ser acarretados pela falta de registro de seus direitos e suas obrigações. 
 
 
 
Igualmente é preciso salientar a importância da contabilidade organizada como instrumento de 
tomada de decisão, inclusive em relação a empresas de menor investimento. 
OBS: A Lei 10.406/2002 do novo Código Civil no art. 97 assegura o tratamento favorecido, 
diferenciado e simplificado ao pequeno empresário. A Lei Complementar 123/2006 definiu como 
pequeno empresário, o empresário individual caracterizado como microempresa e configura auferir 
receita bruta individual até R$ 60.000,00 – MEI Micro Empreendedor Individual. 
O SIMPLES NACIONAL tributa somente a receita bruta da pessoa jurídica, não alcançando as 
demais receitas eventualmente obtidas. Podem ser excluídas da receita bruta as devoluções e os 
cancelamentos das vendas, os descontos incondicionais (destacados nas notas fiscais) e IPI e ICMS 
ST quando estiverem registrados dentro da receita bruta. 
As receitas financeiras não são incluídas no SN e o tratamento para o imposto de renda retido na 
fonte sobre estas receitas é considerada como tributação definitiva e registrada como despesas. 
Portanto as demais receitas operacionais não são alcançadas pelo Simples Nacional. 
A distribuição de lucros aos sócios da empresa no SN são considerados isentos do IR e na declaração 
de ajuste do beneficiário. Contudo a distribuição de lucros somente será isenta, conforme menciona o 
art. 14 da LC 123/2006, se a pessoa jurídica mantiver escrituração contábil regular comprovando a 
existência do lucro a distribuir. Caso a empresa tenha apenas a escrituração do livro caixa, a 
distribuição com isenção do IR será limitada ao lucro presumido para fins de IR (percentual de 
presunção sobre a receita bruta) menos o valor do imposto de renda incluído no SN pago. 
Vale lembrar que os pagamentos a título de pró-labore efetuados aos sócios são tributados pelo IR. 
 
VEDAÇÕES AO SIMPLES NACIONAL 
 
Não podem optar pelo Simples Nacional as microempresas e empresas de pequeno porte: - De cujo 
capital participe outra pessoa jurídica. 
- Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior. 
- De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou, seja sócia de outra 
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que 
a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00. 
 - Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não 
beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 
3.600.000,00. 
- Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, 
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00. 
- Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo. 
- Que participe do capital de outra pessoa jurídica. 
- Que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa 
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de 
corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento 
mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar. 
- Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa 
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores. 
- Constituída sob a forma de sociedade por ações. Vedações Administrativas Não podem optar pelo 
Simples Nacional as microempresas e empresas de pequeno porte: 
- Que explore atividade de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de 
contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos 
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
- Que tenha sócio domiciliado no exterior. 
- De cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou 
municipal. 
- Que possua débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja 
exigibilidade não esteja suspensa. - Que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de 
passageiros. 
- Que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica. - Que exerça 
atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas. 
- Que exerça atividade de importação de combustíveis. 
- Que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: 
 a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, 
explosivos e detonantes; 
b) bebidas a seguir descritas: 1 - alcoólicas; 2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas 
gaseificadas; 3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores 
concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 (dez) 
partes da bebida para cada parte do concentrado; 4 - cervejas sem álcool; 
- Que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, 
de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada 
ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo 
de intermediação de negócios. 
- Que realize cessão ou locação de mão-de-obra. 
 - Que realize atividade de consultoria. 
- Que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. 
 - Que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de 
serviços tributados pelo ISS. 
- Com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, 
quando exigível. Exclusões A exclusão das empresas do Simples dar-se-á quando: 
- Verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória. 
- For oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de 
livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações 
sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e 
nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública. 
- For oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, 
ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens 
de sua propriedade. 
 - A sua constituição ocorrer por interpostas pessoas. 
- Tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei Complementar; 
- A empresa for declarada inapta. 
- Comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho. 
- Houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação 
financeira, inclusive bancária. 
 - For constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas superaem 20% (vinte por 
cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade. 
 - For constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para 
comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for 
superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de 
início de atividade. 
 - Não emitir, reiteradamente, documento fiscal de venda ou prestação de serviços, de acordo com as 
instruções expedidas pelo Comitê Gestor. 
- Omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações 
previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador 
avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço. 
 
EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL 
A exclusão do SN pode ser feita d duas formas: 
- mediante comunicação do próprio contribuinte, e 
- por oficio. 
 
PAGAMENTO MENSAL 
 
O prazo de pagamento do SIMPLES deverá ser até o dia 20 do mês seguinte, de acordo com a 
Resolução 51/2008 artigo 18. 
 
CÁLCULO DO SIMPLES NACIONAL 
 
O SN tem o cálculo regulamentado pela LC 123/2006 e pela Resolução 51/2008 do CGSN. De 
acordo com a legislação pertinente para se realizar o cálculo deve ser observada o tipo de atividade, 
pois a opção está condicionada também ao segmento operacional da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES POR ANEXO 
 - ANEXO I - TABELA EMPRESAS DO COMÉRCIO 
 
Receita Bruta em 12 meses 
(em R$) 
Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS 
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23 % 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32 % 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42 % 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51 % 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61 % 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 
- ANEXO II - TABELA EMPRESAS DE INDÚSTRIA 
 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI 
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50% 
De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50% 
De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50% 
De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% 
De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% 
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% 
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% 
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% 
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% 
 
- ANEXO III - TABELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
Anexo III do Simples Nacional - Prestação de Serviços 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS 
Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00% 
De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79% 
De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% 
De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% 
De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% 
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% 
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% 
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% 
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% 
Fonte: Anexo III da LC 123/06 
 
- ANEXO IV - TABELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
Receita Bruta em 12 meses 
(em R$) 
Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS 
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% 
De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79% 
De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% 
De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% 
De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% 
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% 
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% 
De

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