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Meios de Contraste Â É MEIOS DE CONTRASTE São necessários quando há pouca diferenciação entre tecidos patológicos e sadios pelo método de diferença dos spins do hidrogênio dos tecidos, captados pelas sequências e ponderações do exame. Ajudam a caracterizar lesões; Avaliar anormalidades de perfusão e doenças relacionadas ao fluxo; Inicialmente utilizado como alternativa para pacientes extremamente alérgicos ao iodo; Atualmente é utilizado em cerca de 50% dos exames; A maioria afeta os tempos de relaxamento T1. Os mais utilizados são compostos paramagnéticos que aceleram o relaxamento de T1 e levam ao aumento do contraste nas imagens. Axial T1 de crânio (presença de lesão tumoral com hipossinal) Axial T1 de crânio após infusão endovenosa de contraste Gd (lesão com realce intenso) Meios de contraste à base de Gadolínio É um elemento químico metálico, branco prateado, maleável, da série dos Lantanídeos (estes elementos são chamados terras raras) e de estrutura cristalina hexagonal (designação dada ao conjunto de propriedades que resultam da forma como estão espacialmente ordenados os átomos ou moléculas que o constituem). Possui aspecto semelhante ao aço, com propriedades supercondutoras e é quimicamente muito ativo. Gadolínio É uma substância paramagnética utilizada como meio de contraste em RM. O gadolínio é usado na rotina clínica ligado a carreadores ou quelantes químicos como o DOTA (ácido oxaltetra-acético) ou DTPA ( ácido dietil-enetriamino-penta-acético). INDICAÇÃO Como alternativa de método diagnóstico em pacientes alérgicos ao iodo ou com insuficiência renal preexistente, pois o gadolíneo é menos alérgico e menos nefrotóxico. Indicações: - Tumores e metástases; - Reações inflamatórias e processos infecciosos; - Placas de esclerose ativas; - Estudos vasculares (angio-RM) e perfusionais. Dose Adequada O Gadolínio é considerado seguro e não tóxico quando utilizado em dose adequada. A dose recomendada é de 0,1 a 0,2 mL/kg. Doses maiores podem ser administradas nos casos de angiorressonância e RM cardíaca. Contraindicações ao Contraste Gd Não há uma contraindicação absoluta para o uso do contraste, mas antes que qualquer meio de contraste seja injetado, o paciente deve ser questionado sobre a história de alergia, sensibilidade aos meios de contraste, asma brônquica, insuficiência renal e gestação. Para pacientes com história de alergias, pode-se considerar a administração profilática de um anti- histamínico e corticóides previamente. Asmáticos têm maior probabilidade de reação adversa; Em gestantes, há uma pequena passagem placentária do contraste; Mães lactantes, apenas 0,04% da dose administrada é transferida para o leite; CONTRASTE X INSUFICIÊNCIA RENAL Em pacientes com IR moderada ou grave (especialmente com comorbidades) que recebam contraste a base de Gd, existe um risco potencial de desenvolvimento de uma doença grave chamada FIBROSE SISTÊMICA NEFROGÊNICA. Para minimizar o risco, o paciente deve ser estratificado conforme cálculo do clearance de creatina: INSUFICIÊNCIA RENAL O Gadolínio é excretado por filtração glomerular. Pacientes com doença renal avançada devem receber o contraste apenas se for realmente muito necessário, sendo indicada a diálise imediata após a administração, de preferência nas primeiras horas. Outra grande preocupação é surgimento ou risco aumentado para desenvolver a Fibrose Sistêmica Nefrogênica em pacientes com doença renal crônica. Alto risco Risco Intermediário** Baixo risco Clearance estimado <30 mL/min 30-60 mL/min >60 mL/min Uso do gadolínio Contraindicado Evitar Avaliar Risco X Benefício Utilizar normalmente Hidratação EV Se utilizar gadolínio, hidratar com SF 250 mL EV antes e após o contraste. Fibrose Nefrogênica Sistêmica A FNS é uma doença sistêmica grave que causa fibrose tecidual generalizada na derme, na fáscia subcutânea e nos músculos estriados. Também pode causar fibrose em pulmões, miocárdio e fígado; sendo progressiva e até mesmo fatal. Tem sido observada nos pacientes com insuficiência renal em grau moderado ou avançado. MANIFESTAÇÕES CLINICAS • Em 2006 iniciaram as notificações oficiais de casos de FNS sugestionando uma relação com contraste gadolínio usado nos exames de Ressonância Magnética, porém ainda não há uma confirmação definitiva, mas a conduta é de manter o máximo de cuidados. • Nos casos observados de pacientes renais crônicos que receberam o gadolínio constatou-se de forma tardia após a administração: Edema nos pés, pernas e mãos com lesões bolhosas; Placas ou pápulas amareladas próximas aos olhos; Hipertensão arterial súbita, porém transitória. • Em algumas semanas, a medida que diminui o edema, surgem grandes áreas endurecidas em placas com bordas irregulares ou difusas, eritema que evolui para espessamento, aspereza e endurecimento na pele afetada, dando aspecto de “ casca de laranja” com sulcos profundos e perda de anexo e muita queixa de pruridos, sensação de queimação, dores em pontadas nas áreas afetadas e as vezes aumento da temperatura local. • O extenso envolvimento cutâneo pode comprometer o coração, pulmões, fígado, obstrução/ oclusão de fístula arteriovenosa e múltiplos infartos cerebrais. Fibrose Nefrogênica Sistêmica Fibrose Nefrogênica Sistêmica Lesão superficial de aspecto áspero e placas róseas (achados de início da FNS). Fibrose Nefrogênica Sistêmica Em progressiva FNS, a pele torna-se fibrótica com uma aparência brilhante e o tecido subcutâneo é diminuído. Fibrose Nefrogênica Sistêmica Vermelho-marrom. Placas indicam profundo envolvimento da pele com FNS. REAÇÕES ADVERSAS AO GD Costumam ser de frequência consideravelmente baixa; Após a injeção de 0,1 ou 0,2 mL/kg varia de 0,07% a 2,4%, sendo a vasta maioria reações leves. REAÇÕES ADVERSAS • O registro do relato do episódio da reação prévia é fundamental na tentativa de classificar sua gravidade: • Reações leves: Quase sempre autolimitada e sem necessidade de tratamento específico; • Reações moderadas: Não ameaçadora à vida, mas requerem tratamento; • Reações graves: Ameaçadoras à vida e podem ocorrer sem fatores de risco específico a qualquer tipo de contraste (podem evoluir a partir de reações leves/moderadas). EFEITOS COLATERAIS REAÇÕES LEVES REAÇÕES MODERADAS REAÇÕES GRAVES Náuseas Prurido Dispneia Insuficiência Respiratória grave Vômitos Rash cutâneo Broncoespasmo Perda da consciência Alteração no paladar Urticária Edema laríngeo leve Convulsão Sudorese Tosse Taquicardia sintomática Arritmia Calor Congestão nasal Bradicardia sintomática Angioedema progressivo Rubor Espirro Hipotensão Parada cardiorrespiratória Ansiedade Edema palpebral leve Hipertensão Edema facial leve • ® • ® á é • ® • ® ( • ® • ® • ® • ® ó
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