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RESUMO PENAL II

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Histórico das penas OK
Teorias sobre as funções das penas OK
Princípios das Penas OK
Estudo das Circunstâncias do crime OK
Reincidência OK
Penas
Espécies de penas
Penas privativas de liberdade OK
Penas Restritivas de direito OK
Penas de multa OK
Aplicação da pena de multa OK
Cálculos da pena OK
Concurso de crime OK
Medidas de segurança OK
Sursis 
BREVE HISTÓRICO DAS PENAS
a) Formação comunitária: Solidariedade, necessidade de reprodução e alimentação
b) Vingança de sangue: Reação coletiva contra ato agressivo, falta de proporcionalidade
c) Expulsão: Pena passa a ser pessoal, mas ainda sem proporcionalidade
d) Talião: Mantém a pessoalidade, ficando evidente a proporcionalidade (olho por olho, dente por dente)
e) Composição ou transação: Pagamento em dinheiro, colocando em risco a proporcionalidade já que quem tinha posses poderia se beneficiar
f) Fase Estatal: 
Medieval: Penas cruéis e desproporcionais
Moderno: Contrato Social, pena é retribuição estatal
TEORIAS SOBRE A FUNÇÃO DAS PENAS
1) Abolicionistas
Penas nunca foram eficazes porque nunca impediram o cometimento de crimes;
Propõe a abolição das PPL.
Sugere um sistema privado de solução de conflitos
2) Justificadoras
2.1.) Clássica ou da Retribuição
Kant: Norma quando violada gera uma consequência/retribuição, que é a pena;
Hegel: Crime é a negação da norma
A pena se configura em retribuição ao crime cometido
3) Preventivas
Prevenção geral: Caráter intimidativo
Prevenção especial: Incide sobre determinado indivíduo
3.1.) Prevenção Geral
Através da coação psicológica, as penas visam evitar que as pessoas cometam crimes
Negativa: Pena destinada a evitar que as pessoas cometam crimes
Positiva: Pena reafirma a eficácia da normal penal e cumpre com as expectativas da população
3.2.) Prevenção Especial
Sem a segregação, neutraliza-se o indivíduo e assim, produz prevenção
Negativa: Impede que o criminoso volte a delinquir pela neutralização
Positiva: Visa ressocializar o apenado
Teorias adotadas pelo Sistema Brasileiro
Ressocialização: Art. 1º da Lei de Execuções Penais
Prevenção (especial e geral): Art. 58 CP
PRINCÍPIOS QUE GEREM AS PENAS
Legalidade: Lei penal estabelece sanção;
Humanização: Respeitar a dignidade da pessoa humana;
Pessoalidade: Não pode passar da pessoa que praticou o crime;
Individualização: Deve ser individualizada de acordo com o caso e as peculiaridades do agente;
Proporcionalidade: Crime de furto dele ter pena menor que de homicídio;
Proibição de dupla punição
CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
Circunstâncias elementares
São circunstâncias que identificam determinada infração. Se não estiverem presentes, ocorre a atipicidade do fato ou tipicidade de outro crime;
Elementos que fazem parte da estrutura do crime; 
Imprescindíveis ao crime;
Presentes no caput, estão no tipo, já valoradas pelo legislador no momento da fixação da pena abstrata;
Se tirar, desaparece o crime;
Circunstâncias simples
Não compõe a identificação típica do crime, são elementos externos que propiciam ao juiz determinar o grau de provação da conduta e assim fixar a pena concreta.
Não faz parte da estrutura do crime;
Tá no parágrafo;
Influencia na aplicação da pena;
Aumentam ou diminuir as consequências jurídicas;
Ex.: Crime de Furto:
Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Circunstâncias elementares do crime: subtrair, coisa alheia (fazem parte da estrutura do crime)
Circunstância simples: A noite (aumenta a pena)
Ex. 2: Homicídio com veneno
Circunstância simples: veneno adicionado ao tipo básico faz com que a pena aumente
Circunstâncias judiciais
A) Antecedentes: Duas posições doutrinárias e jurisprudenciais de como deve ser entendido
A. 1.) Antecedentes criminais são todas as ocorrências policiais, processos criminais em andamento, processos criminais e que houve absolvição por falta de provas ou causas de extinção de punibilidade.
A. 2.) Só podem ser considerados mais antecedentes, condenações criminais que não geram reincidência. Está fundada no princípio da presunção de inocência.
B) Conduta Social: Relações que o réu possui com familiares, no trabalho, vizinhança. Todavia uma observação a conduta social só pode ser utilizada de forma negativa se tiver relação com o fato cometido.
C) Personalidade: Dados psíquicos que caracterizam e identificam determinado indivíduo. Se forma normalmente em face de dados herdados ou adquiridos que se refletem no modo de ser. Também deve ter relação com o fato cometido.
D) Motivos: É a propulsão subjetiva que faz nascer, mentalmente, o desejo e a prática criminosa. Por óbvio, os motivos não justificam a existência do crime, mas por serem nobres ou repugnantes, darão um sentido de reprovação da conduta e por isso devem ser utilizados no momento da concretização da pena.
Obs.: Os motivos aparecem no sistema como circunstâncias judiciais, como legais, como qualificadoras, maj. E min. Não se pode utilizar a mesma circunstância mais de uma vez. Por isso, observe a ordem de preferência:
Qualificadoras Maj. e Min. Agravantes e Atenuantes Circunstâncias Judiciais
E) Comportamento da vítima: Se a vítima, em seu comportamento, facilita ou daria a ocasião para o cumprimento do crime, o comportamento deve ser considerado favorável. Caso o comportamento da vítima não tenha influenciado, deve ser considerado negativo.
F) Consequências: Termo aqui é empregado como efeitos e não como resultados físicos (típico) ou jurídico (valor).
Ex.: Homicídio: 
Resultado físico: morte
Resultado jurídico: dano
Efeitos: filhos órfãos e esposa desamparada economicamente
G) Circunstâncias: São dados externos que não compõem o crime. Normalmente se relacionam ao lugar do crime, ao tempo de duração da conduta criminosa, condições e relações com a vítima, tratamento dado à vítima durante a execução.
H) Culpabilidade: A culpabilidade se refere a um juízo de reprovação e censura que recai sobre o agente pelo fato cometido. Quando se analisa o fato configura crime, se faz um juízo sobre a existência da culpabilidade, aqui, como circunstância judicial, se analisa o grau de intensidade do juízo de reprovação.
Circunstâncias Legais
Gerais: 
Agravantes
Atenuantes
Min. da parte geral
Maj. da parte geral
Especial
Maj. da parte especial
Min. da parte especial
Qualificadoras
As judiciais influenciam na pena concreta, já as qualificadoras influenciam na pena abstrata;
Método trifásico: As circunstâncias se ligam ao método, sendo que cada fase está ligada a um grupo de circunstâncias:
1ª fase da pena base: São utilizadas as circunstâncias judiciais do art. 59 no processo de individualização.
2ª fase da pena provisória: São utilizadas somente as legais: agravantes e atenuantes.
3ª fase da pena definitiva: Maj. e min.
REINCIDÊNCIA
Requisitos:
Condenação com trânsito em julgado por crime
Exceção: Conceito do art. 63 admite o reconhecimento da reincidência quando houver contravenção + contravenção.
Não geram reincidência:
Condenação por multa (segundo STF)
Crime patético
Crime militar próprio (tipicamente militar), gera maus antecedentes
Não geral reincidência porém geram maus antecedentes:
Crime político
Crime militar próprio (desde que a segunda infração não seja crime militar)
Condenação por contravenção (desde que a segunda seja crime)
Combinação de infrações:
Crime + crime: reincidente
Crime + contravenção: reincidente
Contravenção + crime: Não reincidente
Contravenção + contravenção: Reincidente
ESPÉCIES DAS PENAS
 PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
“As penas privativas de liberdade têm seus limites estabelecidos na sanção correspondente a cada tipo legal de crime”
São sanções penais de duração limitada no tempo, que atingem diretamente o direito de liberdade do condenado.
Espécies:
Reclusão 
Crimes médios e grades, variam de 1 a 30 anos
Detenção
Crimes leves, pena máxima de +- 6 anos
Prisão simples
Contravenções penais de levíssimo potenciallesivo
Regimes prisionais aplicáveis:
Crime: Infrações punidas com reclusão e detenção
Pena de Reclusão regime inicial fechado
Pena de detenção não admite regime inicial fechado
Contravenção Penal: Infrações punidas com prisão simples ou multa
Prisão simples não admite regime fechado em hipótese alguma
Regimes de cumprimento de pena
Fechado
Cumprimento da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média: penitenciária; 
Vigilância ostensiva;
Cela individual, tamanho mínimo 6 metros quadrados;
Semiaberto
Cumprido em colônia agrícola industrial ou estabelecimento similar;
Trabalho na colônia sem vigilância durante o dia;
Menos vigilância ostensiva;
Cela pode ser coletiva durante a noite;
Cela digna mesmo que em conjunto;
Em função de não haver espaço na colônia para todos, a lei de execução penal permite que o sujeito trabalhe em outro local fora da colônia, voltando as noites;
Aberto
 Preso trabalhar (obrigatório) durante o dia em liberdade total e retorna à noite, feriados e finais de semana às casas de albergado;
Albergado (lei): casas com cursos, educação, instrumento de readaptação ao convívio social;
Regime aberto domiciliar
Preenchidas determinadas circunstâncias:
Maior de 70 anos;
Gravemente enfermo;
Gestante ou mulher com filhos pequenos;
Dificuldade de ficar na casa de albergados por algum motivo;
Problema de falta de vagas nas prisões
 Regime aberto: Em função de não haver vaga nas casas de albergado, os tribunais permitem, mesmo os presos não tendo condições, a prisão albergue domiciliar;
 Regime semiaberto: Quando falta vaga, tribunais superiores decidira que preso não pode ficar em regime fechado até que surja vaga nas colônias, faltou vaga: ele espera vaga no regime aberto. 
Regime fechado: Dignidade da pessoa humana é violada e os presos são empilhados nas penitenciárias.
Dinâmica da evolução nos regimes
Progressiva
Vai passando do regime grave para o regime mais ameno;
Fechado Semiaberto Aberto
Deve se adaptar para depois ir para o outro;
Não pode pular do fechado para o aberto;
Condições para progressão: 
Objetiva: Cumprimento de parcela da pena
Crimes comuns: 1/6 da pena
Crimes hediondos: réu primário: 2/5; reincidente: 3/5
Subjetivo: Mérito: Bom comportamento
Art. 322 CPP Fiança:
Delegado só pode fixar com regime de detenção ou prisão simples
Autoridade judicial pode fixar para regime de reclusão
 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Sanções de caráter alternativo que representam limitações a direitos do condenado;
Reserva as privativas de liberdade para fatos com maior gravidade;
Características:
Substitutivas: Substituem as PPL fixadas na sentença (caso os requisitos legais estejam presentes)
Autonomia: São aplicadas isoladamente
Adequação do fato cometido: Verificação dos fins preventivos e retributivos
Espécies
Prestação pecuniária
Prestação de serviço à comunidade
Perda de bens e valores
Limitação de final de semana
Interdição temporária de direitos
Requisitos necessários
Objetivos
Natureza do crime: Não cabe substituição se o crime for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa
Quantidade de pena concreta: Máximo 4 anos
Hipóteses:
Pena não superior a 1 ano: substituição por 1 PRD
Pena superior a 1 ano e inferior a 4 anos: substituição por 1 multa + 1 PRD ou 2 PRD
Subjetivos
Réu não pode ser reincidente por crime doloso
Juízo de conveniência favorável
 PENA DE MULTA
Pena de multa é regulada pelo sistema do dia-multa (escandinavo).
Fixa-se primeiramente o número de dias (mínimo 10 – máximo 360)
Segundo momento, atribui-se o valor, que pode ser 1/30 a 5 vezes o salário mínimo;
Espécies
Multa principal: o tipo penal prevê como única pena;
Multa alternativa: o tipo penal prevê uma PPL ou uma pena de multa;
Multa cumulativa: o tipo penal prevê uma PPL e uma multa;
Multa substitutiva: Substitui uma PPL na sentença condenatória, presentes os requisitos:
Réu não reincidente em crime doloso;
PPL fixada em no máximo 6 meses;
Circunstâncias do 59 favoráveis;
Substituição isolada 
A.
1) PPL fixada no máximo em 1 ano: substituição por multa isolada
2) PPL fixada em até 4 anos e superior a 1 ano: substituição por pena cumulativa com PRD
	B. Crime não pode ser cometido com violência ou grave ameaça
	C. Réu não pode ser reincidente em crime doloso
	D. Juízo de conveniência favorável
Fixação da Pena de Multa
O juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. **
1ª etapa: Estabelecido o número de dias-multa
Deve atentar-se a natureza mais ou menos grave do crime, para as circunstâncias judiciais que levarão à pena-base, para as agravantes e atenuantes e para as causas de aumento e diminuição de pena.
Encontrado o número de dias-multa, deve então ser observada a situação econômica do réu para ser valorado.
2ª etapa: Fixa-se o valor de cada dia-multa
Exemplo
2 desfavoráveis
Reincidência
Desconhecimento da Lei
Min. de ½
Réu empregado R$ 3.500
2 filhos
Casado
Pensão para um 3º filho
1ª fase 
PENA BASE
Termo médio = 10 + 360
370 / 2
185 dias/multa
Intervalo = Termo médio – Termo mínimo
185 – 10
175 dias/multa
Número dias/multa dividido por 8 (art. 59)
175 / 8
21, 9
Fixar a pena base = Mínimo + acréscimo das desfavoráveis
Pena base = 10 + (2.22)
Pena base = 10 + 44
Pena base = 54 dias/multa
PENA PROVISÓRIA
Reincidência (agravante/subjetiva/preponderante)
Desconhecimento da lei (atenuante/subjetiva/não preponderante)
Pena provisória = 1/6 PB
54/6
9 dias/multa
Não preponderante vale metade (regra)
Preponderante: 9 dias/multa (reincidente) AGRAVANTE
Não preponderante: 4,5 dias/multa (desconhecimento da lei) ATENUANTE
PP = PB – AT + AG
PP = 54 – 4,5 + 9
PP = 58,5 dias/multa
PENA DEFINITIVA
PD = 58,5 – ½ (min.)
PD = 29 dias/multa
2ª fase 
Valor dos dias/multa
Critério: situação econômica do réu
Limite: 1/30 a 5 salários mínimos
1/20 x 678,00 = 33,90
PF = 29 dias/multa x 33,9
PF = 983,10 reais por dia/multa
FIXAÇÃO DA PENA
1ª fase) Pena Base
Será fixada atendendo ao critério do artigo 59 do CP, considerando as circunstâncias judiciais.
O juiz, ao fixar a pena base, não pode exceder as cominações máximas e mínimas previstas em lei.
Exemplo:
Josenildo matou alguém
Mediante pagamento;
Utilizou-se de veneno;
Processado e condenado a 10 anos de reclusão (4 anos atrás);
Homicídio qualificado: art. 121 § 2º, I
Pena de reclusão de 12 a 30 anos
2ª fase) Pena Provisória
Juiz analisa a incidência de circunstâncias legais (agravantes e atenuantes);
A fixação da pena não pode extrapolar os limites legais;
Em caso de agravante: acrescenta-se 1/6
Em caso de atenuante: diminui-se 1/6
AGRAVANTES
Reincidência
O agente cometido o crime: 
a) por motivo fútil ou torpe; 
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; 
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido; 
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum; e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; 
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; 
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; 
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crimealguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
No caso de Josenildo, ele é reincidente, o que agrava a pena de 12 anos em 1/6: 2 anos
(Ainda não passaram-se 5 anos após o cumprimento da extinção da pena)
E foi utilizado veneno, aumenta-se em 1/6: 2 anos
Mediante pagamento já foi utilizada para qualificar o crime, então não pode ser usada;
ATENUANTES
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
II - o desconhecimento da lei;
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Pena Base = 12 anos
Agravantes: 2 (2 anos cada)
Atenuantes: 0
Pena Provisória = 12 + 4 = 16 anos
PENA DEFINITIVA 
Nessa fase, o juiz analisa a existência de causas (gerais ou especiais) de aumento ou diminuição de pena.
** NESTA FASE, a pena pode exceder os limites previstos na lei.
Diminuição de Pena
§ 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Aumento de Pena
§ 4º - No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
Não é o caso pois não trata-se de homicídio culposo, e sim doloso.
Pena Definitiva então 16 anos.
Exemplo
Pena abstrata 10 – 15 anos
4 desfavoráveis
Confissão
Menoridade
Maj. de 1/3
1ª fase
Termo médio = 10 + 15 = 25
25 / 2 = 12,5
Intervalo = 12,5 – 10 = 2,5 anos
2,5 x 12 meses = 30 meses
30 / 8 = 3,75
PB = 10 anos + (4 x 3,75 meses)
PB = 10 anos + 15 meses
PB = 10 anos + 1 ano + 3 meses
PB = 11 anos + 3 meses
PB = 135 meses
2ª fase
Confissão -1/6 = 22,5 meses
Menoridade - 1/6 = 22,5 meses
PP = 135 meses – 22,5 – 22,5
PP = 90 meses
PP = 7 anos e 6 meses
3ª fase
PD = 90 meses + (1/3 x 90)
PD = 90 + 30
PD = 100 meses
CONCURSO DE CRIME
Não é proporcional a pena quando é somada.
Ex.: 15 vezes um furto qualificado é 30 anos, o que equivale a latrocínio seguido de morte;
Concurso Material: Art. 69 CC
Hipótese residual (subsidiária): vários crimes com várias ações merece a soma das penas;
Só incide o concurso material se não for caso de concurso formal ou crime continuado;
Sistema de cúmulo material;
Furto, estupro e estelionato: 3 crimes em concurso material;
Homogêneo: crimes da mesma espécie: vários furtos.
Heterogêneo: crimes diferentes.
Concurso Formal: Art. 70 CC
Uma ação ou omissão comete vários crimes (múltiplos resultados);
Próprio/ Perfeito: Não tem mais de um desígnio 
Não tem previsão de resultado lesivo;
Dolo de um resultado;
Agente acerta tijolo em uma janela e acerta uma pessoa;
Pena: Exasperação: Pena aumentada em fração
Deverá ser aplicada a pena mais grave, com o acréscimo em fração de 1/6 a metade;
Ex.: Sujeito comete 3 crimes: penas de 2, 3 e 5 anos: Usa-se a pena mais grave: 5 e acresce 1/6 a metade pelo juiz;
Quanto maior o número de crimes: maior o aumento.
Ex.: Motorista de ônibus causa a morte de 15 passageiros (uma ação e vários resultados): critério de exasperação: pena mínima de 2 anos: aumenta de 1/6 a metade: grande número: aumenta a metade: pena final de 3 anos.
Imperfeito/ Impróprio: Tem mais de um desígnio
Dolo direito ou eventual;
Envenena duas pessoas ou mata duas com um único tiro;
Penas: Critério de cumulação: Penas somadas
Ex.: Uma pessoa mata 3 com uma bomba (uma conduta, 3 crimes, 3 dolos diretos, 3 vontades de resultado), a pena deve ser de cumulação de penas, a pena será razoável pelos 3 dolos/intenções de matar.
Crime continuado
Crimes:
Mesma espécie (previsto no mesmo tipo penal)
Semelhante condição de tempo (30 dias);
Semelhante modo de execução;
Mesmo lugar;
Mesmo tipo de vítima;
Pena aplicada pelo modo de exasperação: pena do crime mais grave com acréscimo de 1/6 a metade.
Muito menor que a soma das penas;
SANÇÃO PENAL 
Introdução: Direito Penal: Conjunto de normas que advém do poder público: Normas incriminadoras, explicativas e permissivas;
Art. 4º CC: Crime é praticado na hora da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Art. 23 CC: Excludentes de Ilicitude:
Estado de Necessidade
Legítima Defesa
Exercício regular de um direito
Estrito cumprimento do dever legal
Há crime porém o comportamento está justificado então não há sanção penal;
Sanção Penal
Reação do Estado para impor sobre aquele infrator da norma;
Crime é todo comportamento que lesa;
Para cometer crime precisa da manifestação de vontade;
Consequência do crime: sanção imposta pelo Estado (vedada justiça com as próprias mãos)
Pena ou medida de segurança
Diferença de Pena e Medida de Segurança
PENA
Obrigatória
Aflitiva
Intimidativa
Capacidade de entender o caráter ilícito do fato realizado: IMPUTÁVEL
Juízo de culpabilidade;
Quantum determinado;
PENA RECAI SOBRE IMPUTÁVEL: 
Pena recai sobre quem tem discernimento mental;
Capacidade/responsabilidade penal pelos seus atos;
Discernimento, passíveis de distinguir o que é correto e incorreto;
Regras de conduta na sociedade;
Imputável pode escolher conduta adversa;
Agir com consciência e vontade ao praticar o crime;
Pessoa que busca a ação com consciência e comportamento volitivo, sabe o resultado que vai ter
MEDIDA DE SEGURANÇA
Inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato no momento do delito: INIMPUTÁVEL
Medida que visa afastar da sociedade o agente perigoso;
Juízo de periculosidade;
Quantum indeterminado;
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Noções introdutórias:
Art. 90 a 99 CC
Fins curativos, terapêuticos, medida advinda de meios médicos.
Sistema atual aplicado pelo CC: Vicariante: Juiz jamais pode aplicar em um único caso medida de segurança e pena;
Norma de caráter explicativo por que não há pena, há tratamento;
Tem execução própria;
Pessoas que não apresentam grau de culpabilidade;
Independe da gravidade do delito;
Juízo de periculosidade atesta que as pessoas não podem ser responsabilizadas com pena;
Perícia médica: médicos forenses determinam a gravidade da doença;
Medida de readaptação;
Hospitais tem que estar conveniente para receber os destinatários e os médicos preparados;
Restrições que recaem sobre pessoas determinadas: destinatários certos 
Destinatários: INIMPUTÁVEIS E SEMIIMPUTÁVEIS
SEMIIMPUTÁVEIS: Embora tenham tido capacidade em determinado momento da vida, porém ao praticar o crime, na hora da ação ou omissão, não tinham completo entendimento.
Art. 26 CC
Situação que reduz a capacidade de entendimento.
Ex.: álcool, drogas, etc.
Sujeitas a pena ou medida de segurança, o juiz decide, aplica juízo de valor (conduta passível de sanção) e verifica a necessidade do tratamento ambulatorial;
INIMPUTÁVEIS: Merecem tratamento especial;
Não tem responsabilidade, não são portadoras de capacidade mental;
Embora tenha conduta ilícita;
Princípio da individualização da pena, Art. 59 do CC
Direitos do internado;Medida de segurança é: 
Meio legítimo do Estado;
Segurança para o convívio social tirando as pessoas que possuem periculosidade;
Periculosidade:
Presumida pelo legislador penal: (disposta pela lei): do inimputável
Real: do semi imputável;
Condições legais para aplicação da Medida de Segurança:
Crime: ato típico e ilícito, adverso ao direito
Pessoa determinada: pessoa sem discernimento de vontade, portadores de deficiência mental, pessoas passíveis da medida de segurança
Periculosidade real ou presumida: necessitam de meios curativos
Espécies
Detentiva: Internação em hospital psiquiátrico, retira a pessoa da sociedade;
Restritiva: Tratamento ambulatorial, geralmente desintoxicação;
SURSIS
Suspensão condicional da pena
É a suspensão temporária da execução de uma pena;
Diferente de suspensão condicional do processo;
Requisitos objetivos
Apenas é concedido a condenados de penas privativas de liberdade (fixada em sentença condenatória irrecorrível)
Veda-se esse direito às penas de multa ou PRD, beneficiam-se, portanto somente os condenados, as penas de reclusão, detenção e prisão simples (nas contravenções) = PPL
Permite-se a concessão do benefício, a pena privativa de liberdade, ou seja, penas concretas que não sejam superiores a dois anos.
Requisitos subjetivos
O condenado não seja reincidente em crime doloso, salvo se condenado anteriormente apenas à pena de multa e possuir circunstâncias judiciais favoráveis; 
O réu reincidente em crime doloso, excepcionalmente, na forma da lei penal, poderá obter substituição da PPL por restritiva de direito.
A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
Dessa forma, mesmo que o agente não seja reincidente, condenações anteriores ou envolvimento em inúmeros processo-crimes podem, se assim o entender o juiz, impossibilitar a concessão da suspensão condicional da pena.
Obs.:
É um direito público subjetivo do réu e tem caráter sancionatório;
O juiz pode fixar, além das condições legais, outras condições que achar conveniente;
Período de prova de 2 a 4 anos, havendo outros excepcionais;
Sursis simples/ordinário:
No 1º ano de prazo, o condenado deverá prestar serviços à comunidade ou se submeter à limitação do fim de semana.
Sursis etário ou de saúde:
Idade + de 70 anos da data da entrega da sentença ou motivos de saúde;
A PPL não pode ultrapassar 4 anos;
O tempo de prova é de 4 a 6 anos;
Sursis especial:
Aplicação subsidiária;
+ brando;
Ter reparado o dano, salvo impossibilidade;
Pessoa para receber precisa ser inteiramente favorável as circunstâncias do 59;
Condições:
Proibição de ir a certos lugares, comparecer todo mês à juízo e proibição de mudar-se da comarca onde reside;
Revogação obrigatória
Art. 81
Quando no correr do prazo, o beneficiário for condenado por crime doloso em sentença irrecorrível.
No 1º ano, o beneficiário não cumprir à prestação de serviço à comunidade ou a limitação do fim de semana ou não efetua a reparação do dano sem justificar o motivo.
Art. 64 I
Livramento condicional: com ou sem revogação
Sursis
Prazo depurador de 5 anos: reincidência temporária
Início da contagem: data do cumprimento ou da extinção da pena
Exemplo 1)
Sursis sem revogação
Pena concreta 2 anos
Tempo de prova sursis 3 anos
Início sursis + audiência ____3 anos____ Fim sursis 
Segundo o art. 64, nesta hipótese o tempo de sursis é computado no prazo depurador, logo, transcorrido + 2 anos, a condenação não gerará mais reincidência.
Sursis com revogação
Pena concreta: 2 anos
Sursis: 4 anos
Revogação com 2 anos de sursis
Início 2 anos revogação início da pena concreta fim do cumprimento 
Do 
Sursis 
 Início da 
 Contagem do
 Prazo depurador
Segundo o artigo 64 I, se sursis é revogado, o tempo de cumprimento é desconsiderado e assim, o condenado deverá cumprir a pena concretizada na sentença e somente desta data, contar-se-á o prazo depurador de 5 anos.

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