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Aula 4 MTPJ

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Aula 1 
Direito é a Ciência Social aplicada. Ele assume visão prática em relação às outras ciências, as quais têm objetos para cada disciplina. MTPJ é o estudo da substância do direito, o sentido que ele toma na sociedade.
Reflexividade: Distinguir o significado interior do significado científico. É necessário desvincular a opinião própria, a concepção própria para produção de textos acadêmicos.
Aula 2 e Aula 3
Organização Lógica do Trabalho Científico
Hipótese: É uma ideia não confirmada, logo uma suposição que necessita verificação. Ao inicio de um trabalho acadêmico há uma hipótese e ao final do mesmo uma tese.
Tese: Só existe com a comprovação empírica da hipótese, caso não haja confirmação, trabalha-se com um resultado negativo. Esse não implica o fracasso do trabalho, já que é natural desde que se apresentem as circunstancias. 
Problema: Ele pode ser prático ou teórico. Prático quando busca uma intervenção imediata no meio social. No direito, o problema prático pretende preencher lacunas para assegurar a segurança jurídica. Um problema prático/ concreto se alia à relação hipótese/tese, o resultado negativo não cabe, pois não há a resolução do problema almejado pelo problema prático. No problema teórico, o resultado negativo tem grande valor, pois abre margem para a realização de outras pesquisas no mesmo sentido. O problema teórico está ligado a uma descrição, a compreensão de um fato, por isso, assume valor muito grande. A tese é relacionada ao resultado de um problema prático. Então qual seria um resultado de um problema teórico? O resultado é uma descrição (causa e feito), pode-se elaborar uma hipótese e deixá-la em aberto. A legitimação transforma a tese em teoria, e começa a ser utilizada por outros meios sociais. 
Teoria: A legitimação transforma a tese em teoria, que começa a ser utilizada por outros meios sociais. 
Objeto: Ele deve ser bem delimitado, pois deve ser parte de um projeto exequível. Deve-se definir o espaço em que está localizado o objeto, num recorte geográfico. Deve-se delimitar o tempo em que está localizado o objeto, num recorte temporal. A localização do objeto deve ter uma perspectiva temporal e espacial, além de material. Ele deve ser possível. A possibilidade material, os recursos materiais são de extrema importância. É bom pensar no problema anteriormente, já que o objeto é a realidade que se vai interpretar.
Objetivo: É onde se quer chegar, é a meta. O objetivo geral é a finalidade. O objetivo específico é compreender as motivações para determinadas mudanças, por exemplo. Ele é exatamente aquilo que se quer fazer no trabalho e com que material se quer fazer.
Fundamentação: É aquilo que ampara a hipótese. Ela serve para organizar as informações previas, colocando a pessoa dentro do espaço acadêmico. Não se deve deixar conceitos abertos, por isso, utilizam-se conceitos operacionais quando não se investiga. O marco teórico é a ideia que ira defender, contrapor. Ele é a base das idéias e não precisa ser único e nem concordar. Ele serve para extraviar as informações previas e ajudar na fundamentação.
Justificativa: Ela se aproxima do problema e não do objetivo. Ela é para que serve o trabalho, porque ele é importante. Pega-se o problema apresentado e contextualiza conferindo relevância ao trabalho. A relevância não precisa ser a importância pratica imediata. Ela pode estar associada a uma forma original de estudo. Ela é uma forma de contribuir para a pesquisa, uma inovação metodológica, por exemplo, um método alternativo.
Aula 4
Base Empírica das Ciências Sociais
Indução/Dedução
Empirismo/Especulação
Dever não Teórico
Elementos Essenciais para a Pesquisa nas Ciências Sociais:
Teórico – Orgânico = Literalidade das Normas Jurídicas
Ideológico – Social – Histórico = Visão de Mundo, Conjunto de Valores
Esses elementos não atuam na pesquisa separadamente, porque deve haver uma interação orgânico-social, que ocorre a partir da contextualização. Contextualizar é considerar os diversos fatores que envolvem uma questão sempre os vinculando a interpretação. Apesar disso, o empirismo não pode ser descartado nas Ciências Sociais, pois ele não é importante só para as Ciências Naturais.
Idade Média: Especulação e dedução eram as formas de interpretar o real. 
Exemplo no Direito: Positivismo Jurídico. Ele cria conceitos especulativos para aplica-los ao caso concreto. Entretanto, o caso concreto deve preencher requisitos para um conceito se encaixar nele.
O processo dedutivo/especulativo possui um problema que envolve a aplicação dos conceitos ao caso concreto. Esse problema é a universalidade, a qual projeta conceitos no tempo e espaço, sem considerar que arranjos sociais mudam de acordo com o tempo e espaço. Isso gera uma complicação em relação à produção do trabalho científico quanto ao objeto, que acaba não sendo possível.
Contudo, o processo indutivo não está alheio a problemas. A indução cai no problema da generalização vinculada a evidência, porque ela cria características e qualificações gerais. Os objetos das Ciências Sociais não são auto evidentes como os das ciências naturais, os quais não precisam de interpretação. Dessa forma, sempre há a necessidade de uma teoria prévia, porque dados não falam por si só. 
Aula 5
Bacharelismo Jurídico no Brasil
Texto Daniela: A postura dogmática é o recebimento e a transmissão de informações sem pesquisa e análise, por isso, ela é alvo de muitas críticas, embora presente em todos os campos das Ciências Sociais. Tecnicamente, o texto de Daniela tem uma estrutura combatível pelo texto de Luciano Oliveira. Entretanto, a linha do tempo é essencial, já que Daniela propõe uma análise das mudanças históricas. 
Então, o texto de Daniela tem que ser analisado não sob o ponto de vista técnico, pois apesar de uma postura dogmática, o conteúdo apresenta um histórico passível de analise crítica sob o viés abordado por Luciano Oliveira.
Problema: Discurso de Autoridade. O texto de Daniela expõe um período histórico em que os professores de Direito tinham que se basear em discursos de autoridades. Isso é criticado no texto de Luciano Oliveira, porque esse artifício é utilizado com excesso e acaba perdendo o sentido. O problema do discurso de autoridade é a necessidade de colocar um autor renomado, que muitas vezes se torna um uso equivocado das ideias do autor. O autor deve ser justificado como um marco teórico, o qual tenha coerência com a pesquisa. Embora utilizado pelos operadores do direito de forma essencial, o discurso de autoridade vira um entrave para o pesquisador, não um artificio que valoriza a pesquisa 
Problema: Dogmatismo. O operador do direito não tem o costume de especificar ou descrever os conceitos que utiliza. Entretanto, o pesquisador deve indicá-los, mas o dogmatismo deve se restringir quanto a isso para que não seja excessivo na pesquisa. 
A sociologia é um recurso teórico para a realização da justiça. A simples utilização da sociologia não significa que se está fazendo sociologia. Ela serve como um instrumento para o direito na interpretação das normas. A sociologia se baseia na descrição, por isso, prefere problemas teóricos. O uso da sociologia, muitas vezes, é errado por não haver contextualização.
Aula 6 e 7
Teoria do Conhecimento Científico
Ciência Normal 
Paradigma Esses conceitos são interdependentes.
Quebra-Cabeças 
Pesquisar = Interpretar > Forma de pensar a realidade.
Conceitos teóricos: Eles precisam ser definidos, porque existem explicações distintas para um mesmo conceito. Eles devem constituir as palavras-chaves do texto acadêmico. 
Ciência Normal: Ela traz um modelo de interpretação da realidade, a qual possui um ponto de partida e um ponto de chegada. O método é o meio utilizado para o caminho entre o ponto de partida e o ponto de chegada. 
Quebra-Cabeças: Ele pode ser utilizado como resolução da Ciência Normal. Ele é um caminho para chegar do ponto de partida ao ponto de chegada. Ele é como se chega de umponto ao outro. 
Paradigma: Ele é um modelo que o individuo carrega consigo, o qual dá base para a pesquisa. O início e o final não mudam em uma pesquisa paradigmática, então, há um mesmo ponto de partida e ponto de chegada, o que não significa haver apenas um caminho a percorrer. O dogma é assimilar e reproduzir conceitos de maneira acrítica, ele está dentro do paradigma, o qual só existe porque existem conceitos dogmáticos. Ter paradigma único não significa a existência de um único meio. 
Como pesquisamos=Metodológico
O que pesquisamos=Epistemológico
O debate epistemológico altera o paradigma, logo ele se vincula a problemas práticos, os quais visam a mudança de paradigma, enquanto os problemas teóricos não.
Luciano Oliveira: “Precisamos de boas doutrinas.” Isso significa dizer que precisamos de melhores montadores de quebra-cabeças. Ele não foge do paradigma jurídico, pois ele pretende melhora-lo aperfeiçoando a montagem do quebra cabeças. 
Teoria X Doutrina: Ambas constituem um pensamento sistemático, mas a doutrina é um conjunto de crenças, já a teoria é algo verificável.
MTPJ – AULA 9 - DIREITO E PSICOLOGIA SOCIAL
Autores: Sérgio Moscovia e Denise Jadelet 
O trabalho de Jadelet gira em torno de como o elemento "subjetividade” vem para o Direito.
A ideia de sujeito no Direito:
OBS: O estudo do direito pode ser feito de dois pontos de vista: normativo ou fenomenológico.
Na visão doutrinária/ normativa (descritiva) está associada ao direito, à defesa e justiça das minorias; 
OBS: Envolve reconhecimento e identidade, ou seja, parte do aspecto macro para o micro. É uma individualização do direito, embora, esteja falando de grupos.
Na visão da psicologia social está associada à análise do discurso quando o assunto é descrição. A análise de discurso também possui uma série de aspectos individuais. Ela pode ser aplicada nas decisões judiciais, ao conjunto de textos literários do direito, entrevistas e etc., ou seja, é aplicada quando se faz necessário compreender e analisar determinado comportamento social.
OBS: É diferente da doutrina que parte do aspecto macro de justiça para um setor específico. 
A psicologia social quando foi incorporada no Brasil assumiu um viés político muito grande. Ela se refere ao fato de que: “o discurso vai muito além do que a gente ouve”.
Quando o direito incorpora essa ideia o positivismo se depara com a necessidade de interpretação da lei e de suas nuances. 
Psicologia social faz com que entenda com o que esta por trás da fala de cada um.
OBS: Envolve o conceito de representação (este é multifacetado, e várias ramos de estudo o pega emprestado, inclusive o Direito).
Para extrair a representação de um discurso a partir da psicologia social é preciso escapar do paradigma normativo do direito, pois o resultado que se trabalha é descritivo.
Por exemplo, ela não vai analisar se é justo ou não, mas sim como o direito é construído.
Técnica da psicologia social: Trabalha com a espontaneidade da fala.
A base da psicologia é apontar como o sujeito é colocado no direito.
 EXTRA: Um dos desdobramentos da teoria crítica é o reconhecimento, ou seja, a justiça como reconhecimento. É uma forma do aspecto subjetivo no Direito, pois transporta o indivíduo (não o individuo em si, mas no sentido de minoria) para dentro do sistema.
Como o reconhecimento e a identidade são transportados para o direito?
Através de uma compensação multidisciplinar, substituindo o indivíduo em si por um grupo minoritário. Essa explicação é a saída utilizada para a criação de leis, já que esta não pode ser direcionada a um indivíduo. A relevância do sujeito é utilizada para entender o Direito.
Para quem trabalha com a norma a sua validade e eficácia é de extrema importância, ou seja, saber se é justa ou injusta faz toda a diferença. Entretanto, para quem trabalha com o descritivo esses efeitos não são tão importantes.
Quando falamos de psicologia social no direito, deve-se entender que:
 1- Nenhum tipo de proibição deve ser vista isoladamente, deve ser contextualizada.
Exemplo: mudança na configuração da prisão de segunda instância - ao analisar os votos dos juízes trabalha-se com a representação de justiça, consequentemente, analisa a posição do sujeito. Logo, precisa levar em consideração o contexto.
Qual é o problema metodológico da representação social hoje?
Há uma variedade de técnica de representação – não sendo possível contextualizar. Logo, o problema é o relativismo, pois não escolhe uma única técnica.
Subjetividade está ligada ao fato de quando o genérico não dá mais conta. Então, parte do individual, mesmo que este seja um grupo. Para ajustá-los e fazer com que as normas possam ser plenamente eficazes. 
OBS: As leis pensadas a partir das minorias são pensadas dentro de um critério teórico de subjetividade (o jurídico usa esse método da sociologia para se reinterpretar, sem deixar de conter/resolver questões jurídicas).
Exemplos de psicologia social no campo normativo: feminicídio, nome social e etc.
OBS: O feminicídio já existia na norma, dentro do homicídio, mas a lei se reformulou para dar uma ênfase devido a emergência de certo grupo - aplicação da psicologia de forma normativa. Houve um reconhecimento. Seria uma mudança no direito devido a uma mudança social, sobretudo em decisões judiciais.
Palavras-chaves da psicologia social:
 a) representação
 b) subjetividade
 c) reconhecimento
d) minoria
Conclusão: A subjetividade num trabalho descritivo procura entender a fala das pessoas. Enquanto, na aplicação da lei não procura entender (aplicação multidisciplinar da norma). A palavra chave é representação, e em alguns casos o reconhecimento.
PESQUISA:
Psicologia social é um ramo de estudo da psicologia que se foca na análise do comportamento do indivíduo perante as suas relações sociais. 
A psicologia social é uma area que se encontra no limite entre a psicologia e a sociologia, de acordo com alguns teóricos. Na realidade, o ponto que diferencia ambas é o fato do objeto de estudo da psicologia se focar no indivíduo, enquanto que a sociologia se concentra no grupo social.
RESUMO
Ela entra quando surge o elemento subjetivo no Direito. A ideia de subjetividade é aliada a representatividade de grupos minoritátios. Há quase uma individualização do direito, ele começa a ser segmentado. A psicologia social trabalha com a análise do discurso, a qual pode ser aplicada em entrevistas, em decisões judiciais quando se tem que analisar o comportamento de um grupo social. A psicologia social retira o aspecto macro do direito ao se ligar a identidade e desviar da representação social. Ela assume viés político quando foi incorporada no Brasil. O discurso vai muito alem daquilo que se lê ou ouve, segundo moscovici. Quando o direito adere essa visão, ele começa a ver a importância de entender as circunstancias sociais. A psicologia social faz com que se entenda o que esta por trás da fala de alguém. O direito não pode se ater a ideia normativa, o paradigma normativo para usar a representatividade como objeto. A psicologia social trabalha com a descrição e não com a prescrição. A base é entender como o sujeito é colocado dentro do Direito, através do reconhecimento das minorias. Deve-se analisar o individuo para interpretar o direito. Nenhum tipo de produção no Direito pode ser isolada, deve-se contextualizar para que haja introdução da psicologia social. A psicologia social esta vinculada aos termos de representação, subjetividade, reconhecimento, minoria. A subjetividade surge quando o genérico não é mais suficiente, a partir disso entra o individuo, o individual. As leis pensadas para as minorias saem do aspecto subjetivo, o jurídico usa este método da sociologia para resolver questões jurídicas

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