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Direito Civil - 2º Semestre (Aula VIII) - Parte II

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Direito Civil – 2º Semestre (Aula VIII) – Parte II
Do negócio jurídico
Elementos do negócio jurídico
Na visão de Pontes de Miranda, o negócio jurídico é dividido em três planos, o que gera um esquema gráfico como uma estrada com três degraus, denominada por parte da doutrina, como escada ponteana.
Esses três graus seriam:
1º Degrau: o plano da existência
Onde estão os elementos mínimos, os pressupostos de existência. Sem eles, o negócio não existe. São substantivos sem adjetivos.  Trata-se de um plano obrigatório.
Substantivos:
Agentes (Partes/Sujeitos)
Objeto do contrato
Vontade declarada
Forma de contratação
2º Degrau: o plano da validade
Plano onde os substantivos recebem os adjetivos. 
Adjetivos dos substantivos:	
Agentes capazes
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz.”
“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente.”
Objeto do contrato lícito, possível e determinado ou determinável. Tornando o contrato nulo na falta de um desses elementos.
Lícito: O que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes;
Possível: O objeto deve ser também, possível fisicamente e juridicamente. Impossibilidade física do objeto é a que emana de leis físicas ou naturais, como a lei que impede o cumprimento da obrigação de colocar toda a água dos oceanos em um copo d’água.
Determinado ou determinável: Objeto determinado é a coisa certa. Objeto com quantidade, qualidade e espécie já determinadas; É determinável aquele que tem coisa incerta, não individualizada inicialmente. Possui apenas espécie e quantidade, sendo a qualidade determinável até a data de vencimento.
“Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.”
Vontade livre. A falta deste requisito pode causar a nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico.
Adequação da forma: livre, prescrita e não proibida em lei. Na falta, o negócio torna-se nulo.
“Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.”
“Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.”
“Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.”
3º Degrau: o plano da eficácia
Estão as consequências do negócio jurídico, seus efeitos práticos no caso concreto. Elementos acidentais (condição, termo e encargo). Tem caráter facultativo.
Interpretação do negócio jurídico
“Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.”
	- A reserva mental ocorre quando o indivíduo guarda para si a verdadeira intenção que se tem, declarando outra intenção que na realidade é falsa, por exemplo, o estrangeiro que casa com uma americana alegando amá-la, entretanto a sua real intenção é apenas a busca da cidadania americana. A reserva mental de má fé não prospera, ou seja, o contrato permanece válido.Porém nos casos de fraude a lei (simulação para burlar a lei) o contrato é considerado nulo.
“Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.”
	- O silêncio pode dar origem a um negócio jurídico,visto que indica consentimento, sendo hábil para produzir efeitos jurídicos, quando certas circunstâncias ou os usos o autorizarem, não sendo necessária a manifestação expressa da vontade. Caso contrário, o silêncio não terá força de declaração volitiva. Se assim é, o órgão judicante deverá averiguar se o silêncio traduz, ou não, vontade. Logo, a parêmia “quem cala consente” não tem juridicidade. O puro silêncio apenas terá valor jurídico se a lei à determinar, ou se acompanhado de certas circunstâncias ou de usos e costumes do lugar, indicativos da possibilidade de manifestação da vontade, e desde que não seja imprescindível a forma expressa para a efetivação negocial.
“Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.”
 - Tendo dúvida ou equívoco no entendimento das cláusulas do negócio este deverá ir a juízo, ou seja, se a vontade tinha intenção contrária ao que foi celebrado mas equivocou-se.
“Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.”
- Os negócios jurídicos devem ser de boa fé e também de conformidade com os usos do local em que o ato negocial foi por elas celebrado.
“Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.”
- Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia deverão ser interpretados restritivamente, isto é, o juiz não poderá dar a esses atos negociais interpretação ampliativa, devendo limitar-se, unicamente, aos contornos traçados pelos contraentes, vedada a interpretação com dados alheios ao seu texto.
Fonte: http://www.civilize-se.com/2012/12/negocio-juridico-comentado-arts-104-120.html#.VDCGx2ddXDY

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