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SEMI Movimentos Sociais 06

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VIRARAPÁGINAMovimentos Sociais
Autor: Alessandro de Oliveira Campos
Tema 06
Identidade, Sociedade e Movimentos 
Sociais
seç
ões
Tema 06
Identidade, Sociedade e Movimentos Sociais
Como citar este material:
CAMPOS, Alessandro de Oliveira. Movimentos 
Sociais: Identidade, Sociedade e Movimentos 
Sociais. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 06
Identidade, Sociedade e Movimentos Sociais
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 A formação da identidade.
•	 O papel da identidade para a construção da sociedade.
•	 Enfrentamentos necessários para a formação da identidade.
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
Identidade, Sociedade e Movimentos Sociais
Enquanto pensávamos sobre os movimentos sociais nos indagamos sobre um 
problema identitário. Afinal, quem faz parte de um movimento social? A identidade ocupou 
lugar central nessa trajetória. A proposta apresentada por Antonio Ciampa (2005) a respeito 
do sintagma identidade-metamorfose-emancipação nos acompanhou por grande parte de 
nossa busca por melhor compreensão de quem é esse ativista apresentado anteriormente. 
Mas que identidade é essa? Como podemos nos apropriar desse sintagma para verificar ou 
não o sentido de emancipação?
Pensemos em uma história em que ainda não nos foi revelado o passado de seus 
protagonistas. Uma pessoa que já viveu sua primeira emancipação, que na verdade 
caracteriza a todos: a metamorfose humana. Como diz Ciampa (2005) “[...] somos todos 
história-encarnada e linguagem-corporificada. Isso possibilita essa primeira emancipação, 
porque o ser humano nasce da síntese natureza-cultura, deixando de ser apenas animal, 
passando a ser humano”.
Dito de outra maneira, nós como humanos somos um produto social, mas como seres 
humanizáveis, já que não nascemos prontos e temos um devir humano, somos um 
produto humano. Aqui está o processo de metamorfose, que é caracterizado basicamente 
pela linguagem. Somos seres naturalmente inacabados e historicamente em constante 
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Qual importância do sintagma identidade-metamorfose-emancipação?
•	 Qual a diferença entre adquirido-atribuído na identidade?
•	 O que busca um guerreiro?
LEITURAOBRIGATÓRIA
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LEITURAOBRIGATÓRIA
acabamento. Transformados de um lado, pela socialização, e de outro, pela individualização. 
O sentido original de emancipação, dado na identidade que não é estática, mas dinâmica, 
supera a simples condição animal, que nunca perdemos. Há uma plasticidade característica 
desta natureza humana, que se realiza como “abertura para o mundo”. Uma amplitude que 
simultaneamente é individual e coletiva, biológica e social. Assim, cada história de vida 
constitui uma identidade que se dá como um processo ao mesmo tempo geral e singular. 
Identidade é metamorfose (Ciampa, 2005). Quando aceito tal afirmação tenho a necessidade 
de reconhecer o ser em movimento constante naquilo que se refere ao sujeito e sua história. 
Reconheço que não existe uma matriz de identidade, afinal aquilo que vejo e percebo como 
identidade não é, mas está sendo. Não interessa uma interpretação quantitativa da identidade, 
mesmo sabendo que podem aparecer na narrativa espaço para isso, o fundamental aqui 
é valorizar as dimensões qualitativas do processo do vir a ser humano. Preciso perguntar 
na investigação sobre o processo de compreensão do sintagma identidade-metamorfose-
emancipação duas questões que nos revelam esse movimento: “quem é você?” e “quem 
você pretende ser?” São momentos imprescindíveis para saber o lugar da narrativa na 
história de vida de uma pessoa e como ocorreu e ocorre a interação social. A primeira 
pergunta mostra parte de quem a pessoa é agora, e a segunda o seu projeto de vida, o que 
espera de seu futuro, logo, a possibilidade de emancipação da condição atual.
Quando demonstro interesse na pergunta sobre quem é você?, quero na verdade saber quem 
essa pessoa vem sendo, o que experimentou até então, como interpreta a realidade, como 
interage nela, enfim, como se fez e atua sua subjetividade. A identidade entendida como 
metamorfose resulta tanto do processo de socialização como do processo de individuação 
(Ciampa, 2005).
Esse processo cria certa expectativa. Essa expectativa realiza uma interligação de papéis 
sociais que nos possibilita perceber que cada pessoa é constituída por aquilo que lhe 
foi atribuído e pelo que foi adquirido. Atribuído é tudo aquilo que já se encontra no exato 
momento quando alguém chega ao mundo. As pessoas, o sexo, a nacionalidade, a família, 
são exemplos de coisas que quando nascemos não podemos escolher, são atribuídas ao 
sujeito. São posições da identidade que precisam de valor, status e de variabilidade de 
envolvimento. O papel faz parte do status de uma determinada identidade, que por sua 
vez tem necessidade de uma definição contextual. Temos um status que desempenha um 
papel, onde segundo essa teoria dos papéis mostrada por George Mead, tenta responder 
à relação que se dá muitas vezes na expectativa, ou no olhar do outro presente na relação. 
Não se separa neste momento a natureza de cultura e também o seu contrário. 
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Então os elementos atribuídos e adquiridos, considerando um posicionamento que pode ser 
positivo ou negativo, dependem do valor dado pela sociedade. Assim vamos dos elementos 
atribuídos na formação da identidade para aqueles que são adquiridos. Gênero, uma 
nova religião, outra nacionalidade podem ser, por exemplo, adquiridas nesse processo. 
Como falamos anteriormente, trata-se de um processo dinâmico, que faz das diferenças 
possibilidade de concretude. 
Para o protagonista ativista, talvez lhe seja atribuído ser filho, cidadão de um país, com 
um determinado idioma, etc. Agora, vemos que sua capacidade ou formação ativista foi 
adquirida enquanto condição que o favoreceu a isso. Queremos dizer que ninguém nasce 
ativista, mas torna-se ativista. É como ser filho (o que é ser, por exemplo, um bom filho?) ou 
pai (o que é ser um mau pai?), ninguém nasce sendo uma coisa ou outra, mas se aprende 
e se constrói essas identidades com os sentidos pertinentes a esses papéis na sociedade.
O desempenho desse papel adquirido é colocado em evidência em alguns tipos de encontro. 
Parece que investigar a identidade é atentar para muitas perguntas, interrogações do que 
a pessoa faz ou fez, de quem ela é ou foi, para onde pretende ir ou gostaria de chegar, 
entre outras questões. Corroborando então com Ciampa (1977) onde diz que identidade 
é metamorfose, já que se deve criticar a ideia de identidade como um conceito rígido e 
estático, tornando a natureza de um questionamento não apenas um instrumento para 
investigação, mas como espaço de compreensão dos muitos encontros que ocorrem na 
vida. Encontros com pessoas, lugares, emoções, expectativas, tudo que pode interferir na 
subjetividade humana. 
Nesse momento temos alguns elementos importantes para pensar um pouco mais no 
sintagma. “A diversidade de pessoas formam as sociedades, porém uma sociedade 
determinada antecede qualquer ser humano que nela se forma”. (Ciampa,2005) Isso 
significa que o cotidiano é marcado pelo “mundo da vida”, que equivale afirmar ser quando 
as vidas das pessoas vão ganhando significado, quando o dia a dia é marcado pelas 
diferentes formas de saber e fazer da cultura de um povo. A linguagem adquirida e o que 
compartilham tornam possível o encontro inicial entre duas pessoas de uma mesma cultura. 
Uma linguagem que pede palavras, mas vai além delas, ampliando uma comunicação onde 
seja permitido conhecer outros sentidos para o mundo. 
Retomando, devemos a Jurger Habermas (1990) a formulação aqui do mundo da vida e da 
ordem sistêmica e como usá-las. Na medida em que uma sociedade se desenvolvee se 
torna mais complexa, precisa de uma “ordem sistêmica” para poder lidar com estas outras 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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dimensões da vida prática, como por exemplo, um sistema econômico, de saneamento, 
comunicações, etc. O que vemos acontecer é que com o aumento da autonomização da 
“ordem sistêmica” há uma espécie de colonização do “mundo da vida”, fazendo com que 
essa relação se estabeleça inversamente. Assim, nos parece importante saber que um 
sujeito, consciente ou não de seu lugar no mundo, é resultado e mantenedor de sua história. 
Exatamente uma história que se fez nas relações do cotidiano e com interferências de suas 
respectivas ordens. 
Sabendo desse lugar ocupado pela identidade, buscamos por reconhecimento. A diferença 
está em conseguirmos nos emancipar ou não daquilo que nos atribuíram e sua relação com 
o que adquirimos. Ninguém nasce para ser membro de um movimento social, assim como 
ninguém nasce para não ser. É uma composição de fatores que levaram a uma coisa ou 
outra.
Assim vamos percebendo que os movimentos sociais mudam com o tempo exatamente 
porque as pessoas que fazem parte dele não são as mesmas: uma nova geração começa a 
fazer parte e a antiga geração se transforma em contato com esses novos membros. 
O ativista pode ser também filho, pai, esposa, trabalhador, estudante, uma infinidade de 
coisas, e ser capaz de exercer sua autonomia nesse oceano de possibilidades são o que 
pode determinar uma vida emancipada. Para isso há necessidade de se reconhecer os 
vínculos que são estabelecidos nas comunidades. A noção de pertencimento decorrente 
dessa comunidade pode (re) significar a ação política para uma prática de resistência 
diante do mundo que incentiva o isolamento. Resistir é pertencer. Ele pode ser qualquer 
outra coisa, desde que possa nortear seus papéis por uma ética da diferença. O sucesso 
da identidade pós-convencional do movimento social depende do poder fazer uso dos 
princípios que supostamente o caracteriza (por exemplo, o movimento de mulheres possui 
características próprias que o distingue do movimento LGBT), mas ser capaz de abrir mão 
de alguns deles quando a luta por emancipação exigir. Por exemplo, pensar em como e 
quanto o Movimento leva de autonomia para seus membros. 
A autonomia que encontramos é possível apenas no mundo da vida e impossível na ordem 
sistêmica. O que é possível no sistema é o livre arbítrio, dado apenas pela individualidade. 
O que precisa ser considerado é a fragilidade que o movimento tem ao se aproximar de outros 
grupos da sociedade. Faz-se necessária maior e melhor maturidade individual e coletiva para 
não se aceitar promessas de mudanças gratuitas de fora para dentro. As transformações 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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precisam ser simultâneas (individuais e coletivas) para sairmos da imaturidade que faz 
aceitar passivamente as verdades do outro. Maturidade é questionar a verdade que lhe 
foi dada, sendo capaz de interiorizar as normas sem precisar de coerção para entender 
que elas nos ajudarão. Se há uma crise, a presença de solidariedade se apresenta como 
essencial para superá-la, principalmente porque ser solidário a crise do outro é ser capaz 
de respeitá-la. Não se ajuda alguém dizendo a ela que o que sente não é importante, mas 
reconhecendo sua condição atual e atribuindo algum sentido para isso.
O que encontramos em determinados momentos é uma batalha travada na esfera político-
social para mudar uma realidade imposta pelos operadores da ordem sistêmica que insistem 
na manutenção de determinadas injustiças e privilégios. Essa batalha acontece não apenas 
contra a ordem sistêmica, mas nas relações do cotidiano. O dia a dia precisa ser observado 
e o ativista quando além de seu “papel ativista”, não encerra a batalha porque sabe que ela 
deve ser travada dentro de si. O provérbio confuciano que diz que “mudar a si mesmo é 
mudar o mundo” se aplica aqui. 
A resistência e a solidariedade são universais. Resistência àquilo que nos coisifica, que 
humilha, oprime e que faz sofrer. Solidários por uma vida melhor, mais justa, bela e livre. 
Daí a necessidade de ir além das definições. Vemos como o guerreiro se diferencia do 
soldado por estar na batalha para afirmar sua autonomia e sua emancipação, enquanto o 
soldado tende a apenas executa ordens e funções para garantir privilégios e domínio. O 
guerreiro esta além da sua capacidade de confrontar o inimigo, ele precisa conquistar a si 
mesmo. Lutar contra suas falhas e fraquezas, sabendo que não há um fim determinado. 
Já o soldado na sua função de militar, busca uma posição confortável no sistema e tenta 
ignorar muitas das causas de suas dores. Por isso é tão complicada a maneira de usar os 
termos militante ou ativista. 
Lutar para não reproduzir a estrutura de dominação dentro de casa com a família não é 
exclusividade de um grupo político, mas de toda pessoa interessado em relações mais 
autenticas. O que queremos com essa diferenciação entre guerreiros e soldados, ativistas 
e militantes, é perceber que a sutileza nas escolhas que podem conduzir a uma vida mais 
emancipada tem um custo. Essa diferença não tem preço, mas tem realmente um custo. 
Há para os participantes dos movimentos sociais um risco por confrontar os senhores da 
guerra que são incapazes de abrir mão da sua ilusória segurança. Isso nos faz afirmar 
então, para concluir, que entre os guerreiros ativistas não há culpados que mergulhados na 
indiferença mantem reivindicações passivas, da mesma maneira que se recusam ao lugar 
de vitimas. Por isso toda luta é legitima quando ética e solidária.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Página do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Identidade-Metamorfose (NEPIM) do 
Programa de Estudos Pós Graduados em Psicologia Social da Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo. 
Disponível em: <http://www.pucsp.br/pos/pssocial/pso/nucleos/nepim.htm>. Acesso em: 2 
jan. 2014.
“O guardião de metamorfoses” de Maria Célia Martirani é um interessante artigo sobre a 
vida e a obra de Elias Canetti, ganhador do Nobel de Literatura de 1981.
Disponível em: <http://rascunho.gazetadopovo.com.br/o-guardiao-de-metamorfoses/>. 
Acesso em: 2 jan. 2014.
Página da Associação Brasileira de Psicologia Social que contém significativo acervo de 
temas relacionados a psicologia, subjetividade e emancipação. 
Disponível em: <http://www.abrapso.org.br/>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Vídeos
Vídeo conferencia da escritora nigeriana Chimamanda Adichie. Uma conversa sobre “o 
perigo de uma única”, identidade e cultura. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc>. Acesso em: 2 jan. 
2014.
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LINKSIMPORTANTES
Trecho do filme Ponto de Mutação (Mindwalk). Excelente filme do livro de Fritjof Capra. 
Será que perdemos o nosso ponto de mutação e devemos nos preparar para o impacto 
causado pela lei da causa-e-efeito - ação-e-reação? 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=_4B5592kEe8>. Acesso em: 2 jan. 2014.
O filme “Poder além da vida” (peaceful warrior) é uma parábola sobre o autoconhecimento 
e as transformações da consciência no individuo, e consequentemente na sociedade. Aqui 
temos um pequeno trecho falando sobre a jornada e a importância da experiência presente. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=4xHBko1M3pQ>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
O que você conhece a respeito do tema 
identidade?
Questão2:
Toda pessoa vive sua primeira emancipação 
naquilo que caracteriza a todos: a 
metamorfose humana.
a) Verdade.
b) Falso.
AGORAÉASUAVEZ
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Questão 3:
Nós como humanos somos um produto 
social, mas como seres humanizáveis, já 
que não nascemos prontos e temos um 
dever humano, somos um produto humano. 
Este é o processo de metamorfose, que é 
caracterizado: 
a) Pela crítica.
b) Pela atitude.
c) Pelo pensamento. 
d) Pela consciência.
e) Pela linguagem.
Questão 4:
Somos constituídos por uma amplitude que 
simultaneamente é individual e coletiva, 
biológica e social. Assim, cada história de 
vida constitui uma identidade que se dá 
como um processo ao mesmo tempo geral 
e singular. 
a) Certo
b) Errado 
Questão 5:
Identidade é metamorfose, afirma Ciampa. 
Isso significa que: 
a) A identidade revela uma condição 
biológica e química já que é metamorfose, 
e a metamorfose é uma característica 
imprescindível dos fenômenos dessa 
natureza.
b) Quando aceito tal afirmação tenho 
a necessidade de reconhecer o ser em 
movimento constante naquilo que se 
refere ao sujeito e sua história. Reconheço 
que não existe uma matriz de identidade, 
afinal aquilo que vejo e percebo como 
identidade não é, mas está sendo.
c) A identidade possui estruturas fixas 
e também maleáveis, dependente 
diretamente das interpretações que se 
pode fazer obteremos uma ou outra ideia 
do que ela de fato é. Sua característica é 
a incerteza.
d) interessa uma interpretação quantita-
tiva da identidade, mesmo sabendo que 
podem aparecer na narrativa espaço para 
isso, o fundamental aqui é valorizar as di-
mensões quantitativas do processo do vir 
a ser humano.
e) Nenhuma das anteriores.
Questão 6:
O que revela a pergunta “quem é você”? 
AGORAÉASUAVEZ
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Questão 7:
Qual a diferença entre a atribuição e a 
aquisição?
Questão 8:
“A diversidade de pessoas formam as 
sociedades, porém uma sociedade 
determinada antecede qualquer ser 
humano que nela se forma”. (CIAMPA, 
2005) O que isso significa?
Questão 9:
A maturidade é algo importante no processo 
de emancipação. O que ela representa?
Questão 10:
A resistência e a solidariedade são 
universais e exigem um passo mais adiante 
para suas definições. Resistir a que e ser 
solidário por qual razão?
AGORAÉASUAVEZ
Nesse momento, pensamos a respeito da formação da identidade e suas implicações 
na construção da sociedade. Vimos que somos feitos parte natureza, parte sociedade, 
somos singulares e coletivos. Consideramos algumas reflexões sobre a emancipação que 
conduz a novos papéis sociais e as razões pelas quais os movimentos sociais precisam ser 
solidários.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
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CIAMPA, A. C. A Estória do Severino e a História da Severina; um ensaio de psicologia 
social. São Paulo: Brasiliense, 2005.
CIAMPA, ANTONIO.. Políticas de identidade e identidades políticas. In: DUNKER, C. I. L. 
e PASSOS, M. C. (orgs.) Uma Psicologia que se interroga. São Paulo: Edicon, 2002.
HABERMAS, J. Para a reconstrução do materialismo histórico. 2 ed. São Paulo: Ed. 
Brasiliense, 1990.
HARDT, M; NEGRI, A. Império. Rio de Janeiro: Record, 2001.
REICH, W. Psicologia de massas do fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
REFERÊNCIAS
Sintagma: é um segmento lingüístico que expressa uma relação de dependência. Nessa 
relação de dependência, diz-se que existe um elemento determinado e outro determinante 
(ou subordinado), estabelecendo um elo de subordinação entre ambos. Cada um desses 
elementos constitui um sintagma. Na concepção original de sintagma, essa noção era 
utilizada para se referir a qualquer segmento lingüístico: a palavra, a sentença e o período. 
Mais recentemente, o termo sintagma é comumente empregado para se referir às partes 
da sentença. O sintagma identidade-metamorfose-emancipação proposto na psicologia 
social e trabalhado nos diferentes campos de atividade humana revelam exatamente essa 
interdependência, onde um não pode ser discutido sem o outro.
GLOSSÁRIO
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Questão 1
Resposta: A identidade quando entendida como essência, de maneira determinante para 
debater a singularidade das pessoas deve ser criticada e sua perspectiva superada, mas 
ainda assim discutir esse conceito é extremamente funcional e importante. Porém seu 
debate deve ser acompanhado de uma observação critica e uma análise sócio-histórica.
Questão 2
Resposta: Alternativa A. Justificativa: O ser humano é fruto da relação entre a natureza e 
a sociedade.
GABARITO
Emancipação: termo que possui diversas concepções, mas utilizemos aqui o que se 
relaciona a filosofia. Descreve vários esforços de obtenção de direitos políticos ou de 
igualdade, frequentemente por um grupo especificamente privado de seus direitos ou mais 
genericamente na discussão de tais questões. Significa o ato de libertar um indivíduo ou um 
grupo social ou equiparar o padrão legal de cidadãos em uma sociedade política.
Confúcio: pensador chinês que viveu entre 551 a.C. – 479 a.C. Muito respeitado em 
vida por diversos governantes, divulgava valores baseados na lealdade familiar, na 
ética da reciprocidade, respeito aos idosos e veneração aos ancestrais. Um dos grande 
representantes do Taoismo.
Movimento LGBT: originalmente chamado GLS, passou por muitas denominações nas 
últimas décadas e atualmente é também conhecido LGBTTTs, que é acrónimo de Lésbicas, 
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (o ‘s’ se refere aos simpatizantes). 
Embora refira apenas seis, é utilizado para identificar todas as orientações sexuais 
minoritárias e manifestações de identidades de género divergentes do sexo designado no 
nascimento.
GLOSSÁRIO
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Questão 3
Resposta: Alternativa E. Justificativa: Somos seres naturalmente inacabados e 
historicamente em constante acabamento. Transformados de um lado, pela socialização, e 
de outro, pela individualização, e isso é possível devido a linguagem.
Questão 4
Resposta: Alternativa A. Justificativa: isso acontece porque nunca deixamos de ser um 
elemento da natureza, mesmo socializados. Somos uma combinação de elementos sociais 
e naturais.
Questão 5
Resposta: Alternativa B. Justificativa: a identidade deve ser vista como processo dinâmico 
e inacabado. Não se é isso ou aqui, mas se esta sendo isso ou aquilo.
Questão 6
Resposta: Revela na verdade saber quem essa pessoa vem sendo, o que experimentou 
até então, como interpreta a realidade, como interage nela, enfim, como se formou e atua 
sua subjetividade.
Questão 7
Resposta: Atribuído é tudo aquilo que já se encontra no exato momento quando alguém 
chega ao mundo. Já a aquisição é o resultado da individualização da pessoa, da sua 
autonomia em que ela pode escolher novos elementos para compor seus papéis sociais.
Questão 8
Resposta: Quer dizer que o cotidiano é marcado pelo “mundo da vida”, que equivale afirmar 
ser quando as vidas das pessoas vão ganhando significado, quando o dia a dia é marcado 
pelas diferentes formas de saber e fazer da cultura de um povo. A linguagem adquirida e 
o que compartilham tornam possível o encontro inicial entre duas pessoas de uma mesma 
cultura.
GABARITO
18
Questão 9
Resposta: Ela é o questionamento da verdade que lhe foi dada, é a capacidade de interiori-
zar as normas sem precisar de coerção para entender que elas nos ajudarão a viver melhor 
coletivamente.
Questão 10
Resposta: Resistência àquilo que nos coisifica, que humilha, oprime e que faz sofrer. 
Solidários por uma vida melhor, mais justa, bela e livre.
GABARITO

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