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FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 1 TAMARA BUENO – TURMA 97 Divisão Anatômica Parassimpático: crânio-sacral (neurônio pré é mais longo) Colinérgico; Anabólico; Sistema de conservação; Simpático: tóraco- lombar (neurônio pós é mais longo) Adrenérgico; Catabólico; Sistema de desgaste; O sistema nervoso autônomo é composto de três divisões: simpática, parassimpática e entérica; Neurotransmissores devem ter síntese no organismo, armazenamento, liberação, ativação de receptores e término da ação. Ach regula a liberação da noradrenalina. AÇÕES SINÉRGICAS: Glandulas salivares = ↑ secreção (sp e psp); Órgãos sexuais = ejaculação (sp); ereção(psp); NEUROTRANSMISSÃO ADRENÉRGICA CATECOLAMINAS Endógenas: adrenalina, noradrenalina e dopamina. Sintética: Ex: Isoproterenol. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 2 TAMARA BUENO – TURMA 97 RECEPTORES METABOTRÓPICOS α1 e α2 - α1: vasoconstrição; secreção salivar; relaxamento musc. liso G.I.; contração de esfíncter; contração de outros musc. Lisos; glicogenólise hepática. - α2: ↓ liberação de transmissor (Nor e ACh); agregação plaquetária; contração musc. lisa vascular; ↓ liberação de insulina. β1 e β2 - β1: ↑ força de contração cardíaca; ↑ frequência cardíaca; ↑ liberação de renina. - β2: broncodilatação; vasodilatação; relaxamento musc. liso visceral; gliconeogênese e glicogenólise; tremor muscular; ↑ liberação de Nor AGONISTAS ADRENÉRGICOS (SIMPATICOMIMÉTICOS) - Não seletivos: EPINEFRINA (ADRENALINA) - AÇÕES: Vasoconstrição (α1); Inotropismo e cronotropismo positivos (β1); Broncodilatação (β2) - UTILIDADE CLÍNICA: Asma, choque anafilático, choque cardiogênico, parada cardíaca, vasoconstritor associado a anestésicos locais. - EFEITOS ADVERSOS: Hipertensão, vasoconstrição, taquicardia, arritmias etc. NOREPINEFRINA (NORADRENALINA) - AÇÕES: Vasoconstrição (α1); Bradicardia por reflexo vagal. - UTILIDADE CLÍNICA: Tratamento do choque séptico. - EFEITOS ADVERSOS: Hipertensão, vasoconstrição, taquicardia, arritmias etc. DOPAMINA - AÇÕES: Vasodilatação (D1); aumenta a perfusão renal (D1), inotropismo positivo (b1) - UTILIDADE CLÍNICA: Choque cardiogênico, Insuficiência cardíaca, insuficiência renal. - EFEITOS ADVERSOS: Hipertensão, vasoconstrição, taquicardia, arritmias etc. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 3 TAMARA BUENO – TURMA 97 - Agonistas α1 FENILEFRINA - AÇÕES: Vasoconstrição (α1) e Midríase (α1) - UTILIDADE CLÍNICA: Descongestionante nasal - EFEITOS ADVERSOS: Hipertensão, Bradicardia reflexa. - Tem ação prolongada por ser insensível a COMT. - Agonistas α2 CLONIDINA - AÇÕES: agonista α2 de ação central, inibe a liberação de norepinefrina no CVM dimuindo a descarga simpática. - UTILIDADE CLÍNICA: Anti-hipertensivo, adjuvante anestésico. - EFEITOS ADVERSOS: Sonolência, sedação, hipotensão postural, edema. - Se retirado abruptamente pode causar hipertensão por rebote. METILDOPA - AÇÕES: Forma a metil-norepinefrina que age como falso NT e ativa receptores a2 no CVM diminuindo a descarga simpática. - UTILIDADE CLÍNICA: anti-hipertensivo (escolha na gravidez) - EFEITOS ADVERSOS: hipotensão, sonolência, diarreia, impotência. - Agonistas β ISOPRENALINA - AÇÕES: ativa receptores β1 e β2, efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos, broncodilatação. - UTILIDADE CLÍNICA: pouca utilidade clínica devido a baixa seletividade - EFEITOS ADVERSOS: Taquicardia, arritmias DOBUTAMINA - AÇÕES: maior seletividade sobre b1, ionotropismo e cronotropismo positivo. - UTILIDADE CLÍNICA: choque cardiogênico - EFEITOS ADVERSOS: arritmias. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 4 TAMARA BUENO – TURMA 97 SALBUTAMOL, TERBUTALINA, FENOTEROL CLEMBUTEROL, ALBUTEROL - AÇÕES: broncodilatadores (β2) com ação variada em (β1). - UTILIDADE CLÍNICA: Tratamento da asma brônquica; relaxamento de musculatura uterina. - EFEITOS ADVERSOS: Efeitos cardíacos: taquicardia, arritmias, tremores, vasodilatação periférica. - Simpaticomiméticos de Ação Indireta EFEDRINA - AÇÕES: inibe receptação de NE, tem atividade nos receptores α e β. - UTILIDADE CLÍNICA: Pouca utilização - EFEITOS ADVERSOS: Hipertensão, taquicardia, insônia, todos menos pronunciados que as anfetaminas. ANFETAMINAS, METILFENIDATO - AÇÕES: Inibem a recaptação de monoaminas na fenda sináptica entre outras. - UTILIDADE CLÍNICA: Anorexígenos, TDAH. - EFEITOS ADVERSOS: Hipertensão, taquicardia, insônia, psicoses. - Podem causar dependência química. IMIPRAMINA, AMITRIPTILINA (ADT) - AÇÕES: Inibem a recaptação de NE no SNC, mas tem ações periféricas. - UTILIDADE CLÍNICA: antidepressivos - EFEITOS ADVERSOS: Taquicardia, arritmias, efeitos anticolinérgicos. IMAO – Fenelzina, Tranilcipromina, Selegilina (afetam a degradação) - AÇÕES: inibem a enzima que destrói NE nas vesículas sinápticas. - UTILIDADE CLÍNICA: Antidepressivos ou adjuvantes na doença de Parkinson. ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS - Antagonistas α não-seletivos FENTOLAMINA (reversível); FENOXIBENZAMINA (irreversível) - AÇÕES: vasodilatadores (α1), diminuição da PA com taquicardia reflexa. - UTILIDADE CLÍNICA: feocromocitoma. - EFEITOS ADVERSOS: hipotensão, taquicardia, congestão nasal, impotência. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 5 TAMARA BUENO – TURMA 97 - Antagonistas α1 PRAZOSINA, DOXAZOCINA, TERAZOSINA - AÇÕES: vasodilatação (α1), redução da PA. - UTILIDADE CLÍNICA: antihipertensivos, hiperplasia prostática benigna. - EFEITOS ADVERSOS: hipotensão postural, taquicardia reflexa, congestão nasal. - Antagonistas β não seletivos PROPRANOLOL, NADOLOL, TIMOLOL - AÇÕES: Redução do DC (β1) por inotropismo e cronotropismo negativos, redução da liberação de renina. - UTILIDADE CLÍNICA: Angina, HAS, Arritmias, tremores da ansiedade, glaucoma, prevenção enxaqueca. - EFEITOS ADVERSOS: broncoconstrição, Insuficiência cardíaca, fadiga, hipoglicemia. -Antagonistas β1 ATENOLOL, METOPROLOL - AÇÕES: Redução do DC (β1) por cronotropismo e inotropismo reduzidos. - UTILIDADE CLÍNICA: HAS, Angina, arritmias. - EFEITOS ADVERSOS: Pouco risco de broncoconstrição (doses terapêuticas), fadiga, hipoglicemia (menos risco) - Antagonistas com ação agonista parcial ACEBUTALO ACEBUTALOL, ESMOLOL - AÇÕES: Bloqueiam os receptores β, mas tem ASI. - UTILIDADE CLÍNICA: HAS em diabéticos, insuficiência cardíaca. - EFEITOS ADVERSOS: Hipotensão postural, fadiga, cefaleia, broncoconstrição. - Antagonistas β e α1 CARVEDILOL, LABETALOL - AÇÕES: Vasodilatadores (α1) e reduzem o DC (β1) FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 6 TAMARA BUENO – TURMA 97 - UTILIDADE CLÍNICA: HAS, insuficiência cardíaca - EFEITOS ADVERSOS: hipotensão postural, fadiga, cefaleia, broncoconstrição. - Fármacos que afetam a Neurotransmissão de NE Fármacos que afetam a síntese CARBIDOPA - AÇÕES: inibe a Dopadescarboxilase, reduzindo a formação de dopamina - UTILIDADE CLÍNICA: Antiparkinsoniano associado a Levodopa. Fármacos que afetam a Liberação RESERPINA - AÇÕES: inibe liberação de NE das vesículas sinápticas - UTILIDADE CLÍNICA: antihipertensivo - EFEITOS ADVERSOS: depressão, parkinsonismo, ginecomastia. EFEITOS INDESEJÁVEIS β -BLOQUEADORES bradicardia; hipotensão; broncoespasmo; hipoglicemia;indisposição; distúrbios do sono; alucinações; distúrbios visuais; depressão; perda temporária da memória. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 7 TAMARA BUENO – TURMA 97 NEUROTRANSMISSÃO COLINÉRGICA ACETILCOLINA Síntese: AcetilCoa + ácido acético + colina –> acetilcolina (no local em que é formado, ele não é tão funcional; precisa de um transportador até fora da vesícula); É o único neurotransmissor parassimpático que pode influenciar nas ações somáticas, nunca nas funções fisiológicas, mas agem mais em relação à regulação; Glândulas sudoríparas sofrem ação simpática da Ach em receptores muscarínicos (EXCEÇÃO!); RECEPTORES o MUSCARÍNICOS (METABOTRÓPICOS) - Resposta mais lenta que nicotínicos; - Podem ser excitatórios ou inibitórios; - Cinco subtipos (M1 a M5); - M1, M3 e M5 a proteína G (Gq) para ativar a via Fosfato de Inositol (IP3) e DAG –> aumenta Ca++ no citosol; - M2, M4 acoplam-se à proteína G (Gi) inibindo adenilil ciclase Reduzindo AMPc intracelular. Ativação de canais de K+ (subunidades bg); o NICOTÍNICOS (IONOTRÓPICOS) - nicotina é um excelente estimulante; - drogas agonistas colinérgicas: mais afinidade com receptores nicotínicos α1 e β1. - antagonistas têm afinidade maior com os receptores α2, β2 e β3; - receptor mais estável; - Receptores musculares: Tubocurarina/curare (precursor dos relaxantes musculares – usado pelos índios na caça) - impede a contração dos músculos; - Receptores neurais: medula adrenal (atua na liberação das catecolaminas) e também presente no SNC (o tipo de resposta ainda não está claro, mas sabe- se que há uma influência desses receptores no Parkinson e no Alzheimer – etapa da captação da memória-). - Em algumas fases do sono, há uma maior ação desses receptores, principalmente relacionado às memórias; - drogas agonistas colinérgicas são usadas como tratamento; - de forma geral, as antagonistas são mais ligadas a ação ganglionar, ainda não está clara sua ação na medula e no SNC. M1 Neurais M4 SNC M2 Cardíacos M5 SNC M3 Glandulares FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 8 TAMARA BUENO – TURMA 97 AGONISTAS COLINÉRGICOS - Agonistas Muscarínicos CARBACOL - Possui atividade nicotínica associada (gânglios autônomos) - Ferramenta experimental (usada em broncoprovocação) - Pouca utilização na clínica. - Pode ser usado como miótico intra-ocular em cirurgias - Possui meia vida longa (não hidrolisada pela AChE) BETANECOL - Fármaco resistente a AChE - Seletivo para receptores muscarínicos - Utilizado na clínica na forma de cloridrato - Disponível em comprimidos e solução injetável - Estimulante da musculatura lisa do TGI e bexiga - Menor ação sobre glândulas (Sudorese menor que pilocarpina) Principais Efeitos dos Agonistas Muscarínicos - Efeitos Cardiovasculares: ↓ frequência cardíaca ↓do débito cardíaco (redução da força de contração do átrio) vasodilatação generalizada (mediada pelo NO) queda da pressão arterial. - Efeitos sobre a musculatura lisa - contração do músculo liso do TGI contração da bexiga e dos brônquios. Efeitos Sobre as secreções: aumentam as secreções sudoríparas, lacrimal, salivar e brônquica. - Efeitos oculares: há inervação parassimpática no músculo constritor da pupila e no musculo ciliar (M3). - Músculo ciliar: ajusta a curvatura do cristalino acomoda a visão para perto. - Constritor da pupila: ajusta a pupila em resposta às alterações de luminosidade e reduz a pressão intraocular (PIO). FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 9 TAMARA BUENO – TURMA 97 -USO CLÍNICO: - Atonia gástrica (uso subcutâneo na retenção total) - Íleo paralítico (intoxicação por chumbo) - Retenção urinária pós cirúrgica, pós parto ou por hipotonia - Paralisia sensorial parcial contração da bexiga - Reduz uso de cateteres. PILOCARPINA - Sem atividade nicotínica ou hidrólise pela AChE - Importante atividade sobre glândulas - Baixa atividade cardiovascular - Promove contração do músculo ciliar, traciona o corpo ciliar relaxando o ligamento suspensor do cristalino - Estas ações levam a acomodação da visão, contração da pupila e regulação da PIO. - ANTICOLINESTERÁSICOS (Agonistas indiretos) Ação dos fármacos acetilcolinesterásicos Glaucoma - Redução da drenagem do humor aquoso devido à obstrução do canal de Schlemm - Aumento consequente da Pressão intraocular (PIO) - Há indivíduos que suportam níveis tensionais estatisticamente elevados sem desenvolverem defeitos do nervo óptico. - Outros fatores seriam: anatômicos, circulatórios e metabólicos, interferindo de modo sutil na evolução da doença. Principais Efeitos Adversos Dos Agonistas Muscarínicos - Asma, insuficiência cardíaca, doença ácido-péptica; - Pode causar hipotensão, reduzindo o fluxo coronariano; - Efeitos ligados à atividade parassimpática em geral: rubor, sudorese, cólicas abdominais, dificuldade na visão, cefaleia e salivação; FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 10 TAMARA BUENO – TURMA 97 O efeito dos inibidores da acetilcolina é a longo prazo, essa eficácia colinérgica a longo prazo pode causar um colapso; Vesamicol: atua tanto no sistema intracelular, quanto nas vesículas; faz com que a membrana da vesícula não permita o rompimento dos poros, não permitindo a entrada e saída de acelticolina; Veneno da aranha viúva negra : deslocamento do transmissor do terminal axônico.; inicialmente tem ação colinomimética (aumento da excitabilidade, ereção e ejaculação). Em seguida tem resposta anticolinérgica rápida, bloqueando os movimentos respiratórios. Dependendo do lugar em que a aranha picar, o veneno é fatal; Toxina botulínica: previne a liberação de acetilcolina; geralmente está nos produtos industrializados que sofrem pasteurização. As bactérias geralmente morrem em temperatura abaixo de 15 graus e acima de 75 graus, mas a toxina botulínica é resistente. Em alimentos que são industrializados e são comidos crus, geralmente a probabilidade é maior. Ex: palmito. Os inseticidas geralmente não têm cheiro, mas geralmente tendem a fazer bloqueio respiratório. Por isso a ANVISA obrigou os fabricantes a “colocarem” cheiro (são organofosforados); EFEITOS CLÍNICOS - Efeitos autônomos: bradicardia; hipotensão; secreções excessivas; broncoconstrição; hipermotilidade gastrointestinal; redução da pressão intraocular. - Ação neuromuscular: fasciculação muscular; aumento na tensão da contração espasmódica; bloqueio de despolarização. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 11 TAMARA BUENO – TURMA 97 UTILIDADE CLÍNICA - reversão do bloqueio neuromuscular (NEOSTIGMINA) - tratamento da MIASTENIA GRAVE (NEOSTIGMINA OU PIRIDOSTIGMINA) - tratamento do glaucoma (ECOTIOPATO) - Opção: beta-bloqueadores (aliviam a pressão ocular por via indireta, ou seja, demora mais para sua ação), inibidores da anidrase carbônica; - Glaucoma de ângulo fechado (emergência): Pilocarpina (mais rápida, possui muitos efeitos adversos, mas podem ser controlados em ambiente hospitalar) - Cirurgia Ocular: Acetilcolina foi descartada, atualmente é utilizado o carbacol, pois não necessita de sobredoses. - Retenção urinária: betanecol – via oral é mais efetiva, porém a subcutânea é mais rápida - Diagnóstico da hiper-reatividade brônquica: - Salbutamol(em casos graves, de emergência. Ex: pacientes asmáticos. O problema dele é que induz taquicardia, altera algo nos receptores β2). - Salmeterol: usos crônicos. (AGONISTAS β- ADRENÉRGICOS) Efeitos colaterais : SLUDE Salivação; Lacrimejamento; Urina; Diarreia; Êmese. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 12 TAMARA BUENO – TURMA 97 AGENTES ANTIMUSCARÍNICOS ATROPINA - AÇÕES: - Inibição das secreções (lacrimais, salivares, brônquicas e sudoríparas), com aumento da temperatura corpórea - Efeitos sobre o TGI: antiespasmódico por reduzir a motilidade no TGI. - Não afeta a secreção ácida. - Efeitos oculares: midríase - paralisia da acomodação do olho (cicloplegia); pode ocorrer da pressão intra-ocular - Efeitos Cardiovasculares: taquicardia (bloqueio dos receptores muscarínicos cardíacos): doses baixas bradicardia paradoxal (efeito central) - não há alteração na pressão arterial. - Efeito sobre a musculatura lisa: relaxamento da musculatura das vias brônquicas, urinárias e biliares. - Efeito sobre o SNC: efeitos excitatórios doses causa inquietação; doses causa agitação e desorientação. - USOS CLÍNICOS: - Uso Oftálmico: efeitos midriático e cicloplégico importante em exames oftálmicos; - Antiespasmódico do TGI e do Sistema urinário; - Antídoto de Organofosforados: boa passagem para o SNC; - Agente anti-Secretório: Importante em intervenções cirúrgicas no trato respiratório; - EFEITOS ADVERSOS: taquicardia; inquietação, alucinações, depressão e coma (SNC). OUTROS ANTAGONISTAS ESCOPOLAMINA\HIOSCINA – IPRATRÓPIO - Respiratório (asma) Ipratrópio por inalação (Atrovent®) - Outros sistemas: - Pré anestésico para diminuir secreções atropina e hioscina injetáveis. - Antiespasmódico: n-butilescopolamina; - Suprimir a secreção de ácido gástrico e úlcera péptica Pirenzepina (seletiva M1) FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 13 TAMARA BUENO – TURMA 97 Obs.: Escopolamina tem uma viabilidade de uso mais intenso; vem associada a um analgésico para diminuir os efeitos colaterais, a dipirona Buscopan composto; Buscopan Plus, associado ao Paracetamol. BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Durante o século XVI, exploradores europeus constataram que Índios bacia amazônica utilizavam um veneno nas extremidades das flechas; • Estes venenos levava a paralisia dos músculos esqueléticos e morte da caça. • Ausência de sintomas de intoxicação e morte de quem consumia. • Este veneno é chamado de CURARE mistura de alcalóides ocorrência natural encontrado em diversas plantas sul-americanas e utilizados como venenos para pontas de flechas dos índios; - Inibição da síntese de acetilcolina • bloqueio no transporte de colina (hemicolíneo, trietilcolina) • bloqueio no transporte de Ach para vesícula (vesamicol) CLINICAMENTE NÃO SÃO UTILIZADAS - Inibindo a liberação • inibidores do impulso nervoso (anestésicos locais) • bloqueio do Ca++ • toxinas (botulínica e β-bungarotoxina-najas) -Interferindo com a atuação pós-sináptica nos receptores •bloqueadores Neuro-musculares DOIS MECANISMOS: 1) BLOQUEIO FARMACOLÓGICO DO AGONISTA (ACETILCOLINA) ANTAGONISTAS QUE IMPEDEM A DESPOLARIZAÇÃO 2) BLOQUEIO PELO EXCESSO DE AGONISTA DESPOLARIZANTE (ACETILCOLINA OU NICOTINA) DESPOLARIZAÇÕES EXCESSIVAS ATÉ A PERDA DE EXCITABILIDADE E BLOQUEIO. FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 14 TAMARA BUENO – TURMA 97 - PRINCIPAIS AGENTES: AGENTES NÃO DESPOLARIZANTES: Tubocurarina, Pancurônio, Atracúrio, Galamina. AGENTES DESPOLARIZANTES: Succinilcolina, Suxametônio, Decametônio. - AÇÕES FARMACOLÓGIAS PARALISIA MOTORA: musculatura ocular; músculos da face; extremidades; faringe; músculos respiratórios. - EFEITOS COLATERAIS: hipotensão; liberação de histamina e broncoconstrição; taquicardia (bloqueio muscarínico vagal) - REVERSÃO DO BLOQUEIO inibidores da colinesterase (NEOSTIGMINA).