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Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Intensivo | Disciplina: Direitos Internacional Aula: 02 |Data:02/05/2018 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO DIFERENÇA ENTRE SENTENÇA ESTRANGEIRA E CARTA ROGATÓRIA DIFERENÇA ENTRE SENTENÇA ESTRANGEIRA E SENTENÇA INTERNACIONAL FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO JUIZ BRASILEIRO NO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E-mail: Ricardo.macau@gmail.com Twitter @ricardo. Macau Insta: Ricardo.macau Tel: 98257-9753 DIFERENÇA ENTRE SENTENÇA ESTRANGEIRA E CARTA ROGATÓRIA Art. 105, I, alínea i, CF/88 A sentença estrangeira é uma decisão final (transitada em julgado) expedida por autoridade competente de outro país (Ex. Juiz, rei, rabino, prefeito). O art. 105, I, “i”, CF/88 prevê que as sentenças estrangeiras devem ser homologadas pelo STJ. Na homologação de sentença estrangeira o STJ deve ser provocado pelas partes interessadas. A carta rogatória é uma decisão interlocutória expedida por autoridade competente de outro país. Ex. Citação, intimação, realização de perícia, oitiva de testemunha. O art. 105, I, “i”, CF/88 prevê que as cartas rogatórias exigem “exequatur” do STJ para serem cumpridas no Brasil. No “exequatur” de cartas rogatórias o, STJ é provocado pela autoridade central competente (órgão competente do Estado que expediu a carta rogatória). Após o “exequatur” do STJ, a carta rogatória é executada/cumprida pelo juízo federal competente. DIFERENÇA ENTRE SENTENÇA ESTRANGEIRA E SENTENÇA INTERNACIONAL - Não se podem confundir os dois conceitos em destaque: Sentença estrangeira: Sentença transitada em julgado de autoridade por outro país e exige homologação no STJ e quem executa é o juiz federal Diferente de sentença internacional: Sentença final expedida por Corte Internacional que foi criada por tratado e o Brasil figura como parte. Ex. corte interamericana de direitos humanos. Observação: A sentença não exige homologação por nenhum tribunal superior brasileiro e executada diretamente pelo juiz federal competente como se fosse uma sentença interna. (art. 68 de São José da Costa Rica). Exame de Ordem Damásio Educacional 2 de 2 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO JUIZ BRASILEIRO NO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Regra Geral: O artigo 21 e 22 do CPC prevêem que a competência do juiz brasileiro é concorrente ou relativa com a competência do juiz estrangeiro. Na prática, em se tratando de competência concorrente ou relativa, é a parte que escolhe se a ajuíza aciona o Brasil ou se ajuíza no exterior. A regra geral admite eleição de foro pelas partes. Exceção: O artigo 23 do CPC prevê três hipóteses de competência absoluta ou exclusiva do juiz brasileiro. As partes deverão obrigatoriamente ajuizar a ação no Brasil. I) Ação judicial sobre bem imóvel situado no Brasil. II) Ação de inventário partilha ou confirmação de testamento sobre bens situado no Brasil. III) Ação de divórcio, separação ou dissolução de união estável se houver bens no Brasil. ELEMENTOS DE CONEXÃO – ARTIGOS 7, 8, 9, 10 E 11, LINDB. São temas de direito civil presente nos casos concretos e que indicam o direito material aplicado, isto é, se haverá a aplicação da lei brasileira ou da lei estrangeira. 1) DIREITO DE FAMÍLIA, CAPACIDADE CIVIL E PERSONALIDADE JURÍDICA. O artigo 7º da LINDB prevê a aplicação no domicilio da pessoa. Observação: Se os noivos tiverem em domicilio diferente, o casamento será regido pela lei do primeiro domicílio do casal. 2) CONTRATOS, OBRIGAÇÕES E TESTAMENTO O artigo 9º LINDB prevê que se aplica a lei do local da celebração 3) SUCESSÃO Fala-se me sucessão na hipótese de o de “cujus” não ter feito testamento – O artigo 10º de LINBD prevê que alei aplica a lei do domicílio do “de cujus”. 4) CLASSIFICAÇÃO DE BENS O artigo 8º da LINDB prevê que se aplica a lei da situação do bem, isto é, a lei do local em que o bem se encontra situado. 5) FUNCIONAMENTO DE PESSOA JURÍDICA O art. 11 LINDB prevê que se aplica o local da constituição da pessoa jurídica, isto é, a lei do local do registro constitutivo.
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