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PROVA N2 - DIR10MA - INTERNACIONAL

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FACULDADE DE RONDÔNIA – FARO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO
PROVA N2 – DIR10MA – 2020.1
INFORMAÇÕES GERAIS:
● Escolha apenas uma dentre as alternativas (a, b, c ou d). A marcação de mais de uma alternativa 
gera anulação da questão;
● Lembre de passar as respostas para o gabarito que segue junto com esta avaliação, o envio desta 
prova respondida não tem efeito para fins de correção da nota;
● Envie o gabarito para o e-mail provasfaro2020@gmail.com, esta avaliação não precisa ser 
enviada junto ao gabarito;
1. Considerando a atual sistemática e o entendimento da Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro e do Direito Internacional Privado no Brasil, assinale a única afirmativa 
correta:
a) Os governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza que eles tenham 
constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, poderão adquirir no Brasil bens 
imóveis ou suscetíveis de desapropriação.
b) Os governos estrangeiros não podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos 
representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.
c) A Teoria Clássica ou da Imunidade de Jurisdição Absoluta divide os atos dos Estados entre atos 
de império e atos de gestão.
d) No Brasil, conforme a doutrina majoritária e posição predominante da jurisprudência, a 
imunidade de jurisdição não é absoluta, logo é possível que Estado estrangeiro não possa ser 
julgado pelas autoridades de outro Estado contra a sua vontade;
2. Tendo em conta a disciplina dos Elementos de Conexão, Competência e Ordem Pública na 
LINDB, bem como perante a jurisprudência contemporânea dos Tribunais brasileiros, 
responda assinalando a única alternativa correta.
a) Para o Superior Tribunal de Justiça, a cobrança de dívida de jogo contraída por brasileiro em 
cassino que funciona legalmente no exterior é juridicamente possível e não ofende a ordem pública, 
os bons costumes e a soberania nacional.
b) Deverá ser aplicada a lei do domicílio do estrangeiro no que diz respeito às formalidades da 
celebração do casamento realizado no Brasil.
c) Autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para julgar ações relativas a 
imóveis que, situados no Brasil, sejam de propriedade de estrangeiros.
d) As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, terão 
eficácia no Brasil, mesmo quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons 
costumes.
3. Sobre a Carta Rogatória, assinale a única alternativa conforme o Direito Internacional 
Privado e as disposições da LINDB e da jurisprudência brasileira.
a) Carta rogatória é um instrumento por meio do qual uma autoridade judiciária de um Estado da 
mailto:provasfaro2020@gmail.com
federação solicita que autoridade em Estado ou comarca diferente pratique determinado ato 
processual em seu território. 
b) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) processar e julgar, originariamente, a 
homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias e pedidos de
auxílio direto.
c) Por meio do exequatur, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) verifica se o ato processual 
solicitado pela autoridade judiciária estrangeira é compatível com o ordenamento brasileiro. Caso 
seja, o Tribunal concede o exequatur, que significa “cumpra-se”. Desse modo, após o exequatur 
concedido pelo STJ à carta rogatória, esta irá ser cumprida por um juiz federal.
d) Por meio do exequatur, o Supremo Tribunal Federal (STF) verifica se o ato processual solicitado 
pela autoridade judiciária estrangeira é compatível com o ordenamento brasileiro. Caso seja, o 
Supremo concede o exequatur, que significa “cumpra-se”. Desse modo, após o exequatur concedido
pelo STF à carta rogatória, esta irá ser cumprida por um juiz federal.
4. Sobre o Auxílio Direto, assinale a única alternativa correta:
a) O auxílio direto é uma forma de cooperação jurídica internacional mais rigorosa que a Carta 
Rogatória, por meio do qual é possível, dentre outras situações, a comunicação de atos processuais 
(citações, intimações e notificações) e a obtenção de provas. 
b) Não é possível a materialização do auxílio direto através de tratados internacionais, sendo 
instrumento de cooperação que precisa estar disposto na legislação de ambos os países.
c) O auxílio direto é espécie do gênero cooperação jurídica internacional e consiste na assistência 
que a autoridade nacional presta à autoridade estrangeira requerente por meio de um procedimento 
nacional. Como regra, deve estar previsto em tratado internacional e prescinde da concessão de 
exequatur pelo Superior Tribunal de Justiça;
d) O auxílio direto obedecerá, quanto à admissibilidade e ao modo de cumprimento, ao disposto na 
legislação brasileira, devendo ser necessariamente remetida aos juízes ou tribunais estrangeiros por 
contato direto entre as autoridades judiciárias dos Estados envolvidos.
5. Em torno dos Elementos de Conexão e as regras de competência presentes na LINDB, com 
base no entendimento da jurisprudência e da doutrina brasileiras, marque a única alternativa
correta. 
a) No que concerne à sucessão de bens (móveis ou imóveis) pertencentes a estrangeiros, que 
estejam situados no Brasil, aplica-se a lei brasileira em benefício do cônjuge ou filhos brasileiros, 
ainda que a lei pessoal do falecido seja mais favorável aos brasileiros.
b) A competência jurisdicional brasileira é territorial-relativa e incide sobre o estrangeiro 
domiciliado no país, sendo competente também o juiz brasileiro quando a obrigação tiver de ser 
cumprida no Brasil e quando a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no território 
nacional.
c) A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país de nacionalidade do defunto ou 
desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
d) Tanto a autoridade judiciária brasileira quanto a autoridade do país de origem do autor da 
herança, se este for estrangeiro, têm competência para proceder a inventário e partilha de bens 
situados no Brasil.
6. Marcos, comerciante brasileiro, residente e domiciliado na Argentina, local onde possui 
uma grande rede de venda de maquinário industrial, celebra um contrato de compra e venda 
com João, brasileiro, residente no Brasil, dono de uma indústria no estado de Rondônia. No 
citado contrato, eles estabelecem a entrega de maquinário industrial e o pagamento mensal 
por parte de João, ainda estabelecem também cláusula de eleição de foro no Chile, por 
entenderem ser um território neutro para dirimir qualquer controvérsia existente no 
contrato. Porém, ao longo da execução do contrato, Marcos sofre um acidente de carro e se 
torna incapaz de assumir as obrigações contratuais e João propõe ação no Brasil para 
averiguar como se dará a representação de Marcos, considerando que o acidente alterou as 
regras sobre sua capacidade como parte no contrato.
Diante da situação hipotética, o juiz que receber a ação proposta por João deverá aplicar a lei
a) brasileira, considerando ser o local onde foi proposta a ação.
b) chilena, considerando ser o foro de eleição para controvérsias existentes no contrato.
c) brasileira, considerando ser a lei do país de nacionalidade de Marcos.
d) argentina, considerando ser a lei do país em que Marcos é domiciliado.
7. Sobre a homologação de sentença estrangeira, tendo em conta a LINDB e a doutrina pátria 
de direito internacional privado, tanto quanto as jurisprudências mais atualizadas do 
Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal.
a) O processo de homologação de sentença estrangeira visa aferir a possibilidade de decisões 
estrangeiras produzirem efeitos dentro da ordem jurídica nacional, assim, não será homologada a 
sentença estrangeira incompatível com ordem pública, soberania nacional e bons costumes.
b) Dentre os requisitos indispensáveis, deve estar acompanhada de tradução oficial, ainda que haja 
dispensa prévia em tratado.
c) A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologaçãode decisão 
estrangeira perante o Supremo Tribunal Federal.
d) Ainda que tenha sido proferida no exterior por autoridade competente e as partes não tenham sido
citadas, é possível a homologação da sentença estrangeira.
8. Responda qual a única alternativa correta em torno das regras da LINDB e do Direito 
Internacional Privado.
a) Para o direito brasileiro, na hipótese de um domiciliado no Brasil e uma domiciliada na Argentina
vierem a se casar e estabelecer como domicílio comum primeiro o Brasil e depois a Argentina, o 
regime de bens será regulado pela legislação argentina.
b) Em acidente ocorrido no Uruguai entre motociclista uruguaio e cidadã brasileira domiciliada no 
Brasil, o autor da ação resolveu abrir a ação no Brasil, lugar do domicílio do réu. Neste caso, o 
direito a ser aplicado neste caso concreto é o direito brasileiro.
c) Em caso de contrato internacional entre uma empresa brasileira e chinesa, tendo a celebração 
sido feita nos Estados Unidos, não existindo cláusula arbitral, e em território americano sido 
constituída, a pretensão indenizatória decorrente do inadimplemento deste contrato deverá seguir a 
noção de negócio jurídico, e mesmo de inadimplemento, trazida pela lei norte-americana.
d) Marcos, comprador, residente domiciliado no Brasil, realiza contrato de compra e venda de bem 
imóvel com Mario, vendedor, residente domiciliado na Itália. O contrato é celebrado no Brasil e 
tem como objeto um apartamento em Paris, França. Para regular a relação concernente ao tal bem 
imóvel, aplica-se a lei brasileira tendo em vista que o contrato foi celebrado no Brasil.
9. Sobre o instituto do Reenvio, assinale a única alternativa conforme a doutrina e 
jurisprudência majoritárias.
a) O reenvio pode se dar apenas em primeiro grau, na medida em que envolve apenas a relação 
existente entre dois ordenamentos jurídicos.
b) É possível reenvio nos casos de conflitos positivos, ou seja, quando dois ou mais ordenamentos 
julgam aplicáveis suas normas para regulação do caso concreto.
c) A Teoria do Reenvio (Retorno ou Devolução) é instituto pelo qual o Direito Internacional Privado
de um Estado determina a aplicação de qualquer regra de conexão adaptável ao caso concreto, sem 
levar em conta as determinações do seu próprio ordenamento. É aplicável a contratos internacionais
de grande interesse nacional.
d) No Brasil, a LINDB proíbe o juiz nacional de aplicar o reenvio. Assim, se a norma do país do 
direito aplicável determinar a remessa da questão a qualquer outro ordenamento, deverá ser 
desconsiderado esse reenvio.
10. Joana, brasileira domiciliada no Distrito Federal, foi contratada para trabalhar como 
tradutora na Missão Diplomática da Itália em Brasília. Durante a relação de trabalho, existiu 
grave desentendimento entre Joana e os responsáveis pela Missão Diplomática, tendo ocorrido
o fim da relação de trabalho. Joana pretende mover reclamação trabalhista contra a Itália, 
porém, não sabe ao certo se é possível. Como modo de auxiliar Joana, qual a melhor resposta 
para o caso concreto?
a) Joana pode entrar com a reclamação trabalhista e o juiz deverá desconsiderar a imunidade de 
jurisdição. Porém, em caso de condenação não será possível a execução de bens diretamente ligados
à Missão Diplomática, como por exemplo a residência do diplomata.
b) Joana não poderá entrar com a reclamação trabalhista, tendo em vista as imunidades de jurisdição
e de execução da Missão Diplomática italiana. 
c) Joana pode entrar com a reclamação trabalhista e o juiz deverá desconsiderar a imunidade de 
jurisdição. Em caso de sentença favorável à trabalhadora, a execução será possível ainda que recaia 
em bens do Estado estrangeiro vinculados à Missão Diplomática.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

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