musculação 1

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Disciplina de Musculação 
José Guilherme Jr. 
Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido 
pelo Hosp. das Clínicas, Faculdade de Medicina da USP. 
- Fascínio 
- Obtenção da força → entretenimento e 
sobrevivência 
- Origem → antiguidade, mas conseguiu + 
popularidade nos últimos 50 anos 
- Ferramenta → atletas ↑ desempenho 
(recorde) 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 15 
 
- Mitos → manias, conceitos equivocados, 
filosofias entusiastas → pouco contribuem 
para com o conhecimento científico? 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 15 
 
• Para que saber? 
- De onde surgimos? 
- Onde estamos? 
- Para onde deveremos ir com essa tecnologia 
de treinamento? 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 15 
 
• Chave para uma ótima prescrição? 
- Conhecimento 
- Estudo cte. 
- Habilidade de seu uso → exige → processo 
cuidadoso; poder de decisão na prescrição; 
prudência de julgamento 
- Avaliação → testes específicos 
- Sistematização → elaboração de programas 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 15 
 
• Força na antiguidade 
- Egito (2500 a.C) → figuras tumbas → disputas 
de força 
- Irlanda (3800 anos) → lançamentos de pesos 
- China (1122-255 a.C) → testes de força → 
militar 
- Grécia e Roma → não foram os pioneiros 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 15 
 
• Força na antiguidade (cont.) 
- Bíblia → David x Golias, Sansão 
- Grécia → Bybon e Emastus (levantamento de 
pesos/pedras) 
- Grécia → Milos de Crotona → resistência 
progressiva → bezerro nas costas (desde 
filhote até fase adulta) 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 15 
 
• Força na antiguidade (cont.) 
- Milos de Crotona → campeão de 22 jogos de 
Olimpia, Pythian, Nemean e Isthmian 
- Grécia → Titormus → venceu Milos no 
levantamento de pedra 
- Grécia → Esparta → fisiculturismo → homens 
eram emparedados e julgados pelo 
desenvolvimento físico → militar 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 15 
 
• Força na antiguidade (cont.) 
- Grécia → Galeno → médico dos gladiadores 
→ sobrevivência dependia da força → 
recomendava o treinamento com pesos → 
sustentados com a mãos (halteres?) 
- Roma → soldados → fardos pesados e 
espadas pesando acima do normal → 
aumento do desempenho na guerra 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 16 
 
• Força no renascimento 
- Camerarius & Montaigne → TR → ↑ saúde, 
força e rendimento na guerra 
- Galvani → musculoesquelético é excitável por 
eletroestimulação → avanço na fisiologia da 
produção da força muscular 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 16 
 
• Força no renascimento 
- Andreas Vesalius (1514-1564) → marco e 
revolução na anatomia → método de ensino, 
dissecação de cadáveres, Di Humani Corporis 
Fabrica 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 16 
 
• Força no renascimento 
- Bernard Siegfried Albinus (1677-1770) → 
professor e perito em anatomia (sistema 
esquelético) → Tabulae Sceleti Et Musculorum 
Corporis Humani (1747) e Tabulae Ossium 
Humanorum (1753) 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 16 
 
• Força no renascimento 
- Benjamin Franklin → documentou em 1784 → 
beneficios do TR em sí próprio 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 16 
 
• Era dos homens fortes 
- Impulso em popularidade 
- Séculos XIX e XX 
- Nos EUA e Europa 
- Fins de entretenimento e comerciais 
- Mitos históricos que permanecem até hoje 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 16 
 
• Era dos homens fortes 
- Pessoas contrárias ao TR afirmaram que o 
mesmo deixaria indivíduos grandes, lentos e 
pesados → associação com cavalos 
(corredores e de tração) 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 17 
 
• Era dos homens fortes 
- Muitos strongmen se esforçaram para dissipar 
esse mito, entre eles Albert Attila (em 1903) e 
Arthur Saxon, que declarou que o TR auxiliava 
no aumento da velocidade em indivíduos 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 17 
 
• Era dos homens fortes 
- Eugene Sandow → famoso por sua força e 
estrutura muscular → demonstrou que um 
indivíduo podia ser, ao mesmo tempo, forte e 
apto fisicamente → possuía um físico 
esteticamente agradável de se ver 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 17 
 
Eugene Sandow 
• Era dos homens fortes 
- George Hackenschmidt → pesista russo 
campeão, também famoso por sua força e 
físico 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 17 
 
Walter Donald 
• Era dos homens fortes 
- Milo Steinborn → trouxe da Europa p/ os EUA 
o protótipo ancestral da barra olímpica 
moderna 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 17 
 
• TR antigo: publicações populares 
- Bernarr MacFadden → revista Physical Culture 
- Bob Hoffman (York Barbell) → Strength & 
Health e a Muscular Development 
- Perry e Mabel Rader → revista Ironman 
- Irmãos Ben e Joe Weider 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 18 
 
• Pesquisa em treinamento de força 
- Dudley Allen Sargent → pioneiro em focar a 
fisiologia da força muscular 
- Werner W. Siebert → hipertrofia era causada 
pelo aumento do tamanho das fibras e não 
pelo aumento do número de fibras (hiper...?) 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 22 
 
• Pesquisa em treinamento de força 
- DeLorme e Watkins (1948) → grande avanço 
em TR → reabilitação de lesões de guerra → 
programa de TR (longo prazo) → combater a 
atrofia → 10 RM 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 22 
 
• Pesquisa em treinamento de força 
- Erich Muller e Theodor Hettinger (1953) → 
exercício isométrico → ganho de força 
- Matveyev → conceito de programa de 
treinamento estruturado (planejado) → 
periodização → base para muitas teorias do 
TR atuais 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 22 
 
• Pesquisa em treinamento de força 
- Richard A. Berger (anos 60) → inúmeras 
pesquisas → eficácia das variações nos 
estímulos do TR → combinações de séries, 
reps e intensidade relativas 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 22 
 
• Pesquisa em treinamento de força 
- Surgimento de várias organizações como o 
ACSM, NSCA, etc. 
- Desafio da era da informação → enorme 
quantidade de infos equivocadas, ciência 
“pobre”, influências coorporativas e opiniões 
emocionais → separar o joio do trigo e ter 
critério de avaliação! 
Histórico 
Kraemer & Hakkinen, 2004, p. 22 
 
• Objetivos do treinamento de força 
- Aumento da massa muscular, força máxima, 
potência, melhoria qualidade de vida. 
- Também utilizado na melhoria do 
desempenho esportivo em modalidades como 
o levantamento de pesos, levantamento 
básico e fisiculturismo. 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 2 
 
Arranco 
Arremesso 
Desenvolvimento Supino Reto 
Levantamento Terra 
Levantamento Terra 
Agachamento 
Fisiculturismo 
Fisiculturismo 
Fisiculturismo 
Fisiculturismo 
• Pontos importantes 
- Necessidade de planejamento do treinamento 
- Dados como anamnese, avaliações e testes 
físicos específicos 
- Exame médico prévio (para indivíduos acima 
de 35 anos) 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 2 
 
• Pontos importantes 
- Deve ser individualizado 
- Respeitar a individualidade biológica 
- Priorizar a ação dominante do gesto esportivo 
 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5 
 
• Parâmetros fundamentais na prescrição 
1. Grupos musculares a serem trabalhados 
2. Metabolismo envolvido 
3. Risco de lesões 
4. Ação muscular 
 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5• Parâmetros fundamentais na prescrição 
1. Grupos musculares a serem trabalhados: 
análise cinesiológica (+ análise de vídeo!) → 
determinar → músculos e ângulos articulares 
→ modalidade esportiva 
 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5 
 
• Parâmetros fundamentais na prescrição 
2. Metabolismo envolvido: 
Durante o TF visando o aumento da força máxima 
e hipertrofia quais as fontes de energia utilizadas? 
ATP-CP (ou sistema anaeróbio alático) e glicose 
anaeróbia (sistema anaeróbio lático) → produção 
de ácido lático 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5 
 
• Parâmetros fundamentais na prescrição 
3. Risco de lesões: 
Poucos dados referentes ao índice de lesões em 
praticantes de TF 
Porém quando comparados a outros atletas de 
outras modalidades esportivas, possuem menor 
incidência de lesão 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5 
 
• Parâmetros fundamentais na prescrição 
3. Risco de lesões (cont.): 
Lesões mais frequentes → ombro, cotovelo 
(maioria do exercícios do MS solicita tais 
articulações de forma frequente e intensa), etc... 
Também contribui para a geração de lesão → 
técnica inadequada de execução e progressão 
incorreta de peso e volume 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5 
 
• Parâmetros fundamentais na prescrição 
3. Risco de lesões (cont.): 
Determinar os pontos possíveis de lesões → 
buscar estatísticas específicas da modalidade → 
facilita a prescrição e previne a geração de lesão!!! 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 6 
 
• Parâmetros fundamentais na prescrição 
3. Risco de lesões (cont.): 
Com o advento do aumento de força e hipertrofia 
→ também ocorre aumento na resistência e 
espessura dos ligamentos, tendões e ossos 
(prevenção de osteoporose → doença associada 
a inatividade física e envelhecimento) 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5 
 
• Parâmetros fundamentais na prescrição 
4. Ação muscular: 
Saber qual a ação ou ações musculares 
(concêntrica, excêntrica ou isométrica?) são mais 
exigidas na modalidade esportiva, CF, 
reabilitação, hipertrofia ou força. 
Introdução 
Bacurau et al., 2001, p. 5