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EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR

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FACULDADE DE JUAZEIRO DO NORTE- FJN
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇAO ESPECIAL INCLUSIVA COM ÊNFASE NO AEE
MARIA GRAZYELLE PORTO 
MAYRA LARISSA SANTANA CALLOU 
SAMARA ALVES DA SILVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR
SALGUEIRO-PE
2017
MARIA GRAZYELLE PORTO 
MAYRA LARISSA SANTANA CALLOU 
SAMARA ALVES DA SILVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR
Trabalho apresentado ao curso de Pós-graduação em Educação Especial inclusiva com Ênfase no AEE da Faculdade de Juazeiro do Norte- FJN, como parte dos requisitos para obtenção de nota.
 Prof(a): Eliete Santos
SALGUEIRO-PE
2017
SUMÁRIO
	
	1 INTRODUÇÃO
	03
	2 DESENVOLVIMENTO
	04
	2.1 Leis que permeiam a Educação Superior para as pessoas com
	
	Deficiencia no Brasil
	04
	3 INCLUSÃO DOS DISCENTES COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO
	
	SUPERIOR
	06
	4 REFLEXOES ACERCA DA ENTREVISTA COM ORLANDO VIDAL
	08
	5 CONCLUSÃO
	10
	REFERENCIAS 
	11
	
	
	
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo mostrar as questões acerca da Inclusão de alunos com deficiência no ensino superior, a Universidade é essencial para a criação, transferência e aplicação de conhecimentos e para a formação e capacitação do indivíduo, como também para o avanço da educação em todas as suas formas.
A partir de questões das dificuldades de inclusão encontradas no ambiente para essas pessoas com necessidades educacionais especiais surgiu a seguinte problemática: quais as dificuldades e possibilidade para a inclusão desses indivíduos no ensino superior? Sabemos que algumas Instituições de ensino não possuem estrutura adequada para as os mesmo, sem contar com os poucos profissionais referente à área de Educação que não estão preparados para dar suporte a esse aluno.
Sendo assim, vem à justificativa de que as Universidades precisam se atualizar a essa realidade, e que para ela garantir a aprendizagem dos alunos com necessidades especiais é preciso, antes de tudo, a formação do professor, o apoio de familiares, gestores, família e os profissionais da saúde que acompanham o aluno para se obter um êxito na sua entrada e permanecia no curso. 
Vivemos hoje numa sociedade democrática, capitalista e que possui uma consciência de vida bastante diferente de antigamente, ou seja, uma sociedade propícia para gerar um campo de Inclusão social adequado para as pessoas com necessidades especiais, inclusão essa, que está nas escolas, sendo ela o primeiro meio de desenvolvimento para a formação do indivíduo para que ele chegue no nível superior capaz de minimizar as diferenças e posteriormente no mercado de trabalho.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Leis que permeiam a Educação Superior para as Pessoas com Deficiência no Brasil
O nível superior de maneira alguma é diferente da educação básica brasileira, na qual sempre se desenvolveu bastante lenta, porém, a educação superior cresce gradativamente em consequência desse desenvolvimento inclusivo da educação básica. Como tema muito complexo, a educação especial em seu nível superior ainda não comporta com uma prática regulamentada para se atender esses discentes, a inclusão desse segmento de pessoas com deficiência na educação superior é uma construção social vivenciada há pouco tempo, trazendo como consequência a escassa pesquisa, pouca divulgação do tema e pouca experiência acumulada.
A base que ainda permeia o acesso desses indivíduos na ES- Educação Superior são algumas políticas de acessibilidade que está definida por uma ampla legislação composta por leis, decretos e normas, além da própria Constituição Federal, que de acordo com o MEC (2013, p.7):
A Constituição Federal/88, art. 205, que garante a educação como um direito de todos; 
O Decreto n° 3.956/2001, que ratifica a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Pessoa Portadora de deficiência; 
A Lei n° 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais-Libras; 
A Portaria n° 3.284/2003, que dispõe sobre os requisitos de acessibilidade às pessoas com deficiência para instruir processo de autorização e reconhecimento de curso se de credenciamento de instituições; 
O Decreto n° 5.296/2004, que regulamenta as Leis 10.048/2000 e 10.098/2000, estabelecendo normas gerais e critérios básicos para o atendimento prioritário a acessibilidade de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. No seu artigo 24, determina que os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade pública e privada, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários; 
O Decreto 5.626/2005, que regulamenta a Lei n° 10.436/2002, que dispõe sobre o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e estabelece que os sistemas educacionais devem garantir, obrigatoriamente, o ensino de LIBRAS em todos os cursos de formação de professores e de fonoaudiólogos e , optativamente, nos demais cursos de educação superior; 
O Decreto n° 5.773/2006, que dispõe sobre regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores no sistema federal de ensino; 
O Decreto n° 6.949/2009, que ratifica, como Emenda Constitucional, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU,2006),que assegura o acesso a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis; 
O Decreto n° 7.234/2010, que dispõe sobre o programa nacional de assistência estudantil - PNAES; 
O Decreto n° 7.611/2011, que dispõe sobre o atendimento educacional especializado, que prevê, no §2° do art. 5o : VII -estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior. § 5a Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com deficiência; 
Aponta-se, todavia, que a condução dos processos inclusivos se fundamenta e se relaciona a concepções de sociedade e à formação social, que por sua vez, envolvem os meios, as atividades, e os fins que se realizam nas instituições de educação superior e para que esses indivíduos possam ser inclusos, deve-se perceber não só ela em si, mas sua formalização, fortalecer suas pesquisas e visualizá-las além dos seus princípios morais e éticos, como destaca Harvey (1989), “A ideia de que todos os grupos têm o direito de falar por si mesmos, com sua própria voz, e de ter aceitado essa voz como autêntica e legítima”, ou seja, considerar também a presença, a fala dessas pessoas envolvidas nessa relação.
As universidades também contam com as “Ações Afirmativas” implantadas no Brasil, em que facilitam esse acesso a educação superior para grupos de pessoas que sofreram ou ainda sofrem com as sequelas do passado de opressão, apresentadas sejam elas na sua condição racial, social, sexual, étnica cultural e/ou deficiência. Essas ações vêm com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantir a igualdade de oportunidades e tratamento, compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, tendo como exemplo a Lei nº 12.711 de 29 de Agosto de 2012, foi criada a Lei de cotas para ensino superior.
3 INCLUSÃO DOS DISCENTES COM DEFICIENCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Umas das questões a se trabalhar inicialmente é a diferenciação de Inclusão e Integração desses alunos com necessidades especiais ao Ensino Superior, quando se fala em incluir, está garantindo o direito dos mesmos em qualquer universidade da comunidade ou até mesmo fora de sua própria cidade, é a reciprocidade para a superação dos preconceitos e das desigualdades sociais, é incluí-lo em todas as atividades propostas na gradecurricular da universidade, é uma inserção total e incondicional, é a busca da qualidade para o todo e não somente da pessoa com deficiência e quando se fala em Integração, caracteriza-se por uma inserção parcial e condicional, limita somente aquilo que é integrador, como ajeitar uma calçada para aquele aluno, um banheiro, ou simplesmente inseri-lo em sala de aula disfarçando suas limitações somente para integra-lo no meio.
Vale ressaltar que ambos trabalham juntos para que o indivíduo com NEE adentre na Universidade, para que ela seja Inclusiva, além do dever de esta preparada no âmbito da estrutura física, de integra-lo com banheiros adaptados, carteiras adaptadas, possuir elevador caso possua andares, além dos materiais pedagógicos preparados exclusivamente para determinadas deficiências, e que possua uma equipe profissional preparada, ela deve defender os direitos seja do aluno com deficiência ou não, deve fazer mudanças que beneficiem toda e qualquer pessoa. Não esquecendo que mesmo as Universidades e Faculdades particulares têm a obrigação de fornecer acessibilidade e estrutura material, tecnológica e humana necessárias para a inclusão de alunos com deficiência e que os custos de tal fornecimento não podem ser cobrados individualmente do educando com necessidades especiais, mas devem ser contabilizados no valor total do curso de todos os alunos (dividem-se os custos totais do curso pela quantidade de alunos). Lembre-se que a iniciativa privada tem acesso à prestação educacional como concessão de serviço público, sendo condicionada ao cumprimento das normas gerais da educação nacional e autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
Sendo assim, outro segundo ponto será aceitar a diferença do outro e valorizá-la, não basta aceitar e não declarar compromisso, a Inclusão ela implica toda a comunidade educacional, não atinge somente o discente com necessidade especial, para que isso ocorra faz-se imprescindível, no meio acadêmico, implantar relações que envolvam os processos de comunicação e informação.
O grande alerta para com a formação de baixa qualidade dos alunos com deficiência por toda a extensão de escolaridade chegando até o ES são as lacunas deixadas nas políticas públicas e na organização de uma educação inclusiva de qualidade, gerando grandes conflitos e tensões, pois as instituições de ensino superior tiveram sempre alunos sem grandes dificuldades, não tendo enfrentado, ainda, as especificidades da educação especial nem tampouco organizado adaptações estruturais, curriculares ou metodológicas. Por isso, a realidade do atendimento destes alunos se torna mais grave no ES, e é preciso ampliar as reflexões e as propostas sobre a sua inclusão.
Os principais problemas que surgem diante da inclusão de pessoas com necessidades especiais estão na questão da “formação docente e dos discursos e representações sociais sobre aqueles a serem incluídos”. As inquietações estão pautadas em pensar de que maneira os educadores estão formados para realizar um atendimento educacional de alunos com perfis diferentes dos comuns. Cabe pensarmos como as discussões sobre a inclusão nas instituições de ensino superior serão conduzidas dentro deste contexto para atender a diversidade, e para que a formação profissional assuma como compromisso o envolvimento em ações “menos excludentes e discriminatórias de educação” (THOMA, 2005, p.1).
A educação especial inclusiva nas Universidades pressupõe:
A participação coletiva na decisão das questões da sala de aula e da instituição escolar;
A necessária flexibilidade na utilização dos recursos institucionais, humanos e materiais;
A possibilidade de o professor poder contar com o apoio dos colegas e de outros profissionais, de repensar a estratégia de aula, de rever o plano de ensino;
Contar com a participação dos alunos e sua contribuição na resolução das questões específicas que se apresentarem. 
Mesmo considerando a especificidade das disciplinas, pode-se partir do pressuposto que todos os professores necessitam de um apoio institucional para realizar tais flexibilizações e mudanças, e, nesse sentido, é fundamental que os objetivos ligados a cada curso nas ES estejam claros a todos aqueles que participam do seu desenvolvimento. 
A cooperação do professor é uma das condições fundamentais para o sucesso da inclusão. A necessidade de uma preparação adequada para atender demandas específicas dos alunos, percebendo assim que esta preparação não se encerra no final da graduação de cada curso, e que vai mais adiante. 
O princípio da inclusão não pode ser controverso. Pode ser entendido de forma diferente por diferentes pessoas, e a sua prática pode estar além do que é considerado o ideal, mas a noção de que os alunos com necessidades educativas especiais de qualquer tipo devem ser educados ao lado dos seus pares em escolas normais, sempre que possível e apropriado, não pode ser questionada. A sala de aula é o espaço determinante para a emergência de uma autêntica educação inclusiva. É indispensável apostar na qualidade educativa da Universidade, cuja razão de ser é a preparação para a vida.
4 REFLEXOES ACERCA DA ENTREVISTA COM ORLANDO VIDAL
A entrevista foi realizada com Cicero Carlos Orlando Vidal, 32 anos, no qual foi o primeiro estudante surdo de Salgueiro a concluir o ensino superior. Orlando cursou a graduação de Tecnologia em Alimentos da comunidade acadêmica do Campus Salgueiro do IF Sertão-PE, além de ser o primeiro membro da sua família a concluir o Ensino superior. Orlando também desenvolveu um Glossário com termos técnicos na Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS, para ser usado por professores no ensino dos cursos tecnológicos do campo. 
Surdo desde o nascimento, ele propôs o projeto a dois professores a partir da própria experiência. “É muito ruim quando o professor não consegue explicar o que significa determinado termo porque não há sinal para isso. Decidi que precisava fazer alguma coisa para mudar essa situação”, ressalta Cícero. Ou seja, a partir da entrevista com o mesmo, vimos que diante das dificuldades encontradas ao longo do curso, a união da instituição, docente, discente e comunidade é fundamental para uma boa inclusão de alunos com deficiência no ensino superior, para seu desenvolvimento.
5 CONCLUSÃO
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação cultural, política, pedagógica e social, suscita em defesa do direito de todos os alunos estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que progride em relação à ideia de equidade formal. O acesso de pessoas com Necessidades Educativas Especiais nas Instituições de Ensino Superior, demanda uma série de mudanças na instituição.
Conclui-se, portanto, que a Educação Especial Inclusiva no ES é algo que ainda está caminhando, está em processo para melhores condições de adaptação para esses discentes, que vai da acessibilidade da Universidade até a aceitação, direitos iguais e PPP atualizado para demandar todos os discentes, independentemente de ser deficiente ou não. Os desafios a serem superados constituem o âmbito o institucional, a formação de professores e o cotidiano escolar.
REFERÊNCIAS
HARVEY, David. CONDIÇÃO PÓS-MODERNA. São Paulo: Edições Loyola, 1989
MEC- DOCUMENTO ORIENTADOR PROGRAMA INCLUIR- ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR SECADI/SESu- 2013, p 7. Disponível em:http://acessiblidade.ufg.br/up/211/o/Programa_Incluir_Ensino_Superior. Pdf
THOMA, A.S. da. A inclusão no ensino superior: ”ninguém foi preparado para trabalhar com esses alunos (...) isso exige certamente uma política especial...”. In: Anais da 28ª. Reunião Anual da ANPED, 2005. Disponível em: www.anped.org.br

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