Buscar

peça+processual+direito+do+trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

EXELENTÍSSIMO SENHOR JUIZO DA ____VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS/SC
RECLAMANTE: Jonas Fagundes, brasileiro, solteiro, montador de móveis, portador da cédula de indentidade....,inscrito no CPF sob o nº 123.456.789-00, residente e domiciliado na Avenida das Acácias, n. 100, bairro União, em Florianópolis/SC, CEP 88.010-030, por intermédio de sua advogada e bastante procuradora, conforme procuração juntada em anexo, com escritório profissional situado à Rua.., N°.., Bairro.., Cidade de...., onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência com base no artigo 840 parágrafo 1° da CLT interpor uma 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA em face de
RECLAMADA: Lojas Mensa, estabelecimento inscrito no CNPJ sob o n. 15.155.000/0001-00, com sede na Alameda das Flores, n. 30, Lagoa da Conceição, Florianópolis/SC, CEP 88.010-000.
Dos Fatos: 
1- DA CONTRATAÇÃO E REMUNERAÇÃO- O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 01/08/2016 e demitido em 31/01/2017 para exercer a função de montador de móveis, percebendo um salário no valor de R$ R$ 20,00 (vinte reais) por cliente visitado, com cuja atividade auferia mensalmente cerca de R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais)
Segundo o RECLAMADO, não foi firmado contrato de trabalho, isto é, não houve a assinatura da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Aduz que foi celebrado contrato de prestação de serviços, que previa que ele deveria montar os móveis nos locais indicados RECLAMADA, ou seja, nas residências de seus clientes.
2- DA LOCOMOÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO LABOR- Para realizar as visitas aos clientes em Florianópolis/SC, usava motocicleta de sua propriedade. Para tanto, além do contrato de prestação de serviços, outro foi firmado, referente ao aluguel do veículo, pelo qual as Lojas Mensa Ltda. pagavam R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês, já estando incluídos neste valor os gastos com combustível e manutenção da moto.
3- DA JORNADA DE TRABALHO- Sua rotina era de segunda a sábado, consistia em sair de casa às 07h30, chegando às Lojas Mensa às 08h00, ocasião em que pegava a lista dos endereços dos clientes em que deveria comparecer para a montagem dos móveis. Após a montagem no último cliente, por volta de 20h00, ele tinha que ligar para o Sr. Manoel Silva, gerente da loja, para lhe informar sobre o término da prestação de serviços. O RECLAMANTE afirma que durante o trabalho era habitual receber ligações do Sr. Manoel solicitando que alterasse a rota dos clientes, uma vez que em muitas ocasiões surgiam montagens urgentes, que deveriam ser atendidas naquele momento. Assevera, também, que costumava almoçar em aproximadamente uma hora.
4- DA RESCISÃO CONTRATUAL- O contrato de prestação de serviços vigorou de 01/08/2016 até 31/01/2017, quando foi rescindido pelas Lojas Mensa, sob argumento de que a crise econômica teria inviabilizado sua manutenção. Pela rescisão do referido contrato, Jonas não recebeu qualquer multa ou aviso prévio, mas apenas o valor relativo à montagem dos móveis em janeiro de 2017. Não auferiu, também, montante relativo às férias ou ao décimo terceiro salário. Nesse mesmo ato também foi rescindido o contrato de locação da motocicleta.
Do direito
1- Do Vínculo empregatício- ART 3° da CLT- Destaque-se que o Reclamante jamais teve sua CTPS assinada pela Reclamada.
No art. 3º da CLT, o legislador trouxe o conceito de empregado estabelecendo todos os requisitos necessários para que um individuo seja reconhecido como empregado:
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
Dessa forma, para ser considerado, é necessário que todos os requisitos trazidos pela legislação estejam preenchidos cumulativamente.
Durante todo o período em que o Reclamante prestou serviços para a Reclamada, estiveram presentes todas as características do vínculo de emprego, quais seja a pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade.
O Reclamante cumpria jornada de trabalho delimitada pelo empregador, além do que trabalhava diariamente, exclusivamente para a Reclamada, não podendo ser substituída, e mediante ânimo subjetivo de perceber uma contraprestação mensal.
Conforme se pode observar pelos documentos anexados à presente inicial, o vínculo empregatício existente entre a Reclamada e a Reclamante é inegável, tendo em vista que ele laborava de forma subordinada, pessoal, onerosa e não eventual.
Dessa forma, requer que seja reconhecido o vínculo empregatício, para que a reclamada proceda à anotação da CTPS da reclamante, surtindo todos os efeitos legais, como pagamento referente a todas as verbas rescisórias e indenizatórias, advindas da rescisão do contrato de trabalho sem justa causa, bem como a liberação das guias de seguro desemprego ou pagamento de indenização correspondente
Aduz-se, ainda, a norma protetiva do art. 9º da CLT, que diz:
“Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.” 
Neste contexto, a reclamada não cumpriu a legislação trabalhista vigente, deixando de efetuar pagamento a que faz jus a reclamante, além de não anotar a sua CTPS com data inicial do vínculo (data inicial), devendo ser condenada ao apontamento, os devido, horas extras, aviso prévio, férias com 1/3 constitucional, 13º salário e FGTS com 40%. Além disso, a reclamada deverá comprovar nos autos os recolhimentos previdenciários do período, o que se requer. 
2- Do Adicional de Peruclosidade- Art. 193 da CLT - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: 
§ 4º - São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. [Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014]. Neste sentido, está mais que provado com o contrato do aluguel da motocicleta ( em anexo) do próprio reclamado, que o veículo por ele utilizado para sua locomoção era a MOTOCICLETA, terá a RECLAMADA que cumprir a NR 16.2 “ O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.”
3- Da Remuneração- ART 457- Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
Parágrafo 2°: Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% do salário percebido pelo empregado. 
Além da remuneração salarial de um salário no valor de R$ R$ 20,00 (vinte reais) por cliente visitado, com cuja atividade auferia mensalmente cerca de R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais), deve-se integrar para todos os fins recisórios as verbas referente ao aluguel do veículo, pelo qual as Lojas Mensa Ltda. pagavam R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), pois esse valor excedem 50% percebido pelo RECLAMADO.
4- Da Jornada de Trabalho O art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988, prevê que a duração normal do trabalho não deve superar 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, facultando-se a “compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
O art. 58, caput, da CLT traz previsão similar, ou seja, no sentido de que a duração diária do trabalho não pode ser superior a 8 (oito) horas, “desde que não tenha sido fixado expressamente outro limite”. 
Por sua vez, o art. 59 da CLT prevê a possibilidade de o trabalhador realizar 02 (duas) horas extras por dia, desde que haja previsão no contrato de trabalho, no Acordo Coletivo de Trabalho ou na Convenção Coletiva de Trabalho de que o trabalhadorse compromete a realizar horas extras quando solicitado.
O Artigo 62 da CLT Prevê que aqueles “empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados”. 
O que ficou mais pacificado com a OJ-SDI1-235 HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) – Res. 182/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012
O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo.
Nesse caso a jornada do reclamante era de 8:00 horas às 20:00 horas, de segunda a sábado, com uma hora de intervalo para refeição e descanso, o que extrapolava todos os dias em 1hora. 
5- Multa ART. 477 DA CLT- No prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, nada foi pago ao Reclamante pelo que se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em favor do Reclamante, conforme § 8º do mesmo artigo.
6- Gratuidade Judiciária- ART 790 parágrafo 3°- Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
Cumpre salientar que o Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita., nos termos do artigo mencionado acima.
Dos Pedidos
Diante das considerações expostas, requer:
1. Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, devido à difícil situação econômica da autora, que não possui condições de custear o processo, sem prejuízo próprio.
2. A notificação da Reclamada para comparecer a audiência a ser designada para querendo apresentar defesa a presente reclamação e acompanha-la em todos os seus termos, sob as penas da lei.
3. Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, declarando o vínculo empregatício existente entre as partes, condenando a empresa Reclamada a: a) Reconhecer o vínculo empregatício anotando a CTPS da Reclamante no período de 01/08/2016 à 31/01/2017 na função de montador de móveis.
b) Pagar o Aviso Prévio indenizado, saldo de salário, 13º salário proporcional, horas extras; férias proporcionais + 1/3, os depósitos de FGTS de todo o período acrescido de multa de 40% à título de indenização; Incluir no valor do salário á título de ajuda de custo o valor do aluguel do veículo.
c) Liberar as guias do seguro-desemprego ou indenização correspondente;
d) Pagar honorários advocatícios no patamar de 15% sobre a condenação;
Além disso, condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º, do art. 477 da CLT, e, em não sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência, seja aplicada multa do art. 467 da CLT, tudo acrescido de correção monetária e juros moratórios.
Requer, ainda, seja a Reclamada condenada ao pagamento das contribuições previdenciárias devido em face das verbas acima requeridas, visto que caso tiverem sido pagas na época oportuna, não acarretariam a incidência da contribuição previdenciária.
Protesta provar o alegado por todos os meios no Direito permitidos, notadamente oitiva de testemunhas e depoimento pessoal.
Dá-se o valor da causa R$ 70.000,00 (setenta mil reais) 
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Florianópolis, data
 Assinatura do Advogado
Número de Inscrição na OAB