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Camilla Marques. Professor: Paulo Sixel 02/05/2018 Enzimas I Proteínas catalisadoras de reações bioquímicas. (Catalisador = substâncias que aceleram a velocidade das reações sem serem consumidas). Se as substâncias reagissem uma com as outras simplesmente pela presença do meio, elas poderiam levar até mesmo séculos para reagirem. Com as enzimas essas reações se processam, continuamente, até mesmo em segundos. Maior parte das enzimas se encontram no meio intracelular, são macromoléculas, logo, ficam confinadas nesse espaço (célula). A maioria das enzimas está dentro das células= intracelular. Por que a síntese de proteínas é intracelular, e como são macromoléculas, não atravessam facilmente a membrana plasmática. (A não ser que a célula tenha atividade secretória, quando isso ocorre ela transfere com facilidade seus constituintes para o meio externo.) O estudo das enzimas e importante, principalmente, para uso laboratorial, no diagnósticos e acompanhamento de patologias. Célula 1. Todos temos no sangue pequenas quantidades de enzimas não funcionais plasmáticas, porém, quando detectamos no sangue a presença elevada de enzimas não funcionais plasmáticas, pode-se concluir uma lesão tecidual. Pois assim, por meio dessa lesão, substancias intra teciduais são extravasadas, com isso, há um aumento na concentração de enzimas não funcionais plasmáticas no sangue. Ex: saco de açúcar furado, quanto maior o furo, maior a quantidade de açúcar derramado. Marcadores de lesão tecidual: Não são obrigatoriamente uma enzima, podem ser uma proteína sem função enzimática, uma vez que toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é uma enzima. Apesar de termos dezenas e centenas de substâncias dentro das células algumas foram escolhidas para serem marcadoras. Essa escolha se deve pela sua localização e também pela facilidade de identificação. Líquido intracelular: Enzimas não funcionais plasmáticas. Fora da célula: Líquido extracelular: (sangue): Enzimas funcionais plasmáticas. Quanto maior o grau de lesão Maior a concentração de enzimas Não funcionais plasmáticas no sangue. A ciência encontra subterfúgios para que você possa acompanhar desde o início da enfermidade até o estado atual. Por exemplo: atendendo um paciente com muita dor no peito que irradia para o braço esquerdo, mandíbula, pescoço e costas, e com essa descrição rápida você poderia indagar: =. Será que esse indivíduo esta enfartando? Para isso você deve examinar com recursos, como o eletrocardiograma (que não tem nada a ver com o estudo enzimático.) e também o recurso de marcadores de lesão (pedir coleta laboratorial de sangue do paciente para analisar algumas substâncias.) Marcadores de lesão cardíaca: (lesão do Miocárdio). Fosfocreatino quinase.( primeira detectada no início do infarto.) Aspartato aminotransferase. Lactato desidrogenase. Obs: As Enzimas servem tanto para o diagnóstico quanto acompanhamento da doença, por exemplo o paciente enfartado, o aumento das enzimas serve como um dos mecanismos de confirmação de diagnóstico, e após o tratamento, exames servem para o controle de piora ou melhora da doença. Após a cicatrização tecidual a quantidade de enzimas não funcionais plasmáticas voltam ao patamar normal no sangue. Marcadores de lesão Hepática: Obs: diagnóstico de hepatite viral. Alanina aminotransferase. Gama-Glutamil transpeptidase. Fosfatase alcalina. (obstrução biliar). Marcador de câncer de próstata: Fosfatase ácida. Marcador de pancreatite: Amilase pancreática. Nomenclatura cientifica: Nome do substrato + ase Exceções: Nomes triviais permanecem até hoje. As primeiras enzimas descobertas eram chamadas de fermentos, nessa época a fonte de estudo vinha das secreções digestórias, muito mais fácil trabalhar com saliva do que com o liquido intracelular. Nomes da época que se mantiveram até hoje. Pitialina : amilase salivar Pepsina Quimotripsina Toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é uma enzima. Então o que faz de uma proteína uma enzima? -Enzimas catalisam reações. Permitem que substratos possam ser transformados em produtos. Obs.: Clinicamente- o mais importante não é a qualidade, mas a quantidade, haja vista as proteínas não funcionais plasmáticas e as proteínas funcionais plasmáticas. Simbolizado pela presença de [ ] - colchetes- concentração. Papel da enzima: reconhecer uma substância (substrato) e transforma-la rapidamente em produto. Observação importante: A enzima não é consumida pela reação. Ela é regenerada. Isso é muito importante, pois se cada reação descartasse seu catalizador, a célula teria que produzir maciçamente novas enzimas. =mitocôndria. Quando a glicose é captada pela célula ela é identificada por uma enzima específica, sendo metabolizada pela célula na molécula de Glicose-6-fosfato, que sofre fosforização, e assim fica aprisionada dentro da célula. A célula usa essa glicose para o que ela quiser como estocar ela na forma de glicogênio, ou estocar como gordura. Assim a glicose segue vias diferentes, como no caso da imagem, a via glicolítica no citosol e do ciclo de Krebs na mitocôndria, onde a glicose se transforma no produto final de CO2+ H2O. Mas para isso a glicose passa por sucessivas reações se transformando, primeiramente em piruvato, que é transformado em acetilcoenzimaA e por último depois do total de 18 reações em CO2+ H2O. Na célula tudo e muito bem compartimentado, de forma que as enzimas não funcionais plasmáticas estão localizadas na membrana da célula, no citoplasma, nas mitocôndrias, nos lisossomos, e assim por diante. Todas as organelas são locais onde as enzimas estão compartimentalizadas. Como elas estão protegidas por membranas elas não ultrapassam essas membranas, o que ultrapassa a membrana são os metabólitos que vão surgindo. Dessa forma, é a Glicose que vai de encontro as enzimas e não as enzimas que vão até a Glicose. Quando uma substância sai do sangue ela é reconhecida no citosol, os produtos podem entrar em outros compartimentos, onde são também reconhecidos. Então cada compartimento celular tem suas enzimas. O que nos permite em conjunto entender o funcionamento do organismo a nível molecular e celular. Esse é o propósito da bioquímica, entender como nós funcionamos do ponto de vista bioquímico. Dessa forma, as enzimas são proteínas diferentes das demais, são proteínas, que de certa forma, são capazes de reconhecer substâncias e facilitar a sua transformação em outra substância. Isso faz Líquido intracelular: Enzimas não funcionais plasmáticas. Fora da célula: Glicose. Piruvato- AcetilCoA- CO2+ H2o Glicose GGP Piruvato com que a molécula da enzima tenha um grupamento funcional denominado de sítio catalítico ou sítio ativo- Para entender o que é sitio catalítico, vamos pensar em uma proteína na sua estrutura terciária, forma globular. Nessa proteína o sítio catalítico representa uma microrregião de 3 a 5 Aminoácidos ligados por ligações físicas e que podem se ligar a uma molécula (substrato) transformando-a em um produto. (O sítio ocupa uma região bem diminuta do tamanho total da molécula de proteína.) (Na proteína terciária os aminoácidos estão mais próximos do que na primária, e dessa forma podem estabelecer ligações físicas entre si. ) O substrato se encaixa ao sítio catalítico semelhantemente a uma chave (própria) que se encaixa em uma fechadura-Modelo Chave- Fechadura. Primeiro modelo proposto, porém, é um modelo falho, por ser muito rígido, o que não acontece com as moléculas em solução. A molécula não é estática, e uma proteína em solução que vai se ajustando ao ambiente, fazendo com que o próprio sítio catalítico possa se ajustar quando o substrato está em sua presença. EX: caneta e tampa- encaixe induzido- Quando o substrato chega a molécula da enzima muda sua conformação espacial se ajustando ao seu sítio catalítico, e assim com o encaixe do substrato a modificação do produto e a conservação da enzima. (Processo dinâmico). Ex: paciente diabético com crise de hipoglicemia, sabe-se que a solução seria glicose. Mas como não se tem glicose em casa você dissolve um pouco de sacarose em água e o paciente volta ao normal. (A Sacarose foi da boca para o intestino, onde foi hidrolisada em Glicose + frutose, com atuação de uma enzima, após isso a glicose cai na corrente sanguínea.) Apoenzima: parte proteica da enzima. Parte aminoacidica da enzima. Cofatores: que podem ser minerais – cofatores metálicos. = íons. Ex: Anidrase carbônica (enzima) – cofator: Zinco. A maioria dos aminoácidos que forma o sítio ativo, são unidos por interações físicas e possuem cargas negativas, sendo assim, quando ligados a um cátion formam uma ligação estável, então o cofator é um oligoelemento, que se encaixa a enzima, e quando ele se encaixa, estabiliza essa região espacial, que se mantem coesa. Ela pode se desfazer por elementos externos fortes, mas em meio fisiológico, a função desses fatores é estabilizar o sítio catalítico. -Cofatores orgânicos – Coenzimas= na maioria, não na totalidade, são derivados de vitaminas (vitamina= Vital amina). Cada uma das vitaminas tem uma coenzima correspondente. Substâncias encontradas em quantidade muito pequena, e que também são extremamente fundamentais para o fenômeno catalítico. A coenzima também interage com o sítio catalítico, em ligações de fraca intensidade (natureza física). Porém, existem situações em que a interação dessas coenzimas possui natureza química, covalente, e por isso não se desfaz com facilidade. Quando é o caso da ligação de natureza química, essa coenzima é denominada de Grupo prostético. Tiamina (B1): Pirofosfato de Tiamina. Riboflavina (B2): Flavina Adenina Dinucleotideo.(FAD) Niancina(B3): Nicotilamida adenina Dinucleotideo.(NAD) Piroxidina( B6): Piridoxal Fosfato. Ex: Álcool desidrogenase. (Encontrada no fígado). O nome da enzima sempre é precedido do substrato, depois a função depois o sufixo ase. Essa enzima desidrogena o álcool transformando –o em acetaldeido, por meio da retirada de um H do etanol, para isso e fundamental a coenzima FAD – (derivada da vitamina B3), que serve como aceptor de hidrogênios. Essa enzima não é especifica, pois, existem vários tipos de álcool. As coenzimas são denominadas por alguns autores como segundos substratos. Holoenzima( enzima total) = componente apoproteico( conzima,Cofator) + parte proteica. Isoenzimas: Iso (igual) enzimas com mesma atividade que, porém, atuam em órgãos diferentes. OU também podem ter diferenças estruturais, mas não a ponto de mudar seu aspecto funcional. Ex; fosfocreatino quinase. 𝑓𝑜𝑠𝑓𝑜𝑐𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑎 → 𝑃𝑖 + 𝐴𝐷𝑃 → 𝐴𝑇𝑃. A reação fosfocreatina é catalisada pela fosfocreatino quinase. Os músculos precisam de ATP, tanto o musculo esquelético quanto o musculo cardíaco, por exemplo. Assim a fosfocreatino quinase, está presente tanto no músculo cardíaco, quanto no musculo esquelético. Entretanto, há uma diferença estrutural e de localização da enzima, porém, ela realiza a mesma função em ambos= contribuir para a formação de ATP. Caso clínico como ex: individuo 45 anos, 1,60m, 90kg resolveu jogar uma partida de futebol, por volta de 12:00 h. Observa- se que é uma pessoa obesa, e possivelmente hipertensa. Aos 45 do primeiro tempo caiu no chão com muita dor no peito, chegando ao hospital, o plantonista realiza análise de marcador enzimático e eletrocardiograma. O primeiro marcador a ser utilizado será a fosfocreatino quinase, uma enzima não funcional plasmática , que fica em pequena quantidade no sangue. Porém, se encontrá-la em alta quantidade no sangue poderá significar uma possível lesão do miocárdio, mas o paciente estava com muita dor muscular. Resumindo, a enzima encontrada no sangue pode vir do coração ou dos músculos, pois é uma isoenzima. A eletroforese permite identificar isoformas enzimáticas, quando fazemos a eletroforese enzimática da fosforocreatino quinase encontramos que no coração a isoforma da enzima é a CK-MB. Já no musculo esquelético, a isoforma encontrada é a CK-MM. Outro exemplo: Lactato desidrogenase – é uma enzima de estrutura muito complexa, formada por dois monômeros proteicos. Do tipo, H e M, podendo se combinar de 4 formas: H4, H3M,H2M2,HM3,M4. Dessa forma a detecção pura e somente da lactato desidrogenase não configura uma patologia própria, sendo necessário especificar qual você quer. O papel bioquímico delas e o mesmo, a diferença é a localização e a estrutura (de forma que não altera a sua funcionalidade.) Classificação das Enzimas: (Critério tipo de atividade que desempenham.) Classe 1=Oxido-redutases: enzimas que fazem reação de oxidação e redução.(oxidação = perda de elétrons, redução= ganho de elétrons) ex: Carbono desidrogenase. Classe 2 = Transferases: Ex: enzima do coração: Aspartato aminotransferase. Também conhecida como transaminase glutâmico oxaloacético (TGO). Ex: Alanina aminotransferase =(TGP)- transaminase glutâmico pirúvica.(enzima Hepática.). O laudo de aumento dessa enzima, identifica uma possível hepatite. Alanina= substrato, aminotransferase= transferência de grupamento amina. Classe 3= Hidrolases: catalisam reações de hidrolise. Classe 4= Liases: Quebra de ligações não envolvendo agua. Quebra de ligações covalentes. Classe 5= Isomerases: converção de isômeros. Ex : frutose em glicose. Classe 6= Ligases: realizam formação de ligações. São várias classes enzimáticas em que, através da sua localização podemos saber a sua função.
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