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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE XXX
AUTOR: Partido Político “Uma Grande Aliança Nacional”
RÉU: GOVERNADOR DO ESTADO X
PARTIDO POLÍTICO “UMA GRANDE ALIANÇA NACIONAL”, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº..., e registro definitivo no TSE sob o nº ..., já qualificado nos autos, com sede em xxx, vem por seu advogado infra-assinado, com procuração em anexo,com endereço profissional na Rua... nº... Bairo..., Cidade/UF, endereço eletrônico...,que indica para as notificações de praxe, não se conformando com o venerado acórdão de fls. Xxx que, por maioria, julgou improcedente a ação proposta, vem perante Vossa Excelência interpor o presente RECURSO EXTRAORDINÁRIO, com fundamento no artigo 102, inciso II, alínea “a” e “c”, da Constituição Federal.
Requer, que processado o recurso, seja deferido o seu seguimento pelas razões anexas, determinando-se a remessa dos autos ao Egrégio SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB
EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
RECORRENTE: Partido Político ‘UMA GRANDE ALIANÇA NACIONAL”
RECORRIDO: Governador do Estado X
DO CABIMENTO DO RECURSO
O Recurso Extraordinário é o instrumento processual pelo qual se faz um reexame de sentenças e decisões que contrariem dispositivo constitucional; declare a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; julgue válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal, como também a validade da lei local contestada em face de lei federal e está previsto na CF/88, elencado especificamente no artigo 102, inciso III, alíneas a e c, in verbis:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
Seguindo tal entendimento a doutrina se posiciona conceituando o Recurso Extraordinário como:
“Por ser o guardião da Constituição Federal, ao STF compete conferir interpretação às normas constitucionais, seja através do controle abstrato de constitucionalidade ou do controle concreto, este último realizado por meio do recurso extraordinário. Deduz-se com isso que: “o recurso extraordinário, portanto, sempre teve como finalidade, entre outras, a de assegurar a inteireza do sistema jurídico, que deve ser submetido à Constituição Federal.”
No caso concreto nota-se que é totalmente cabível o presente Recurso, uma vez que com o Decreto nº 2068, o Recorrido pretendeu criar restrições excessivas e desproporcionais ao exercício de direitos fundamentais assegurados na nossa Carta Maior. 
DA REPERCUSSÃO GERAL
A repercussão geral tem como finalidade elimitar a competência do STF, no julgamento de recursos extraordinários, às questões constitucionais com relevância social, política, econômica ou jurídica, que transcendam os interesses subjetivos da causa e uniformizar a interpretação constitucional sem exigir que o STF decida múltiplos casos idênticos sobre a mesma questão constitucional. Está prevista nos artigos 102, § 3º da CF/88 e Arts. 1030, a e 1035 do CPC. Vejamos:
No caso em discussão, a repercussão geral pode ser demonstrada pela ofensa a direitos fundamentais titularizados para toda a coletividade, uma vez que a norma cria restrição excessiva ao exercício de direito constitucionalmente assegurado, e o faz sem previsão em lei.
Do Direito
DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade é uma verdadeira garantia constitucional pois através dele, busca-se proteger os indivíduos dos arbítrios cometidos pelo Estado. Assim, os indivíduos têm ampla liberdade para fazerem o que quiserem, desde que não seja um ato, um comportamento ou uma atividade proibida por lei. Vejamos: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
No presente caso, restou provado que a ação de inconstitucionalidade foi proposta em face do decreto estadual de número 2068, que não pretendia regulamentar qualquer lei estadual, mas, sim, estabelecer, como ato normativo primário, restrições a direitos fundamentais de toda a coletividade, sob a justificativa de disciplinar a participação da população em protestos de caráter público configurando, portanto, a violação deste importante principio uma vez que não se pode criar restrição a direito senão em virtude de lei.
DO DIREITO A REUNIÃO PACÍFICA EM LOCAIS PÚBLICOS
O direito fundamental de liberdade de reunião está vinculado de forma direta à liberdade de expressão, mais precisamente à de manifestação. Nosso texto constitucional assegura a liberdade de manifestação de pensamento, vedando o anonimato. Vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
 
Portanto, o decreto viola o dispositivo acima mencionado, dado que assegura o direito de reunião em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. Ou seja, qualquer outra exigência que venha a ser formulada como condição de exercício do direito é inconstitucional.
DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE/ PROPORCIONALIDADE
Razoabilidade é a norma constitucional que estabelece parâmetros formais e materiais para a ponderação entre princípios e regras, dando uma lógica aos juízos de valor e estreitar o âmbito da discricionariedade com base com o que está previsto na Constituição, estando essencialmente ligada ao bom senso.
No caso analisado a razoabilidade não foi respeitada pois, ainda que se entendesse possível a restrição ao direito de reunião, tal determinação veiculada pelo decreto, falha nos subprincípios da necessidade, que consiste em impor a utilização, dentre as possíveis, da medida menos gravosa para atingir determinado objetivo.
No que se trata a proporcionalidade seu principal objetivo é dar equilíbrio entre os direitos individuais e coletivos. No caso em discussão a proporcionalidade, em sentido estrito, é possível perceber que o decreto se demonstra de maneira mais gravosa à coletividade, uma vex que o ônus da medida é maior que os benefícios por ela trazidos.
DO PEDIDO
 Ante o exposto, requer a reforma da decisão recorrida, a fim de que seja declarada a inconstitucionalidade do Decreto editado pelo Governador do Estado, bem como requerer a notificação do Ministério Público.
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB

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