Buscar

TextoGuia 2.2. Seq. I de Preenchimento do CAR

Prévia do material em texto

CapCAR
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL
Renata Carvalho do Nascimento
Luiz Otávio Moras Filho
Athila Leandro de Oliveira
Sarita Soraia de Alcântara Laudares
Dalmo Arantes de Barros
Luís Antônio Coimbra Borges
Elizabeth Costa Rezende Abreu
Cleide Mirian Pereira
Universidade Federal de Lavras
Lavras - 2014
Curso de Extensão a Distância
Sequência I de preenchimento do CAR 
(cadastrante, imóvel, domínio e documentação)
Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCAR) : 
 sequencia I de preenchimento do CAR (cadastrante, imóvel, 
 domínio e documentação) / Renata Carvalho do Nascimento ... 
 [et al.]. – Lavras : UFLA, 2014.
 36 p. : il. - (Textos temáticos).
 Uma publicação do Departamento de Ciências Florestais em 
parceria com o Centro de Educação a Distância da Universidade 
Federal de Lavras.
 Bibliografia.
 1. Cadastro ambiental rural. 2. Cadastrante. 3. Imóvel rural. 4. 
Domínio. 5. Documentação. I. Nascimento, Renata Carvalho do. II. 
Universidade Federal de Lavras. III. Série. 
CDD – 333.76 
Ficha Catalográfica Elaborada pela Coordenadoria de Produtos e 
Serviços da Biblioteca Universitária da UFLA
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministra do Meio Ambiente: Izabella Teixeira
Ministro da Educação: José Henrique Paim Fernandes
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Gerência de Regularização Am-
biental: Gabriel Henrique Lui
Universidade Federal de Lavras
Reitor: José Roberto Soares Scolforo
Vice-Reitora: Édila Vilela Resende Von Pinho
Pró-Reitor de Extensão: José Roberto Pereira
Centro de Educação a Distância da UFLA
Coordenador Geral: Ronei Ximenes Martins
Coordenador Pedagógico: Warlley Ferreira Sahb
Coordenador de Tecnologia da Informação: André Pimenta Freire
Coordenador do Curso: Luis Antônio Coimbra Borges 
Equipe de produção do curso:
Gerente do Projeto: Samuel Campos
Subgerente do Projeto: Ewerton Carvalho
Supervisora Pedagógica e de Designer Instrucional: Cleide Mirian Pereira
Supervisor de Tecnologia da Informação: Alexandre José de Carvalho Silva
Produção do Material: Athila Leandro de Oliveira
 Dalmo Arantes de Barros
 Luiz Otávio Moras Filho
 Renata Carvalho do Nascimento
 Sarita Soraia de Alcântara Laudares
Designer de Jogos: Pedro Nogueira Crown Guimarães
Designer Gráfico: Rodolfo de Brito Vilas Boas
Técnicos de Informática: Aleph Campos da Silveira
 Rodrigo Ferreira Fernandes
4
Indicadores de ações requisitadas durante o estudo
FAÇA. Determina a existência de tarefa a ser executada. Este ícone 
indica que há uma atividade de estudo para ser realizada.
REFLITA. Indica a necessidade de se pensar mais detidamente sobre 
o(s) assunto(s) abordado(s) e suas relações com o objeto de estudo.
SAIBA MAIS. Apresenta informações adicionais sobre o tema abor-
dado de forma a possibilitar a obtenção de novas informações ao 
que já foi referenciado.
REVEJA. Indica a necessidade de rever conceitos ou procedimen-
tos abordados anteriormente.
ACESSE. Indica a necessidade de acessar endereço(s) espe-
cífico(s), apontado(s) logo após o ícone.
COMUNIQUE-SE. Indica a necessidade de diálogo com o tutor e/ou 
com os colegas.
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS. Todas as unidades 
de estudo se encerram com uma síntese das principais ideias abor-
dadas, conclusão ou considerações finais acerca do que foi tratado.
IMPORTANTE. Aponta uma observação significativa. Pode ser en-
carado como um sinal de alerta que o orienta para prestar atenção 
à informação indicada.
EXEMPLO OU CASO. Indica a existência de um exemplo ou estudo 
de caso, para uma situação ou conceito que está em estudo.
SUGESTÃO DE LEITURA. Indica bibliografia de referência e 
também sugestões para leitura complementar.
CHECKLIST ou PROCEDIMENTO. Indica um conjunto de ações 
(um passo a passo) a ser realizado.
Indicadores de orientações do autor
5
Unidade 2 
 2.2 - Sequência I de preenchimento do CAR 
 (cadastrante, imóvel, domínio e documentação)
Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................7
1. INICIANDO O CADASTRO ................................................................................8
2. MÓDULO DE CADASTRO ...............................................................................12
2.1. Ferramentas de apoio ...................................................................................12
2.2. Baixar imagens ..............................................................................................15
2.3. Cadastro de imóveis ......................................................................................17
2.3.1. Informações sobre o Cadastrante ..............................................................19
2.3.2. Informações sobre o Imóvel .......................................................................20
3. DOMÍNIO ..........................................................................................................23
4. DOCUMENTAÇÃO ...........................................................................................25
4.1. PROPRIEDADE ............................................................................................27
4.1.1. Nome da propriedade .................................................................................27
4.1.2. Área (ha).....................................................................................................27
4.1.3. Tipo de documento .....................................................................................28
4.1.4. Número da matrícula ou documento ..........................................................28
4.1.5. Data do documento ....................................................................................28
4.1.6. Livro ............................................................................................................28
4.1.7. Folha...........................................................................................................28
4.1.8. UF do cartório .............................................................................................28
4.1.9. Município do cartório ..................................................................................29
4.1.10. Observação ..............................................................................................29
4.1.11. Código no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) ......................... 29
4.1.12. Certificação do imóvel no INCRA .............................................................29
4.1.13. Possui Reserva Legal averbada e/ou Reserva Legal aprovada e não 
 averbada? .................................................................................................29
4.1.14. Adicionar proprietários ..............................................................................29
4.2. POSSE ..........................................................................................................30
4.2.1. Nome da posse ..........................................................................................30
4.2.2. Área (ha).....................................................................................................30
4.2.3. Tipo de documento .....................................................................................30
4.2.4. Padronização dos campos de preenchimento ...........................................31
4.2.4.1. Emissor do documento ............................................................................31
6
4.2.4.2. Nome do vendedor ..................................................................................31
4.2.4.3.CPF vendedor .........................................................................................32
4.2.4.4. Data do documento .................................................................................32
4.2.4.5. Declarante ...............................................................................................32
4.2.4.6. CPF/CNPJ do declarante ........................................................................32
4.2.4.7. Endereço/Logradouro ..............................................................................32
4.2.4.8. Número ....................................................................................................32
4.2.4.9. Complemento ..........................................................................................32
4.2.4.10. Bairro .....................................................................................................32
4.2.4.11. CEP .......................................................................................................32
4.2.4.12. UF ..........................................................................................................33
4.2.4.13. Município ...............................................................................................33
4.2.4.14. Termo da autodeclaração ......................................................................33
4.2.5. Observação ................................................................................................33
4.2.6. Código no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) .......................... 33
4.2.7. Certificação do imóvel no INCRA ................................................................33 
4.2.8. Possui Reserva Legal averbada e/ou Reserva Legal aprovada e não 
 averbada? ...... .............................................................................................34
4.2.9. Adicionar proprietários ................................................................................34
5. POSSUI RESERVA LEGAL AVERBADA E/OU RESERVA LEGAL APROVADA 
E NÃO AVERBADA? .............................................................................................34
6. ADICIONAR PROPRIETÁROS OU POSSEIROS............................................38
REFERÊNCIAS ....................................................................................................41
7
INTRODUÇÃO
Como já mencionado, o CAR (Cadastro Ambiental Rural) é um registro 
eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais, com objetivo de promover 
a identificação e integração dessas informações para o planejamento e regularização 
ambiental de propriedades e posses rurais no Brasil.
A inscrição no CAR é obrigatória para todos os imóveis rurais (públicos ou 
privados) e áreas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo 
do território, devendo ser realizada no âmbito do Sistema Nacional do Cadastro 
Ambiental Rural (SICAR), o qual integrará essas informações de todo o Brasil de 
maneira uniforme.
Para isso é preciso instalar o SICAR - Módulo de Cadastro no seu computador 
e baixar as imagens do município de interesse. Lembrando que, para essa etapa, 
é necessário o uso da internet. A partir daí, o cadastramento poderá ser realizado 
offline, o que facilita a coleta dos dados. Terminado o cadastro, o usuário deverá 
acessar novamente a internet para o envio da inscrição. Note que a lógica do cadastro 
é bem semelhante às declarações de Imposto de Renda, da Receita Federal.
O SICAR – Módulo de Cadastro dispõe de um Manual integrado ao sistema, 
que independente da internet, poderá ser acessado sempre que se fizer necessário 
(localizado no canto superior direito da tela). Além desse manual, a legislação 
correlata e as informações técnicas sobre o SICAR, também estarão sempre à 
disposição para consulta dos cadastrantes.
Veja a seguir o passo-a-passo para realização e envio do CAR dos imóveis 
rurais, utilizando o SICAR.
8
1. INICIANDO O CADASTRO
Para iniciar o processo de inscrição é preciso acessar o site do SICAR - 
Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (www.car.gov.br). Por este link, o 
cadastrante deverá baixar o Módulo de Cadastro (aplicativo que permite a inscrição 
no CAR) referente ao estado onde o imóvel rural se encontra, conforme demonstrado 
nas Figuras 1.1 e 1.2.
Figura 1.1. Página inicial do CAR <www.car.gov.br>. Destaque para opção de baixar 
(fazer download) o Módulo de Cadastro.
Figura 1.2. Página para baixar o Módulo de Cadastro. Destaque na seleção de 
estado do imóvel rural.
Importante salientar que o módulo de cadastro do SICAR, apesar de ser um 
sistema único, possui peculiaridades para alguns estados. Por isso é fundamental que 
o sistema baixado no site seja equivalente ao estado onde o imóvel está localizado. 
9
Por exemplo: caso o imóvel esteja localizado no estado do Acre, o mesmo não pode 
ser cadastrado em um sistema que foi baixado para o estado do Amazonas.
Quando o imóvel estiver localizado em mais de um estado, o cadastro do 
imóvel deverá ser realizado naquele em que o imóvel possuir maior área, ou seja, o 
CAR deverá ser feito no estado que abrigue mais da metade da área do imóvel rural.
Ao selecionar a opção baixar Módulo de Cadastro (Figura 1.1), aparecerá uma 
tela com a bandeira de todos os estados Brasileiros (Figura 1.2). Para os estados 
que utilizam outro sistema de cadastro, ao clicar na bandeira correspondente o 
cadastrante será redirecionado ao website do referido estado, por onde o cadastro 
deverá ser realizado. Já para aqueles estados que adotam o SICAR Nacional, ao 
clicar na respectiva bandeira, o cadastrante será direcionado para o download do 
aplicativo SICAR – Módulo de Cadastro.
Destaca-se que, todos os imóveis do Brasil estarão com as informações 
integradas e disponíveis para consulta no SICAR, conforme estabelecido pelo 
Decreto Federal nº 7.830/2012.
Desta maneira, ao selecionar a bandeira do estado onde o imóvel está 
localizado, será aberta uma nova página, onde o usuário deverá ler os termos de 
uso, assinalar a opção “Li e estou de acordo com os termos de uso” e, depois, 
selecionar o sistema operacional que utiliza em seu computador (Windows, Linux ou 
Mac). Lembre-se de atentar-se aos requisitos mínimos relacionados ao sistema, que 
estão apresentados na página, e clicar em “baixar” para que o download do arquivo 
executável do Módulo de Cadastro (car.exe) seja feito (Figura 1.3). Ao finalizar este 
procedimento, o arquivo baixado estará salvo na pasta “Downloads” do computador.
Figura 1.3. Página de download do Módulo de Cadastro; destaque para o termo de 
uso (1), seleção de sistema operacional e botão de download (2).
Ao término do download, o usuário deve abrir o arquivo executável (car.exe) 
e seguir as instruções que aparecerão na tela do computador, até que a instalação 
seja concluída (Figura 1.4).
10
(1) (2) (3)
 (4) (5) (6)
Figura 1.4. Sequência de instalação do arquivo executável (car.exe).
Depois de executado, iniciará a instalação do programa em seu computador. 
Esse processo todo (baixar, executar, instalar) demora alguns minutos. Quando 
estiver concluído, aparecerá na tela a mensagem “Instalação completa”.
Feita a instalação, será criada uma pasta em seu computador, intitulada 
“Ministério do Meio Ambiente”, contendo o aplicativo que será utilizado para a 
inscrição ou cadastramento. Não se preocupe em procurar essa pasta, pois, com a 
instalação, um ícone ficará disponível na área de trabalho, intitulado como: “CAR – 
Módulo de Cadastro”, conforme Figura 1.5.
Figura 1.5. Atalho do CAR – Módulo de Cadastro criado na área de trabalho.
11
Clique nesse ícone para abrir o programa e iniciar o cadastro. Siga as 
orientaçõesque aparecem na tela.
Vale ressaltar que, uma vez baixado o Módulo de Cadastro de um determinado 
estado, caso seja feita a instalação do módulo de outro estado neste mesmo 
equipamento, o anterior será automaticamente substituído, e todos os dados já 
cadastrados naquela máquina serão apagados do sistema. Isso significa que, os 
cadastros realizados e ainda não enviados (inclusive os gravados para envio) serão 
perdidos, caso haja a reinstalação do aplicativo para outro estado.
Em síntese, mesmo existindo um sistema de cadastro padronizado em 
nível nacional, o SICAR, cada Estado poderá ter seu próprio sistema. Nesse caso, 
quando o imóvel rural estiver localizado em um estado que possua sistema próprio, 
na etapa de download do módulo de cadastro no site do CAR (Figura 1.2), o usuário 
será redirecionado para a página do CAR estadual, onde receberá instruções. Após 
os procedimentos de inscrição, o imóvel será cadastrado no sistema estadual e 
automaticamente integrado ao SICAR.
Para iniciar o cadastro, o usuário deverá abrir o ícone do “CAR - Módulo 
de Cadastro”, que, conforme explicamos, está integrado ao SICAR. Basta clicar no 
atalho disponível na área de trabalho (Figura 1.5).
A Figura 1.6 apresenta a tela inicial do CAR – Módulo de Cadastro, onde 
podem ser observadas as seis opções de acesso: ferramentas de apoio, baixar 
imagens, cadastrar, gravar para envio, enviar e retificar.
Figura 1.6. Tela inicial do CAR – Módulo de Cadastro. Destaque: baixar imagens (1), 
cadastrar (2), gravar para envio (3), enviar (4), retificar (5) e ferramentas de apoio 
(6).
12
2. MÓDULO DE CADASTRO
2.1. Ferramentas de apoio
Em todas as telas, o cadastrante tem a opção de “Ajuda” para auxiliar o 
preenchimento. Basta clicar no ícone ( ).
O primeiro item abordado será “Ferramentas de Apoio”. O sistema disponibiliza 
seis ferramentas de apoio, sendo quatro localizadas no canto superior direito da tela 
(destaque na Figura 2.1.1) e outras duas localizadas dentro das etapas do cadastro.
Figura 2.1.1. Tela inicial do CAR – Módulo de Cadastro. Destaque para as Ferramentas 
de Apoio.
1. “Legislação”: o acesso a esta seção permite ao usuário consultar as leis 
e medidas que têm relação com o CAR, sem a necessidade de sair do Módulo 
de Cadastro. Na tela referente à Legislação, existe a possibilidade de acessar o 
texto na íntegra e até pesquisar termos específicos desejados. Por exemplo, ao 
digitar “vereda” aparecerão as legislações que tratam do assunto pesquisado e, 
ao clicar em alguma delas, o termo pesquisado aparecerá destacado no texto, 
conforme as Figuras 2.1.2 e 2.1.3.
13
Figura 2.1.2. Aba “Legislação”.
 
Figura 2.1.3. Aba “Legislação”. Destaque na opção Pesquisar.
14
2. “Baixar Manual”: o usuário poderá obter, a qualquer momento, o Manual 
de operação do sistema. Ele descreve os passos para execução de suas 
funcionalidades.
3. “Informações”: ferramenta que permite o acesso às informações básicas 
sobre o Módulo de Cadastro, enfatizando a versão do sistema e as tecnologias 
utilizadas.
4. “Atualização”: o usuário poderá verificar se o sistema está atualizado 
ou se necessita de atualização. Para esta verificação, é necessário que o 
usuário esteja conectado à internet, para que o módulo se comunique com a 
base central de dados. Caso seja necessária a atualização, o sistema exibirá 
uma mensagem contendo o arquivo de atualização, devendo o usuário baixar e 
proceder à instalação (Figura 2.1.4).
Figura 2.1.4. Aviso de solicitação de atualização do sistema.
5. “Ferramenta de ajuda”: referente à tela em que o sistema se encontra 
(destaque 1 da Figura 2.1.5).
6. “Ferramenta de ajuda”: referente a um campo específico (destaque 2 da 
Figura 2.1.5).
15
Figura 2.1.5. Destaque para as ferramentas de ajuda.
2.2. Baixar imagens
O próximo passo consiste no download das imagens referentes ao município 
onde está localizada a propriedade ou posse a ser cadastrada (Figura 2.2.1). Caso 
o imóvel esteja localizado em mais de um município, o sistema permite que seja 
realizado o download das imagens solicitadas para viabilizar o cadastro.
O usuário poderá baixar essas imagens diretamente da internet (Figuras 2.2.1 
e 2.2.2) ou de um disco que contenha as imagens necessárias, que poderá ser 
disponibilizado pelos órgãos competentes.
16
Figura 2.2.1. Em destaque a opção “Baixar Imagens”.
Figura 2.2.2. Em destaque as opções “Origem das Imagens” e “Baixar Imagens da 
Internet”.
Selecionando a opção “Da internet” (destaque 1 da Figura 2.2.2), o cadastrante 
deverá selecionar o Estado (UF) e, em seguida, o município que deseja baixar as 
imagens (destaque 2 da Figura 2.2.2). Todas as imagens que já foram baixadas irão 
1
2
3
17
aparecer na lista de “Municípios já baixados” (destaque 3 da Figura 2.2.2).
Vale ressaltar que, uma vez baixada a imagem do município no seu 
computador, não é necessário repetir este procedimento para os demais cadastros 
naquele município.
2.3. Cadastro de imóveis
De posse das imagens, o usuário deverá acessar a opção “Cadastrar” (Figura 
2.3.1), dando início ao cadastro do imóvel.
Figura 2.3.1. Em destaque a opção “Cadastrar”.
A próxima tela contém os imóveis já cadastrados (caso tenha algum CAR 
em andamento ou finalizado) e, também, a opção “Cadastrar Novo Imóvel” (Figura 
2.3.2). 
18
Figura 2.3.2. Destaque para a opção “Cadastrar Novo Imóvel”.
Ao clicar em “Cadastrar Novo Imóvel” você será direcionado para uma tela 
de cadastro, na qual estão contidas abas com os tipos de imóveis que podem ser 
inscritos no CAR (Figura 2.3.3).
Figura 2.3.3. Cadastro de Imóveis. Destaque para “Imóvel Rural”, opção foco no 
curso CapCAR.
19
São três opções de imóveis disponíveis para o cadastro, sendo elas: Imóvel 
Rural, Imóvel Rural de Povos e Comunidades Tradicionais e Imóvel Rural de 
Assentamentos da Reforma Agrária. O cadastrante deverá optar por um dos ícones 
de cadastro, para que o sistema redirecione o usuário para a opção selecionada.
Neste curso, o foco será apenas para a opção “Imóvel Rural”, ou seja, a primeira 
opção na tela (Figura 2.3.3). As demais alternativas serão disponibilizadas apenas 
para órgãos e entidades responsáveis pelo cadastro dos respectivos públicos-alvo, 
e não serão objeto deste curso.
É importante destacar que, os detentores de imóveis provenientes de 
assentamentos rurais e que tenham o título registrado em seu nome nos programas de 
assentamentos do governo, seja nas esferas federal, estadual ou municipal, deverão 
fazer o cadastro na opção “Imóvel Rural” e não em “Imóvel Rural de Assentamentos 
da Reforma Agrária”.
Ao clicar na opção “Imóvel Rural” aparecerá a tela “Cadastrar Imóvel Rural”, 
que é constituído de seis etapas: Cadastrante - Imóvel - Domínio - Documentação - 
GEO - Informações.
2.3.1. Informações sobre o Cadastrante
A primeira etapa é a de “Cadastrante”. Nela, o cadastrante deverá informar 
os dados solicitados pelo sistema, conforme demonstrado na Figura 2.3.1.1. 
O cadastrante é a pessoa que preenche os formulários, podendo ser o próprio 
proprietário/possuidor ou qualquer pessoa que se julgue apta a realizar o cadastro. 
A única exigência é que tenha mais de 18 anos de idade. 
É importante esclarecer que a responsabilidade pela declaração é do 
proprietário/possuidor e não do cadastrante, da mesma maneira que acontece com 
a declaração do imposto de renda. Ou seja, a pessoa física ou jurídica contrata 
um profissional (contador, por exemplo) para fazer sua declaração, no entanto, o 
responsável é a própria pessoa física ou jurídica.
20
 
Figura 2.3.1.1. Dados do Cadastrante.
2.3.2. Informações sobre o Imóvel
Antes de darmos continuidade, é preciso alinhar os conceitos sobre imóvel 
rural no âmbito do CAR. De acordo com o art. 2°, I, da Instrução Normativa do MMA 
nº 02/2014,o imóvel rural é “o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja sua 
localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, 
extrativa vegetal, florestal ou agroindustrial [...]”.
Ainda a respeito do conceito de imóvel rural, o art. 8º da Instrução Normativa 
SRF nº 256/2002 cita que:
Art. 8º. Para efeito de determinação da base de cálculo do ITR, 
considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais 
parcelas de terras, localizada na zona rural do município, ainda que, 
em relação a alguma parte do imóvel, o sujeito passivo detenha 
apenas a posse.
Parágrafo único. Considera-se área contínua a área total do prédio 
rústico, mesmo que fisicamente dividida por ruas, estradas, rodovias, 
ferrovias, ou por canais ou cursos de água.
21
Como complemento, pode-se mencionar o descrito nos arts. 31 e 32 da 
Instrução Normativa do MMA nº 02/2014, que versam:
Art. 31. Para o imóvel rural que contemple mais de um proprietário 
ou possuidor, pessoa física ou jurídica, deverá ser feita apenas 
uma única inscrição no CAR, com indicação da identificação 
correspondente a todos os proprietários ou possuidores.
Art. 32. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, que 
dispõem de mais de uma propriedade ou posse em área contínua, 
deverão efetuar uma única inscrição para esses imóveis.
Enfim, para efeitos do CAR, o imóvel rural pode ser entendido como uma 
ou mais propriedade ou posses, contínuas, pertencente à mesma pessoa física 
ou jurídica, de direito público ou privado, em regime individual ou comum, que se 
destine ao uso econômico, à preservação e à conservação dos recursos naturais 
renováveis.
Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que dispõem de mais de 
uma propriedade ou posse em área contínua, independente dos tamanhos das áreas 
e caracterização dominial, deverão efetuar uma única inscrição para este imóvel.
Para efeito do Imposto Territorial Rural (ITR), considera-se área contínua: 
a área total do prédio rústico, mesmo que fisicamente dividida por ruas, estradas, 
rodovias, ferrovias ou por canais ou cursos de água. Assim, se uma pessoa adquiriu 
vários imóveis, de diversos proprietários, mediante escrituras públicas distintas, 
os respectivos bens são unidades autônomas para o Código Civil e para a Lei de 
Registros Públicos.
Apesar de possuírem matrículas próprias, para a legislação do ITR são um 
único imóvel, desde que suas áreas sejam contínuas (Lei nº 4.504/1964 - Estatuto 
da Terra, art. 4º, I; Lei nº 8.629/1993, art. 4º, I; RITR/2002, art. 9º, parágrafo único; IN 
SRF nº 256/ 2002, art. 8º, parágrafo único).
Atente-se para algumas situações que podem gerar dúvidas a respeito da 
continuidade do imóvel rural:
•	 Rio que corta o imóvel rural
A existência de um rio que corta o imóvel rural não implica descontinuidade 
dessa área.
•	 Passagem forçada
A existência de passagem forçada ou servidão legal de passagem que corta 
a propriedade rural não implica a descontinuidade da área desta, uma vez que se 
trata, apenas, de um direito de trânsito pelo imóvel vizinho alheio, para ter acesso à 
via pública, do qual é titular o dono do imóvel rural sem saída para a via pública (art. 
1.285, Lei nº 10.406/2002).
22
•	 Estrutura viária que corta o imóvel rural
A existência de uma estrada, rodovia ou ferrovia que corta o imóvel rural, em 
qualquer hipótese, não implica descontinuidade dessa área.
Definido o conceito do imóvel rural, o cadastrante agora deverá preencher, 
obrigatoriamente, os campos que possuem asterisco e os demais campos 
complementares que julgar necessário. Lembrando que melhor será o cadastro 
quanto mais completo ele estiver.
O cadastrante deverá sempre conferir se o imóvel rural realmente está inserido 
no perímetro do município informado pelo proprietário/possuidor, caso contrário o 
cadastro não será validado.
O campo “Descrição de acesso ao imóvel” deverá ser preenchido com 
informações de como chegar ao local do imóvel (Figura 2.3.2.1), ou seja, o percurso 
que se deve fazer, identificando pontos de referências, lugares próximos e fáceis de 
serem localizados, dentre outras informações (exemplo: no Km 35 da BR-040, virar 
à esquerda e seguir em frente até o Bar do João, depois virar à direita, seguir em 
frente, atravesse um mata-burro e vire à esquerda).
Figura 2.3.2.1. Etapa Imóvel. Destaque para a “Descrição de Acesso ao Imóvel”.
O endereço de correspondência refere-se ao local para onde o órgão 
ambiental poderá remeter qualquer comunicado ou informação sobre a declaração 
do imóvel rural. Esse endereço não é necessariamente a sede do imóvel rural, pode 
ser um endereço de uma caixa postal, um domicílio na zona urbana ou sindicato 
rural, ou até mesmo um endereço localizado em outro estado ou município, caso a 
correspondência não seja entregue na zona rural.
23
3. DOMÍNIO
Na etapa do domínio, o cadastrante deverá informar o(s) nome(s) do(s) 
proprietário(s) e/ou possuidor(es) do imóvel. A Figura 3.1 apresenta a página de 
cadastro referente ao domínio. Nela o cadastrante deverá escolher, no campo 
“Escolha uma forma de incluir proprietários”, uma das opções: “Preencher os dados” 
ou “Importar arquivo de dados”. Dependendo da escolha realizada, o sistema exibirá 
conteúdos diferentes para serem preenchidos.
Caso o cadastrante escolha a opção “Preencher os dados”, em seguida 
ele deverá, no campo “Proprietário ou Possuidor”, optar entre “Pessoa Física” ou 
“Pessoa Jurídica”.
Figura 3.1. Etapa Domínio. Destaque para as opções “Preencher os dados” e 
“Proprietário ou Possuidor”.
Para pessoa física, deverão ser informados os seguintes dados do proprietário 
ou possuidor: CPF, data de nascimento, nome e nome da mãe. Já para a pessoa 
jurídica, os dados a serem informados são: CNPJ, nome da empresa/Instituição e, 
opcionalmente, o nome fantasia.
Após informar esses dados, o cadastrante deverá, então, acessar a opção 
“Adicionar”, para continuar o cadastro do proprietário/possuidor, conforme Figura 3.1.
Caso haja mais de um proprietário ou possuidor, o cadastrante poderá 
preencher novamente e acrescentar as informações adicionais clicando no botão 
“Adicionar”. É importante mencionar que existe a possibilidade de inserir, para um 
mesmo imóvel rural, vários CPFs e/ou CNPJs.
Apesar de não ser o foco do nosso curso, salienta-se que é possível importar 
24
um arquivo com inúmeros dados, como acontece no cadastro de assentamentos 
de reforma agrária ou territórios de populações tradicionais. Selecionando a opção 
“Importar arquivo de dados” (Figura 3.2), o sistema mostrará um campo para envio 
do arquivo CSV, sendo esta uma planilha com campos padronizados, onde é 
possível incluir inúmeros proprietários ou posseiros. A planilha pode ser produzida 
em softwares, como Excel ou Libre Office.
Figura 3.2. Etapa Domínio. Em destaque a opção “Importar arquivo de dados”.
25
4. DOCUMENTAÇÃO
A primeira opção a ser selecionada na etapa de documentação diz respeito ao 
tipo de domínio exercido no imóvel, ou seja, se é propriedade ou posse (Figura 4.1).
Figura 4.1. Etapa Documentação. Destaque para as opções “Propriedade” ou 
“Posse”.
Para evitar dúvidas, vale apresentar os conceitos de cada um desses termos:
Propriedade: é caracterizada como o ato de registro de um título, ou documento, 
junto ao Cartório de Registros Imobiliários, por meio de um número de matrícula. 
A propriedade pode originar-se de uma série de documentos, como contratos de 
compra e venda, escrituras etc. Deste modo, caso o documento a ser declarado 
não tenha sido levado a registro junto ao Cartório de Registros Imobiliários, ele 
não poderá ser considerado como um documento comprobatório de propriedade, 
devendo ser declarado como posse.
Posse: A posse pode ser comprovada por uma série de documentos como, por 
exemplo, Termo de Doação.A posse é caracterizada pelo documento que ainda não 
foi levado ao registro junto ao Cartório de Registros Imobiliários, no caso daqueles 
passíveis de registro, ou por qualquer outro documento que comprove a concessão 
26
ou autorização de determinada área, emitido por ente público ou privado.
Dependendo da opção escolhida, o sistema irá disponibilizar campos 
de preenchimento diferentes. Isso acontece, principalmente, no tópico “Tipo de 
Documento”, que apresenta opções variadas para a comprovação da propriedade 
(exemplo: Escritura, Certidão de Registro etc.) ou da posse (exemplo: concessão de 
direito real de uso, contrato de promessa de compra e venda, licença de ocupação, 
título de domínio etc.), correspondentes ao campo selecionado, como no exemplo 
das Figuras 4.2 e 4.3.
Figura 4.2. Tipos de documentos para comprovação da “Propriedade”.
27
Figura 4.3. Tipos de documentos para comprovação da “Posse”.
Para evitar qualquer confusão relacionada ao diversos campos a serem 
preenchidos, cada um deles serão descritos em itens específicos, a seguir.
4.1. PROPRIEDADE
Caso o domínio do imóvel se refira a uma propriedade, o cadastrante deverá 
realizar o preenchimento conforme as exigências descritas a seguir:
4.1.1. Nome da propriedade
Diz respeito ao nome dado ao imóvel rural ou urbano com destinação rural, 
para localizar, registrar e/ou distinguir o bem (exemplo: rancho, sítio, chácara, roça, 
quinta, estância, granja, cabana, fazenda, engenho). Esse nome estará contido no 
documento de comprovação de propriedade.
4.1.2. Área (ha)
Equivale à metragem do imóvel. Nesse caso, a unidade de superfície utilizada 
é em hectare.
28
4.1.3. Tipo de documento
Nesse campo o cadastrante deve escolher qual das opções de documentos 
ele possui (Figura 4.2), que podem ser:
•	 Contrato de Compra e Venda;
•	 Em Regularização;
•	 Escritura;
•	 Certidão de Registro;
•	 Imissão de Posse.
4.1.4. Número da matrícula ou documento
Refere-se ao número de registro contido no documento, o qual será fornecido 
pelo Cartório competente. Esse campo não é de preenchimento obrigatório.
4.1.5. Data do documento
A data a ser preenchida neste campo deve ser a mesma contida no selo ou 
carimbo da matrícula ou documento escolhido. Equivale ao dia, mês e ano em que 
o registro foi efetuado.
4.1.6. Livro
Equivale ao livro do cartório no qual a matrícula ou documento foi arquivado. 
A quantidade de folhas nesses livros não deve ultrapassar o número máximo de 200 
folhas.
4.1.7. Folha
Equivale ao número da página do livro no qual a matrícula ou documento foi 
arquivado.
4.1.8. UF do cartório
Deve ser escolhido o estado onde o cartório em que o registro do imóvel foi 
feito está localizado.
Lembre-se que o preenchimento deve ser de acordo com o documento mais 
atual referente ao imóvel. Nos casos de estados que tiveram seus limites alterados, o 
cadastrante deverá preencher as informações conforme o que consta no documento, 
independente do Estado em que se encontra.
29
4.1.9. Município do cartório
Aqui a opção diz respeito à Cidade/Município dentro do Estado selecionado, 
onde se localiza o cartório que foi feito o registro do imóvel.
4.1.10. Observação
Esse campo permite que algumas ponderações e/ou considerações sejam 
feitas. É aqui que o cadastrante pode informar a origem da propriedade, ou o motivo 
de o imóvel ainda estar em procedimento de regularização, bem como qualquer 
outra informação que julgar necessário.
4.1.11. Código no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR)
De acordo com SERPRO (2014), o Sistema Nacional de Cadastro Rural 
(SNCR) é uma ferramenta fundamental para a gestão da estrutura fundiária do país, 
a qual dispõe de informações sobre os mais de cinco milhões de imóveis rurais 
do Brasil, assim como de seus proprietários ou detentores e de todos aqueles que 
exploram a terra na forma de comodatário, parceiro ou arrendatário. Para mais 
informações acesse: http://goo.gl/KRykzY/ e http://goo.gl/vPFOJB/.
4.1.12. Certificação do imóvel no INCRA
Segundo o INCRA (2014) a Certificação do Imóvel Rural é um documento 
exigido para toda alteração de área ou de seu(s) titular(es) em cartório (de acordo 
com os prazos estabelecidos no Decreto nº 5.570/2005). Esta certificação foi criada 
pela Lei n° 10.267/2001 e corresponde à elaboração de uma planta georreferenciada 
deste imóvel. O processo de Certificação do Imóvel no INCRA está representado no 
site <https://sigef.incra.gov.br/sobre-/processo/> e é feito exclusivamente por este 
órgão.
4.1.13. Possui Reserva Legal averbada e/ou Reserva Legal 
aprovada e não averbada?
Sobre o preenchimento desse campo, leia o item 5, logo abaixo. Nele você 
compreenderá os conceitos solicitados, o que facilitará quando for realizar o CAR.
4.1.14. Adicionar proprietários
A respeito dessa solicitação, leia o item 6 adiante. Ele ajudará na realização 
do CAR.
30
4.2. POSSE
Se o domínio do imóvel se referir à posse, o cadastrante deverá realizar o 
preenchimento com as exigências descritas a seguir.
4.2.1. Nome da posse
Diz respeito ao nome dado ao imóvel rural ou urbano com destinação rural 
para localizar, registrar e/ou distinguir o bem (ex.: rancho, sítio, chácara, roça, quinta, 
estância, granja, cabana, fazenda, engenho).
4.2.2. Área (ha)
Equivale à metragem do imóvel. Nesse caso, a unidade utilizada é em hectare.
4.2.3. Tipo de documento
Nesse campo o cadastrante deve escolher qual das opções de documentos ele 
possui para comprovar a posse, quais sejam:
•	 Autorização de Ocupação;
•	 Carta de Anuência;
•	 Concessão de direito real de uso;
•	 Contrato de alienação de terras públicas;
•	 Contrato de concessão de domínio de terras públicas;
•	 Contrato de concessão de terras públicas;
•	 Contrato de transferência de aforamento;
•	 Contrato de assentamento do órgão fundiário (Estadual ou Federal);
•	 Contrato de promessa de compra e venda;
•	 Declaração do Sindicato Rural ou Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
•	 Declaração de assentamento Municipal;
•	 Declaração dos confrontantes;
•	 Licença de ocupação;
•	 Termo de autodeclaração;
•	 Termo de doação;
•	 Título de propriedade sob condição resolutiva (ou Título de Domínio, sob 
condição resolutiva);
•	 Título definitivo, com reserva florestal, em condomínio;
•	 Título definitivo sujeito a re-ratificação;
•	 Título definitivo transferido, com anuência do Órgão Fundiário (Estadual ou 
Federal);
•	 Título de domínio;
•	 Título de reconhecimento de domínio;
•	 Título de ratificação.
31
A cada documento selecionado, outros campos específicos irão aparecer na 
tela para preenchimento relativo à documentação, conforme exemplificado na Figura 
4.2.3.1. O cadastrante deverá informar, obrigatoriamente, os campos que possuem 
asterisco e os demais campos complementares que julgar necessário.
Figura 4.2.3.1. Destaque para os campos de preenchimento para “Autorização de 
Ocupação”, um tipo de documento que comprova posse.
4.2.4. Padronização dos campos de preenchimento
Como já falado anteriormente, os campos para preenchimento nem sempre 
serão idênticos para todos os tipos de documentos disponibilizados na lista,. 
Entretanto, vale destacar que todas as prováveis opções que poderão aparecer.
4.2.4.1. Emissor do documento
Pessoa (física ou jurídica), entidade ou órgão (municipal, estadual ou federal) 
responsável pela emissão, concessão ou autorização da posse.
4.2.4.2. Nome do vendedor
Este campo aparece no caso em que há um contrato em que o posseiro tem 
intenção de adquirir o imóvel. Nele deve constar o nome da pessoa que pretende 
vender, ou seja, o proprietário do bem (promitente vendedor).
32
4.2.4.3. CPF vendedor
Além do nome, deve constar também o CPF daquele que pretende vender 
o imóvel (promitente vendedor), o qual poderá ser encontradono documento ou 
contrato que possuir.
4.2.4.4. Data do documento
Dia, mês e ano referente à emissão do documento comprobatório da posse.
4.2.4.5. Declarante
É requisitado quando o documento se tratar de uma declaração. Nesse campo 
deve constar o nome daquele que fez o documento. Em alguns casos será a pessoa 
ou órgão que emitiu a declaração ou permissão de posse.
4.2.4.6. CPF/CNPJ do declarante
Trata-se do número do Cadastro de Pessoa Física ou Jurídica do emissor da 
declaração.
4.2.4.7. Endereço/Logradouro
Quando esse campo for solicitado, ele estará se referindo ao declarante. 
Por isso, o endereço a ser informado aqui equivale ao local em que se encontra a 
residência ou a sede do declarante.
4.2.4.8. Número
É o número do endereço informado para localização da residência ou da sede 
do declarante.
4.2.4.9. Complemento
Refere-se ao complemento do endereço, tal como apartamento, condomínio, 
número da sede, etc.
4.2.4.10. Bairro
Bairro onde se encontra o endereço informado.
33
4.2.4.11. CEP
Código de Endereço Postal do endereço/logradouro informado.
4.2.4.12. UF
Unidade Federativa, ou seja, Estado onde se localiza o município selecionado.
4.2.4.13. Município
O município abrange a zona urbana, os arredores do subúrbio e também as 
zonas rurais.
4.2.4.14. Termo da autodeclaração
Na ausência de documentação, o cadastrante poderá optar pelo “Termo de 
autodeclaração” e digitar as informações que considerar relevantes à comprovação 
de posse. Assim, como os outros tipos de documentação, este termo também poderá 
ser checado posteriormente.
4.2.5. Observação
Esse campo permite que algumas ponderações e/ou considerações sejam 
feitas. É aqui que o cadastrante pode informar a origem da propriedade, ou o motivo 
de o imóvel ainda estar em procedimento de regularização, bem como qualquer 
outra informação que julgar necessário.
4.2.6. Código no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR)
De acordo com SERPRO (2014), o Sistema Nacional de Cadastro Rural 
(SNCR) é uma ferramenta fundamental para a gestão da estrutura fundiária do país, 
a qual dispõe de informações sobre os mais de cinco milhões de imóveis rurais 
do Brasil, assim como de seus proprietários, ou detentores e de todos aqueles 
que exploram a terra na forma de comodatário, parceiro ou arrendatário. Para 
mais informações acesse: https://www.serpro-.gov.br/conteudo-solucoes/produtos/
administracao-federal/sistema-nacional-de-cadastro-rural-sncr-1/sncr-portal.
4.2.7. Certificação do imóvel no INCRA
Segundo INCRA (2014) a Certificação do Imóvel Rural é um documento exigido 
para toda alteração de área ou de seu(s) titular(es) em cartório (de acordo com os 
prazos estabelecidos no Decreto nº 5.570/2005). Foi criada pela Lei n° 10.267/01 
e corresponde à elaboração de planta georreferenciada deste imóvel. O processo 
34
é feito pelo exclusivamente pelo INCRA e está representado no site < https://sigef.
incra.gov.br/sobre/processo/>.
4.2.8. Possui Reserva Legal averbada e/ou Reserva Legal 
aprovada e não averbada? 
Sobre o preenchimento desse campo, leia o item 5 adiante. Nele você 
compreenderá os conceitos solicitados, o que facilitará quando for realizar o CAR.
4.2.9. Adicionar proprietários
Para saber a respeito dessa solicitação, leia o item 6 adiante. Ele facilitará 
quando for realizar o CAR.
5. DETALHAMENTO SOBRE A SITUAÇÃO DA AVERBAÇÃO DA 
RESERVA LEGAL
Esse campo é comum tanto para opção de domínio “Propriedade”, como para 
“Posse” (Figura 5.1).
Figura 5.1. Etapa Documentação. Destaque para a questão sobre a Reserva Legal 
e as opções de resposta “Sim” ou “Não”.
35
Em caso negativo, o cadastrante irá apenas selecionar a opção “não” e 
prosseguir o cadastro.
Em caso positivo, serão solicitadas as seguintes informações: número da 
averbação, data da averbação e área (ha) da Reserva Legal (para a propriedade); 
número e data do Termo de Compromisso, e área da Reserva Legal (para posse).
Seja para propriedade ou posse, é necessário, em seguida, responder se a RL 
está ou não inserida dentro do imóvel cadastrado. Caso esteja localizada em outro 
imóvel é necessário informar o número do CAR do imóvel onde à reserva está (Figura 
5.2). No caso do cadastrante ainda não possuir esse número, ele poderá deixar em 
branco e preencher o campo em outra ocasião. Essas informações encontram-se 
declaradas na certidão de registro do imóvel, que é outro documento declaratório.
Figura 5.2. Demonstra os campos solicitados caso haja Reserva Legal Averbada e/
ou Reserva Legal Aprovada e não Averbada.
Importante mencionar que o cadastrante deve informar no CAR todas as 
averbações existentes referentes àquele imóvel, já que é possível haver mais de 
uma Reserva Legal averbada.
Depois de preenchidos os campos com o número e data da averbação 
(propriedade) ou número e data do Termo de Compromisso (posse), além da área 
da RL averbada, o cadastrante deverá clicar em “Adicionar Informações da Reserva 
Legal” para colocar, novamente, outros dados referentes aos mesmos campos 
(Figura 5.3).
36
Figura 5.3. Destaque para a opção “Adicionar Informações da Reserva Legal”.
Por definição do art. 3º, III, da Lei nº 12.651/2012, Reserva Legal é:
Art. 3º [...]
III - área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, 
delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso 
econômico sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar 
a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover 
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção 
de fauna silvestre e da flora nativa.
A Reserva Legal é a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural, 
pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos em 
lei para o bioma em que está a propriedade. Por abrigar parcela representativa do 
ambiente natural da região onde está inserida, se torna necessária a manutenção 
da biodiversidade local.
Averbação é o ato de escrever à margem de determinado objeto. Quando o 
SICAR se refere à Reserva Legal averbada, ele traz o conceito presente na Lei nº 
7.803/1989, pelo qual, a RL deveria ser averbada à margem da inscrição de matrícula 
37
do imóvel, no registro de imóveis competente. Esta Lei, em seu § 2º, art. 16, vedou 
a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de 
desmembramento da área.
O Novo Código Florestal não alterou o conceito de averbação da RL, somente 
garantiu direito a sua gratuidade (§4º, art. 18, Lei nº 12.651/2012). Para conclusão do 
processo de averbação da RL, faz-se necessário o registro da mesma na escritura 
do imóvel, porém, antes disso, é necessária a aprovação da RL pelo órgão ambiental 
competente. Sendo assim temos 3 possíveis situações:
a) Imóvel Rural sem Reserva Legal averbada: aquele que, por motivos diversos, 
não apresenta nenhum documento comprobatório de que parte da vegetação nativa 
da propriedade ou posse se destine à composição da RL.
b) Imóvel Rural com Reserva Legal aprovada, porém não averbada: aquele que 
possui remanescente de vegetação nativa destinado para RL, com anuência por 
parte do órgão ambiental competente, todavia sem registro à margem do documento 
de propriedade ou posse.
c) Imóvel Rural com Reserva Legal aprovada e averbada: aquele que, possui 
remanescente de vegetação nativa destinado para RL, com anuência por parte do 
órgão ambiental competente registrado à margem do documento de registro.
A averbação pode ser feita na própria matrícula do imóvel, caso este possua 
remanescente de vegetação nativa, ou pode ser feita na matrícula de outro imóvel, 
independente do motivo. Essa situação é denominada “compensação”.
A compensação pode ser feita de 3 formas: aquisição de Cota de Reserva Ambiental 
(CRA); arrendamento da área sob regime de servidãoambiental ou RL; e doação 
ao poder público de área localizada no interior de Unidade de Conservação (UC) de 
domínio público pendente de regularização fundiária (BRASIL, 2012). Sobre esse 
assunto, falaremos mais adiante, no material referente à Regularização Ambiental.
Vale ressaltar que, a implantação do CAR pelo Código Florestal (Lei no 12.651/2012) 
desobrigou a averbação da reserva legal no registro de imóveis. Porém, para o caso 
de emissão de Cota de Reserva Ambiental (CRA), a averbação continua sendo 
obrigatória.
38
6. DETALHAMENTO SOBRE PROPRIETÁRIOS OU POSSEIROS
Os nomes de todas as pessoas que foram cadastradas na etapa “Domínio” 
serão exibidos em uma listagem. O usuário deve selecionar aquela(s) que deseja 
associar à documentação do imóvel a ser cadastrado.
Para isso, ele deverá marcar a caixa de seleção das pessoas desejadas, 
ou realizar a busca por uma pessoa específica, utilizando, a qualquer momento, o 
campo “Filtrar”.
Figura 6.1. Busca de pessoa específica - Ferramenta “Filtrar”.
Ao término do preenchimento dos dados e da seleção das pessoas associadas 
a ele, o cadastrante deverá selecionar o botão “Adicionar” ( ), conforme 
mostra a Figura 6.2, para salvar o registro do documento em questão.
39
Figura 6.2. Destaque para a opção “Adicionar” documento.
Após a adição do documento, o cadastrante ainda poderá editar ( ) os 
dados cadastrados ou removê-los ( ), util izando os ícones em destaque na Figura 
6.3.
Figura 6.3. Destaque para os Documentos Adicionados e as opções “Editar” e 
“Remover”.
40
Ao término da adição de todos os documentos que comprovem a propriedade 
ou posse do imóvel, o cadastrante deverá acessar a opção “Próximo” (Figura 6.4) 
para avançar no preenchimento. A etapa seguinte consiste na descrição do imóvel 
na plataforma de georreferenciamento, passo que será descrito em outro conteúdo 
do curso.
Figura 6.4. Destaque para a opção “Próximo”, que permite ir para a etapa seguinte 
do preenchimento.
41
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de 
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Disponível 
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.
htm>. Acesso em: 17 dez. 2013.
BRASIL. Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema 
de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de 
caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei no 
12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras providências. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7830.htm>. Acesso 
em: 21 dez. 2013.
BRASIL. Decreto nº 8.235, de 05 de maio de 2014. Estabelece normas gerais 
complementares aos Programas de Regularização Ambiental dos Estados e do Distrito 
Federal, de que trata o Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, institui o Programa Mais 
Brasil, e dá outras providências. Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/
jsp/visualiza/index.jsp?data=05/05/2014&jornal=1000&pagina=1&totalArquivos=8>. 
Acesso em: 05 de maio de 2014.
BRASIL. Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para 
a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos 
Familiares Rurais. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11326.htm>. Acesso em: 01 fev. 2014.
BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da 
vegetação nativa. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2012/lei-
12651-25-maio-2012-613076-publicacaooriginal-136199-pl.html.> Acesso em: 01 
jun. 2013.
BRASIL. Programa Mais Ambiente. Disponível em: <http://www.maisambiente.gov.
br/> Acesso em: 20 jan 2014.
Ministério do Meio Ambiente – MMA. Cartilha: Orientações básicas sobre o CAR. 
2012.
Ministério do Meio Ambiente – MMA. Perguntas frequentes referentes ao CAR. 
Disponível em: http://www.car.gov.br/index.php/perguntas-frequentes. Acesso em: 
20 dez 2013
MMA. Instrução Normativa nº 2, de 05 de maio de 2014. Dispõe sobre os 
procedimentos para a integração, execução e compatibilização do Sistema de 
Cadastro Ambiental Rural – SICAR e define os procedimentos gerais do Cadastro 
Ambiental Rural – CAR. Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/
visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=59&data=06/05/2014>. Acesso em: 06 de maio 
42
de 2014.
RAMOS-FILHO, L. O.; FRANCISCO, C.E.S. Legislação florestal, sistemas 
agroflorestais e assentamentos rurais em São Paulo: restrições ou oportunidades? 
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 5., 2005, 
Curitiba. Anais... Colombo: Embrapa, 2004. p.211-213
SERPRO. SNCR - Sistema Nacional de Cadastro Rural, 2014. Disponível em: www.
serpro.gov.br/conteudo-solucoes/produtos/administracao-federal/sistema-nacional-
de-cadastro-rural-sncr-1/sistema-nacional-de-cadastro-rural-sncr-2. Acesso em: 
agosto de 2014.
SICAR SP – Sistema de Cadastro Ambiental Rural do Governo do Estado de São 
Paulo. Manual de Inscrição do CAR passo a passo. Disponível em: http://www.
ambiente.sp.gov.br/car/passo-a-passo/. Acesso em: 20 jan 2014.
THE NATURE CONSERVANCY – TNC. Manual Operativo: Projeto de Assistência 
Técnica para o ”Cadastro Ambiental Rural”. Disponível em: http://portugues.tnc.
org/nossas-historias/publicacoes/assistencia-tecnica-cadastro-ambiental-rural.pdf.. 
Acesso em: 20 dez 2013
THE NATURE CONSERVANCY (TNC), 2012. Relatório de Atividades 2012. 
Disponível em: < http://www.nature.org/media/brasil/relatorio_anual_2012.pdf > 
Acesso em: 20 dez 2013

Continue navegando