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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - SECG FACULDADE PADRÃO III CURSO DE ENFERMAGEM RESÍDUOS HOSPITALARES: ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES EM PROFISSINAIS DE ENFERMAGEM GOIÂNIA 2014 1 SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS FACULDADE PADRÃO GRADUAÇÃO ENFERMAGEM CAMILLA BUENO RIBEIRO PAULA CINTIA DIAS TOLEDO RUTE FERREIRA DA SILVA RESÍDUOS HOSPITALARES: ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Monografia apresentada ao curso de Graduação em Enfermagem como requisito Parcial para obtenção do grau em Bacharel da Faculdade Padrão. Orientadora: Profª. Ms. Rosilmar Gomes P. Barbosa GOIÂNIA 2014 2 FOLHA DE APROVAÇÃO CAMILLA BUENO RIBEIRO PAULA CINTIA DIAS TOLEDO RUTE FERREIRA DA SILVA RESÍDUOS HOSPITALARES: ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES EM PROFISSINAIS DE ENFERMAGEM Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Curso de Enfermagem como requisito total para obtenção do grau Bacharel em Enfermagem. Data da Aprovação 18/12/2014 BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Profª. Ms. Rosilmar Gomes Pereira Barbosa Orientadora e Presidente da Banca __________________________________________ Prof.ª Msc. Leidiane Maria Souza __________________________________________ Prof.ª Msc. Margarida Martins Coelho GOIÂNIA 2014 3 DEDICATÓRIA Quero agradecer primeiramente a Deus, por me dar sempre à certeza de que em todos os momentos estava sendo amparada em seus braços. A minha mãe Adriana Bueno, que é a razão do meu viver, agradeço pela compreensão, dedicação e me mostrar que o conhecimento nunca é demais, e que acima de tudo, nunca deixou de acreditar nos meus sonhos de ser uma profissional de Enfermagem. Agradeço a Deus pela mãe maravilhosa que ele me deu, e me ensinou o caminho correto a seguir, pelos seus ensinamentos que são de extrema importância pra mim, que levarei sempre comigo. Minha avó Otacília Teixeira Bueno, por ter me ajudando, e por acreditar sempre que posso ser uma pessoal vitoriosa e lutar pelos meus objetivos. Meu pai Erlei Basílio Rodrigues, mesmo de longe acompanhou minhas lutas do dia a dia, e nunca mediu esforços, dando-me apoio necessário. Aos meus irmãos Christopher Pablo Ribeiro e Diógenes Adriano Ribeiro, por ter paciência e suportar minhas chatices, e pela lição de amor que me ensinaram durante toda minha vida. Aos meus colegas de curso, por ter- me proporcionado um grande desenvolvimento em minha formação profissional, pelo apoio, amizade, e por ter-me passando seus conhecimentos e experiências. Aos mestres, em especial a nossa orientadora Rosilmar Gomes Pereira Barbosa, que sempre acreditou no meu potencial, pelos conhecimentos passados e adquiridos que levarei sempre comigo, como uma boa profissional,pelos ensinamentos, paciências e contribuições ao meu saber, permitindo uma visão critica para que não tropeçássemos na obscuridade da ignorância. Agradeço em especial ao meu namorado, Ueslei Coelho Flamini, por ter acompanhado nesta jornada. Obrigado pelo carinho, amor, paciência, companheirismo e compartilhando as conquistas alcançadas, acreditando que seria capaz de vencer todos os obstáculos que teria pela frente. Enfim, a todos que de forma direta ou indiretamente colaboraram e torceram pela realização deste trabalho, o meu sincero agradecimento. “Vejam, o Senhor, o seu Deus, põe diante de vocês esta terra. Entrem na terra e tomem posse dela, conforme o Senhor, o Deus dos seus antepassados, disse a vocês. Não tenham medo nem desanimem.” Deuteronômio 1:21 Camilla Bueno Ribeiro 4 Primeiramente quero agradecer a Deus que é o dono da minha vida, ele me sustentou até hoje para que eu chegasse até aqui. Agradeço em especial a minha mãe Ana Maria, que por todo este tempo esteve ao meu lado, me apoiando e dedicando sua vida á mim. Se não fosse ela e Deus, eu não estaria a onde eu estou hoje, agradeço pela a mulher que ela me fez ser, por todos os momentos difíceis da minha vida que ela segurou na minha mão e não me deixou cair e me disse que eu seria capaz de conquistar o mundo se Deus estivesse na frente dos meus planos. Agradeço a minha irmã Thamara Santos, pela compreensão, paciência, motivação e principalmente pelas palavras que me fortaleceram pra chegar até aqui. Agradeço pela mãe que ela foi na ausência de minha mãe. Sou grata a Deus pelos amigos que sempre estiveram do meu lado, em especial as minhas amigas Nara Rubia e Ana Alice, que de uma maneira em especial participaram juntas comigo nesta jornada, que muitas das vezes tão espinhosa, mas de grandes frutos colhidos mais á frente. Obrigado pelo companheirismo e compreensão de minhas ausências nas comemorações, reuniões que não pude estar devido aos meus estudos. Agradeço em especial ao meu namorado Diego Gabriel, que em todos os momentos esteve ao meu lado me apoiando de todas as formas. Obrigado pelo carinho, amor, paciência e companheirismo, sou grata a Deus por ter colocado uma pessoa tão linda na minha vida, que soube conviver com todos os meus defeitos, e que me amou de tal forma inexplicável. Aos meus mestres, em especial a nossa orientadora Rosilmar Gomes, que sempre acreditou no meu potencial, pelos conhecimentos passados e adquiridos que levarei sempre comigo, como uma boa profissional. Que esteve presente em todos os momentos deste trabalho de conclusão de curso e durante todo o desenvolvimento teórico-prático deste trabalho, sempre nos apoiando, incentivando e orientando. “Muitas vezes estamos em dificuldades, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos feridos, mas não destruídos.” 2 Coríntios 4, 8-10 Paula Cintia Dias Toledo 5 Quero agradecer a Deus por mais uma vitoria alcançada, por ter me dado forças para lutar dia após dia nessa caminhada. Em especial ao meu namorado Avenir Teodoro da Costa por sua dedicação pela força, paciência, companheirismo por estar sempre ao meu lado incentivando e torcendo pelo meu sucesso. Por acreditar nessa conquista que foi um grande responsável em ajudar realizar esse sonho. Aos meus tios Iraides Ferreira da Silva e Deurivaldo Fernandes pelo carinho e apoio. Aos meus pais Ireni Ferreira da Silva e Silvio Honório da Silva, que mesmo distante torceram por mim. Aos meus colegas pelos momentos de alegria e tristeza de cada dia, pelas palavras, compreensão. Aos mestres pelo ensino, conhecimento e aprendizado. Enfim a todos os meus amigos que de forma direta e indiretamente colaboraram e me ajudaram nesta longa caminhada. “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.” Jeremias 29:11 Rute Ferreira da Silva 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10 2. OBJETIVOS ..................................................................................................... 13 2.1 Objetivo Geral............................................................................................. 13 2.2 Objetivos Específicos .................................................................................13 3. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 14 3.1 Biossegurança ............................................................................................ 14 3.2 A importância para o uso dos EPIs ............................................................. 15 3.3 Tipos de EPIs e suas Finalidades ............................................................... 16 3.3.1 EPI para proteção da cabeça: ................................................................. 16 3.3.2 EPI para proteção dos olhos e face ......................................................... 16 3.3.3 EPI para proteção do Tronco ................................................................... 17 3.3.4 EPI para proteção dos membros superiores ............................................ 17 3.3.5 EPIS para proteção dos membros inferiores ........................................... 17 4. FATORES DE RISCOS DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES ....... 18 5. DOENÇAS INFECCIOSAS .............................................................................. 20 6. PREVENÇÃO PARA MINIMIZAÇÃO DE ACIDENTES .................................... 22 7. RESULTADO E DISCUSSÃO .......................................................................... 24 8. METODOLOGIA .............................................................................................. 26 8.1 Tipo de Estudo ........................................................................................... 26 8.2 Sujeito do Estudo ....................................................................................... 26 8.3 Análise das Informações ............................................................................ 27 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 28 10. REFERÊNCIA ................................................................................................ 29 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS RSSS - Resíduos Sólidos Serviços de Saúde RDC - Resolução da Diretoria Colegiada EPI - Equipamento de Proteção Individual ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária MS - Ministério da Saúde BVS - Biblioteca Virtual de Saúde CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 8 RESUMO Este trabalho possui como tema principal os resíduos hospitalares: Acidentes com perfurocortantes em profissionais de enfermagem. Foi realizado um estudo através de uma revisão bibliográfica. E ao decorrer das pesquisas realizadas apontam os acidentes com agulha como um sério problema nas instituições hospitalares, uma vez que as exposições percutâneas são as maiores responsáveis pela transmissão ocupacional de infecções sanguíneas para os profissionais de saúde. Estes acidentes são graves devido às doenças que podem causar, é muito frequente entre os profissionais de enfermagem, devido o grande manejo de lâminas, cateteres venosos, agulhas e alguns outros. O uso adequado dos equipamentos e proteção individual é uma forma de segurança indispensável para esses trabalhadores. Tem como objetivo ressaltar sobre os riscos de acidentes com perfurocortantes no ambiente hospitalar. Após a busca destas informações foi verificado os resultados obtidos nos respectivos artigos e uma organização dos resultados esperados para que os mesmos pudessem comprovar o que foi buscado do estudo. Os resultados desta pesquisa serão utilizados apenas para fins específicos. Palavras-chave: Resíduos hospitalares. Acidentes com perfurocortantes. EPI. 9 ABSTRACT This work has as main theme the medical waste: Accidents with sharp nursing professionals. A study was conducted through a literature review. And over the course of research conducted indicate the needlestick injuries as a serious problem in hospitals since the percutaneous exposures are the most responsible for occupational transmission of blood infections for health professionals. These accidents are due to serious diseases that can cause, it is very common among nursing professionals, due to the large management blades, catheters, needles and some others. The proper use of personal protective equipment and is an indispensable security in order for these workers. Its purpose highlight the risks of sharps injuries in the hospital. After the search of this information was verified the results obtained on their articles and organization of the expected results so that they could confirm what was sought in the study. The results of this research will be used only for specific purposes. Keywords: Medical waste. sharps injuries. EPI. 10 1. INTRODUÇÃO Resíduos Hospitalares são aqueles produzidos por estabelecimentos prestadores de assistência médica odontológica, laboratorial, farmacêuticas, instituições de ensino e pesquisa médica e etc. A composição de tal lixo é a mais variada possível, podendo ser constituída de restos de alimentos de enfermos, resto de limpeza de salas de cirurgia, curativos: gases, ataduras; materiais perfurantes ou cortantes e etc. O lixo hospitalar pode causar danos à população, isso dependera desde seu acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou destinação final, (BRASIL, 2006). Segundo Veloso, (2008) lixo como é mais conhecido, é aquela porção de materiais que pode estar contaminado ou não por bactérias ou vírus. O lixo é definido em geral, como resíduo sólido descartado pela população é valido lembrar que o lixo sempre existiu: Sua maior evidência foi na Idade Média, onde a maioria dos resíduos eram proveniente do homem e estava diretamente relacionada aos resíduos produzidos pelo corpo, como fezes, urina e o próprio corpo humano em decomposição e também relacionado aos restos de hortaliças e de carcaças animais. Esses resíduos eram desprezados pela rua, sem algum tipo de proteção e foi quando surgiu a peste no continente europeu durante o século XIV. (VELOSO, 2008). Na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 33 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) com considerações sobre a necessidade de prevenir e reduzir os riscos a saúde e ao meio ambiente, por meio do correto manejo dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) gerados pelos serviços em saúde. A Resolução da Diretoria Colegiada nº 33, observa também os princípios da biossegurança, de empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes ao ser humano e ao meio ambiente e também os cuidados com os “RSSS” vão além da coleta e preocupa-se com o que ocorrerá com os mesmos durante seu período de decomposição (SILVA; SOARES, 2004). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da Resolução Diretoria Colegiada (RDC) nº 33 de 25/02/2003, define os RSSS em cinco grupos: 11 Grupo A (Potencialmente infectantes): Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Grupo B (Químicos): Resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Grupo C (Rejeitos radioativos): São considerados rejeitos radioativos quaisquer materiais de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção. Grupo D (Resíduos comuns): Sãotodos os resíduos gerados nos serviços abrangidos pela RDC nº 33/03, que, por suas características, não necessitam de processos diferenciados relacionados ao acondicionamento, identificação e tratamento, devendo ser considerados resíduos sólidos urbanos. Grupo E (Perfurocortantes): são os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar. (BRASIL, 2003, p. 8-11). Segundo Garcia (2004), o gerenciamento de resíduos constitui um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados com o objetivo de diminuir a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, a adequada coleta, armazenamento, tratamento, transporte e destino final adequado, visando á preservação da saúde pública e a qualidade do meio ambiente. Para Schneider; et. al (2004), a implantação de políticas de gerenciamento torna-se cada vez mais importante para o melhor aproveitamento das áreas destinadas á disposição dos resíduos, á busca de melhores tecnologias para minimizar, reutilização, reaproveitamento, reciclagem e tratamento dos resíduos, diante das novas realidades urbanas e industriais. Enfatiza Costa e Fonseca (2009), os resíduos se inserem dentro desta problemática e vêm assumindo grande importância nos últimos anos. O descarte correto de peças anatômicas, tecidos, bolsas transfusionais com sangue, medicamentos, roupas descartáveis e materiais perfurocortantes, dentre outros, é fundamental para que o meio ambiente não seja impactado, neste sentido foram criadas políticas públicas e legislação relacionada ao gerenciamento de resíduos hospitalares que tem como eixo de orientação a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação da saúde. Segundo Schneider (2004), discorre sobre: A Organização Pan-Americana da Saúde, um sistema adequado de manejo dos resíduos sólidos em um estabelecimento de saúde permite controlar e reduzir com segurança e economia os riscos para a saúde associados a esses resíduos. O sistema de gestão interno de resíduos sólidos deve operacionalizar uma série de ações utilizando a tecnologia apropriada, no sentido de alcançar objetivos fundamentais. 12 Ainda enfatiza Schneider, et, al (2004), o gerenciamento dos RSSS deve ser avaliado e acompanhado de perto pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), particularmente no que se refere á programação de treinamento para profissionais dos setores de higiene e limpeza, e pela conscientização geral do staff do hospital no que concerne á problemática dos RSSS. Esses colaboram para a disseminação de doenças envolvendo aspectos de infectividade, patogenicidade, virulência, persistência e suscetibilidade. O gerenciamento é tido como um instrumento capaz de diminuir ou até mesmo de impedir os efeitos adversos causados pelos RSSS, do ponto de vista sanitário, ambiental e ocupacional, sempre que realizado racional e adequadamente. Os profissionais da área da saúde estão diretamente ligados a uma grande exposição de microrganismos que estão presentes principalmente nas secreções e mucosas dos pacientes. Devido ao contato direto com pacientes ou materiais infectantes muitos profissionais da saúde podem sofrer acidentes com exposição á material, devido ao manejo inadequado do mesmo, que podem resultar em transmissão de doenças como: HIV, Hepatite B, C e Tétano e até alterações no psicossocial (ALVES; PASSOS; TOCANTIS, 2009). 13 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Ressaltar sobre os riscos de acidentes com perfurocortantes no ambiente hospitalar. 2.2 Objetivos Específicos • Incentivar os profissionais de Enfermagem, a participarem de programas de educação continuada para minimizar os riscos existentes no local de trabalho; • Conscientizar sobre a importância e o uso correto dos EPIS; • Proporcionar um manejo seguro e eficiente com materiais perfurocortantes. 14 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Biossegurança Designa um campo de conhecimento e um conjunto de práticas e ações técnicas, nos serviços de saúde, aborda as medidas de controle de infecções para proteger os funcionários que prestam assistência e os usuários em saúde, também por desempenhar papel fundamental na comunidade atuando da promoção da consciência sanitária, é importante na preservação ambiental com relação à manipulação e descarte de resíduos químicos, tóxicos e potencialmente infectantes, diminuição de riscos à saúde e acidentes ocupacionais (OPPERMANN, PIRES, 2004). Para Andrade e Sanna, (2007) é uma área de conhecimento nova, que envolve desafios não somente à equipe de saúde, mas também aos outros tipos de profissionais, com preocupações sociais e ambientais, com o objetivo de conhecer e controlar os riscos que os profissionais estão expostos devidos á sua pratica de trabalho. Os profissionais da saúde, e a equipe de enfermagem é uma das principais categorias sujeitas a exposições a material biológico. A exposições relaciona-se com o fato de ser o maior grupo nos serviços de saúde e ter mais contato direto na assistência aos clientes, e também com o tipo e a frequência de procedimentos realizados. O profissional de enfermagem durante as realizações de cuidado ao paciente, não deve esquecer de cuidar de si próprio, e isto não deverá acontecer somente após adquirir uma doença infectocontagiosa. Deve estar consciente quanto exposição dos riscos de acidentes com materiais perfurocortantes (PINHEIRO; ZEITOUNE, 2008). Na área da saúde pode-se notar um elevado número de riscos ocupacionais aos profissionais, sabendo que o hospital é o principal loca de trabalho dos profissionais que atuam nesta área. Por isso, requer a adoção de normas de biossegurança no trabalho em saúde, é condição fundamental para a segurança dos trabalhadores, qualquer que seja a área de atuação, pois o riscos estão sempre presentes (ANDRADE, SANNA, 2007). 15 3.2 A importância para o uso dos EPIs Ao prestar a assistência ao paciente no meio hospitalar, os enfermeiros estão altamente expostos a inúmeros riscos durante a execução de suas atividades, principalmente por manusear diretamente o sangue e fluidos corporais de pacientes. As medidas de prevenção para minimizar estes riscos, incluem desde a lavagem das mãos, até os processos de limpeza, desinfecção e esterilização. A exposição a material biológico é uma das questões que mais se destaca na área de segurança ocupacional, pois coloca o profissional de saúde em risco de adquirir infecções transmitidas por via sanguínea (SOUZA, et al, 2008). O Equipamento de Proteção Individual é fundamental para segurança em serviços de assistência à saúde. Os recursos são primordiais para prevenir segurança destes dos profissionais de enfermagem, mas pela forma que são manuseados, incluindo os processos de descontaminação, rotinas de troca, dentre outros. Contudo, não somente a eficácia das medidas de precaução deve ser diariamente avaliada e aprimorada, mas, sobretudo a adesão dos profissionais de saúde a estas medidas. O uso adequado do EPI inclusive o mau manuseio também deve ser avaliado (SOUZA, et al, 2008). O equipamento de proteção individual (EPI), um dos itens de segurança do trabalho, tem seu uso banalizado por falta de conhecimento das normas e legislações. Poucos percebem a complexidade que envolve a escolha do EPI, assim sendo, ocasionam problemas de aceitação por parte dos trabalhadores e gastos desnecessários às empresas. A qualidade e ergonomia desses equipamentos também são fundamentais para o bom desempenho dasfunções dos trabalhadores (PELOSO; ZANDONADI, 2006). De acordo com a NR 6 EPI é todo e qualquer dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, que tem por finalidade proteger o profissional de riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Sendo, a empresa, obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que, as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e para atender a situações de emergência (MORAES, 2011). 16 A empresa pode exigir o uso dos EPIs pelos seus funcionários durante a jornada de trabalho, realizar orientações e treinamentos sobre o uso adequado e a devida conservação, além de substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado. Como em todas as relações empregador – empregado, os trabalhadores têm seus direitos e deveres, nessa situação não é diferente, sendo responsabilidade dos empregados, usar corretamente o EPI, e, apenas durante o trabalho, mantendo sempre em boas condições de uso e conservação (MORAES, 2011). As obrigações das empresas no cumprimento das leis relativas à segurança do trabalhador, trouxe algumas preocupação em evitar acidentes ou doenças ocupacionais. As grandes inovações tecnológicas e a disseminação de informações sobre prevenção destes riscos tornam-se decisivas para melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Com o propósito de atender e garantir a saúde dos profissionais, as empresas buscam diminuir a exposição de seus funcionários aos ruídos de elevada intensidade, bem como a correta utilização de todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), pertinentes a cada etapa de seu processo (DOBROSVOLKI; WITKOWSKI; ATAMANCZUK, 2008). 3.3 Tipos de EPIs e suas Finalidades Segundo o autor MORAES (2011), os EPIs podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger: 3.3.1 EPI para proteção da cabeça: Gorro: Estará indicado especificadamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolve dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. Desta forma, é importante o uso do gorro para proteção dos cabelos pela contaminação dos aerossóis, favorecendo também a proteção da boca do paciente da microflora dos cabelos do profissional e equipe. 3.3.2 EPI para proteção dos olhos e face Máscaras: Indicada para proteção da mucosa oro-nasal bem como para a 17 proteção ambiental de secreções respiratórias do profissional. A máscara deve possuir gramatura que garanta uma efetiva barreira, tem sido recomendada que seja confeccionada com no mínimo três camadas. Óculos de proteção: Ele protege a mucosa ocular. Deve ser de material acrílico que não interfira com a acuidade visual do profissional e permita uma perfeita adaptação à face. Deve oferecer proteção lateral e com dispositivo que evite embaçar. Protetor Facial: Ele protege a face. Deve ser de material acrílico que não interfira com a acuidade visual do profissional e permita uma perfeita adaptação à face. Deve oferecer proteção lateral. Indicado durante a limpeza mecânica de instrumentais (Central de Esterilização, Expurgos) área de necropsia e laboratórios. 3.3.3 EPI para proteção do Tronco Avental ou Capote: Serve para proteger a pele do material biológico em procedimento que possa haver respingos (sangue, espirros e etc). O avental sujo deve ser removido após o descarte das luvas 3.3.4 EPI para proteção dos membros superiores Luvas: Proteção direta contra diversos riscos físicos e biológicos, deve ser utilizada em procedimento que envolvam excreções (exceto suor), secreções, com mucosas ou com áreas de pele não-íntegra(ferimentos, escaras, feridas cirúrgicas e outros) . Deve ser removida antes de tocar em superfícies sem material biológico e entre procedimentos em um mesmo paciente. 3.3.5 EPIS para proteção dos membros inferiores Calçados fechado e propés: Indicado para ambientes sujos orgânicas devem ser fechados impermeáveis (couro e sintético), em lugares úmidos é preferível botas de borracha. 18 4. FATORES DE RISCOS DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES Os profissionais da área da saúde, durante a realização de seu trabalho, estão expostos a uma série de riscos que podem interferir em suas condições de saúde. Entre esses riscos estão os agentes físicos, quimicos, psicossociais, ergonomicos e biológicos. No meio hospitalar, tem como destaque o risco biologico, que é um dos riscos mais responsável pela insalubridade desses trabalhadores, e que está relacionada com o risco de acidentes causado pelos materiais perfurocortantes (NOWAK, et al, 2013). O potencial de riscos com material perfurocortantes, está relacinado à vários fatores, dentre eles está a falta de atenção na execução das atividades, a falta de cautela referente ás normas de biossegurança e a sobrecarga de atividades para a prestação dps cuidados de enfermagem (ALVES; PASSOS; TOCANTINS, 2009). Nota-se que, muita das vezes, a atenção da equipe no ambiente hospitalar se concentra no cuidar, porém, no cuidar apenas ‘’dos outros’’. As condições de trabalho a que os profissionais de enfermagem se submetem e os esforços que realizam durante a sua jornada de trabalho, também pode contribuir para a ocorrência de acidentes com perfurocortantes (RIBEIRO; SHIMIZU, 2007). O papel das instituições na prevenção de acidentes com profissionais de enfermagem é desempenhar educação continuada, assim como dispor de uma construção e infraestrutura adequadas ao desempenhar suas assistências aos pacientes, prover as unidades e setores, materiais e equipamentos de qualidade, na quantidade apropriada; e devem disponibilizar recipientes resistentes e impermeáveis em locais de fácil acesso para a disposição de materiais perfurocortantes, seringas, sem agulha e/ou com agulhas retráteis, apesar de serem de elavado custo (LIMA, et al, 2011). O trabalho de enfermagem na instituição hospitalar caracteriza-se pelo cuidado nas 24 horas do dia, dando continuidade da prestação de cuidados aos pacientes. Nesse cuidado, os profissionais de enfermagem utilizam alguns instrumentos de trabalho como: lâminas de bisturi, agulhas, tesouras, pinças e materiais de vidro e instrumentos vários outros que são perfurantes e cortantes. Cuidam na maioria das vezes de pacientes agitados, agressivos, ansiosos ou em 19 estado crítico, onde se deparam com dificuldade de realizar os procedimentos com segurança. Além disso, a assistência de enfermagem prestada na instituição, geralmente, tem um ritmo muito acelerado, é realizado em pé, com muitas caminhadas e sob a supervisão estrita; é normatizado, rotinizado e fragmentado (SARQUIS; FELLI, 2004). 20 5. DOENÇAS INFECCIOSAS As doenças dos profissionais de enfermagem, constituem um grave problema de saúde pública em todo o mundo, mas historicamente os profissionais de saúde não foram considerados uma categoria de alto risco para acidentes de trabalho. Porém, a partir do século XX começou-se a relacionar risco biológicos a doenças que atingiam especificamente os trabalhadores da área da saúde (GIOMO, et al, 2009). Devemos considerar que o problema dos riscos assume maiores proporções do que as estatísticas conseguem estimar, sendo a sua real dimensão dificultada por diversos fatores,como a subnotificação de acidentes e doenças e a evolução silenciosa e demorada das doenças, dificultando a percepção do nexo causal entre o trabalho e o agravo, além do despreparo e falta de informações dos profissionais de saúde em reconhecer e relacionar as atividades laborais aos riscos ocupacionais aos que estão expostos (RAPPARINI; CARDO, 2004). Os acidentes ocupacionais ocasionados por materiais perfurocortantes entre os trabalhadores de enfermagem são frequentes, devido aonúmero elevado da manipulação com agulhas, estes riscos representam prejuizos tanto para os trabalhadores, como para a instituição. Neste sentindo o fato leva a considerar que os profissionais e as instituição de trabalho necessitam de maior atenção para o problema, melhorar o encaminhamento dos trabalhadores acidentados e principalmente, adotar medidas preventivas para reduzir o número destes tipos de acidentes ocupacionais (VIEIRA, PADILHA, PINHEIRO 2011). O contato que o profissional de enfermagem tem com microoganismos ou material infectocontagioso se encaixa dentro dos riscos biológicos, que podem causar doenças como: tuberculose, hepatite, rubéola, herpes, escabiose e AIDS (MARZIALE; RODRIGUES, 2004). O atendimento de pacientes infectados e a alta prevalência de doenças infectocontagiosas, como tuberculose, AIDS, hepatite e sífilis, entre outras, têm gerado a conscientização e motivando cada vez a buscar mais informações na tentativa de diminuir as chances de contaminação. Sangue, qualquer fluido orgânico contendo sangue visível, secreções vaginais e sêmen são materiais biológicos envolvidos na transmissão do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Suor, 21 lágrimas, fezes, urina e saliva (não acompanhada de sangue), por sua vez, não representam risco e não há recomendação de quimioprofilaxia e monitoramento sérico para esses casos (CARDOSO, et al, 2009). 22 6. PREVENÇÃO PARA MINIMIZAÇÃO DE ACIDENTES Uma preocupação constante manifestada pelos profissionais de saúde e instituições empregadoras é a prevenção de acidentes de trabalho. A educação continuada é de extrema importância, a capacitação dos profissionais e segurança dos pacientes (LIMA, et al, 2009). Os esforços devem ser inicialmente na eliminação de perigos e dos riscos para acidentes. A importância das orientações e o fornecimento dos EPiS, são de extrema importância. A utilização das Precauções Padrão (lavagem das mãos e uso adequado dos EPIS) reduzem significantemente os riscos de acidentes de trabalho com perfurocortantes durante a assistência da enfermagem (LIMA, et al,2009). Em todo local onde exista possibilidade de exposição de riscos biológicos, deve haver um lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete liquido, toalha descartável e lixeira provida de mecanismo de abertura sem ser manual. O uso das luvas não substitui as lavagens das mãos, o que deve ocorrer, antes e depois do uso (BRASIL, 2011). Segundo Alves; Passos; Tocantins, (2009) esforços na prevenção e acidentes de trabalho que envolvam sangue e outros fluidos potencialmente contaminados, devem ser tratados como casos de emergência, uma vez que, para se obter eficácia, as intervenções para profilaxia das infecções pelo vírus do HIV e Hepatite B, necessitam ser iniciadas logo após a ocorrência dos acidentes Para o planejamento de estratégias preventivas a notificação do acidente de trabalho é fundamental, além de assegurar os direitos dos trabalhadores (avaliação médica, tratamento adequado). Melhorar a organização e articulação dos serviços de saúde, programar políticas educacionais e de prevenção, monitorar os riscos laborais, promoção da saúde e, consequentemente, melhorar a qualidade dos cuidados que são prestados pelos profissionais, são algumas condutas importantes que devem ser adotadas para reduzir os altos índices de acidentes de trabalho (MARTINS; SILVA; CORREIA, 2012). É importante ajudar o profissional a antever o acidente, oferecendo-lhe as condições para realizar os procedimentos de forma mais segura. Acidentes podem acontecer, mas o que se percebe atualmente é sua banalização, tanto pelo profissional, quanto pela a instituição que o emprega. O profissional tem a 23 representação social de que o acidentado é o único culpado pelo próprio acidente, pois não obedeceram as normas de segurança. O profissional acredita que se acidentou por falta de atenção e negligência dele mesmo ou dos colegas. Essa análise torna-se um tanto simplista e reducionista quando se leva em consideração os demais fatores justificadores dessa displicência. Trata-se de um problema multicausal (LUBENOW; MOURA, 2012). 24 7. RESULTADO E DISCUSSÃO Diante da sobrecarga das atividades dos trabalhadores, eles se culpa pelo alto índice de ocorrência de acidente, no entanto, estudos mostram que as pessoas, como desatenção e despreparo, estão, se acidentando, associados aos fatores provenientes das condições de trabalho oferecidas são inúmeros os fatores que podem estar associados à ocorrência de acidentes percutâneos: Uma delas são grande manipulação de agulhas, o estresse, a pressa, comportamento agressivo de pacientes, urgência, falta de programas de capacitação para os profissionais (LIMA, et al, 2011). As medidas preventivas de acidentes perfurocortantes devem ser orientadas a todos os trabalhadores da área da saúde. A conscientização dos elementos da equipe de enfermagem, quanto à necessidade de descartar os materiais perfurocortantes em local adequado, pode levar a redução desse tipo de acidente, não só entre eles, mas também entre os demais trabalhadores da área da saúde (MARZIALE; NISHIMURA; FERREIRA, 2004). As agulhas têm como a principal causa de acidentes perfurantes, entre os trabalhadores de Enfermagem, outros objetos perfurocortantes nunca deve ser descartados em locais que não seja próprio do seu descarte, como bandeja de medicação e lixo comum, vamos ressaltar que as agulhas não deve ser re- encapadas, nem desconectadas das seringas antes de jogadas dentro das caixas coletora (NISHIDI; BENATTI; ALEXANDRE, 2004). Envolvendo os profissionais de Enfermagem, devido ao número de manipulação no ambiente hospitalar, tem contribuído para aumentar o risco ocupacional desses profissionais. De modo geral, os acidentes entre os trabalhadores dessa área, quando comparada a outras categorias profissionais, têm que adotar medidas preventivas para redução dos números destes tipos de acidentes ocupacionais, para melhorar e direcionar para a notificação dos acidentes (GIOMO, et al., 2009). Segundo os autores Nowak; Campos et al, (2013), essa situação pode estar relacionada à inexperiência, pois os profissionais, em geral, ainda estão em início de carreira e se sentem inseguros na execução de determinadas procedimento. Mostra também, uma situação preocupante, em que, mesmo com pouco tempo de trabalho, 25 percebe-se que esses profissionais já estiveram expostos a materiais biológicos potencialmente contaminados. Destacam que os acidentes com agulhas constituem a principal forma de exposição percutânea acidental dos profissionais de saúde, às infecções como HIV/AIDS, hepatites B e C. A sala de cirurgia é um local de alto índice de acidentes hospitalares. É questão prioritária, devido a adoção de medidas de prevenção e controle de riscos ocupacionais relacionados aos acidentes, que deve se iniciar com um alto cuidado das fontes potenciais de risco (LIMA, et al, 2011). 268. METODOLOGIA 8.1 Tipo de Estudo Foi realizado um estudo através de uma revisão bibliográfica. Segundo Lakatos (2010) a pesquisa bibliográfica trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsa imprensa escrita, e ainda ele compreende oito fases distintas: escolha do tema, elaboração do plano de trabalho, identificação, localização, complicação, fechamento, análise e interpretação, redação. Os artigos incluídos neste trabalho foram selecionados respeitando os seguintes critérios de inclusão: estudos que retratassem teoricamente sobre o tema proposto, publicados na língua portuguesa, nos últimos 10 anos e que estivessem disponíveis online na íntegra. De um modo geral, a revisão bibliográfica é realizada como parte inicial de um estudo científico, seja da graduação ou pós-graduação, sendo parte fundamental em uma monografia, dissertação ou numa tese. O estudo da literatura contribui para definição dos objetivos do trabalho, construções teóricas, planejamento da pesquisa, comparações e validação (RIBEIRO; FOGLIATTO; SILVEIRA, 2007). A pesquisa bibliográfica é uma das melhores formas de iniciar um estudo, buscando-se semelhanças e diferenças entre artigos levantados nos documentos de referência. A compilação de informações em meios eletrônicos é um grande avanço para os pesquisadores, democratizando o acesso e proporcionado atualização frequente (BREVIDELLI, 2008). 8.2 Sujeito do Estudo Com o objetivo de obter informações sobre o tema Resíduos Hospitalares: Acidentes com perfurocortantes em profissionais de enfermagem será efetiva a busca pelos artigos em sites e revistas relacionadas ao tema proposto, a partir das palavras chaves descrito anteriormente. Serão incluídos no estudo, artigos publicados entre 2004 e 2014, utilizando os descritores resíduos hospitalares, acidentes com perfurocortantes e epi, serão incluídos artigos em português e que estejam disponíveis na integra e selecionados 27 conforme aos objetivos do estudo diretamente. Em função do desenho do estudo, não será necessário a submissão do estudo ao comitê ético em pesquisa humana e animal, tendo em vista que não apresentou risco a integridade humana não interferindo na resolução do CNS 196/96. 8.3 Análise das Informações Realizadas as buscas pelos estudos foi feita uma respectiva seleção dos mesmos, depois uma análise de dados através da revisão bibliográfica, verificando assim a relação entre os artigos relacionados sobre Resíduos Hospitalares: Acidentes com perfurocortantes em profissionais de Enfermagem. Após a busca destas informações foi verificado os resultados obtidos nos respectivos artigos e uma organização dos resultados esperados para que os mesmos pudessem comprovar o que foi buscado do estudo. Os resultados desta pesquisa serão utilizados apenas para fins específicos. 28 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo teve como objetivo identificar os riscos que são ocasionados, devido ao grande manuseio de materiais perfurocortantes com os profissionais de enfermagem que atuam no ambiente hospitalar. Diante do estudo levantado, foi possível perceber que a maioria dos acidentes que ocorrem com os profissionais são devido muita das vezes, pelo modo incorreto do uso de EPIS; falta de atenção no momento do preparo das medicações; jornada excessiva de trabalho e negligência da instituição a não oferecer o suporte necessário ao profissional. Os acidentes de trabalho é uma realidade muito presente no dia a dia dos trabalhadores da área da saúde. No que diz respeito a acidentes, os materiais perfurocortantes são os com maior índice, sendo as agulhas o principal agente. É de extrema e fundamental importância que seja mais fortificada educação continuada e a biossegurança, deixando assim mais claro sobre a prevenção dos acidentes de trabalho, enfatizando também os cuidados nos descartes de materiais contaminados. Atenção na prestação de assistência com o paciente, bem como o cumprimento das normas de biossegurança com os funcionários. 29 10. REFERÊNCIA ALVES; S.S.M; PASSOS, J.P; TOCANTINS, F.R. Acidentes com perfurocortantes em trabalhadores de enfermagem: Uma questão de Biossegurança. Ver. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2009, jul/set. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v17n3/v17n3a13.pdf >. Acessado em: 02 outubro de 2014. ANDRADE, C.A; SANNA, C.M. Ensino de Biossegurança na Graduação em Enfermagem: uma revisão da literatura. Rev. Brasileira de Enfermagem. Brasilia, 2007 set-out; 60(5): 569-72. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n5/v60n5a16.pdf>. Acessado em: 10 de outubro 2014. BRASIL, 2006. 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Se não fosse ela e Deus, eu não estaria a onde eu estou hoje, agradeço pela a mulher que ela me fez ser, por todos os momen... Agradeço a minha irmã Thamara Santos, pela compreensão, paciência, motivação e principalmente pelas palavras que me fortaleceram pra chegar até aqui. Agradeço pela mãe que ela foi na ausência de minha mãe. Sou grata a Deus pelos amigos que sempre estiveram do meu lado, em especial as minhas amigas Nara Rubia e Ana Alice, que de uma maneira em especial participaram juntas comigo nesta jornada, que muitas das vezes tão espinhosa, mas de grandes frutos col... Agradeço em especial ao meu namorado Diego Gabriel, que em todos os momentos esteve ao meu lado me apoiando de todas as formas. Obrigado pelo carinho, amor, paciência e companheirismo, sou grata a Deus por ter colocado uma pessoa tão linda na minha vi... Aos meus mestres, em especial a nossa orientadora Rosilmar Gomes, que sempre acreditou no meu potencial, pelos conhecimentos passados e adquiridos que levarei sempre comigo, como uma boa profissional. Que esteve presente em todos os momentos deste tra... RESUMO ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral 2.2 Objetivos Específicos 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Biossegurança 3.2 A importância para o uso dos EPIs 3.3 Tipos de EPIs e suas Finalidades 3.3.1 EPI para proteção da cabeça: 3.3.2 EPI para proteção dos olhos e face 3.3.3 EPI para proteção do Tronco 3.3.4 EPI para proteção dos membros superiores 3.3.5 EPIS para proteção dos membros inferiores 4. FATORES DE RISCOS DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES 5. DOENÇAS INFECCIOSAS O contato que o profissional de enfermagem tem com microoganismos ou material infectocontagioso se encaixa dentro dos riscos biológicos, que podem causar doenças como: tuberculose, hepatite, rubéola, herpes, escabiose e AIDS (MARZIALE; RODRIGUES, 2004... 6. PREVENÇÃO PARA MINIMIZAÇÃO DE ACIDENTES 7. RESULTADO E DISCUSSÃO 8. METODOLOGIA 8.1 Tipo de Estudo 8.2 Sujeito do Estudo 8.3 Análise das Informações 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 10. REFERÊNCIA