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Universidade Federal de Itajubá 
Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução às técnicas de 
laboratório. 
 
 
 
 
 
 
 
Glenda de Souza Santos 25796 
Lucas Raposo Carvalho 23872 
 
ITAJUBÁ 
2012 
2 
 
Universidade Federal de Itajubá 
Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química 
 
 
 
 
 
Glenda de Souza Santos 25796 
Lucas Raposo Carvalho 23872 
 
 
Introdução às técnicas de 
laboratório. 
 
Relatório submetido à Prof.ª Márcia, como 
requisito parcial para aprovação na disciplina 
de Química Experimental do curso de 
graduação em Química Bacharelado da 
Universidade Federal de Itajubá. 
 
 
 
ITAJUBÁ 
2012 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 5 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................ 9 
3.1 Resultados ................................................................................................ 9 
3.2 Discussões .............................................................................................. 10 
4. CONCLUSÃO ............................................................................................ 12 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Uma importante propriedade dos materiais, estejam eles em suas fases 
sólidas, líquidas ou gasosas, é a Densidade, referência informal para “peso” ou 
“leveza” deste. É a quantidade de matéria por unidade de volume: 
 Densidade= massa/volume, 
 Em notação científica: μ= m/v 
 Onde μ (mi) é o símbolo usado para representar a densidade, “m” a 
massa e “v” o volume. 
 O conceito de densidade segundo a lenda teria surgido quando o rei 
Hieron II teria encomendado uma coroa de ouro a um ourives, lhe entregando 
uma quantidade precisa de ouro. Pouco tempo depois, vieram insinuar ao rei 
que o ourives roubara uma parte do ouro, substituindo-o por prata. O rei não 
sabendo como descobrir a verdade, pediu à Arquimedes que lhe fornecesse a 
prova da culpa ou da inocência do homem. Pensativo, Arquimedes foi para as 
termas. Foi quando notou que quanto mais afundava seu corpo na banheira, 
mais água derramava para fora. Impressionado com esse fenômeno descobriu 
a solução do problema do rei. Percebeu então que bastava estudar o 
comportamento do ouro e da prata na água. Ao mergulhar uma coroa de ouro, 
uma de prata e a do rei, percebeu que esta deslocava uma quantidade 
intermediária de água em relação às quantidades de água deslocadas pelas 
coroas de ouro e de prata. Assim, obteve a prova que a coroa fora feita de uma 
liga de ouro e prata. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
No procedimento 1 (Medida de temperatura de ebulição da água), usou-
se um termômetro, um béquer de vidro de 100 mL, um bico de Bunsen, uma 
tela de amianto e um tripé de ferro. 
Neste procedimento, foi necessário calibrar o bico de Bunsen, de modo 
que a chama emitida por ele fosse predominantemente de coloração azul, 
abrindo a válvula do instrumento, de modo a entrar mais oxigênio para 
queima. 
Depois de feita a calibragem, foram adicionados 100 mL de água 
destilada ao béquer, e este colocado em cima do tripé de ferro, de modo a 
ser aquecido pelo bico de Bunsen. Após 5 minutos de aquecimento, com a 
ebulição visível (formação de bolhas) usou-se um termômetro para se obter 
a medida de temperatura de ebulição. 
No procedimento 2 (Calibração de uma pipeta volumétrica), usou-se 
uma pipeta volumétrica de 25 mL,um béquer, uma balança analítica, água 
destilada e papel toalha. 
Neste procedimento, foi necessário seguir as seguintes recomendações 
para o uso adequado de uma pipeta: 
 Fazer a sucção da água, usando um pipetador (pêra) para fazê-lo, 
até que a água ultrapasse o traço e aferição (vale ressaltar que, ao 
fazer a pipetagem, este traço deve estar na altura dos olhos). 
 Segure o recipiente no qual o líquido será depositado com a outra 
mão, de modo que a ponta da pipeta encoste na parede interna do 
béquer. 
 Enxugue a superfície externa da pipeta, terminada a deposição do 
líquido 
Seguindo as instruções, fez-se a pesagem da quantidade de água 
escoada (25 mL) no béquer usando a seguinte fórmula (equação 1): 
6 
 
obéquervaziáguabéuquercomágua mmm 
 
No procedimento 3 (Densidade de líquidos), dividido em três 
partes, foi usado um suporte universal, um termômetro, um béquer de 50 
mL, uma balança analítica, uma pipeta volumétrica de 25 mL, uma 
bureta de 50 mL e um picnômetro de 50 mL, água destilada, papel 
toalha, e NaCl. 
Na primeira parte, usando o béquer de 50 mL, foi necessário 
pesá-lo limpo e seco na balança analítica, anotando o valor de sua 
massa até a quarta casa decimal. Após, foram adicionados 10 mL de 
água ao béquer usando a pipeta, pesando o conjunto após, e anotando 
a massa total. Feito isso, foi determinada a massa de água usando a 
equação 1. Foi necessário repetir o processo mais duas vezes, secando 
o béquer entre as repetições. Por fim, calculou-se a massa média 
usando a seguinte fórmula (equação 2): 
32
3
1
1
3
1
XXXx
i
 

 
Depois de calculada a média, calculou-se a densidade média, 
usando a massa média e o volume dado na seguinte fórmula (equação 
3): 
V
x

 
 Calculada a densidade média, foi necessário calcular o desvio 
padrão das medidas das massas, usando a seguinte fórmula (equação 
4): 
n
xx
n
i i   1
2)(
 
7 
 
Na segunda parte, usando a bureta, foi repetida a primeira etapa 
da primeira parte (usando o béquer de 50 mL). Feita essa etapa, foram 
medidos 10 mL de água, usando a bureta, volume este transferido ao 
béquer, sendo este pesado logo em seguida, determinando a massa 
total. Feito isso, foi determinada a massa de água usando a equação 1. 
O processo foi repetido duas vezes, calculando a média das massas, 
usando a equação 2, calculando a densidade média, usando a equação 
3 e o desvio padrão, usando a equação 4. 
Retiramos da tabela 2 (Limites de tolerância para algumas 
vidrarias) que pipetas volumétricas com capacidade de 10 mL possui um 
limite de tolerância de 0,02 mL, assim como buretas de 10 mL. 
Na terceira parte, usando o picnômetro de 50 mL, foi necessário 
tomar cuidados adicionais: 
 Limpar a superfície do picnômetro com papel toalha; 
 Após pesado o picnômetro, não tocar a mão na sua superfície, 
manuseando-o com o papel toalha; 
 
Seguindo as recomendações, foi pesado o picnômetro vazio e 
anotado seu valor de massa, feito isso, foi cheio com água destilada e 
tampado com o termômetro (notou-se o vazamento de água, sendo 
necessário secar o instrumento com papel toalha), pensando-o em 
seguida. O processo foi feito uma única vez, portanto, não foram 
calculados: massa média, desvio padrão e densidade média. 
 
Em seguida, foram comparados os dados obtidos com a tabela 1 
(Densidade de água de 15 a 29 °Celsius), e com os dados obtidos na 
etapa 1 e 2. 
 
Por fim, foi repetido o processo usando o NaCl. 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
(Tabela 1 – Densidade da água de 15 a 29° Celsius) 
 
Capacidade 
(mL) 
Limites de Tolerância (mL) 
Pipeta 
volumétricaPipeta 
graduada Bureta 
Balões 
Volumétricos Proveta 
0,5 0,006 
 1 0,006 0,01 
 
0,01 
 2 0,006 0,01 
 
0,015 
 3 0,01 
 
0,015 
 4 0,01 
 
0,02 
 5 0,01 0,02 0,02 0,02 0,05 
10 0,02 0,03 0,02 0,02 0,08 
15 0,03 
 20 0,03 
 25 0,03 0,05 0,03 0,03 0,14 
50 0,05 
 
0,05 0,05 0,2 
100 0,08 
 
0,1 0,08 0,35 
200 0,1 
 
0,1 
 (Tabela 2 – Limites de tolerância para algumas vidrarias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T/°C 
d / 
g/mL T/°C 
d / 
g/mL T/°C 
d / 
g/mL 
15 0,9991 20 0,9982 25 0,997 
16 0,9989 21 0,998 26 0,9968 
17 0,9988 22 0,9978 27 0,9965 
18 0,9986 23 0,9975 28 0,9962 
19 0,9984 24 0,9973 29 0,9959 
9 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
3.1 Resultados 
 
 Procedimento 1 (Medida de temperatura de ebulição da água): 97° C 
 
 Procedimento 2 (Calibração de uma pipeta volumétrica): 
Tabela 3: Calibração da pipeta (massa béquer + 
água) 
Medição Valor (g) Valor esperado 
Valor Inicial 14,6623 
 1 24,7739 
≈ 25 2 24,7522 
3 24,8165 
 
 Procedimento 3 (Densidade de líquidos): 
Tabela 4: Massa de água usando o béquer 
Medição Massa (béquer + água) (g) Massa de Água (g) 
Béquer vazio 14,6653 0 
1 24,2376 9,5753 
2 24,5154 9,9331 
3 24,4982 9,8351 
 1) Massa média: 9,7873 g 
 2) Desvio Padrão: 0,1531 
 3) Densidade Média: 0,97873 g/cm³ 
Tabela 5: Massa de água usando a bureta 
Medição Massa (béquer + água) (g) Massa de Água (g) 
Béquer vazio 14,609 0 
1 24,5695 9,9505 
2 24,5923 9,9833 
3 24,5573 9,9483 
 1) Massa média: 9,9607 g 
 2) Desvio Padrão: 0,0160 
10 
 
 3) Densidade Média: 0,99607 g/cm³ 
 
Tabela 6: Massa de água e NaCl usando o picnômetro 
Medição Massa do conjunto (g) Massa de líquido (g) 
Picnômetro vazio 24,8288 0 
1 (água a 24° C) 74,217 49,3882 
2 (NaCl a 24° C) 94,5417 69,7129 
 
1) Densidade da água: 0,9878 g/cm³ 
2) Densidade do NaCl: 1,3984g/cm³ 
 
3.2 Discussões 
 
 No procedimento 1, a medida de temperatura foi de acordo com a 
esperada (menor que 100° C), pois o lugar no qual foi feito o experimento 
encontra-se acima do nível do mar, tendo portanto uma pressão atmosférica 
menor, e com uma pressão menor, a temperatura de ebulição de um composto 
diminui, tendo em vista que a sua pressão de vapor aumenta, as moléculas 
transitam da fase líquida para a gasosa mais facilmente. 
 No procedimento 2, as medidas de massa obtidas coincidiram com a 
esperada. 
 Na primeira etapa do procedimento 3, a medida de densidade média 
obtida de distanciou da esperada em aproximadamente 0,02 g/cm³. Na 
segunda etapa, a medida de densidade média obtida foi quase idêntica à 
esperada, se distanciando apenas de 0,001 g/cm³. Na terceira etapa, a 
densidade da água se distanciou 0,01 g/cm³ da esperada, enquanto a 
densidade do NaCl se distanciou em aproximadamente 0,8 g/cm³ da esperada. 
 Enquanto as medidas de densidade da água obtidas através do 
experimento foram bastante aproximadas, a medida mais precisa foi a obtida 
com a bureta. A grande diferença de densidades obtidas na medição do NaCl 
com o picnômetro pode ser causada pela escassez de medições, já que 
11 
 
apenas uma foi realizada, ou de um possível mau-uso do equipamento, seja 
por limpeza ou manuseamento errado da vidraria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Fica claro que a temperatura de ebulição da água e sua densidade variam 
de acordo com a altitude que o observador se encontra, e que ela varia 
significativamente com a variação da temperatura. 
Fica evidente também a necessidade de se fazer várias medições de, por 
exemplo, massa de água em um recipiente, para que erros grosseiros sejam 
eliminados, e para que possam ser obtidos dados mais próximos o possível 
dos esperados. 
Por fim, simples distrações, ou falta de instruções em como manusear 
vidrarias podem vir a influenciar nas precisões de medidas, como pode ter 
acontecido na medição da densidade do NaCl, sendo necessário um 
conhecimento prévio dos materiais a serem usados e suas recomendações de 
uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• RIVAL, Michel. Os grandes experimentos científicos. Rio de Janeiro: 
Editora Jorge Zahar, 1997. 
 
• HEWITT, Paul G. Fundamentos da Física Conceitual. Porto Alegre: 
Bookman, 2009.

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