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Prévia do material em texto

1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O 
ALUNO: 
a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, 
MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem 
como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, 
TELEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSUL-
TA DE QUALQUER ESPÉCIE;
b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levan-
do consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o 
CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;
c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer 
participante do processo de aplicação das provas;
d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal;
f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que 
desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE 
CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CON-
SULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante 
a realização da prova, o aluno será submetido à re-
vista por meio de DETECTOR DE METAL.
2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta 
de Redação e 90 questões numeradas de 1 a 90 e 
dispostas da seguinte maneira:
a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área 
de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área 
de Língua Estrangeira;
c) as questões de número 46 a 90 são relativas à 
área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão 
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, 
comunique-a imediatamente ao aplicador.
4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o 
CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento váli-
do para a correção da prova.
5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOS-
TA. Ele não poderá ser substituído.
6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 
opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape-
nas uma responde corretamente à questão. Você deve, 
portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A 
marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a 
letra correspondente à opção escolhida para a resposta, 
preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, 
com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RES-
POSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADER-
NO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu 
CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, devendo ainda 
assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala.
10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e 
trinta minutos.
AG1 – 1ª ETAPA
LC - 1º dia | Página 2 OSG.: 2337/17
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Os problemas provocados pelo lixo
Nas cidades que contam com serviços de coleta do lixo, o armazenamento ocorre em dois tipos de “depósitos”: os 
lixões, nos quais os dejetos ficam expostos a céu aberto, e os aterros sanitários, onde o lixo é enterrado e compactado. Os 
lugares que abrigam os depósitos de lixo geralmente estão localizados em áreas afastadas das partes centrais do município. 
É comum, em bairros não assistidos pelo serviço de coleta de lixo, que o depósito dos lixos seja em locais impróprios, 
como encostas, rios e córregos. O lixo acumulado produz um líquido denominado de chorume, que possui coloração escura 
com cheiro desagradável, atingindo as águas subterrâneas (aquífero, lençol freático). Além disso, existe a contaminação 
dos solos e das pessoas que mantêm contato com os detritos, deslizamentos de encostas, assoreamento de mananciais, 
enchentes e estrago na paisagem. 
Disponível em:: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/os-problemas-provocados-pelo-lixo.htm. Acesso em: 2 dez. 2016 (adaptado).
TEXTO II
Disponível em: https://tinyurl.com/mc2q3xe. Acesso em: 2 dez. 2016.
LC - 1º dia | Página 3OSG.: 2337/17
TEXTO III
Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é bastante atual e contém instrumentos 
importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e 
econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo 
sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos 
(aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos 
rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, 
comerciantes, do cidadão e dos titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos 
resíduos e das embalagens pós-consumo.
Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos 
níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares 
elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco 
legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa 
quando na Coleta Seletiva.
Disponível em: http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos. Acesso em: 2 dez. 2016.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Lixo no Brasil: 
um grave problema ambiental”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, 
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
LC - 1º dia | Página 4 OSG.: 2337/17
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção inglês)
QUESTÃO 1
Clicktivism and fitspiration among 300 new words in online 
Oxford Dictionary
Fitspiration and clicktivism are among 300 words that 
have been added to an online dictionary produced by Oxford 
University Press.
Oxforddictionaries.com monitors current trends in the 
use of modern English to come up with new additions.
Fitspiration describes a person or thing that serves 
as motivation for someone to sustain or improve health and 
fitness while clicktivism refers to actions performed on the 
internet in support of a political or social cause, regarded as 
requiring little time or involvement, such as signing an online 
petition.
Other words that have made the cut include HIIT – 
an acronym for high intensity interval training – and bronde, 
referring to blonde hair with sections of brown.
The phrase drunk text, denoting a text message sent 
whilst inebriated which is often embarrassing or foolish, is 
another new entry.
Disponível em: http://www.oxfordtimes.co.uk. Acesso em: 11 mar. 2017.
O Oxford Dictionary anunciou a inclusão de 300 novas 
palavras em sua mais recente edição. Com base no texto 
acima, que apresenta cinco dessas novas palavras, o termo
 A “fitspiration” designa a transpiração que ocorre durante 
atividades físicas exaustivas.
 B “clicktivism” denota o ato de apoiar, através da internet, 
uma causa política ou social.
 C “HIIT” remete às pausas que existem ao longo das ses-
sões de um curso de coaching.
 D “brond” descreve mechas ligeiramente grisalhas encon-
tradas nos cabelos dos homens.
 E “drunk text” refere-se às mensagensde texto redigidas de 
forma absolutamente ilegível.
QUESTÃO 2
Scientists discover “Zealandia” – a hidden continent off 
the coast of Australia
Geologists claim to have discovered a new continent 
to the east of Australia: Zealandia. At 4.9 million square 
kilometers of land mass, 94 per cent of which is under water, 
Zealandia would be the world’s smallest continent. 
The 11 scientists behind the claim presented their 
findings in the study “Zealandia: Earth’s Hidden Continent” in 
Geological Society of America, making a case for Zealandia 
to be recognized as the world’s eighth continent in its own 
right.
According to their study, the land mass comprises 
all the four attributes needed to be considered a continent, 
including the presence of different rock types and crucially 
“the high elevation relative to regions floored by oceanic 
crust.”
“It was not a sudden discovery but a gradual 
realization,” the scientists wrote. 
The term Zealandia was coined by geophysicist Bruce 
Luyendyk in 1995, at which time it was believed to possess 
three of the four necessary qualities required for continent 
status. A recent discovery using satellite technology and 
gravity maps of the sea floor have revealed that Zealandia is 
a large unified area, fulfilling all four requirements.
Disponível em: http://www.telegraph.co.uk. Acesso em: 11 mar. 2017.
O planeta Terra “ganhou” um novo continente: a Zelândia. 
A confirmação foi dada por uma equipe de cientistas que 
publicou o estudo “Zelândia: o continente escondido da 
Terra” no Geological Society of America’s Journal. De acordo 
com o texto acima, a Zelândia
 A tornou-se, logo após o seu reconhecimento oficial, o 
maior de todos os continentes do globo terrestre.
 B encontra-se quase totalmente submersa, ocupando uma 
faixa territorial entre Nova Zelândia e Austrália.
 C não está sendo aceita pela comunidade científica, repre-
sentada pela Sociedade Americana de Geologia.
 D reúne apenas três das quatro características que defi-
nem, do ponto de vista geológico, um continente.
 E é resultado de um processo gradual de percepção dos 
cientistas acerca de seus atributos como continente.
LC - 1º dia | Página 5OSG.: 2337/17
QUESTÃO 3
Microsoft app helps people with ALS speak 
using just their eyes
It can be difficult to communicate when you can only 
move your eyes, as is often the case for people with ALS (also 
known as motor neurone disease). Microsoft researchers 
have developed an app to make talking with your eyes easier, 
called GazeSpeak.
GazeSpeak runs on a smartphone and uses artificial 
intelligence to convert eye movements into speech, so a 
conversation partner can understand what is being said in 
real time.
 There are currently limited options for people with 
ALS to communicate. The most common is to use boards 
displaying letters in different groups, with a person tracking 
the speaker’s eye movements as they select letters. But it 
can take a long time for someone to learn how to interpret 
these eye movements effectively.
Other systems currently use software to track eye 
movements with infrared cameras. But these are often 
expensive and bulky, and infrared cameras don’t work 
very well in sunlight. The GazeSpeak app is portable and 
comparatively cheap, as it only requires an iOS device, like 
an iPhone or iPad, with the app installed.
Disponível em: https://www.newscientist.com. Acesso em: 11 mar. 2017.
Aplicativos são programas desenvolvidos com o objetivo de 
facilitar o desempenho de atividades práticas do usuário, 
seja no seu computador ou nos telefones móveis. De acordo 
com texto, o aplicativo em questão
 A permite que os portadores de esclerose lateral amiotrófi-
ca possam se comunicar fazendo uso do movimento de 
seus olhos.
 B junta-se a muitos outros recursos tecnológicos utilizados 
atualmente para auxiliar os portadores de doenças dege-
nerativas. 
 C pode ser rodado em todas as plataformas disponíveis, 
facilitando, assim, a interação entre os pacientes e seus 
familiares.
 D foi desenvolvido pela Microsoft em uma parceria com a 
Apple, o que permite que ele rode tanto em Android quan-
to em Mac.
 E apresenta um preço final ao consumidor bastante eleva-
do, o que o torna, ainda, inacessível para aqueles que 
necessitam dele.
QUESTÃO 4
Disponível em: http://www.nationmultimedia.com. Acesso em: 11 mar. 2017.
Astrônomos europeus e americanos anunciaram a 
descoberta de sete planetas do tamanho da Terra, situados 
a apenas 40 anos-luz de distância. De acordo com a imagem 
acima, o cartunista pretende 
 A condenar a NASA pelo desperdício de verba pública em 
pesquisas totalmente destituídas de valor prático em épo-
ca de crise econômica.
 B sugerir à NASA que ela se ocupe de questões mais rele-
vantes para a humanidade em vez de procurar vida inteli-
gente em outros planetas.
 C discutir possíveis abordagens a serem utilizadas em caso 
de um contato imediato com extraterrestres encontrados 
em exoplanetas.
 D criticar a intolerância que assola a humanidade e que cul-
pa a globalização e os imigrantes pelas mazelas sociais 
encontradas no mundo atual.
 E alertar a NASA para a necessidade de se precaver contra 
eventuais atos hostis que possam vir a ser praticados por 
formas de vida alienígenas.
LC - 1º dia | Página 6 OSG.: 2337/17
QUESTÃO 5
O me! O life!
Oh me! Oh life! of the questions of these recurring,
Of the endless trains of the faithless, of cities fill’d with 
the foolish,
Of myself forever reproaching myself, (for who more 
foolish than I, and who more faithless?)
Of eyes that vainly crave the light, of the objects mean, 
of the struggle ever renew’d,
Of the poor results of all, of the plodding and sordid 
crowds I see around me,
Of the empty and useless years of the rest, with the 
rest me intertwined,
The question, O me! so sad, recurring – What good 
amid these, O me, O life?
Answer.
That you are here – that life exists and identity,
That the powerful play goes on, and you may contribute 
a verse.
WHITMAN, W. Disponível em https://www.poetryfoundation.org. Acesso em: 11 mar. 2017.
Walt Whitman (1819-1892) é considerado, merecidamente, 
um dos maiores poetas dos Estados Unidos – quando não 
o maior poeta –, bem como de toda a literatura moderna 
ocidental. Com base na leitura do poema, o eu lírico
 A confessa que não tem mais paciência para lidar com 
questionamentos tão irrelevantes para a vida.
 B revela que o mundo, repleto de descrença e tolice, tor-
nou-se um lugar onde não vale a pena viver.
 C compara a vida a uma peça de teatro, para a qual ele 
sugere que podemos contribuir com um verso.
 D reconhece que a vida não tem sentido, sendo considera-
da por ele uma série de acontecimentos vazios.
 E afirma, contrariado, que a vida carece de sentido e a re-
duz a uma mera disputa por poder político.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção espanhol)
QUESTÃO 1
Las palabras, la magdalena y el cerebro
Aunque en el mundo hay muchas lenguas, en el fondo 
no son más que variedades de la lengua humana. Por muy 
distintos que nos parezcan el japonés y el árabe, las redes 
neuronales que subyacen y posibilitan su aprendizaje y uso 
son extraordinariamente similares, por no decir las mismas. 
No hay lenguas más simples o más complejas, ni más fáciles 
o más difíciles; todas ellas son igualmente complicadas de 
aprender, ya que, no lo olvidemos, son la consecuencia de 
poseer un cerebro humano.
Para la persona bilingüe, la relación entre cada una de 
sus lenguas y sus experiencias personales es también única. 
Los bailes sincronizados de las neuronas encierran nuestros 
recuerdos de todas las magdalenas que nos hemos comido 
a lo largo de nuestra vida, de todas las canciones que hemos 
cantado y detodos los sonidos que constituyen nuestras 
lenguas.
Disponível em: http://cultura.elpais.com/cultura/2017/03/10/actualidad/1489163694_858451.html.
O título do texto faz referência a ideias que parecem 
desconexas, mas, após a leitura, elas se tornam claras por 
terem em comum a(s)
 A distinção entre a aprendizagem de línguas e a culinária 
espanhola.
 B semelhança entre a variedade linguística e a variedade 
gastronômica. 
 C complexidade para aprendizagem da língua japonesa e 
da língua árabe.
 D sincronia neuronial da retenção das lembranças.
 E experiências pessoais que são únicas.
LC - 1º dia | Página 7OSG.: 2337/17
QUESTÃO 2
Pilot: el traductor instantáneo que nos hace más tontos
La estrella del último salón del móvil de Barcelona 
ha sido un auricular que actúa como traductor instantáneo. 
Se llama Pilot y parece un sueño: te lo pones en la oreja y 
entiendes casi al instante lo que te dice un extranjero que 
tienes delante, y él lo mismo contigo si se lo pone también. 
Aún es imperfecto y funciona solo con cinco idiomas 
(inglés, francés, italiano, portugués y español), pero que se 
perfeccione es cuestión de tiempo. (…)
Tal vez las identidades se reforzarán, porque 
cualquiera que haya tenido que estudiar otra lengua sabe 
que es transformarse en otro, descubrir otra manera única 
de ver e interpretar el mundo. Sabes una lengua cuando 
empiezas a pensar en ella, y a soñar en ella, y a ser capaz 
de hacer humor con ella. Es decir, abandonas tu castillo y 
entras en una cultura, te abres al otro, te pones en su lugar. 
Se necesita una predisposición a entender al otro, que quién 
sabe si se reducirá aún más. (…)
Quien tiene familias y niños bilingües, trilingües o 
incluso más, sabe que hablar varios idiomas es un privilegio 
del conocimiento y la cultura. Es una ventaja cognitiva, de 
habilidad social y mental, de constante trabajo del cerebro.
Disponível em: http://cultura.elpais.com/cultura/2017/03/10/actualidad/1489163694_858451.html.
Para o autor do texto, a invenção do fone de ouvido tradutor 
instantâneo é mostrada como
 A algo imperfeito por não abranger, ainda, outros idiomas 
além dos cinco citados no texto.
 B um invento revolucionário, por derrubar as barreiras da 
incompreensão linguística.
 C uma forma de redução da compreensão do outro e de 
redução do trabalho cerebral.
 D a maneira mais rápida de sonhar e fazer humor com as 
línguas.
 E a vantagem cognitiva de habilidade social e mental ins-
tantânea. 
QUESTÃO 3
Disponível em: http://cultura.elpais.com/cultura/2017/03/10/actualidad/1489163694_858451.html.
A charge anterior, publicada em um jornal espanhol, faz 
referência ao primeiro artigo da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, porém destacando a ideia do(a)
 A importância da educação para a liberdade humana.
 B necessidade da educação para o desenvolvimento hu-
mano.
 C desejo de educação para as relações de igualdade hu-
mana.
 D relação cordial entre nascimento, liberdade e educação.
 E contradição entre liberdade, igualdade e educação.
QUESTÃO 4
La espiral del silencio
La Teoría de la Espiral del Silencio (1977), de Elisabeth 
Noelle-Neumann, explica la forma en que la opinión pública 
actúa como forma de control social, al plantear que las 
personas adaptan su comportamiento a las opiniones 
predominantes en su entorno. Se trata de una tendencia 
natural que los individuos tienen frente al aislamiento que 
podría comportar expresar opiniones “minoritarias”. La 
espiral se dibuja a medida que las opiniones minoritarias 
se silencian y las consideradas mayoritarias aumentan y se 
vuelven dominantes.
ESTRELLA, E. A. 
Disponível em: http://cultura.elpais.com/cultura/2017/03/10/ctualidad/1489163694_858451.html. 
A teoria da espiral do silêncio, criada por Elisabeth Noelle- 
-Neumann, está ligada à ideia da atuação da opinião pública 
e, segundo Ester Ayala Estrella, essa teoria explica
 A como as opiniões das minorias se calam diante das opiniões 
predominantes.
 B a suposta relação entre opinião majoritária e controle so-
cial.
 C a adaptação dos chamados grupos majoritários à reali-
dade social.
 D o isolamento natural dos indivíduos que controlam a so-
ciedade.
 E a dominação das opiniões minoritárias silenciosas. 
LC - 1º dia | Página 8 OSG.: 2337/17
QUESTÃO 5
Por qué parece que el tiempo pasa volando… 
o que nunca pasa
A pesar de la eficacia del sistema de unidades temporales, 
sigue existiendo una gran diferencia en cómo percibimos el 
paso del tiempo. (…)
Lo habitual es que no percibamos que el tiempo pasa, 
ni deprisa, ni despacio. En condiciones normales, 10 minutos, 
tal como los mide el reloj, también nos parecen 10 minutos. 
Puedo quedar con alguien en vernos dentro de 10 minutos y 
llegar más o menos a tiempo sin ayuda del reloj. Esto solo es 
posible porque hemos aprendido a traducir la experiencia en 
unidades temporales estándar y viceversa. (…)
Solamente algo que altere la rutina – una jornada de 
trabajo especialmente ajetreada o una pausa para reflexionar 
sobre el año pasado – reducirá la densidad de la experiencia 
normal, lo cual hará que tengamos la impresión de que el 
tiempo ha pasado volando. 
FLAHERTY, M., profesor de Sociología en el Eckerd College, 17 feb. 2017.
Disponível em: http://cultura.elpais.com/cultura/2017/03/10/actualidad/1489163694_858451.html.
Para o professor Michael Flaherty, a impressão de que o 
tempo passa voando se deve à
 A rotina em que vivemos, presente nas condições normais, 
apegados ao relógio.
 B alteração da rotina, advinda de um trabalho movimentado 
ou uma pausa reflexiva.
 C experiência de marcar um encontro, sem apelar para o 
relógio.
 D eficácia do sistema de unidades temporais.
 E não percepção da passagem do tempo feita habitualmente.
Questões de 6 a 45
QUESTÃO 6
Disponível em: https://tinyurl.com/kvosbtx. Acesso em: 11 mar. 2017.
O texto publicitário apresentado produz um inteligente efeito 
persuasivo através do(a)
 A uso do par de opostos “mentir” x “verdade”.
 B pergunta retórica direcionada aos produtores do texto.
 C predomínio de marcadores da linguagem oral popular 
para atingir um grande público.
 D referência predominante no texto de imagens do jornal 
que está sendo oferecido aos potenciais leitores.
 E ausência imediata da resposta explícita ao questiona-
mento formulado.
QUESTÃO 7
José de Alencar retratou o seu herói goitacá em prosa, 
a exemplo do que o escocês Walter Scott havia feito com os 
cavaleiros medievais na célebre novela Ivanhoé. Para evocar 
um mítico passado nacional, na falta dos briosos cavaleiros 
medievais de Scott, o índio seria o modelo de que Alencar 
lançaria mão. (...) O índio entrara como tema na literatura 
universal por influência das ideias dos filósofos iluministas e, 
especialmente, da obra de Jean-Jacques Rousseau (...). As 
teses de Rousseau sobre o “bom selvagem”, por sua vez, 
bebiam na fonte das narrativas de viajantes do século XVI, 
os primeiros europeus que haviam colocado os pés no chão 
americano. Foram esses viajantes os responsáveis pela 
propagação do juízo de que, do outro lado do oceano, existia 
um povo feliz, vivendo sem lei nem rei (...).
NETO, L. O inimigo do Rei. Uma biografia de José de Alencar. São Paulo: Globo, 2006. p. 166-167. 
A corrente romântica indianista, além da ficção de José de 
Alencar, encontrou também alta expressão 
 A na poesia de feitio lírico ou épico, como nos cantos de 
Gonçalves Dias. 
 B na crônica de costumes, como as frequentadas pelos 
missionários do século XVI. 
 C no teatro popular, como o desenvolvido por Martins Pena. 
 D na épica de recorte clássico, como concebeu Tomás 
Antônio Gonzaga. 
 E na crítica satírica, como a elaborada por Gregório de Matos. 
LC - 1º dia | Página 9OSG.: 2337/17
QUESTÃO 8Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre 
pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele 
sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas 
informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, 
e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi- 
-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra num desses 
meus badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar 
com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção” – do verbo 
“varrer”. De fato, trata-se de um equívoco que, num vestibular, 
poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino 
da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da 
página 827 do dicionário, aquela que tem, no topo, a fotografia 
de uma “varroa” (sic!) (você não sabe o que é uma “varroa”?) 
para corrigir-me do meu erro. E confesso: ele está certo. O certo 
é “varrição” e não “varreção”. Mas estou com medo de que os 
mineiros da roça façam troça de mim porque nunca os vi falar de 
“varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostrar- 
-lhes o xerox da página do dicionário com a “varroa” no topo. 
Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. É o povo. 
E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção” 
quando não “barreção”. O que me deixa triste sobre esse amigo 
oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é 
bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, 
mas reclama sempre que o prato está rachado. 
ALVES, R. Mais badulaques. São Paulo: Parábola, 2004 (fragmento). 
De acordo com o texto, após receber a carta de um amigo 
“que se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do 
dicionário” sinalizando um erro de grafia, o autor reconhece a
 A supremacia das formas da língua em relação ao seu con-
teúdo. 
 B necessidade da norma padrão em situações formais de 
comunicação escrita. 
 C obrigatoriedade da norma culta da língua, para a garantia 
de uma comunicação efetiva. 
 D importância da variedade culta da língua, para a preser-
vação da identidade cultural de um povo. 
 E necessidade do dicionário como guia de adequação lin-
guística em contextos informais privados. 
QUESTÃO 9
Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!… já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece…
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda 
geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta 
para além desse momento específico. O fundamento desse 
lirismo é o(a)
 A angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade 
da morte. 
 B melancolia que frustra a possibilidade de reação diante 
da perda.
 C descontrole das emoções provocado pela autopiedade.
 D desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
 E gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.
QUESTÃO 10
Especialistas
Um caboclo, vendo uma movimentação de homens e 
equipamentos perto do sitiozinho onde ele morava, vai até lá 
e pergunta a um deles:
– Cum licença, moço, o que oceis tá fazeno?
– Aqui vai passar uma rodovia – responde o homem 
– e nós somos os engenheiros e técnicos. Com esses 
equipamentos nós vamos definir por onde a estrada vai 
passar.
– Oia, moço, o senhor vai discurpá, mais no sertão 
nóis faiz estrada de otro jeito. Nóis pega uma mula e sorta 
ela. Onde passa... aí é o mió lugá de abri a estrada. Num 
tem erro!
O engenheiro, achando graça na simplicidade do 
capiau, diz sorrindo:
– É mesmo? Não me diga! Mas... e se vocês não 
tiverem uma mula?
E o caipira:
– Ué... aí nóis quebra o gaio com uns engenheiro...
Texto de domínio público.
AMARAL, E. et al. Novas palavras: 1º ano. 2. ed. – São Paulo: FTD, 2013.
Variações linguísticas são diferenças que uma mesma 
língua apresenta quando é utilizada de acordo com 
as condições sociais, culturais, regionais, históricas e 
situacionais. Com base nisso, pode-se inferir que o texto 
Especialistas apresenta uma variação linguística a partir de 
um confronto de ordem
 A histórica, pelo uso de arcaísmos.
 B geográfica, pela exclusividade da variante regional.
 C social, pela consonância entre linguagem e estratificação.
 D situacional, pelo contexto erudito de comunicação.
 E cultural, pelo confrontamento de grupos humanos alfabe-
tizados.
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QUESTÃO 11
O sertão e o sertanejo
Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, 
tão diversos pelo matiz das cores, o capim crescido e 
ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante 
tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, 
por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do 
seu isqueiro. Minando à surda na touceira, queda a vívida 
centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por débil 
que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como 
que a contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos 
que se alongam diante dela. O fogo, detido em pontos, aqui, 
ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo, vai aos 
poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como 
sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe 
foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte melancolia; 
de todos os lados tétricas perspectivas. É cair, porém, daí 
a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada 
andou por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas 
jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num trabalho 
íntimo de espantosa atividade.
TAUNAY, A. Transborda a vida. Inocência. São Paulo: Ática, 1993 (adaptado).
O romance romântico teve fundamental importância na 
formação da ideia de nação. Considerando o trecho acima, é 
possível reconhecer que uma das principais e permanentes 
contribuições do Romantismo regionalista é a
 A possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida 
da natureza nacional, marcada pelo subdesenvolvimento 
e pela falta de perspectiva de renovação. 
 B consciência da exploração da terra pelos colonizadores 
e pela classe dominante local, o que coibiu a exploração 
desenfreada das riquezas naturais do país. 
 C construção, em linguagem simples, realista e documen-
tal, sem fantasia ou exaltação, de uma imagem da terra 
que revelou o quanto é grandiosa a natureza brasileira. 
 D expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu 
o sentimento de unidade do território nacional e deu a co-
nhecer os lugares mais distantes do Brasil aos brasileiros. 
 E valorização da vida urbana e do progresso, em detrimen-
to do interior do Brasil, formulando um conceito de nação 
centrado nos modelos da nascente burguesia brasileira. 
QUESTÃO 12
Disponível em: http://migre.me/jxUDA. Acesso em: 1º jun. 2014.
O humor da tirinha acima é promovido pela referência a 
uma ideia implícita que se baseia em uma dedução lógica e 
não exige do receptor da mensagem uma bagagem cultural 
complexa. Tal dedução do que está nas entrelinhas, de forma 
lógica, baseia-se no princípio do(a)
 A pressuposto.
 B subentendido.
 C ambiguidade.
 D preterição.
 E prolixidade.
QUESTÃO 13
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
(...)
Então, forasteiro,
Caí prisioneiro
De um troço guerreiro
Com queme encontrei:
O cru dessossego
Do pai fraco e cego,
Enquanto não chego
Qual seja, – dizei!
Eu era o seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou:
Em mim se apoiava,
Em mim se firmava,
Em mim descansava,
Que filho lhe sou.
Ao velho coitado
De penas ralado,
Já cego e quebrado,
Que resta? – Morrer.
Enquanto descreve
O giro tão breve
Da vida que teve,
Deixai-me viver!
Não vil, não ignavo1,
Mas forte, mas bravo,
Serei vosso escravo:
Aqui virei ter.
Guerreiros, não coro
Do pranto que choro:
Se a vida deploro,
Também sei morrer.
DIAS, G. Juca Pirama.
1. Ignavo: fraco, covarde.
Nas estrofes transcritas, o guerreiro tupi
 A aceita heroicamente a prisão e a morte ritual sem se pre-
ocupar com a velhice, a solidão e a fragilidade do seu pai. 
 B aceita resignadamente a morte ritual que os timbiras lhe 
destinam e o abandono a que ficará votado o seu velho pai. 
 C acovarda-se perante a morte iminente, com a justificativa 
de ser a única pessoa que resta para cuidar do seu pai, 
velho, cego e enfraquecido. 
 D pretende conciliar o princípio de honra do guerreiro, que 
jamais teme a morte, com o princípio do amor filial, que lhe 
exige cuidar do seu pai, cego e enfraquecido pela velhice. 
 E rejeita orgulhosamente a morte ritual pelos timbiras, a fim 
de cuidar do seu velho pai e restaurar o poder de sua tribo. 
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QUESTÃO 14
Não estou no Twitter, não sei o que é o Twitter, jamais 
entrarei nesse terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 
mil “seguidores” no Twitter. Quem me pôs lá? Quem foi o 
canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no 
poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para 
ser “celebridade” ou usamos esse anonimato irresponsável 
com o nome dos outros. Tem gente que fala para mim: “Faz 
um blog, faz um blog!”. Logo eu, que já sou um blog vivo, 
tagarelando na TV, rádio e jornais… Jamais farei um blog, 
esse nome que parece um coaxar de sapo-boi. Quero o 
passado. Quero o lápis na orelha do quitandeiro, quero o 
gato do armazém dormindo sobre o saco de batatas, quero 
o telefone preto, de disco, que não dá linha, em vez dos 
gemidinhos dos celulares incessantes.
JABOR, A. Disponível em: https://tinyurl.com/3mf44xb. Acesso em: 2 fev. 2012.
Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se 
que o texto tem a finalidade de
 A descrever e fornecer orientações sobre a criação de um blog. 
 B relatar a calmaria da vida das pessoas antes do advento da web.
 C aconselhar as pessoas dependentes da web a terem no-
vos comportamentos.
 D expor de forma geral os problemas derivados das novas 
tecnologias.
 E encaminhar as pessoas para a mudança de hábitos no 
mundo virtual.
QUESTÃO 15
O conceito de arte moderna abrange toda a produção 
artística que se iniciou no fim do século XIX e acabou 
nos anos de 1970. Segundo alguns estudiosos, a arte 
moderna “conversa” com outros movimentos artísticos a 
fim de experimentar novas visões. Este tipo de arte abrange 
diversas manifestações artísticas existentes, como cubismo, 
construtivismo, surrealismo, dadaísmo, suprematismo, neo-
plasticismo, futurismo, expressionismo abstrato e tachismo, e 
busca, também, novas referências, a fim de romper com os 
padrões antigos. Diferente de outras artes, como a barroca, 
a romântica e a realista, a arte moderna experimenta novas 
visões e expressões, até então inéditas, sobre o ser humano 
e a natureza, utilizando, para isso, cores vivas, figuras 
deformadas, cubos e cenas sem lógica.
Podemos identificar, nas últimas quatro linhas do texto, uma 
definição de arte moderna que vai ao encontro do que está 
exposto na seguinte obra:
 A
Disponível em: pt.wahooart.com. Acesso em: 1º jun. 2014.
 B
Disponível em: http://migre.me/jxWE6. Acesso em: 1º jun. 2014.
 C
Disponível em: pt.wikipedia.org. Acesso em: 1º jun. 2014.
 D
 Disponível em: http://migre.me/jxWUi. Acesso em: 1º jun. 2014.
 E
Disponível em: http://migre.me/jxWKd. Acesso em: 1º jun. 2014.
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QUESTÃO 16
(...) resolveram fazer uma festa de arromba na certa 
um deles ofereceu sua casa (...) eram bebidas pra lá, comida 
pra cá e a festa estava rolando foi como o céu tivesse caído 
na minha cabeça (...) daqueles que faz a gente perder a 
cabeça em uma festa que estava rolando ele começou me 
paquerar (...) jogando indiretas não demorou muito para o 
som começar a rolar. Quando dei por mim já era tarde. Dia 26, 
lá se vão todos. Por que não veio mais antes? (...) colocando 
a fofoca em dia.(...) dando um pouquinho de tempero, aí fica 
tudo legal. Elas são gente finas. Todos contentes e festando.
Disponível em: http://tinyurl.com/85swuab.
A língua portuguesa é comumente utilizada no cotidiano 
prosaico da maioria dos brasileiros. Com base na leitura 
do texto anterior, uma redação de uma aluna do Ensino 
Fundamental II, pode-se inferir sobre o uso da língua que 
 A as marcas de oralidade inviabilizam o processo comu-
nicativo, pois anulam a tentativa de construção de uma 
mensagem.
 B a aluna desenvolveu a proficiência escrita, pois utiliza de 
forma hábil as marcas de oralidade.
 C o hibridismo entre fala e escrita caracteriza uma etapa im-
portante para a aquisição e o domínio do código linguístico.
 D as marcas de oralidade foram utilizadas pela aluna com 
o objetivo de enriquecer esteticamente a sua produção 
escrita.
 E as pessoas de classes sociais inferiores são as únicas a 
utilizarem o código compartilhado pela aluna.
QUESTÃO 17
Meses depois fui para o seminário de S. José. Se 
eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na 
manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e 
Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, 
uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de 
exatidão que me aflige.
ASSIS, M. Dom Casmurro.
Considerando o contexto desse romance de Machado 
de Assis, pode-se inferir que, no trecho apresentado, ao 
comentar o próprio estilo, o narrador procura 
 A afiançar a credibilidade do ponto de vista que lhe interes-
sa sustentar. 
 B provocar o leitor, ao declará-lo incapaz de compreender 
o enredo do livro. 
 C demonstrar que os assuntos do livro são meros pretextos 
para a prática da metalinguagem. 
 D revelar sua adesão aos padrões literários estabelecidos 
pelo Romantismo. 
 E conferir autoridade à narrativa, ao basear sua argumenta-
ção na História Sagrada. 
QUESTÃO 18
Disponível em: http://migre.me/jxDji. Acesso em: 1º jun. 2014.
A imagem acima utiliza-se de uma cena impactante a fim de 
mostrar, de forma metafórica, os impactos provocados pelo 
uso da droga conhecida como crack. O efeito de impacto se 
dá devido ao fato de
 A haver a presença de um usuário que mostra como o 
crack pode ser combatido como uma planta daninha, 
desde que seu uso seja estimulado.
 B o uso do crack ser uma forma de elevar socialmente o 
indivíduo, de modo que ele fique “vegetando” nas zonas 
urbanas.
 C a droga estar se alastrando cada vez mais nos grandes 
centros urbanos, gerando, entretanto, maiores repercus-
sões na zona rural.
 D mostrar que a morte está diretamente associada ao uso 
do crack, pois é a consequência principal do uso continu-
ado da droga.
 E a urbanização estar contribuindo com o alastramento 
de usuários de crack, que morrem no momento em que 
usam a droga.
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QUESTÃO 19
(...) A bonança nada tem a ver com a tempestade. 
Crível? Sábio sempre foi Ulisses, que começou por se fazer 
de louco. Desejava ele, Jó Joaquim, a felicidade ideia inata. 
Entregou-se a remir, redimir a mulher, à conta inteira. Incrível? 
É de notar que o ar vem do ar. De sofrer e de amar, a gente 
não se desafaz. Ele queria apenas os arquétipos, platonizava. 
Ela era um aroma./Nunca tivera ela amantes! Não um. Não 
dois. Disse-se e dizia isso Jó Joaquim. Reportava a lenda e 
embustes, falsas lérias escabrosas...
ROSA, J. G. Tutameia, 1967/2001, p. 74 (adaptado).
No fragmento do conto de Rosa, é possível perceber que 
o discurso de seu narrador é marcado pela originalidade. 
Rosa não transcreve o falar do morador dos Sertões das 
Gerais para sua obra, mas recria, fazendo uso de diversos 
recursos estilísticos. Em “De sofrer e de amar, a gente não 
se desafaz”, o autor fez uso de
 A neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos 
mecanismos que o sistema da língua disponibiliza.
 B termo técnico típico do universo científico, designando 
valores semânticos diversos para vocábulos interioranos.
 C gírias, que compõem uma linguagem originada em deter-
minado grupo social e que podem vir a se disseminar em 
uma comunidade mais ampla.
 D aforismo, por ser uma máxima ou tipo de frase que resu-
me uma verdade, um pensamento.
 E arcaísmo, usos de elementos linguísticos originados em 
outras línguas e representativos de outras culturas.
QUESTÃO 20
Soneto
Pergunto aqui se sou louca
Quem quer saberá dizer
Pergunto mais, se sou sã
E ainda mais, se sou eu
Que uso o viés pra amar
E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida
Pergunto aqui meus senhores
quem é a loura donzela
que se chama Ana Cristina
E que se diz ser alguém
É um fenômeno mor
Ou é um lapso sutil?
CESAR, A. C.
No soneto da poetisa e tradutora Ana Cristina Cesar, 
tematiza-se a relação do sujeito com a construção de sua 
identidade. Com base nessa relação, pode-se inferir que a 
voz poética
 A demonstra a possibilidade de construção, na poesia, de 
uma identidade paradoxalmente sóbria e entorpecida.
 B busca sublimar seus conflitos identitários por meio da es-
crita poética.
 C reflete sobre sua identidade indefinida e sobre a tênue 
relação entre a loucura e a sanidade.
 D traduz o propósito de sua existência na possibilidade de 
fingimento da poesia.
 E concilia, por meio da linguagem poética, a dimensão físi-
ca e espiritual da construção de sua identidade.
QUESTÃO 21
E assim ia correndo o domingo no cortiço até as três 
da tarde, horas em que chegou mestre Firmo, acompanhado 
pelo seu amigo Porfiro (…). 
[Firmo] Era oficial de torneiro, oficial perito e vadio; 
ganhava uma semana para gastar num dia; às vezes, porém, 
os dados ou a roleta multiplicavam-lhe o dinheiro, e então ele 
fazia como naqueles últimos três meses: afogava-se numa 
boa pândega com a Rita Baiana. A Rita ou outra. “O que não 
faltava por aí eram saias para ajudar um homem a cuspir o 
cobre na boca do diabo!”.
AZEVEDO, A. O cortiço. 20. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 62.
As aspas são um recurso gráfico que dão destaque a 
determinada parte de um texto. No trecho transcrito de 
O cortiço, elas realçam 
 A um pensamento do narrador, que exemplifica a reputa-
ção de desregrado atribuída a Firmo. 
 B uma fala de Firmo, que comprova seu relacionamento 
pândego com Rita Baiana. 
 C um pensamento dos moradores do cortiço sobre Firmo, 
que concorda com sua imagem de mulato vadio. 
 D uma fala de Rita Baiana, que reafirma a ideia do narrador 
a respeito da fama de mulherengo de Firmo. 
 E uma fala de Porfiro, que valida a perspectiva determinista 
de ociosidade do elemento mestiço. 
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QUESTÃO 22
Omelete de forno com batata inglesa
Ingredientes:
• 3 batatas médias;
• 4 ovos;
• 100 g de presunto;
• 100 g de muçarela;
• 100 g de cebola picada;
• 1 tomate;
• 1 tablete de caldo de carne;
• 3 colheres (sopa) de coentro picado;
• 3 colheres (sopa) de creme de leite.
Recheio (opcional):
• Sal (a gosto);
• Queijo parmesão ralado (a gosto).
Modo de preparo:
• Ferva a água com 1 tablete de caldo de sua preferência;
• Fatie as batatas (fatias de 1 cm);
• Acrescente na água as batatas fatiadas e cozinhe duran-
te 5 minutos;
• Unte uma travessa média com margarina, seque as bata-
tas cozidas e coloque na travessa como base;
• Coloque por cima a muçarela (também pode ser acres-
centado um recheio, como atum, frango desfiado ou car-
ne moída);
• Em outro recipiente, bata os ovos (inteiros) e acrescente 
aos ovos batidos cebola, coentro, creme de leite, sal e 
coloque por cima de tudo;
• Corte o tomate em rodelas ou como preferir (o queijo ra-
lado por cima é opcional);
• Preaqueça o forno (médio) e leve para assar, deixando no 
forno até dourar.
Tempo de preparo: 30min.
Porções: 4.
Disponível em: tudogostoso.com.br. Acesso em: 11 mar. 2017.
O texto apresentado enquadra-se no gênero receita culinária. 
Nesse gênero, na parte intitulada “modo de preparo”, nota-se 
facilmente o predomínio da seguinte função da linguagem:
 A poética.
 B metalinguística.
 C referencial.
 D conativa. 
 E fática.
QUESTÃO 23
Disponível em: www.portaldapropaganda. Acesso em: 29 out. 2013 (adaptado).
Os meios de comunicação podem contribuir para a resolução 
de problemas sociais, entre os quais está o da violência 
sexual infantil. Nesse sentido, a propaganda usa a metáfora 
do pesadelo para 
 A denunciar ocorrências de abuso sexual contra meninas, 
com o objetivo de colocar criminosos na cadeia. 
 B destacar que a violência sexual infantil predomina duran-
te a noite, o que requer maior cuidado dos responsáveis 
nesse período. 
 C chamar a atenção para o fato de o abuso infantil ocorrer 
durante o sono, sendo confundido com um pesadelo por 
algumas crianças.
 D dar a devida dimensão do que é o abuso sexual para uma 
criança, enfatizando a importância da denúncia. 
 E informar as crianças vítimas de abuso sexual sobre os 
perigos dessa prática, contribuindo para erradicá-la.
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QUESTÃO 24
Quando a propaganda é decisiva na troca de marcas
Todo supermercadista sabe que, quando um produto 
está na mídia, a procura pelos consumidores aumenta. 
Mas, em algumas categorias, a influência da propaganda é 
maior, de acordo com pesquisa feita com 400 pessoas pela 
consultoria YYY e com exclusividade para o supermercado 
XXX. 
O levantamento mostrou que, mesmo não sendo 
a razão o fator mais apontado para trocar de marca, não 
se pode ignorar a força das campanhas publicitárias. Em 
algumas categorias, um terço dos respondentes atribuem 
a mudança à publicidade. Para Nicanor Guerreiro, a 
propaganda estabelece uma relação mais “emocional” 
da marca com o público. “Todos sentimos necessidade 
de consumir produtos que sejam ‘aceitos’ pelas outras 
pessoas. Por isso, a comunicação faz o papel de endosso 
das marcas”, afirma. O executivo ressalta, no entanto, que 
nada disso adianta se o produto não cumprir as promessas 
transmitidas nas ações de comunicação. Um dos objetivos 
da propaganda é tornar o produto aspiracional, despertando 
o desejo de experimentá-lo. O que o consumidor deseja é o 
que a loja vende. E é isso o que o supermercadista precisa 
ter sempre em mente. Veja o gráfico. 
Disponível em: www.riovermelho.net. Acesso em: 3 mar. 2012 (adaptado).
De acordo com o texto e com as informações fornecidas 
pelo gráfico, pode-se inferir que, para aumentar as vendas 
de produtos, é necessário que 
 A a campanha seja centrada em produtos alimentícios, a 
fim de aumentar o percentual de troca atual que se apre-
senta como o mais baixo. 
 B a preferência de um produto ocorra por influência da pro-
paganda devido à necessidade emocional das marcas. 
 C a propaganda influencie na troca de marca e que o con-
sumidor valorize a qualidade do produto. 
 D os produtos mais vendidos pelo comércio não sejam di-
vulgados para o público como tal. 
 E as marcas de qualidade inferior constituam o foco da pu-
blicidade por serem mais econômicas. 
QUESTÃO 25
Alan Fonteles diz ter sonhode competir ao lado 
de atletas olímpicos
Após conquistar a medalha de ouro na prova dos 
200 m T44 dos Jogos Paralímpicos de Londres, o brasileiro 
Alan Fonteles, que superou o sul-africano Oscar Pistorius 
na disputa, quer seguir os passos do adversário, o único 
biamputado a competir com atletas olímpicos.
“Ainda pretendo disputar mais três Paralimpíadas 
e competir em alto nível até 2024. Tenho o sonho desde 
criança, quando iniciei no esporte, de competir ao lado dos 
grandes atletas do Brasil. Não é para provar nada para 
ninguém, e sim para satisfazer um sonho”, disse Fonteles, 
em entrevista ao programa de TV Bom Dia Pará.
Nesta segunda-feira, no Hangar Centro de Convenções 
e Feiras da Amazônia, em Belém, Fonteles recebeu a 
Comenda da Ordem do Mérito Grão-Pará, no grau Cavaleiro, 
a mais elevada honraria do estado.
Disponível em: http://migre.me/jxROW. Acesso em: 1º jun. 2014.
Quanto ao que se afirma no texto acima, acerca da 
importância da participação em Jogos Paralímpicos, para 
o atleta Alan Fonteles, infere-se que o caráter primordial de 
suas ações é
 A superar adversários como prova de superação.
 B mostrar ao público que também pode ser campeão.
 C conquistar a simpatia dos jornalistas com seu desempe-
nho.
 D mostrar que seus sonhos são sempre realizáveis.
 E alcançar cada vez mais sonhos e superações.
QUESTÃO 26
Disponível em: www.institutotomieohtake.org.br.
O cartaz anterior tem a finalidade de divulgar uma exposição 
de obras de Pablo Picasso. Nas expressões “Mão erudita” 
e “Olho selvagem”, que compõem o texto do anúncio, os 
adjetivos “erudita” e “selvagem” deixam implícita a ideia de 
que as obras do referido artista conjugam, respectivamente, 
 A civilização e barbárie. 
 B requinte e despojamento. 
 C ousadia e primitivismo. 
 D liberdade e autoritarismo. 
 E tradição e transgressão. 
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QUESTÃO 27
Soneto
Ao sol do meio-dia eu vi dormindo
Na calçada da rua um marinheiro,
Roncava a todo o pano o tal brejeiro
Do vinho nos vapores se expandindo!
Além um Espanhol eu vi sorrindo
Saboreando um cigarro feiticeiro,
Enchia de fumaça o quarto inteiro.
Parecia de gosto se esvaindo!
Mais longe estava um pobretão careca
De uma esquina lodosa no retiro
Enlevado tocando uma rabeca!
Venturosa indolência! não deliro
Se morro de preguiça... o mais é seca!
Desta vida o que mais vale um suspiro?
AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: FTD, 1994, p. 183.
Exemplar da segunda parte da Lira dos vinte anos, o poema 
transcrito encarna o lado Caliban do poeta, que se manifesta 
ao empregar a ironia como recurso para expressar 
 A uma distinção da imagem do artista, presente nos ver-
sos “De uma esquina lodosa no retiro / Enlevado tocando 
uma rabeca!”. 
 B uma visão pejorativa do homem, que se evidencia nos 
vocábulos do verso “Mais longe estava um pobretão ca-
reca”. 
 C um rebaixamento da condição humana, o que se confir-
ma na descrição depreciativa dos espaços, na terceira 
estrofe. 
 D uma perspectiva escandalizada da sociedade, comprova-
da pela representação depravada dos sujeitos, na primei-
ra estrofe. 
 E um deboche da moralidade, visível nos versos “Venturo-
sa indolência! não deliro / Se morro de preguiça... o mais 
é seca!”. 
QUESTÃO 28
Adormecida
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia 
Numa rede encostada molemente... 
Quase aberto o roupão... solto o cabelo 
E o pé descalço do tapete rente.
‘Stava aberta a janela. Um cheiro agreste 
Exalavam as silvas da campina... 
E ao longe, num pedaço do horizonte, 
Via-se a noite plácida e divina. 
De um jasmineiro os galhos encurvados, 
Indiscretos entravam pela sala, 
E de leve oscilando ao tom das auras, 
Iam na face trêmulos — beijá-la. 
Era um quadro celeste!... A cada afago 
Mesmo em sonhos a moça estremecia... 
Quando ela serenava... a flor beijava-a... 
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante 
Brincavam duas cândidas crianças... 
A brisa, que agitava as folhas verdes. 
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava ora afastava-se... 
Mas quando a via despeitada a meio. 
P’ra não zangá-la... sacudia alegre 
Uma chuva de pétalas no seio... 
Eu, fitando a cena, repetia 
Naquela noite lânguida e sentida: 
“Ó flor! – tu és a virgem das campinas!
“Virgem! — tu és a flor da minha vida!...”
ALVES, C. Espumas flutuantes. In: Obra compIeta. Rio de Janeiro: Nova Aguar, 1986. p. 124-125.
A partir da leitura acima, podemos inferir que o(a)
 A valorização de elementos da natureza confere sentidos 
particulares ao poema e indicia sua identificação com 
propostas estéticas do Arcadismo. 
 B poema se organiza a partir de um episódio registrado 
pela memória do sujeito lírico, o que amplia a objetividade 
romântica presente em seu discurso. 
 C poema se constitui, principalmente, como descrição de 
uma cena, repleta de elementos românticos, configuran-
do-se de forma plástica e natural. 
 D poema é percorrido por um tom melancólico, próprio do 
Romantismo, empregado pelo poeta para expressar a 
frustração amorosa do eu lírico que o levará à morte. 
 E ambiente noturno, privilegiado pelos poetas românticos, 
contribui, no poema, para o estabelecimento de uma at-
mosfera de sonho, de calma e de desejo mórbido. 
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QUESTÃO 29
Nesta obra, o observador é atraído por uma ideia 
poética: a de um objeto que assume a substância do material 
em que se sente à vontade.
PAQUET, M. René Magritte: o pensamento tornado visível, 2000 (adaptado).
Reconhecendo diferentes funções da arte e do trabalho da 
produção dos artistas em seus meios culturais, pode-se 
inferir que tal comentário aplica-se à seguinte obra do pintor 
belga René Magritte (1898-1967): 
 A
 A explicação, 1954.
 B
 As férias de Hegel, 1958.
 C
 Decalcomania, 1966.
 D
 O sedutor, 1953.
 E
 A cascata, 1961.
Leia a tira para resolver as questões 30 e 31.
Disponível em: www.tirinhasgarfield.blogspot.com. Acesso em: 13 mar. 2017.
QUESTÃO 30
Analisando os processos de formação de palavras presentes 
nas palavras do segundo e do terceiro quadrinhos, pode-se 
observar que tem-se
 A derivação imprópria em “o bem e o mal” e derivação re-
gressiva em “dietas”.
 B derivação regressiva em “o bem” e derivação sufixal em 
“dietas”.
 C derivação imprópria em “o bem e o mal” e composição 
por justaposição em “pão de queijo”.
 D composição por justaposição em “o bem e o mal” e com-
posição por aglutinação em “pão de queijo”.
 E derivação prefixal em “o mal” e derivação deverbal em 
“dietas”.
QUESTÃO 31
Analisando a fala de Jon no primeiro quadro da tirinha de 
Garfield, pode-se depreender que
 A “certo” e “errado” sofreram mudança de classe gramatical 
pelo acréscimo de artigo.
 B o substantivo “vida” só adquiriu tal valor por conta da pro-
ximidade do artigo definido feminino singular.
 C não há ocorrência de preposição na fala presente neste 
quadro.
 D os verbos presentes neste quadro são todos da segunda 
conjugação.
 E ocorre, nesta fala, uma figura de linguagem que consiste 
em personificar seres ou objetos inanimados.
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QUESTÃO 32
O mulato
Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramática 
do Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos 
de francês e tocava modinhas sentimentais ao violão e ao 
piano. Não era estúpida; tinha a intuição perfeita da virtude, 
um modo bonito, e por vezes lamentara não ser mais 
instruída. Conhecia muitos trabalhos de agulha; bordava 
como poucas, e dispunha de uma gargantazinha de contralto 
que fazia gosto de ouvir.
Uma só palavra boiava à superfície dos seus 
pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformando- 
-se em tenebrosa nuvem,que escondia todo o seu passado. 
Ideia parasita, que estrangulava todas as outras ideias.
– Mulato!
Esta só palavra explicava-lhe agora todos os mesqui-
nhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão usara 
para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas famílias a 
quem visitara; as reticências dos que lhe falavam de seus 
antepassados; a reserva e a cautela dos que, em sua 
presença, discutiam questões de raça e de sangue.
AZEVEDO, A. O Mulato. São Paulo: Ática, 1996 (fragmento).
O texto de Aluísio Azevedo é representativo do Naturalismo, 
vigente no final do século XIX. Nesse fragmento, o narrador 
expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois 
 A relaciona a posição social aos padrões de comportamen-
to e à condição de raça. 
 B apresenta os homens e as mulheres melhores do que 
eram no século XIX. 
 C mostra a pouca cultura feminina e a distribuição de sabe-
res entre homens e mulheres. 
 D ilustra os diferentes modos que um indivíduo tinha de as-
cender socialmente. 
 E critica a educação oferecida às mulheres e os maus-tra-
tos dispensados aos negros. 
QUESTÃO 33
Frases de lenda 
As agências se dividiram na semana passada. 
Metade delas deu em manchete, “Há 50 anos Gagarin disse: 
“A Terra é azul”. E a outra metade contestou: “Gagarin nunca 
disse ‘A Terra é azul’”. Referiam-se à famosa frase que o 
astronauta soviético Yuri Gagarin teria dito (ou não) ao ser o 
primeiro a espiar a Terra de fora, a 12 de abril de 1961. Para 
todos os efeitos, Gagarin disse a frase (...) Mais precavido 
foi o americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar 
a Lua, em 1969. Dias antes de zarpar, a NASA deu-lhe 
uma frase prontinha para quando ele começasse o bordejo 
pelo satélite: “Este é um pequeno passo para um homem, 
mas um passo gigante para a humanidade”. Pois não é que 
Armstrong tropeçou nas palavras e quase melou o sentido 
ao dizer “Este é um pequeno passo para o homem”, em vez 
de “um homem”?
Pois foi para a lenda assim mesmo. 
CASTRO, R. Folha de São Paulo, 18 abr. 2011. 
Ruy Castro afirma que o astronauta Neil Armstrong “tropeçou 
nas palavras e quase melou o sentido” porque, ao trocar o 
artigo indefinido pelo definido, a frase adquiriu sentido
 A ambíguo, impossibilitando saber se o astronauta referia-
-se a si mesmo ou à humanidade. 
 B redundante, pois, quando associado ao artigo definido, o 
substantivo “homem” significa “humanidade”. 
 C prolixo, pois perde objetividade ao utilizar mais palavras 
do que era necessário para exprimir a ideia. 
 D conotativo, já que a expressão “o homem” refere-se à es-
pécie humana em oposição aos animais. 
 E contraditório, já que propõe como válidas duas ideias 
opostas a respeito da façanha de pisar na Lua.
QUESTÃO 34
Poesia quentinha
Projeto literário publica poemas em sacos de pão na 
capital mineira
Se a literatura é mesmo o alimento da alma, então 
os mineiros estão diante de um verdadeiro banquete. Mais 
do que um pãozinho com manteiga, os moradores do bairro 
de Barreiro, em Belo Horizonte (MG), estão consumindo 
poesia brasileira no café da manhã. Graças ao projeto “Pão 
e Poesia”, que faz do saquinho de pão um espaço para 
veiculação de poemas, escritores como Affonso Romano de 
Sant’Anna e Fernando Brant dividem espaço com estudantes 
que passaram por oficinas de escrita poética. São, ao todo, 
250 mil embalagens, distribuídas em padarias da região de 
Belo Horizonte, que trazem a boa literatura para o cotidiano 
de pessoas, além de dar uma chance a escritores novatos 
de verem seus textos impressos. Criado em 2008 por um 
analista de sistemas apaixonado por literatura, o “Pão e 
Poesia” já recebeu dois prêmios do Ministério da Cultura.
Língua Portuguesa, nº 71, set. 2011.
A proposta de um projeto como o “Pão e Poesia” objetiva 
inovar em sua área de atuação, pois
 A privilegia novos escritores em detrimento daqueles já 
consagrados.
 B propõe acesso à literatura a públicos diversos.
 C alavanca projetos de premiações antes esquecidos.
 D resgata poetas que haviam perdido espaços de publica-
ção impressa.
 E prescinde de critérios de seleção em prol da populariza-
ção da literatura.
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QUESTÃO 35
A morte do livro
A morte do livro como veículo da literatura já foi 
profetizada várias vezes na chamada época moderna. E não 
por inimigos da literatura, mas pelos escritores mesmos. Até 
onde me lembro, o primeiro a fazer essa profecia foi nada 
menos que o poeta Guillaume Apollinaire, no começo do 
século XX.
Entusiasmado com a invenção do gramofone (ou 
vitrola), acreditou que os poetas em breve deixariam de 
imprimir seus poemas em livros para gravá-los em discos, 
com a vantagem – segundo ele, indiscutível – de o antigo 
leitor, tornado ouvinte, ouvi-los na voz do próprio poeta.
GULLAR, F. Folha de São Paulo, 19 mar. 2006.
Os argumentos utilizados pelo poeta denunciam que ele 
 A acredita na substituição do livro pelo gramofone.
 B é uma importante voz da literatura marginal dos anos 70.
 C apresenta ideias que ratificam o título do texto, sobretudo 
no segundo parágrafo.
 D aponta o gramofone como o futuro guardião da criação 
literária.
 E sugere ideias contrárias ao que foi anunciado no título.
QUESTÃO 36
Aplicativo BreakFree calcula o quão viciado você 
está no seu smartphone
Depois dos bolsos que bloqueiam o sinal do smartphone, 
surge agora um aplicativo que promete mostrar o seu “nível 
de vício” no aparelho e ajudar a usá-lo de forma “mais 
saudável”.
O BreakFree (gratuito para iOS e Android) é capaz de 
monitorar o tempo que o usuário gasta com o smartphone, 
exibindo gráficos de uso por dia, semana e mês.
O personagem Sato, um monge (muito zen), aparece 
para notificar a pessoa sobre os excessos cometidos. Se 
você estiver há mais de uma hora usando o smartphone ou 
está fazendo muitas ligações, ele gentilmente sugere que 
você diminua o ritmo.
O aplicativo traz ainda um centro de gerenciamento 
que permite desabilitar a internet, rejeitar ligações ou enviar 
mensagens de texto automáticas (avisando que você está 
ocupado e não pode atendê-las).
Segundo o desenvolvedor, o BreakFree também é 
útil para pais controlarem quanto tempo os filhos gastam no 
smartphone.
IKEDA, A. 15 maio 2014.
Disponível em: http://migre.me/jxEN1. Acesso em: 1º jun. 2014.
O uso das tecnologias da informação tem aumentado a cada 
dia que passa e o ser humano tanto se beneficia, quanto pode 
se prejudicar diversas vezes, dado o uso indiscriminado de 
tais tecnologias. Analisando o texto acima, percebe-se que
 A a tecnologia tem sido usada de forma indiscriminada, ge-
rando a necessidade de fatores de controle a fim de impor 
mecanismos que regrem a utilização dessas tecnologias.
 B o uso excessivo da tecnologia como processo informativo 
é algo natural e não pode ser controlado por mecanismos 
de ordem cerceadora. 
 C não há nenhum tipo de utilização indevida dos avanços 
tecnológicos; afinal, o mal uso de tais tecnologias provoca 
a alienação coletiva.
 D o mau uso dos avanços tecnológicos como elemento co-
municativo na sociedade contemporânea já demonstrou 
ser um fracasso.
 E os avanços de ordem científica devem ser barrados sob 
pena de haver uma sociedade à mercê de tecnologias 
prejudiciais ao ser humano.
QUESTÃO 37
QUINO. Disponível em: http://www.updateordie.com.
No primeiro quadrinho, a declaração feita pela personagem 
indica um pressuposto acerca do universo escolar. Esse 
pressuposto pode ser associado, na escola, à prática do(a) 
 A negação do patriotismo. 
 B intolerância à diversidade. 
 C desestímulo às indagações. 
 D reprovação de brincadeiras. 
 E relativização do civismo.
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QUESTÃO 38
Disponível em: www.clubedecriacao.com.br. Acesso em: 11 mar. 2017 (adaptado).São marcas características da função conativa ou apelativa 
da linguagem presentes no texto, predominantemente, o(a)
 A mescla de elementos da linguagem verbal e não verbal.
 B referência a uma personalidade histórica amplamente co-
nhecida.
 C citação explícita da marca da empresa que está oferecen-
do determinado produto.
 D uso do pronome “você” e do verbo “fazer” no modo im-
perativo.
 E presença da conjunção “mas” e do substantivo “aposen-
tadoria”.
QUESTÃO 39
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias 
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar 
o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar 
seja começar pelo nascimento, duas considerações me 
levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não 
sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, 
para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o 
escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que 
também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no 
cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta- 
-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara 
de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e 
prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e 
fui acompanhado ao cemitério por onze amigos.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. 
Pode-se apontar, no texto, a contradição, que repercute na 
obra a que ele pertence, entre o(a) 
 A discurso ostensivamente racional e as alegações incom-
patíveis com a esfera da razão. 
 B tom elevado, solene, e o vocabulário de caráter oral-popular. 
 C evidente filiação do narrador ao espiritismo e sua referên-
cia ao Velho Testamento. 
 D caráter clássico da erudição do narrador e o romantismo 
de sua demanda de originalidade. 
 E frieza analítica da argumentação e a intensidade emocio-
nal do conteúdo nela veiculado. 
QUESTÃO 40
Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o 
país era povoado de índios. Importaram, depois, da África, 
grande número de escravos. O português, o índio e o 
negro constituem, durante o período colonial, as três bases 
da população brasileira. Mas no que se refere à cultura, a 
contribuição do português foi de longe a mais notada. 
Durante muito tempo, o português e o tupi viveram 
lado a lado como línguas de comunicação. Era o tupi que 
os bandeirantes utilizavam nas suas expedições. Em 1694, 
dizia o padre Antônio Vieira que as famílias dos portugueses 
e índios em São Paulo estão tão ligadas hoje umas com 
as outras, que as mulheres e os filhos se criam mística e 
domesticamente, e a língua que nas ditas famílias se fala é 
a dos índios, e a portuguesa a vão os meninos aprender à 
escola. 
TEYSSIER, P. História da língua portuguesa. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1984 (adaptado).
A identidade de uma nação está diretamente ligada à 
cultura de seu povo. O texto mostra que, no período colonial 
brasileiro, o português, o índio e o negro formaram a base 
da população e que o patrimônio linguístico brasileiro é 
resultado da 
 A contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros. 
 B diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos in-
dígenas. 
 C importância do padre Antônio Vieira para a literatura de 
língua portuguesa. 
 D origem das diferenças entre a língua portuguesa e as lín-
guas tupi. 
 E interação pacífica no uso da língua portuguesa e da lín-
gua tupi. 
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QUESTÃO 41
Os outros
Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros
Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos, mas você foi
O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você
Os outros são os outros e só
Depois de você
Os outros são os outros e só
São tantas noites em restaurantes
Amores sem ciúmes
Eu sei bem mais do que antes
Sobre mãos, bocas e perfumes
Eu não consigo achar normal
Meninas do seu lado
Eu sei que não merecem mais que um cinema
Com meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Kid Abelha.
Educação sentimental é um álbum de estúdio da banda 
brasileira de pop rock Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens, 
posteriormente conhecidos apenas como Kid Abelha, 
lançado originalmente em 1985, pela Warner Music. Entre 
os sucessos lançados deste álbum, estão Lágrimas e chuva, 
Garotos, Educação sentimental, Os outros e Educação 
sentimental II. Como visto, a música acima foi composta em 
1985, mas apresenta semelhanças de conteúdo com o
 A Parnasianismo, por valorizar bastante a forma e preterir o 
conteúdo, seguindo a estrutura fixa com rimas ricas.
 B Simbolismo, pelo teor pessimista, mórbido do eu lírico e pe-
las imagens poéticas criadas por meio de figuras diáfanas.
 C Realismo, pelo fato de o amor ser tratado de forma des-
cartável e os temas da traição, mentira e amor volúvel 
serem os principais.
 D Naturalismo, pelo caráter cientificista e determinista apre-
sentado na canção, quando o eu lírico reitera que a vida 
continua, mesmo sem o amado.
 E Romantismo, pelo fato de o eu lírico afirmar que ninguém 
será como a pessoa por quem ele se apaixonou e sugerir 
que nunca esquecerá a pessoa de quem fala.
QUESTÃO 42
TEXTO I
As facetas da musa contemporânea
As facetas da musa retratada pelo artista Fernando 
França são diversas. Em 27 obras, ele mostra as diferentes 
emoções vivenciadas por sua mulher, Kalu Chaves. Do 
jocoso ao sofrimento, passando pelas felicidades, pela 
sensualidade, pelo desespero e pela indiferença, a musa 
contemporânea é uma mulher comum. Ela sente dor de 
cabeça e passa fio dental. As obras compõem a exposição 
Kaludoscopio, em cartaz na Galeria do Sesc Iracema. Os 
quadros estão exibidos em forma de políptico, um grande 
painel que conecta as obras, como se fossem parte de um 
todo. 
Em óleo sobre tela, 60 x 60 e pintadas em 2016, as 
obras podem ser vistas até o dia 18 de abril.
TEXTO II
(...)
O que eu adoro em ti, ouve, é tu’alma,
pura como o sorrir de uma criança,
alheia ao mundo, alheia aos preconceitos,
rica de crenças, rica de esperança.
São as palavras de bondade infinda
que sabes murmurar aos que padecem,
os carinhos ingênuos de teus olhos
onde celestes gozos transparecem!...
Um não sei quê de grande, imaculado,
que faz-me estremecer quando tu falas,
e eleva-me o pensar além dos mundos
quando, abaixando as pálpebras, te calas.
(...)
E como és linda assim! Chamas divinas
cercam-te as faces plácidas e belas,
um longo manto pende-te dos ombros
salpicado de nítidas estrelas!
Fagundes Varela.
A partir da leitura dos textos acima, identificamos que em 
ambos a mulher é tratada de forma
 A semelhante, com exaltação e idealização, o que indica 
que o texto I é uma manifestação romântica na contem-
poraneidade.
 B diferente porque, no texto I, a mulher sofre com o machis-
mo e, no texto II, ela é idealizada como uma santa.
 C semelhante, uma vez que ela é a musa do artista Fernan-
do França e do eu lírico do poema.
 D diferente porque, na contemporaneidade, o sentimento 
de amor pela mulher era verdadeiro e, na atualidade, não.
 E diferente porque a musa da atualidade é observada ape-
nas pelo aspecto físico, enquanto a do século XIX era 
analisada sob o aspecto psicológico.
LC - 1º dia | Página 22 OSG.: 2337/17
QUESTÃO 43
Disponível em: www.poesiaspoemasemversos.com.br/decio-pignatari. Acesso em: 11 mar. 2017 (adaptado).
O poema do concretista Décio Pignatari atua como uma 
antipropaganda poética de uma conhecida marca de 
refrigerante,pois
 A atribui valores negativos à marca através de palavras 
como “babe”, “caco” e “cloaca”.
 B referenda a qualidade do produto pela referência ao slo-
gan “beba coca cola”.
 C produz um jogo sonoro inusitado que atua como marca 
de valorização ao produto em destaque.
 D repete “clichês” tradicionais na linguagem publicitária 
para ironizar a marca citada no texto.
 E induz o leitor a consumir o produto através das muitas 
referências aos fonemas semelhantes do slogan “beba 
coca cola”.
QUESTÃO 44
TEXTO I
Meus brinquedos... 
Coquilhos de palmeira. 
Bonecas de pano. 
Caquinhos de louça. 
Cavalinhos de forquilha. 
Viagens infindáveis... 
Meu mundo imaginário 
mesclado à realidade. 
E a casa me cortava: “menina inzoneira!” 
Companhia indesejável – sempre pronta 
a sair com minhas irmãs, 
era de ver as arrelias 
e as tramas que faziam 
para saírem juntas 
e me deixarem sozinha, 
sempre em casa.
CORALINA, C. Minha Infância. In: Melhores poemas de Cora Coralina. 3ª ed. 
São Paulo: Global, 2008. p. 97.
TEXTO II
GREENWAY, K. Cabra-cega, cartão-postal, 1889. In: PROENÇA, G. História da arte, 17ª ed. 
São Paulo: Ática, 2008, p. 187.
Relacionando ideias presentes nos dois textos, evidencia-se 
que o fragmento poético e a imagem estabelecem diálogo, 
ao retratarem episódios da infância
 A transcorrida em brincadeira coletiva no fragmento e em 
brincadeira individual na imagem. 
 B que se afigura como um período infeliz e irrealizado tanto 
no fragmento quanto na imagem. 
 C que se mostra problematizada de modo realista no frag-
mento e feliz e idealizada na imagem. 
 D que se afigura como uma etapa plena de realizações tan-
to no fragmento quanto na imagem. 
 E transcorrida em brincadeiras solitárias e enfadonhas tan-
to no fragmento quanto na imagem. 
QUESTÃO 45
Nasceu o dia e expirou.
Já brilha na cabana de Araquém o fogo, companheiro 
da noite. Correm lentas e silenciosas no azul do céu, as 
estrelas, filhas da lua, que esperam a volta da mãe ausente.
Martim se embala docemente; e como a alva rede que 
vai e vem, sua vontade oscila de um a outro pensamento. Lá 
o espera a virgem loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a 
virgem morena dos ardentes amores.
Iracema recosta-se langue ao punho da rede; seus 
olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de sabiá, buscam o 
estrangeiro, e lhe entram n’alma. O cristão sorri; a virgem 
palpita; como o saí, fascinado pela serpente, vai declinando o 
lascivo talhe, que se debruça enfim sobre o peito do guerreiro.
ALENCAR, J. Iracema. 
Corresponde, no texto, a uma das convenções com que o 
Indianismo construía suas representações do indígena o(a)
 A emprego de sugestões de cunho mitológico compatíveis 
com o contexto. 
 B caracterização da mulher como um ser dócil e desprovido 
de vontade própria. 
 C ênfase na efemeridade da vida humana sob os trópicos. 
 D uso de vocabulário primitivo e singelo, de extração oral-
-popular. 
 E supressão de interdições morais relativas às práticas eró-
ticas. 
CH - 1º dia | Página 23OSG.: 2337/17
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46
Disponível em: https://tinyurl.com/m8xlcoo.
De acordo com a charge e os conhecimentos sobre o 
contexto socioeconômico mundial, pode-se afirmar que o(a)
 A robotização em curso nas indústrias tem abalado as es-
truturas produtivas de muitas corporações multinacionais, 
devido ao declínio da produtividade.
 B necessidade crescente de aumento da produção indus-
trial tem sido o principal fator para introduzir e ampliar o 
sistema de trabalho fordista nas indústrias.
 C aumento da circulação de bens manufaturados no co-
mércio mundial tem provocado inovações nas indústrias, 
sendo uma delas a organização do trabalho taylorista.
 D aparecimento das fábricas mundiais, exigência da glo-
balização, necessita de produtos não padronizados, fato 
que é facilitado pela robotização.
 E globalização é responsável por diversas modificações no 
desenvolvimento tecnológico e nas formas de trabalho, 
alteradas pela robotização.
QUESTÃO 47
A história não registra os árabes no sertão e, quando 
a colonização do Brasil foi iniciada, a história da Península 
Ibérica era escrita pelo povo que acabava de desterrá-los, 
dizimava-os ou, no melhor dos casos, procurava ignorá-los. 
Mas 800 anos de domínio político, de caldeamento racial e 
liderança cultural não se apagam de uma hora para outra, 
no vivo exemplo da espiritualidade e no temperamento. O 
lazer e os hábitos dos sertanejos continuaram a basear-se, 
por séculos, na perpetuação dos padrões que vieram com 
seus antepassados imigrantes. 
SOLER, 1995, p. 113-115 (adaptado).
O trecho acima relata aspectos da presença árabe na cultura 
nordestina. Sobre a influência dessa cultura, assinale a 
alternativa correta. 
 A Impôs-se em Portugal, mas sem influenciar o Brasil. 
 B Ausentou-se de qualquer relevância no mundo lusófono. 
 C Fez-se presente em elementos imateriais, ligados às tra-
dições e aos valores. 
 D Desapareceu do mundo lusófono durante a Reconquista, 
junto com os mouros. 
 E Restringiu-se à Idade Média ibérica, com pouca influência 
na colônia portuguesa. 
QUESTÃO 48
TEXTO I
Mais de 50 mil refugiados entraram no território 
húngaro apenas no primeiro semestre de 2015. Budapeste 
lançou os “trabalhos preparatórios” para a construção de 
um muro de quatro metros de altura e 175 km ao longo de 
sua fronteira com a Sérvia, informou o Ministro húngaro 
das Relações Exteriores. “Uma resposta comum da União 
Europeia a este desafio da imigração é muito demorada, e 
a Hungria não pode esperar. Temos que agir”, justificou o 
Ministro.
Disponível em: www.portugues.rfi.fr. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
TEXTO II
O Alto Comissariado das Nações Unidas para 
Refugiados (ACNUR) critica as manifestações de xenofobia 
adotadas pelo governo da Hungria. O país foi invadido por 
cartazes nos quais o chefe do Executivo insta os imigrantes 
a respeitarem as leis e a não “roubarem” os empregos dos 
húngaros. Para o ACNUR, a medida é surpreendente, pois 
a xenofobia costuma ser instigada por pequenos grupos 
radicais, e não pelo próprio governo do país.
Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
O posicionamento governamental citado nos textos é 
criticado pelo ACNUR por ser considerado um caminho para 
o(a) 
 A alteração do regime político. 
 B fragilização da supremacia nacional. 
 C expansão dos domínios geográficos. 
 D cerceamento da liberdade de expressão. 
 E fortalecimento das práticas de discriminação. 
CH - 1º dia | Página 24 OSG.: 2337/17
QUESTÃO 49
Folga nego,
Branco não vem cá!
Se vié
Pau há de levá!
Do Folclore alagoano. In: FREITAS, D., op.cit., p. 27.
O quilombo dos Palmares representou um dos mais 
importantes movimentos de resistência dos negros contra a 
escravidão no Brasil. No período colonial, o surgimento de 
inúmeros quilombos relaciona-se ao fato de que 
 A a vivência nos quilombos significava a superação do tra-
tamento hostil que recebiam no mundo escravo e a es-
perança de construção de uma sociedade baseada em 
relações sociais igualitárias. 
 B muitos negros, mesmo tendo um sentimento de gratidão 
para com os senhores, nutriam a esperança de construir 
uma real experiência de liberdade. 
 C os próprios senhores estimularam os agrupamentos de 
negros fugitivos, tendo em vista a construção de uma me-
lhor interação social com a massa de escravos. 
 D o quilombo dos Palmares, ao buscar obter vantagens ma-
teriais com as elites locais, perdeu seu caráter combativo, 
o que levou à sua destruição. 
 E no interior do quilombo, predominava uma estrutura de 
produção com base na propriedade privada da terra e 
dos instrumentos de trabalho, o que

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