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Resumo Embriologia

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Renan Donadel – ATM 18/1 
RESUMO – EMBRIOLOGIA 
• Origem das células germinativas 
- Os gametas feminino e masculino possuem origem extra-gonadal e extra-embrionára. 
- Localizadas primariamente no endorderma dorsal do saco vitelínico. Depois, estimuladas por 
quimiotaxia, elas migram por movimentos ameboides até os mesonefros, onde irão se 
desenvolver. 
- As células germinativas do ovário entram em meiose já na vida fetal, ao passo que as do 
testículo somente na puberdade. Acredita-se que a molécula sinalizadora para o início da 
meiose seja o ácido retinoico (AR). Nos testículos, esse ácido é inibido pelo citocromo P450, 
produzido pelo gene Cyp26b1, das células de Sertoli. 
• Oogênese 
- Inicia na vida fetal, onde todas as células germinativas da vida da mulher são produzidas. 
- Período proliferativo: multiplicação das ovogônias por mitose. 
- Período de crescimento: não há divisão celular, apenas desenvolvimento da oogônia à 
oócito I. Logo que são formados, iniciam a meiose I, pausando-a em prófase I (mais 
especificamente, no estágio de dictióteno ou diplóteno). 
- Período de Maturação: se dá na puberdade, quando a ação do FSH “descongela” o oócito 
primário, concluindo a primeira divisão meiótica. Desse modo, ele se torna oócito II, ficando 
pausado em metáfase II. 
- O estímulo da fecundação conclui a segunda divisão meiótica, transformando finalmente o 
oócito II em óvulo. 
- Camadas protetoras do oócito: membrana plasmática, zona pelúcida (é uma camada 
glicoproteica) e corona radiata (cúmulos oóphorus; células unidas por junções gap). 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• Desenvolvimento do folículo ovariano 
- Na vida intrauterina, os folículos estão na forma de “folículos primordiais”. 
- Na puberdade, com a ação dos hormônios hipofisários, há a transformação dos folículos 
primordiais para folículos primários, cujas células, que antes eram achatadas, se tornam 
cilíndricas. Ocorre a formação da zona pelúcida. 
- Folículo Secundário: Proliferação das células e aumento de tamanho do folículo. Há um 
pequeno espaço interno, o antro. 
- Folículo de Graaf ou Maduro: assume a forma oval, e encontra-se cheio de líquido, com o 
antro bem evidente. O oócito, agora secundário, está coberto por apenas uma fina camada de 
células do cúmulus. 
- AMH ou Hormônio Anti-Mülleriano: É produzido pelos folículos ovarianos em crescimento. 
Por isso, seu nível na corrente sanguínea pode ser medido para indicar o “pool” ovariano da 
mulher (reserva de folículos ainda disponíveis). Com o aumento da idade, diminui a 
quantidade de folículos, o que implica menor nível de AMH circulante. 
• Ciclo Hormonal Feminino 
- Hipotálamo ~~~> Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH) ~~~> Adeno-Hipófise 
FSH: estimula o desenvolvimento do folículo ovariano 
LH: Induz a ovulação (ocorre em pico, pouco antes do 14º dia) 
- Atresia: O FSH induz a maturação de vários folículos todo mês, mas somente um chega a 
ovular em cada ciclo (espécie monoovulatória). Dessa forma, os folículos restantes regridem, 
sendo chamados de atrésicos. Acredita-se que 99% dos folículos estão fadados à atresia. De 
400 mil oócitos que ela possuiu, somente cerca de 400 chegam a ovular. 
- Na região em que ocorrerá a ovulação surge uma saliência, devido ao pico de LH, 
denominada estigma. 
- Os folículos, agora amadurecidos pelo FSH, produzem estrógeno, que é responsável por: 
desenvolvimento do endométrio (aumento da vascularização e da espessura), características 
femininas. 
- Os hormônios sexuais (estrógeno e progesterona) aumentam a taxa de ossificação do disco 
epifisário. Assim, a altura da mulher se relaciona com idade de entrada em puberdade. 
- Progesterona: principalmente relacionada com a preparação do útero à aceitação do 
embrião e à preparação das mamas para secreção láctea. Inibe as contrações do útero, 
evitando a expulsão do embrião. É secretada pelo corpo lúteo, primariamente. 
- PS.: Menopausa Precoce: Acomete cerca de 1 a 3% das mulheres, de vido a fatores como 
quimioterapia, doenças autoimunes, radioterapia e outros, que causam a Falência Ovariana 
Prematura (FOP), alterando as funções hormonais da mulher. 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• Ciclo Uterino 
- Fase Menstrual: ocorre a descamação do endométrio; são os 5 primeiros dias do ciclo 
- Fase Proliferativa: vai até a ovulação, ocorrendo o aumento de número e tamanho das 
glândulas endometriais. 
- Fase Secretora: corresponde ao restante do ciclo; é caracterizada pelas presença de 
glândulas espiraladas. 
- Na camada basal, encontram-se as veias e artérias retas do endométrio. 
- Na menopausa, o endométrio é praticamente aglandular. 
 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 
• Espermatogênese 
- As células germinativas não iniciam a divisão meiótica ao atingir a região gonadal, mas sim 
na puberdade. 
- Hipotálamo ~~~> Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH) ~~~> Adeno-Hipófise 
FSH: Estimula a espermatogênese. 
LH: Estimula a produção de testosterona (características masculinas, desejo sexual) pelas 
células intersticiais (entre os túbulos seminíferos), também conhecidas como células de 
Leydig. 
- Barreira Hematotesticular: previne o contato das células “n” do testículo com o sangue, o 
que geraria uma reação autoimune. As células de Sertoli formam uma rede de contato, 
através das junções de oclusão, para constituir essa barreira sangue-testículo, e também, 
auxiliam no transporte dos espermatozoides para o lúmen. Secreta Inibina (feedback negativo 
sobre a liberação de FSH). 
- Nos túbulos seminíferos, além das células de Sertoli, encontram-se células mioides e 
fibroblastos, que ajudam na contração do túbulo, e células espermatogênicas: 
Espermatogonia A: só realiza mitose; é considerada célula tronco. 
Espermatogônia B: apta a realizar meiose para originar espermatócitos I. 
PS.: As espermatogônias estão para fora da barreira hematotesticular, pois são “2n”, não 
havendo risco de reação autoimune.´ 
- O início da meiose I transforma as gônias B em Citos I, que – ao concluírem essa divisão – 
originam citos II. 
- As citos II realizam a Meiose II, originando as espermátides. Estas, por sua vez, se 
transformam em espermatozoides por um processo de diferenciação ou espermiogênese: 
desenvolvimento do flagelo; formação da peça intermediária por rearranjo das mitocôndrias; 
formação do acrossoma; condensação nuclear (as histonas são substituídas por protaminas). 
PS.: Protamina: proteína que realiza o empacotamento do DNA do espermatozoide. É mais 
eficiente que as histonas, pois realizam a maior condensação conhecida. 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 
• Fertilização 
- É a fusão do óvulo com o espermatozoide, resultando um zigoto com dois pró-núcleos. 
- Preparação do espermatozoide: 
Maturação Epedidimária: aquisição de movimento e capacidade de ligação. 
Capacitação: é o momento em que o espermatozoide adquire capacidade fertilizadora; ocorre 
através de estímulos de substâncias presentes no útero; a hiperatividade (movimentos 
rápidos e lineares) é a primeira evidência de que ele está capacitado. Nos casos de 
reprodução assistida, a capacitação é simulada in-vitro. 
Reação Acrossômica (RA): o contato do espermatozoide com a corona radiata produz 
perfurações na membrana plasmática do acrossoma. Desse modo, é possível liberar as 
enzimas hidrolíticas hialuronidase (contra a corona radiata) e acrosina (age contra a zona 
pelúcida). 
- Sinais de Ca+2: São liberados quando o espermatozoide toca a zona pelúcida. O cálcio, 
armazenado no REL do oócito, é então liberado por estímulo da proteína PLC-zeta, presente 
no espermatozoide. Um dos efeitos dessas ondas de Ca+2 é a retirada do oócito da metáfase 
II, transformando-se em óvulo. Outro efeito é a exocitose dos grânulos corticais, responsáveis 
por desencadear uma“reação de zona”, que evita a penetração de outro espermatozoide 
(evita a polispermia) através de modificações nas características físicas e químicas da zona 
pelúcida. 
- Etapas da fertilização: 
Passagem pela Corona Radiata: ação da hialuronidase 
Passagem pela Zona Pelúcida: ação da acrosina; a penetração através da zona pelúcida 
ocorre pela proteína ZP3 (receptora primária) e pela ligação do espermatozóide à proteína 
ZP2. 
Fusão das membranas plasmáticas do oócito II e espermatozoide: a fusão ocorre de lado, 
através da peça intermediária. Em seguida, o espermatozoide gira 90º e entra no oócito com a 
cabeça e cauda (ele não entra em forma de kamikaze). 
Com a entrada do espermatozoide, o oócito completa a segunda divisão meiótica. Forma-se, 
então, o óvulo, cujo núcleo passa a se chamar pró-núcleo feminino. 
Formação do pró-núcleo masculino. Fusão dos pró-núcleos. 
PS.: O alinhamento dos nucleoli influencia na escolha do embrião para a implantação. Nos 
mamíferos, não chega a ocorrer singamia (fusão dos pró-núcleos), já que a condensação dos 
cromossomos e a formação da placa metafásica acontecem antes. 
- Entre 24h e 48h após a fertilização, surge na corrente sanguínea da mulher o FPG (Fator 
Precoce de Gravidez). 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 Momento da Fertilização e Reação Acrossomal 
 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• Infertilidade 
- Causas masculinas 
Baixa contagem de espermatozoides 
(oligospermia) 
Deficiência de mobilidade 
(astenospermia) 
Danos no material genético, 
espermatozoides anormais 
(teratospermia) 
Ausência de espermatozoides 
(azoospermia) 
- Causas Femininas 
Obstrução das trompas (como, por 
exemplo, a causada pela Clamídia) 
Endometriose (tecido uterino implantado 
na pelve) 
Disfunção Hormonal 
Idade da mulher 
 
 
• Exames Preliminares 
- Análise de FSH: a diminuição do “pool” ovariano faz com que o organismo secrete um nível 
maior de FSH para amadurecer os folículos. Desse modo, baseado na análise do FSH, dá pra 
ser ter uma ideia da quantidade de folículos remanescentes. 
- Análise do AMH: altos níveis de AMH indicam alta quantidade de folículos, já que esse 
hormônio é produzido pelas células foliculares. É mais preciso que a técnica do FSH. 
• Fertilização In-Vitro (FIV) 
1ª ETAPA – PREPARAÇÃO DOS GAMETAS 
- Superovulação: Inibição das atividades da hipófise, por meio da inibição dos (GnRH) > 
Interrupção dos ciclos hormonais da mulher > Análise do AMH, a fim de administrar a dose 
correta de FSH sintético > Injeção de HCG, que estimula a maturação pré-ovulatória do LH > 
Punção dos folículos via transvaginal, 36 horas após administrar HCG. 
É necessário controlar a dose de FSH administrada à mulher, já que os folículos produzem 
estrógeno. O número ideal de folículos para a punção é de 10 a 12. Uma situação patológica 
seria a Síndrome do Hiperestímulo. 
- Preparação dos espermatozoides: Os gametas masculinos são recolhidos de uma 
ejaculação e, os que apresentarem maior mobilidade e funcionalidade, são escolhidos. Dois 
métodos são empregados para o processamento do sêmen: método swin-up (sem 
centrifugação) e método com centrifugação (os espermatozoides mais viáveis ficam 
depositados no fundo e formam o pellet). 
- Ambos os gametas passam por uma lavagem: os espermatozoides precisam da remoção do 
líquido seminal para que ocorra a capacitação (remoção de glicoproteínas na membrana do 
acrossoma). Já do oócito, são removidas algumas células do cúmulus, através do tratamento 
com hialuronidase. Vale ressaltar que a ICSI é mais agressiva que a FIV nesse aspecto, pois 
os gametas passam por um processamento mais rigoroso. 
- Os gametas são armazenados em um meio de cultura, em uma incubadora, a 5% de CO2 e 
37ºC. Esses métodos de tratamento de gametas e superovulação são utilizados tanto na FIV 
quanto na ICSI. 
Renan Donadel – ATM 18/1 
2ª ETAPA – INSEMINAÇÃO 
- A concentração de espermatozoides no meio de fertilização deverá ser entre 50 mil e 1 
milhão. Valor maiores que 1 milhão aumentam significativamente a chance de polispermia. 
- Em geral, a inseminação é realizada de 4 a 6 horas após a coleta. 
3ª ETAPA – ANÁLISE DO EMBRIÃO 
- Deve haver 2 pró-núcleos após cerca de 20 horas, o que indica a fertilização. Embriões 
haploides, poliploides ou sem pró-núcleos são descartados. 
- Antes da implantação, analisam-se as clivagens até a fase de blastocisto. Assim, pode-se 
escolher o embrião mais saudável. A formação de embriões saudáveis segue a estimativa de 
1 para 4 fertilizações. 
• ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides) 
- Um espermatozoide é selecionado, imobilizado sob microscópio (através da quebra da 
cauda), aspirado em uma agulha injetora e depositado diretamente no interior do ooplasma. 
- A ICSI é recomendada para casos de infertilidade por fator masculino, quando a contagem 
ou a motilidade dos espermatozoides é muito reduzida ou, até mesmo, quando eles são 
inexistentes no ejaculado e devem ser capturados dos epidídimos ou dos testículos por 
aspiração percutânea (PESA) ou por biópsia (TESE). Ainda, a execução da ICSI é 
aconselhada quando os parâmetros seminais são normais, isto é, boa contagem e motilidade 
dos espermatozoides no ejaculado, mas houve uma falha de fertilização em tentativas 
anteriores de FIV. Neste caso, a ICSI é empregada como um recurso para contornar possíveis 
alterações ao nível da zona pelúcida ou do oolema - como, por exemplo, após 
criopreservação - ou ainda uma incapacidade de interação do espermatozoide com o oócito, 
para que ocorra sua penetração e fertilização. 
- Na ICSI, o preparo dos oócitos é mais elaborado. Após passarem pelas lavagens como na 
FIV, eles devem ser desnudados, o que significa que as células do cumulus oophorus, que 
normalmente acompanham os oócitos após a coleta, devem ser removidas até quase sua 
totalidade de forma a expor a zona pelúcida. O desnudamento dos oócitos é realizado a partir 
da incubação dos gametas em uma enzima, a hialuronidase. 
- Com auxílio do microscópio, um espermatozoide de boa morfologia e móvel é detectado, 
imobilizado com a agulha injetora e aspirado para o seu interior. Esta agulha é levada até a 
gota contendo o oócito a ser injetado, o qual é mantido imóvel por sucção efetuada pela 
segunda pipeta do manipulador. O oócito é acomodado no campo de visão de maneira que 
seu primeiro corpúsculo polar esteja às 12h ou às 6h. Esta disposição do oócito é muito 
importante, visto que a placa metafásica do oócito em geral encontra-se logo abaixo do 
primeiro corpúsculo polar e poderia ser danificada se a injeção fosse realizada ao acaso no 
citoplasma do gameta. A agulha injetora perfura a zona pelúcida e o oolema de maneira a 
depositar o espermatozóide no interior do oócito em poucos segundos. 
- A presença de 2 pró-núcleos é a confirmação de fertilização normal e os zigotos são 
transferidos para um novo meio de cultivo para desenvolvimento até o dia da transferência. 
Os critérios de seleção para transferência também são os mesmos daqueles descritos na FIV. 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• SUPER ICSI 
- Mesmo que a fertilização pós-inseminação por ICSI possa chegar a índices entre 90-100% 
em mãos experientes, as taxas de implantação e gestação não correspondem a este sucesso 
técnico laboratorial. Tal é verdade especialmente em casos de oligospermia severa (“quase” 
azoospermia) ou teratospermia, condição em que os espermatozóides apresentam índice de 
anomalias morfológicas próximo aos 100%. A escolha criteriosa dos espermatozóides 
humanos segundo a integridade morfológica do núcleo está positivamente associada com 
taxas de gestação mais elevadas após ICSI, quando comparado com a ICSI convencional. 
- Nesta nova metodologia, os espermatozóides passam por uma criteriosa análise de suas 
organelas, especialmentea presença de vacúolos nucleares, e somente o espermatozoide 
portador de um núcleo estritamente definido como morfologicamente normal é selecionado 
para inseminação, ou seja, com configuração nuclear oval, simétrica e plana. O conteúdo de 
cromatina nuclear é considerado normal se ele contém não mais do que um vacúolo, o qual 
ocupa não mais do que 4% da área nuclear. 
- O processo de preparo da amostra seminal para super-ICSI não difere do descrito 
anteriormente, em que o sêmen é depositado em um gradiente de densidade, centrifugado e 
o pellet final, contendo a porção mais móvel dos espermatozoides, é re-suspendido em um 
pequeno volume de meio de cultivo ou meio especialmente designado aos gametas 
masculinos. 
• PGD (Diagnóstico Genético Pré-Implantacional) 
- É uma técnica utilizada para analisar o genoma do embrião, principalmente em casos de 
suspeita de hemofilia, fibrose cística, entre outras doenças cromossômicas. 
- Nesse procedimento, a zona pelúcida do embrião é perfurada através de raios laser e, em 
seguida, uma micropipeta aspira um ou dois blastômeros para análise do genoma. A coleta 
dos blastômeros se faz em um estágio de 6 a 8 células, quando ainda não houve 
diferenciação celular, sendo todas as células totipotentes. 
• Criopreservação 
- Congelamento lento: método clássico. Utiliza baixas taxas de crioprotetores, agentes nos 
quais os embriões são imersos para criopreservação e que diminuem os danos causados pelo 
procedimento. O criprotetor mais utilizado é o 1,2 propanodiol. O resfriamento é lento até a 
temperatura do nitrogênio líquido (-196ºC). Durante o processo, ocorrem pausas para a 
indução da formação de cristais de gelo, processo chamado de seeding. 
 - O número de embriões a serem descongelados em um ciclo de transferência depende do 
número e da qualidade deles, quando do congelamento. Em geral, descongela-se um embrião 
por vez acessando-se a cada passo a ausência de lise dos blastômeros e degeneração dos 
mesmos até a última etapa do processo. Um embrião que sobreviveu bem ao congelamento 
apresenta pelo menos 50% de seus blastômeros intactos e assim deve-se constituir um grupo 
de embriões com características de viabilidade morfológicas satisfatórias para transferência 
imediata ou cultivo pra transferência posterior. 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 
- Vitrificação: método rápido que utiliza altas doses de crioprotetores, o que pode ser 
prejudicial ao desenvolvimento embrionário. A vitrificação consiste na conversão de um 
sistema do estado fluido ao estado sólido, unicamente pelo aumento de viscosidade, sem 
qualquer alteração de fase ou cristalização da água e, portanto, em completa ausência de 
gelo. Os crioprotetores que vem sendo utilizados são o dimetil-sulfóxido (DMSO) e o 
etilenoglicol, além da sacarose e um sistema de cryotop para acomodar o embrião a ser 
vitrificado. Variações mínimas de poucos segundos de exposição além da adequada podem 
afetar a viabilidade do material e serem a maior causa de maus resultados alcançados em 
muitos laboratórios, em termos de sobrevivência do embrião, seu potencial de fertilização, 
implantação e gestação. Para o reaquecimento são também necessárias soluções de 
reaquecimento contendo concentrações decrescentes de crioprotetor. 
- Criopreservação de oócitos: existe uma tendência a crer-se que a melhor maneira de 
criopreservar o gameta feminino humano é a vitrificação. A mesma seqüência metodológica 
descrita anteriormente para vitrificação de embriões é a que vem apresentando resultados 
mais animadores em termos de sobrevivência do oócito pós-aquecimento, capacidade de 
fertilizar, de desenvolvimento embrionário, implantação e gestação. 
- Para os oócitos, a integridade do oolema e do ooplasma pós-criopreservação são 
determinantes para decidir-se se eles serão ou não encaminhados à inseminação por 
ICSI. Alterações na zona pelúcida e no oolema causadas pelos processos de 
congelamento/descongelamento ou vitrificaçao/reaquecimento desaconselham o uso da FIV 
para inseminação de oócitos pós-criopreservação, sendo, portanto, a ICSI o procedimento 
mais adequado para inseminação. Após a inseminação, o cultivo embrionário e seleção para 
transferência são idênticos aos apresentados anteriormente. 
 
• PB Biopsy (Biopsia do Corpúsculo Polar) 
- É a análise da carga genética materna, através do estudo do genoma do corpúsculo polar. 
Desse modo, não há perturbações no embrião. Entretanto, só se tem ideia do genótipo 
materno. 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Primeira Semana – Clivagens iniciais e Processo de Nidação 
- 1 a 2 dias (cerca de 30 horas após a fecundação): 2 blastômeros 
- No fim do segundo dia já se pode observar 4 blastômeros 
- 3º dia: 8 blastômeros. Após essa etapa, ocorre a compactação do embrião, constituindo a 
mórula. Assim, as células já não são mais totipotentes. 
- Dia 5 ao 6: Estágio de blastocisto. Já se observa a diferenciação de duas porções de 
células: Trofectoderma (trofoblasto) e Embrioblasto (botão embrionário). 
 
PS.: Nesse estágio, é feita a transferência do embrião ao útero. Muitos embriões, nos 
métodos de reprodução assistida, são perdidos nessa etapa, já que não conseguem 
implantar-se no útero. 
 O desenvolvimento de embriões humanos ocorre com total imersão do embrião pelo 
endométrio (implantação intersticial). 
 A clivagem dos blastômetos, durante a migração do embrião pela tuba, não 
aumenta o volume do embrião, apenas o número de células. 
 
- Ao fim da primeira semana, o embrião inicia sua comunicação com a parede uterina. Há 
a eclosão do embrião da zona pelúcida e início do processo de nidação. Ainda, acontece a 
diferenciação o trofectoderma em: 
Sinciciotrofoblasto: Essa estrutura é corrosiva e degrada, através de enzimas proteolíticas, 
glândulas e o tecido do endométrio, utilizando seu conteúdo para nutrição (embriotrofo), o 
que permite o desenvolvimento embrionário. Além disso, o sinciciotrofoblasto produz HCG. 
Citotrofoblasto: Camada interna de células. 
 
- O local ideal para implantação é a região posterior superior do útero. Quando a gestação 
ocorre fora da cavidade uterina, tem-se a Gravidez Ectópica. 
 Pode ser causada por qualquer fator que impeça a nidação correta do embrião. 
 A grande maioria dos casos ocorre nas trompas. 
 Outros locais de implantação: cavidade peritoneal, colo do útero (chamado de placenta 
prévia), parede da cérvix. 
- Reação da Decídua: Modificações que ocorrem no endométrio na região de implantação 
do embrião, principalmente devido à ação do trofectoderma. 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• Segunda Semana – Disco Bilaminar 
- Completa-se a implantação do blastocisto no útero, aprofundando-se no endométrio. 
- O embrioblasto se diferencia num disco embrionário bilaminar formado por: 
Epiblasto: células colunares e altas, relacionadas com a cavidade amniótica. Acompanha o 
âmnio. 
Hipoblasto: parte inferior mais fina, formada de células cúbicas adjacentes à cavidade 
exocelômica, futura cavidade coriônica. 
- Ao mesmo tempo, ocorre o surgimento de lacunas no sinciciotrofoblasto, preenchidas por 
sangue materno. Desse modo, os nutrientes ficam disponíveis para o tecido embrionário. 
Essas redes lacunares podem ser consideradas o primórdio dos espaços intervilosos da 
placenta, que determinam uma circulação útero placentária primitiva. 
- Aparece um espaço no embrioblasto, a cavidade amniótica. O epiblasto forma o assoalho da 
cavidade amniótica. 
- A membrana exocelômica e a cavidade por ela delimitada se organizam para formar o saco 
vitelínico primitivo. 
- Mesoderma extra-embrionário circunda o âmnio e o saco vitelínico e formará os espaços 
celômicos extra-embrionários. 
- O celoma extra-embrionário divide o mesoderma em duas partes: 
Mesoderma somáticoextra-embrionário: cobre o âmnio. Esse mesoderma unido a duas 
camadas de trofoblasto forma o córion. Ele contorna o saco vitelínico e a cavidade amniótica; 
esta, porém, não completamente, haja vista o local de formação do cordão umbilical, no 
pedículo do embrião. 
Mesoderma esplâncnico extra-embrionário: envolve o saco vitelínico. 
- O saco vitelínico primitivo diminui de tamanho e forma-se o saco vitelínico secundário. 
- No 10º dia, o embrião já está completamente implantado. 
- O fim da segunda semana é caracterizado por: 
Aparecimento das vilosidades coriônicas, que ocorre a partir da expansão de células do 
citotrofoblasto sobre o sinciciotrofoblasto. 
Formação da placa pré-cordal: se dá a partir do espessamento de algumas células do 
hipoblasto que se unem a células do epiblasto. A placa indica o local da futura boca e constitui 
um importante organizador da região da cabeça. 
- Por volta do 14º dia, o sinciciotrofoblasto já produziu HCG suficiente para ser detectado pelo 
testes de gravidez. 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 
• 3ª Semana – Gastrulação (Disco Trilaminar), Neurulação e Angiogênese 
- Estabelecimento dos folhetos embrionários e de seus derivados: 
- Linha primitiva > gastrulação > notocorda > neurulação. 
1. Gastrulação 
- É processo de transformação do disco bilaminar (epiblasto e hipoblasto) em disco trilaminar 
(três folhetos embrionários: ecto, meso e endoderme). Caracterizado pela morfogênese (dar 
forma ao corpo). 
- Se dá a partir do estabelecimento da linha primitiva, na região caudal. A invaginação de 
células do epiblasto, na região da linha primitiva, origina as células mesenquimais, que 
constituem o mesoderma do embrião. O surgimento da linha primitiva permite identificar o 
eixo cefálico-caudal do embrião. 
- O epiblasto forma o endoderma e o ectoderma do embrião. 
- Teratoma Sacrococcígeo: A linha primitiva, após a gastrulação, sofre degeneração e 
desaparece. Resquícios dessa linha, ou seja, sua permanência, podem causar o teratoma 
sacrococcígeo. 
2. Neurulação 
- Começa com a migração de células mesenquimais em direção cranial, até atingirem a placa 
pré-cordal, pela qual não atravessam. Essa migração gera um tubo, conhecido como 
notocorda. A notocorda é o primeiro eixo do embrião, o qual serve de base para o 
desenvolvimento do esqueleto axial (coluna vertebral). 
- A notocorda em desenvolvimento induz a ectoderme a formar a placa neural, primórdio do 
SNC. Essa células ectodérminas, estimuladas por indução da notocorda, se diferenciam em 
neuroectoderma. 
- A placa neural sofre uma série de modificações, até enfim formar o tubo neural: 
Placa Neural > Sulco Neural > Goteira Neural > Tubo Neural 
Com o fechamento da goteira neural, surgem duas cristas adjacentes, as cristas neurais. 
Enquanto o tubo neural origina o SNC, as cristas neurais foram elementos de SNP entre 
outros. 
Renan Donadel – ATM 18/1 
 
 
- O mesoderma ao lado da notocorda se modifica, sendo o mesoderma para-axial 
responsável pela formação dos somitos. 
Os somitos são pares de corpos cuboides localizados ao longo e adjacentes à notocorda. Sua 
formação é induzida pelo desenvolvimento da notocorda. Eles são muito úteis na 
determinação da idade do embrião, principalmente em casos de aborto. Originam: ossos do 
crânio; ossos da coluna vertebral; esterno; alguns músculos; derme subadjacente, etc. 
- O fechamento do tubo ocorre do meio para as extremidades. As últimas partes a se fechar 
são os neuróporos rostral e dorsal. O não-fechamento do tubo leva a doenças como a 
anencefalia e a mielomeningocele, em que o tecido fica exposto, não recoberto por pele. 
- No início da terceira semana dá-se a angiogênese. Os vasos primitivos são tubos formados 
a partir de células mesodérmicas, de aspecto estrelado. O coração é representado por um par 
desses tubos que se fundem e formam um coração tubular unido a vasos do embrião. Assim, 
se forma o sistema cardiovascular primitivo, proveniente de células mesenquimais. Ao final da 
terceira semana, o coração começa a bater. 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• Quarta a Oitava Semana – Organogênese 
- Ocorre a formação de estruturas internas e externas do embrião e, ao final da oitava 
semana, o embrião possui aspecto nitidamente humano. 
- Dobramento do disco trilaminar: antes era um embrião plano, em forma de “chinelo”; agora 
adquire aspectos humanos, em forma de “C”. Ocorre devido ao crescimento acelerado do 
encéfalo e da medula, não acompanhado pelo crescimento lateral. Esse dobramento ocorre 
em forma de “concha”: a dobra caudal é devida ao crescimento do tubo neural; já as dobras 
laterais, ao crescimento da medula e dos somitos. 
- Diferenciação dos folhetos 
Ectoderma: SN, epiderme e seus anexos (glândulas, pêlos, unhas), epitélio sensorial do nariz 
e dos olhos (retina), etc. 
Mesoderma: Tecidos Conjuntivos, músculos, vasos sanguíneos, gônadas, etc. 
Endoderma: Epitélio do trato digestivo e respiratório, pâncreas, fígado, etc. 
• Nona (Período Fetal) a 12ª Semana 
- Ocorre uma diminuição relativa do crescimento da cabeça em relação ao corpo. 
- Começa o ganho de peso e análise da viabilidade fetal (em relação a maturidade do feto). 
Em geral, precisam ter no mínimo 500g ao nascer. 
- Retorno do intestino para o abdômen. 
- Formação dos centros primários de ossificação, especialmente no crânio e ossos longos. 
- Genitálias masculina e feminina ainda parecidas. 
• 13ª a 16ª Semana 
- Na 14ª semana, já é possível verificar a genitália exteriorizada, o que permite definir o sexo. 
• 17ª a 20ª Semana 
- Os chutes do bebe já podem ser percebidos pela mãe. 
- Na 20ª semana, são perceptíveis a sobrancelha e os cabelos. 
- Formação da gordura marrom, responsável pela produção de calor fetal. 
• 21ª a 25ª Semana 
- Ganho substancial de peso. 
- Produção de surfactantes pelos pneumatócitos (evita o colabamento dos alveolos). 
- Presença de unhas. 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• 26ª a 29ª Semana 
- Os pulmões já são capazes de respirar. 
- Os olhos estão abertos com 26 semanas. 
- O baço é um local importante de hamatopoese. A eritropoese no baço termina na 28ª 
semana, quando a medula assume esse papel. 
• 30ª a 34ª Semana 
- Os reflexos pupilares à luz podem ser induzidos com 30 semanas. 
- A pele é rosada e lisa, devido ao lanugo e a vérnix caseosa. 
• 35ª a 38ª Semana 
- Com 36 semanas, as circunferências da cabeça e do abdômen são praticamente iguais. 
- O corpo é roliço, devido à alta disposição de gordura subcutânea. 
- O crescimento torna-se mais lento com a aproximação do nascimento. 
• Data esperada do Parto 
- 38 semanas, em casos de Reprodução Assistida. 
- 40 semanas após a última menstruação. 
 
• Placentação 
- A placenta é um órgão feto materno. 
Porção fetal: vilosidades coriônicas. 
Porção materna: região da decídua basal. 
PS.: Decídua: é a região do endométrio relacionada à gravidez. Subdivide-se em três 
porções: 
Basal: é a parte mais interna 
Capsular: porção superficial que recobre o feto; é forçada pelo crescimento 
Parietal: revestimento restante do útero 
- Na 2ª semana, pode-se considerar o início da placentação, com a invaginação de células do 
citotrofoblasto para o sinciciotrofoblasto. 
- Da 4ª para a 5ª semana, a cavidade amniótica se expande, obliterando a cavidade coriônica. 
- Por volta da 8ª semana, as vilosidades coriônicas cobrem a totalidade da superfície do saco 
coriônico. Com o crescimento do feto, a porção do saco coriônico voltado à região da decídua 
capsular, devido à pressão do crescimento, perde as vilosidades. Assim, o córion passa a 
apresentar duas regiões: córion liso e córion frondoso/viloso. 
Renan Donadel – ATM 18/1 
- A placenta é um disco de cerca de 500g. 
- A parte fetal da placenta prende-seà parte materna pela capa citotrofoblástica. 
- O sangue pouco oxigenado deixa o feto pelas artérias umbilicais, que se ramificam em 
varias artérias coriônicas. Depois de ser bem oxigenado, o sangue fetal retorna ao feto pela 
veia umbilical. 
- O transporte de substâncias é facilitado pela grande superfície da membrana placentária. 
Oxigênio, monóxido e dióxido de carbono são transportados por difusão simples, bem como 
ureia e ácido úrico, produtos da excreção fetal. 
- A maioria das drogas atravessa a placenta por simples difusão. Alguns vírus maternos 
também podem infectar o bebê através do cruzamento da barreira placentária. 
- O popular “rompimento da bolsa” refere-se ao rompimento do córion, com saída do líquido 
amniótico. 
Ilustração da Barreira Placentária 
 
 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
• OBSERVAÇÕES 
 
1. Exames Preliminares à Reprodução Assistida 
- Histeroscopia: é uma endoscopia da cavidade uterina, para verificar o estado do 
endométrio e possível obstrução das trompas. Não existe anestesia. 
- Histerosalpingografia: é um exame de raio-x da cavidade uterina que utiliza um meio de 
contraste (geralmente a base de iodo) para melhor visualização. Principalmente indicado 
para análise das trompas. Pode ser clínico ou cirúrgico. O exame clínico, o qual possui a 
finalidade de análise do útero, não existe anestesia. 
- Laparoscopia: é uma cirurgia pouco invasiva, com objetivo de tratar endometrioses ou 
casos de infertilidade. Ela ocorre através de uma incisão no umbigo, necessitando, 
portanto, de anestesia. 
- Espermograma: análise da quantidade de espermatozoides, formato e motilidade. 
Em um ejaculado normal, deve-se ter no mínimo 15 milhões de espermatozoides. Caso 
4% desses possuam características ideais à fertilização, o homem é considerado fértil. 
2. Ovário Policístico: 
É considerado um fator de infertilidade por alterar os ciclos hormonais da mulher, evitando 
a correta maturação e ovulação dos folículos. Sua causa está relacionada ao aumento da 
produção de hormônios masculinos na mulher, o que se reflete em característica como 
aumento de pelos e acne, engrossamento da voz, entre outros. 
O tratamento é feito com pílula anticoncepcional, a fim de regular esses hormônios. 
3. Desenvolvimento do pool ovariano 
 
Renan Donadel – ATM 18/1 
4. Morfologia espermática pelo critério de Kruger 
- Critério rigoroso de classificação. Diversas medidas são realizadas em cada 
espermatozoide, que é classificado como normal (oval) ou anormal. Talvez seja o parâmetro 
mais importante de toda a análise seminal, e correlaciona-se com diversos testes de função 
espermática. 
- É considerado normal quando a cabeça tem comprimento de 5 – 6 µm e espessura entre 2,5 
e 3,5 µm, configuração oval, lisa, regular e com região acrossômica entre 40 - 70% da área da 
cabeça do espermatozoide. As cabeças fora do padrão são consideradas anormais. Não deve 
haver nenhum defeito no pescoço, peça intermediária ou cauda. 
- Valor normal: 14% do total de espermatozoides. Abaixo de 4% correlaciona-se com pior 
prognóstico e entre 5-13% - poderão ser realizados testes de função espermática, avaliados 
caso a caso.

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