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TRABALHO DE ALUNOS SURDOS PASSEI DIRETO


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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
PRÁTICA TUTORIAL
UTA
PIRACICABA
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
PRÁTICA TUTORIAL
UTA
Prática Tutorial – UTA Fundamentos Pedagogicos Fase I no Curso de Pedagogia a Distância do Centro Universitário UNINTER
Polo associado: Piracicaba
Tutora local: Kamila Santos
PIRACICABA
 2015
	A INCLUSÃO DE SURDOS NA PERSPECTIVA DOS ESTUDOS CULTURAIS
O texto apresentado mostra que a escola pública é um direito de todos, e que toda educação é especial. No geral o texto aborda a inclusão de todos os alunos nas escolas e, neste particularmente aborda a inclusão de surdos, apresentando todos os avanços e dificuldades.
Assim falar sobre inclusão, significa estar atento para promover movimentos pedagógico-curriculares na escola que envolva todos os alunos, não como aglomerado de pessoas, e sim com histórias próprias, percepções particulares, enfim pessoas únicas. E, dentre essas pessoas estão os surdos, que desenvolveram ao longo de suas vidas estratégias visuais gestuais de apreensão e de expressão de mundo, constituindo-se assim a chamada cultura surda.
Estudos desenvolvidos em escolas da rede pública, dentre elas a escola de JOÃO PESSOA-PB, teve como objetivo investigar o processo de inclusão de alunos surdos. Os objetivos apresentados nesse estudo desenvolveu o seguinte texto: “analisar sob a ótica dos estudos culturais as concepções subjacentes à inclusão, tendo em vista a opinião de alunos surdos que estavam inseridos em salas de aula regulares”.
Por um bom tempo, o objetivo maior da educação especial foi à integração dos chamados deficientes na sociedade, onde o termo integração era usado para representar o processo educacional dos alunos especiais em escolas comuns, juntos com os “normais”. Esse trabalho realizado nas instituições especiais era voltado ao processo de reabilitação para preencher as falhas cognitivas, comportamentais, linguísticas e sociais dos alunos. Foi a partir da declaração universal dos direitos do homem, que nasceram as primeiras ideias sobre a inclusão.
As políticas públicas nacionais são favoráveis à inclusão, gerando esforços para que todos tenham acesso à escola regular, conforme a LDB (Lei 9394/1996) capítulo V, artigo 58, que prevê serviço de apoio especializado e professores especializados ou capacitados para atender aos portadores de necessidades especiais, principalmente na rede regular de ensino. Já no campo prático, temos iniciativas para atender critérios fundamentais para ter um desenvolvimento pedagógico adequado para as pessoas surdas: A LÍNGUA DE SINAIS. Para minimizar o problema da comunicação entre alunos ouvintes e surdos e professores ouvintes, surgiu o intérprete de LIBRAS (Língua brasileira de sinais), não sendo suficiente para a passagem de conteúdo escolar para surdos mesmo que estes dominem a língua de sinais, porque não garantem um ensino de qualidade.
Para que ocorra a inclusão das pessoas, é importante que as discussões específicas e pontuais sejam incluídas também numa discussão sistêmica, isto é, reformas curriculares, onde se apresentam em duas vertentes: no plano das políticas publicas tem sido relevantes às reformas curriculares que tem acontecido nos últimos anos, por isso a política curricular como um espaço público de tomada de decisão significa, então, aceitar que as escolas não devem ficar circunscritas a administrações centralizadoras, tanto os professores, alunos e pais, entre outros que atuam no contexto curricular, devem ser visto como decisores políticos. 
Já no plano das discussões teóricas, surgiu uma diversidade de perspectivas, o importante nessa discussão foi reconhecer que, para tentar tornar a sociedade mais humana, a escola deve buscar desbloquear os mecanismos da exclusão existentes.
Composta por três escolas da rede pública regular de ensino, sendo duas do ensino fundamental e uma do ensino médio, na cidade de JOÃO PESSOA-PB, onde foi feita a pesquisa com 12 (doze) alunos surdos.
Os dados foram obtidos a partir de entrevistas, com um roteiro previamente elaborado.
As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas, registrando os depoimentos de forma fidedigna. - De posse de todos os dados fez-se a transcrição passo a passo, em seguida foram classificados os dados a partir de uma leitura exaustiva e repetida dos depoimentos, isto é, de uma “LEITURA FLUTUANTE”. 
A análise de dados serviu de condução do processo descritivo, estabeleceu articulações entre dados e os referenciais teóricos da pesquisa. 
A pesquisa apontou o desconhecimento da língua de sinais por parte dos docentes e colegas
 	Aos alunos surdos perguntados quanto à forma de comunicação utilizada com os ouvintes, disseram que recorriam, basicamente, ao intérprete, além de usar a leitura labial, mímica e oralização.
Os alunos destacaram as dificuldades quanto à inclusão escolar entre elas: falta de instrutor; aprendizado da língua portuguesa; inadequação do ambiente escolar; número insuficiente de intérprete; falta de capacitação dos professores para aprendizado das libras; falta de material didático específico.
Na visão sobre o ser surdo, em depoimentos dos próprios surdos marcou aspectos que enfatizavam a questão da NORMALIDADE X DEFICIÊNCIA, como: à limitação imposta pela falta de audição; características do surdo; evocando a normalidade; sentimento de tristeza pelo fato de serem surdos e ao fato de o surdo ser especial.
O autor deixa claro no texto as dificuldades enfrentadas pelos surdos, como: quanto à inclusão; currículo escolar; língua de sinais; o intérprete; comunicação e aceitação dos surdos em sua totalidade.
Há que se ter uma maior reflexão curricular no âmbito educacional procurando transformar a escola em um ambiente democrático, onde se estabeleça múltiplas relações entre o eu e, o outro; onde se reconheça não só a condição bilíngue do surdo, suas diferenças e potencialidades para o desenvolvimento de um currículo para todos.
Referências
file:///C:/Users/User/Documents/A%20INCLUS%C3%83O%20DE%20SURDOS%20NA%20PERSPECTIVA%20DOS%20ESTUDOS%20CULTURAIS%20(1).pdf