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1 Enfª. Msc. Maria Terezinha Honorio Membro do Grupo Interdisciplinar do Cuidado de Pessoas com Feridas HU/UFSC Maior sistema orgânico do corpo, participa de muitas funções vitais do organismo. mede +- 2 m² 1 a 4 mm de espessura16% do peso corpóreo 2 • Epiderme • Derme Constituída de: Seguida de: •Tecido subcutâneo ou hipoderme; • Fáscia • Músculo • órgãos e ou ossos. 3 Formada principalmente por: • Queratinócitos - proteína resistente e impermeável - protege de a agressores externos com a ajuda dos lipídios . • Melanócitos - pigmentação - proteção contra irradiações. * É avascular e recebe os nutrientes da derme, por difusão. Epiderme Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Principais funções: • manter a pele hidratada; e • proteger de agressores externos. 4 Possui: • 1 melanócito para cada 10 queratinócito •Células de Langerhans- fagocitárias •Células de Merckel- entre células basais – mecânoreceptoras em áreas de alta sensibilidade tátil – dedos, lábios, boca e membrana externa do foliculo piloso. • pH levemente ácido - em torno de 5,0 inibindo proliferação de microorganismos Epiderme 5 • Camada córnea • Camada lúcida • Camada granulosa •Camada espinhosa • Camada basal - estrato germinativo Fonte figura site:http://www.chups.jussieu.fr/polys/histo/histoP2/peau&IMG39.html Camadas da epiderme 6 Camada basal ou estrato germinativo. •células cúbicas jovens, em constante multiplicação (mitose) = chamadas de ceratinócitos ou queratinócitos; • justaposta ao tecido conjuntivo; • rica em células tronco; •migram para a superficiais sofrendo modificações- corneificação: citoplasma é substituído por uma proteína fibrosa; • cristas epidérmicas projetam-se para o interior da derme, promovendo a junção dermoepidermica que dá sustentação a epiderme e facilita a troca de líquidos (difusão). (WOUND CARE MADE INCREDIBLY EASY, 2006) • contem melanócitos entre os queratinócitos - sintetizam melanina pela ação da enzima tirosinase sintetizada no reticulo endoplasmático rugoso ; • os granulos de melanina migram pelos prolongamentos dos melanócitos, e são injetados no citoplasma dos queratinócitos. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004) Figura extraída do site: http://www.adeliamendonca.com.br/dicas/img/pigmentar.jpg 7 •Camada espinhosa • células cubóides - com núcleo central - citoplasmas com feixes filamentares de queratina; • tornam-se mais achatadas pela retração da membrana plasmática dos queratinócitos –são mantidas unidas pelos desmossomos,dando origem ao formato de espinhos; • filamentos de queratina + desmossomos = manutenção da coesão entre as células e conseqüente resistência ao atrito. • também possui células tronco, porém se reproduzem em menor número (JUNQUEIRA; CARNEIRO 2004) • nesta camada já inicia a morte dos queratinócitos; • aparecer os corpúsculo de Odland que liberam lipídios que auxiliam na impermeabilização da pele (JORGE E DANTAS, 2003). 8 •Camada granulosa • possui 3 a 5 camadas de células poligonais achatadas, com citoplasma cheio de grânulos basófilos. • queratinócitos atingem seu tamanho máximo, chegando a fase de maturação e começam a morrer. •Camada lúcida •é mais evidenciada na pele mais espessa e sem folículos; • camada fina de células achatadas, hialinas (translúcidas) • anucleadas (núcleos e organelas digeridos por enzimas dos lisossomos) • citoplasma com grande número de filamentos de queratina compactados (JUNQUEIRA; CARNEIRO 2004). 9 •Camada córnea • cel. queratinizadas mortas, anucleadas e achatadas- citoplasma repleto de queratina - descamam e são substituídas constantemente. (JUNQUEIRA; CARNEIRO 2004) • levam em média 14 dias para migrar do estrato germinativo até o córneo • é responsável pelo aumento da espessura da pele, principalmente na palma da mão e sola dos pés • quando íntegra proporciona proteção contra desidratação, agressão de substâncias químicas, invasão microbiana e radiação ultravioleta... • sua consistência seca dificulta o crescimento e a reprodução de microorganismos que precisam do meio úmido para se fixar. ( IRION, 2005) 10 11 •Derme Principais funções: • elasticidade • regulação •pH levemente alcalino. Camada: • Papilar: é delgada, forma evaginações que divide a derme da epiderme; e possui fibrilas especiais de colágeno. • Reticular: é mais espessa, nela se encontram as demais estruturas: -tecido conjuntivo rico em colágeno e elastina; - capilares; - glândulas sebáceas; - folículos pilo-sebáceos; - glândulas sudoríparas; -terminações nervosas... 12 Figura: http://www.forp.usp.br/mef/embriologia/pele_anexos.htm •Derme • Constituída sobretudo por tecido conjuntivo frouxo com predominância de células adiposas. Principais funções: • proteção contra traumatismo; • isolamento térmico – a gordura é má condutora de calor; • delimita os contornos; • preenche de espaços entre os órgãos viscerais; • reserva energética. •Hipoderme ou tecido subcutâneo 13 Anexos da pele • PÊLOS • UNHAS •GLÂNDULAS - sebáceas – sudoríparas - mamárias 14 - composto de queratina e melanina - raiz inserida na derme - diáfise se projeta além da pele - caem em média 50 -100 fios por dia. FUNÇÕES DOS PÊLOS: - filtrar poeira, insetos e resíduos carreados pelo ar. - isolamento térmico. A – cutícula – escamas queratinizada B- córtex – queratina e melanina C- - medula- fracamente queratinizada. 15 PÊLOS 16 UNHAS - placa de queratina endurecida e transparente; - cresce de 0,1mm/dia. - renovação: - as das mão 6 meses - as dos pés 12-18 meses FUNÇÕES DAS UNHAS: - Proteção dos dedos das mãos e pés - promove funções finas, apuradas, e - auxiliar na apreensão de objetos. C1 - GLANDULAS SEBÁCEAS • localizam-se na derme • são estruturas lobulares e saculares, originadas pelas proliferações das células epiteliais do folículo; • seus ductos podem desembocar nos ductos pilosos ou não, p. ex.: lábios, pálpebras, pênis, e mamilo. • secretam óleo (sebo) sobre a pele: substância gelatinosa com pH médio de 3,5. Figura:http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_199.htm17 GLÂNDULAS FUNÇÕES DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: Proteção: - lubrifica - torna a pele e pêlos a prova d’água - inibe crescimento de microorganismos na pele. http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_199.htm18 Figura: http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_199.htm Acne (ex. vulgar ou juvenil): - hipersecreção de sebo - obstrução da abertura do folículo pilosebáceo. - no adolecente - hiperatividade das glândulas por ação hormonal - tratamento consiste no uso de inibidor da secreção das glândulas sebáceas p. ex. Isotretinoína. 19 Figurahttp://www.hitechlive.com.br/cravos-e-espinhas-os-mitos-da-acne/ DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: Acne neonatal : – causada pela presença de hormônio andrógeno materno que podem permanecer no organismo do bebe até 6 meses. - Aparece entre 3ª e 4ª semana de vida 20 Figura: http://dicasdepediatria.blogspot.com/2007/08/acne-neonatal.html DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: -dermatite perioral – uso cremes provocando oclusão, corticóides tópico por longo prazo. 21 Figura: http://www.dermis.net/dermisroot/pt/30964/image.htm DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: - xerodermia (ressecamento e descamação): hiposecreção - Idoso – menor número – ressecamento – baixa da proteção. 22 DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: Cistos sebáceos:- tumor benigno - originado da porção infundibular do folículo piloso – também chamado de cisto epidérmico ou queratinoso - possui cápsula composta de epiderme, pele morta, excreções cutâneas e outras partículas cutâneas. - cresce lentamente 23 Fonte figura: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/cistos.shtml milium DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: C.2- GLÂNDULAS SUDORÍPARAS : FUNÇÃO : secretar suor. Anexos da pele Écrinas Apócrinas Abrem-se diretamente na pele Abrem-se nos folículos pilósos Localizam-se no corpo todo - em maior número na: - palma das mãos; - planta dos pés; - testa e no pescoço. localização mais concentrada em: -Axilas; -cabeça e região pubiana; -grandes lábios; -ao redor do mamilo. Suor composto = água (99%) + eletrólitos/substâncias metabólicas (1%) incolor, inodoro. Suor composto = secreção leitosa, proteínas, açúcares, amônia e gorduras. Pode eliminar litros de água frente ao calor, para regular a temperatura. Propicia a proliferação bacteriana originando o mal cheiro. 24 * HIPERIDROSE: - sudorese excessiva, sem cheiro. *ANIDROSE – pele ressecada- causas: neurológicas; congênitas: medicamentosa, senil… * BROMIDROSE : - odor desagradável de algumas transpirações pela proliferação bactériana ,(umidade e calor) – p. ex.: axilas e pés. Figura: ttp://www.clinade.com.br/atuacao/suor.html lipoaspiração 25 ALGUNS DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SUDORIPARAS: C. 3 - GLANDULAS MAMÁRIAS Segundo Dangelo (1996), é considerada um anexo da pele, pois seu parênquima é formado de glândulas cutâneas (sudoriparas) modificadas que se especializam na produção de leite após o período gestacional. Fonte figura: http://bp0.blogger.com/_ayB_UOMOmWM/SGTrKHp6y5I/AAAAAAAAE5E/NUoCMbQx5Dw/s1600-h/mama%5B1%5D.jpg 26 Proteção contra agentes externos: forças mecânicas, químicas, térmica, irradiação, microrganismos... Equilíbrio hídrico: regula a evaporação de líquidos Síntese de Vitamina D: essencial para o metabolismo do cálcio Regulação da temperatura: glândulas sudoríparas e piloereção; vasoconstrição e vasodilatação Resposta Imune: • alberga leucócitos, linfócitos • mastócitos- liberação de mediadores químicos da inflamação - proteção contra parasitas. • células de Langerhans- processam os antigenos invasores e os levam aos gânglios linfáticos Percepção Sensorial: tato, dor, calor... um órgão importante na função sexual Barreira hídrica: envoltório celular glicolipídico. Comunicação: Expressão facial; afago, toque... identificação,contorno corporal, influencia na auto imagem/indicador de parâmetros de beleza 27 Prematuro = pele imatura; Sem as defesas naturais levando a: • perda de água; • aumento da demanda calórica; • perda de calor; • absorção de toxinas. •pH 7,0 Precisamos ter um olhar diferenciado para as características da pele em cada faixa etária: 28 Solução de continuidade de qualquer tecido mole, com ou sem perda de substâncias, a qual o organismo reage através de alterações biológicas locais e sistêmicas. Pode atingir a epiderme,derme, tecido subcutâneo, fáscia músculos chegando a expor estruturas profundas. 29 Trauma Inicio do processo de cicatrização 30 31 • Estancar a perda sangüínea • Remover patógenos e restos celulares da ferida • Reparar o tecido mais profundo danificado • Promover a reepitelização • Remodelar o tecido cicatricial. No processo de cicatrização o corpo mobiliza esforços no sentido de: 32 É um processo complexo, sistêmico,dinâmico, caracterizado por uma cascata de eventos celulares e moleculares, envolvendo fenômenos bioquímicos e fisiológicos, iniciado pelo trauma, influenciado por fatores sistêmicos e locais, assim como pelas intervenções externas sobre a lesão, e que tem como objetivo a restauração tissular. Regeneração celular : mantém as estruturas fisiológicas normais. Acontece em lesões superficiais da epiderme. Reparação celular: não recupera as estruturas fisiológicas normais e anatomicamente perdidas. não é universal 33 Independente da etiologia do trauma, a cicatrização tende a seguir um curso previsível e continuo, que pode sofrer interferências interna e externa ao organismo E pode ser por: 1ª intenção - fechada: bordos regulares unidos ( sutura, cola biológica) – mínima perda tecidual , resposta inflamatória rápida, risco mínimo de complicações. 34 Figura: http://www.forp.usp.br/restauradora/laser/Luciana/Image96.gif A cicatrização pode se dar por: 2ª intenção - aberta : certo grau de perda tecidual, ou com seqüência de complicações, maior resposta inflamatória, período cicatricial prolongado, maior incidência de defeitos cicatriciais. 35 http://www.forp.usp.br/restauradora/laser/Luciana/Image96.gif É importante sabermos reconhecer as etapas desse processo, para que possamos implementar os cuidados adequados para cada situação. 36 1ª Fase: Hemostásica e Inflamatória ou exsudativa 2ª Fase: Proliferativa ou de granulação 3ª Fase: Maturação 37 Fases da cicatrização 1ª Fase: Hemostásica e Inflamatória- 1- 4 dias 38 Ativação do mecanismo de defesa imunológica: acionado sistema cinina- liberação substâncias vasoativas- aumento permeabilidade capilar – atração de agentes de defesa liberação de enzimas proteolíticas (colagenase, elastase e hidrolase ácida) – aparecimento dos sinais flogísticos: rubor, calor, dor, edema. Ativação do sistema de coagulação: vasoconstrição – tampão plaquetário – conversão de protrombina em trombinna que transforma o fibrinogênio em fibrina insolúvel que se adere ao vaso – formando do coagulo Coagulo : • importante matriz provisória de regeneração para migração celular e orientação dos fibroblastos; • reservatório substâncias reguladoras. Fases da cicatrização 2ª Fase: Proliferativa - 5 a 20 dias Tem a mitose como atividade dominante 39 - Macrófagos liberam fatores de crescimento da epiderme - proliferação de células epiteliais a partir da borda da ferida Epitelização simultaneamente á granulação Neoangiogenese : – liberação de fatores de crescimento de fibroblastos – síntese ativa de colágeno - Granulação Figura: http://cienciahoje.uol.com.br/60248 Fases da cicatrização 3ª Fase: Maturação – 21 dias a meses/anos 40 -Reorganização das fibras de colágeno - Regeneração dos vasos linfáticos e redução da capilarização Retração da ferida e aumento da força tensil que pode atingir até 80% da força natural. www.estudosobre.com/Cicatriza%C3%A7%C3%A3o • eliminação do agente agressor • irrigação sanguinea • nutrição e oxigenação adequada Elementos indispensáveis para a cicatrização: 41 Fatores que interferem no processo de cicatrização • Infecção local • suprimento sanguíneo • região do corpo • extensão da lesão • desvitalização tecidual • corpos estranhos • edema • Ressecamento Fatores mecânicos : • pressão, cisalhamento e fricção; • mobilização local (tensões); • curativos repetidos; • tipo de coberturas; Locais: 42 •idade • estado nutricional • queda da defesa imunológica • distúrbios da coagulação • drogas medicamentosas: antiinflamátório, quimioterápicos corticóides (inibem cel. defesa) • ingesta de álcool • hipotermia e hipertermia • status psicológico - stress • status neurológico • doenças associadas: vascular, diabetes, obesidade, hepatopatias.. • fumo- vasoconstrição• Insônia Gerais: Ex.: Fatores locais que interferem na cicatrização extensão local deficiência de suprimento sangüíneo edema Presença de necrose 43 Complicações na cicatrização Infecção e deiscência Retração 44 Winter ( 1962) realizou várias pesquisas evidênciando que a utilização de curativos que mantém o meio úmido favorece consideravelmente o processo de cicatrização. Tem início as primeiras pesquisas sobre cicatrização de feridas: 45 Turner em 1986: fez uma revisão dos tipos de curativos utilizados desde 1923 e descobriu que não houve muitas mudanças até 1980. Descreve o curativo ideal: baseando-se nas pesquisas realizadas desde 1960. 46 Curativo Ideal 47 Manter umidade entre a ferida e o curativo Remover excesso de exsudação Permitir troca gasosa Fornecer isolamento térmico Ser impermeável à bactérias Ser asséptico Permitir a remoção sem traumas 48 PRINCÍPIOS PARA O CURATIVO IDEAL segundo TURNER – 1982 Conforto ao paciente Fácil adaptação às diversas partes do corpo Evitar trocas freqüentes Boa relação custo / benefício 49 50 Objetivos Conhecer o cliente de forma integral: aspectos sócio- econômico, psicológico e de saúde; Planejar o cuidado de forma realista, compartilhando este planejamento com equipe e o cliente; Implementar condutas adequadas buscando a otimização do processo de cicatrização; Avaliar os efeitos do cuidado e comparar resultados. Inicia com: 51 Avaliação Técnica Material 1-Conhecer o cliente Eliminar/amenizar fatores de risco para a cicatrização Conhecer o material disponível Orientar cliente e equipe 3-Conhecer a ferida: instrumento de avaliação 2-Classificar a ferida Aspectos a considerar na avaliação: 52 1 -AVALIAÇÃO DO CLIENTE COM LESÃO: possíveis causas e fatores que estejam ou possam interferir no processo de cicatrização. 53 • Capacidade de mobilidade: no leito ou na deambulação AVALIAÇÃO DO CLIENTE 54 • Capacidade de mobilidade: no leito ou deambulação AVALIAÇÃO DO CLIENTE 55 Presença de incontinência: urinária e fecal Acrodermatite enteropática: Relacionada a deficiencia de absorção de zinco- herança autossômica recessiva- também pode ser adquirida www.ibemol.com.br/cutis/artigos/acrodermatite.asp AVALIAÇÃO DO CLIENTE 56 http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=129 alcoolismo Comorbidade: tabagismo, alcoolismo... Tabagismo - A nicotina (vasoconstrictor)= isquemia tissular, diminuição de fibroblastos e macrófagos. O monóxido de carbono diminui o transporte e o metabolismo do oxigênio = cicatrização lenta. Metamorfose do corpo do fumante: AVALIAÇÃO DO CLIENTE 57 Condição de saúde: doenças associadas – implicações AVALIAÇÃO DO CLIENTE 58 DIABETES - síntese do colágeno está diminuída na deficiência de Insulina - com a microangiopatia cutânea, há uma piora na oxigenação - maior suscetibilidade a infecção. - neuropatia diabética – diminui a sensibilidade - retinopatia – diminui capacidade de prevenção e dificulta o autocuidado - Nefropatias – pode levar a insuficiência renal. Meta primordial: - compensar o Diabetes, e - prevenir complicações Fonte figuras: http://www.professorsoares.adv.br/diabete2.jpg http://programapediabetico.googlepages.com/ Condição de saúde: doenças associadas – implicações AVALIAÇÃO DO CLIENTE 59 OXIGENAÇÃO ALTERADA: anóxia = síntese de colágeno pouco estável, com formação de fibras com menor força mecânica. Fonte figuras: http://saude.hsw.uol.com.br/enfisema.htm- www.tribunamedicapress.pt/internacional-1/219 - Condição de saúde: doenças associadas – implicações AVALIAÇÃO DO CLIENTE 60 ESTADO IMUNOLÓGICO - a ausência de leucócitos = retardo da fagocitose e da lise de restos celulares= prolongamento da fase inflamatória = predisposição à infecção; com a ausência de monócitos a formação de fibroblastos é deficitária. Fonte figuras: http://juhmag.blogspot.com/2008/03/baixa-imunidade.html http://biovida12.blogspot.com/2008/04/criao-de-medicamentos-para.html Terapia medicamentosa utilizada: anticoagulantes, antibióticos - quimioterapicos, corticosteróide, antiinflamatórios DROGAS – esteróides = seu efeito antiinflamatório retarda e altera a cicatrização. QUIMIOTERAPIA - promovem neutropenia= predisposição à infecção; - inibem a fase inflamatória inicial da cicatrização e interferem na síntese protéica e na mitoses celulares. AVALIAÇÃO DO CLIENTE 61 Incidência de dor AVALIAÇÃO DO CLIENTE 62 http://4.bp.blogspot.com/_xsUlKeTTMVA/SQGt_a9r-aI/AAAAAAAAAa0/phoUvmEbapQ/s320/palhaco_triste.jpg Também temos que ser sensíveis a linguagem não verbal. Incidência de dor AVALIAÇÃO DO CLIENTE A dor pode gerar: - Estresse/ansiedade/angustia - Insônia - Alteração da cognição – leva a não aderência ao tratamento. -A analgesia adequada alivia estes sintomas, e - a avaliação das características e intensidade da dor pode auxiliar no diagnóstico, Claudicação; Dor provocada pela insuficiência arterial aparece com a deambulação Infecção: sinais flogísticos 63 Estado Nutricional: avaliação subjetiva, aceitação alimentar, exames laboratoriais (hematócrito, hemoglobina, albumina) Implementação de suporte nutricional: enteral (oral ou por sonda) ou parenteral AVALIAÇÃO DO CLIENTE 64 AVALIAÇÃO DO CLIENTE Capacidade cognitiva do portador da ferida e da familia Não entendiiiiiii 65 2- CLASSIFICAR A FERIDA 66 CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICAS TRAUMÁTICAS ULCERATIVAS CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA 67 Classificação pela CAUSA Cirúrgicas Não Cirúrgicas (Clas-Van-Chronic Wound Care, 1997) Feridas Crônicas (deiscência/ infecção) Feridas Agudas (incisões) Feridas Agudas Feridas Crônicas Úlceras por Pressão Úlceras diabética Úlcera venosa e arterial Traumática s 68 são originadas de cirurgias ou traumas e a reparação ocorre em tempo adequado, sem complicações Crônicas são aquelas que não são reparadas em tempo esperado, e apresentam complicações. 69 Dealey (2002) As feridas ainda podem ser classificadas: 70 Quanto ao comprometimento/ perda tecidual ou profundidade: Dealey (2002) discorre a classificação a seguir como sendo a mais utilizada na descrição de queimaduras ou até mesmo úlceras por pressão: Feridas superficiais: somente a epiderme é comprometida. Feridas de espessura parcial: compromete a epiderme e parte da derme. Os folículos capilares e glândulas sudoríparas sofrem lesão parcial. Ferida de espessura total: compromete toda a epiderme e derme, podendo envolver tecidos mais profundos processo de cicatrização mais demorado. Fonte figura: NPUAP (2007) 71 3- AVALIAÇÃO DO ESTADO DA FERIDA : conhecer a lesão através da utilização de instrumentos de avaliação. 72 AVALIANDO A FERIDA Qual o tamanho ? Qual a localização ? Há quanto tempo existe ? É infectada ou colonizada ? Qual é o agente infectante ? Necessita debridamento ? De que tipo ? Que cobertura usar ? Está em qual fase da cicatrização ? Como está a pele ao redor ? Tem odor ? Tipo? Intensidade? Tem exsudato ? Instrumento para avaliação de feridas, especificamente para úlceras de pressão : AVALIAÇÃO DA FERIDA PUSH - PRESSURE ULCER SCALE FOR HEAL - 1998 BATES-JENSEN, Bárbara - Instrumento com avaliação - 1990 Instrumento para avaliação de feridas, especificamente para úlceras de pressão: AVALIAÇÃO DA FERIDA • PUSH - PRESSURE ULCER SCALE FOR HEAL (1998) ( Versão adaptada por Santos, Azevedo, Silva, Carvalho, de Carvalho, 2004) De fácil utilização – avalia somente três itens: - Tamanho - quantidade de exsudato - tipo de tecido A ferramenta PUSH para medição e avaliação da progressão de úlceras de pressão foi apresentada em 1998 pela NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel), uma associação norte americana, que se dedica ao estudo das úlceras de pressão. Avalie a UP (ferida) em intervalos regulares, registrando a data, o número da UP, os sub- escores de cada características e escore total na tabela a seguir, para cada UP avaliada. Data UP 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Compr. X Largura Qtd. de exsudato Tipo de Tecido Escore Total PUSH Comp. X Larg. 0 0 cm² 1 0.3 cm2 2 0.3-0.6 cm2 3 0.7- 1.0 cm2 4 1.1- 2.0 cm2 5 2.1- 3.0 cm2 6 3.1- 4.0 cm² 7 4.1- 8.0 cm2 8 8.1- 12. 0 cm 2 9 12.1- 24.0 cm2 10 >24 .0 cm2 Quanti dade Exsuda to 0 Ausen te 1 Pequ e na 2 Moder ada 3 Grand e Tipo de Tecido 0 Ferida Fecha da 1 Tecid o Epite lial 2 Tecido de Granu lação 3 Esface lo 4 Tecido Ne crótic o Os escores vão de 0 a 17 Instrumento para avaliação de feridas, especificamente para úlceras de pressão : • BATES-JENSEN, Bárbara - Instrumento com avaliação detalhada de 13 itens - mais completa porem mais complexa – dificultando a adesão dos profissionais da saúde. Os itens são: tamanho, profundidade, bordas, descolamento, tipo de tecido necrótico, quantidade de tecido necrosado, quantidade de exsudato, cor da pele ao redor da ferida, edema de tecido periférico, endurecimento de tecido periférico, tecido de granulação, epitelização. AVALIAÇÃO DA FERIDA A avaliação deve ser realizada uma vez por semana ou sempre que ocorrer alguma mudança significativa na ferida. Conhecer a ferida: Tipo de granulação Tipo e quantidade de exsudato Tipo e quantidade de tecido necrótico Descolamento Epitelização Tamanho Profundidade Bordas Sinais de infecção Localização (instrumento de avaliação do estado da úlcera de pressão – Bárbara Bates- Jensen, 1990 – adaptado) AVALIAÇÃO DA FERIDA Área/tamanho Medida Linear: Usar uma régua para medir : maior comprimento X maior largura = área em cm2 Decalque (acetato) AVALIAÇÃO DA FERIDA BIDIMENSIONAL MENSURAÇÃO TRIDIMENSIONAL x x x Medida Linear: usar regua e cotonete (comp X largura X profundidade) Molde (volume): instilação, espuma... Fonte: Van Rijswijk L. In Chronic Wound Care, 1997 Profundidade: extensão dos tecidos envolvidos 1- dano tecidual sem solução de continuidade- eritema. 2- dano superficial (abrasão, bolha ou cratera rasa) - perda parcial envolvendo epiderme e ou derme. 3- dano profundo – dano ou necrose envolvendo o tecido subcutâneo podendo estender-se até a fáscia sem envolve-la. 4- sem possibilidade de visualização das camadas de tecidos devido a presença de necrose 5- comprometimento de estruturas de suporte (tendões, músculos, etc) AVALIAÇÃO DA FERIDA 1 2 2 5 4 3 Bordas Bordas indefinidas - Bordas bem definidas e não aderidas ao leito da ferida, enroladas para baixo, - Epitelização prejudicada. - Descolamento Bordas bem definidas, aderida, plana e nivelada com o leito da ferida AVALIAÇÃO DA FERIDA Queratose - dura rígida ao toque 1 2 3-4 5 Maceração Descolamento AVALIAÇÃO DA FERIDA Inserir um aplicador sob a borda da ferida e medir a distância entre a marca na pele e a borda da ferida Levantar o ponto do aplicador para ser visualizado na superfície da pele ao redor da ferida Marcar com a caneta Continuar o processo ao redor de toda a ferida Usar mensurador da ferida Determinar a percentagem da ferida envolvida Fonte figura: www.eerp.usp.br/projetos/feridas/tratpres.htm AVALIAÇÃO DA FERIDA Tipo de tecido Tecido de granulação saudável: - vermelho vivo; - brilhante; - pouco sangrante Granulação com suprimento vascular deficiente ou infectado: - róseo ou vermelho opaco. -sangrante Tipo de tecido Necrótico Necrose branca Necrose cinza Escara preta Esfacelo amarelo Esfacelo amarelo Necrose preta- escara A quantidade de tecido necrótico pode ser citada em percentual, se referindo a área total do leito da ferida. Exsudato: cor, odor e quantidade AVALIAÇÃO DA FERIDA TIPO DE EXSUDATO Sanguinolento: fino, vermelho, brilhante Serosanguinolento: fino, aguado de vermelho pálido para róseo Seroso: fino, aguado, claro Purulento: fino ou espesso, de marrom opaco para amarelo Purulento fétido: espesso, de amarelo opaco para verde, com forte odor. QUANTIDADE DE EXSUDATO Nenhum - ferida seca Escasso – ferida úmida, não mensurável Pequeno – ferida molhada, drenagem < 25% da cobertura Moderado: ferida saturada, drenagem > 25% para < 75% da cobertura Grande – ferida banhada em fluídos, drenagem abundante, drenagem > 75% da cobertura exsudato purulento Exsudato sanguinolento exsudato seroso Localização Posição anatômica Relação com a causa AVALIAÇÃO DA FERIDA Epitelização AVALIAÇÃO DA FERIDA A quantidade de área epitelizada pode ser citada em percentual referindo-se ao total do leito da ferida. 70% da área epitelizada Processo de recobrimento epidérmico 75% a < 100% da ferida coberta 50% a < 75% da ferida coberta 25% a < 50% da ferida coberta < 25% da ferida está coberta Estando alerta para sinais de infecção AVALIAÇÃO DA FERIDA • Halo de hiperemia • Edema • Exsudato purulento, fétido e necrose • Palidez do tecido • Dor • Mal estar • Atraso na cicatrização Sinais de infecção: Locais : calor, eritema ou hiperemia, exsudato, odor edema, dor .... Sistêmico: - hipertermia - mal estar - anorexia ... Infecção Cliente e Profissional Direto objetos Auto contaminação Os microorganismos chegam até as feridas Dispersão das bactérias no ar Pele Trato gastrintestinal para o leito da ferida • as bactérias são capazes de : 644Penetrar 64 camadas de gaze • ficar suspensas no ar até 30 minutos Laurence J. C. et al 2004 ( Wound dressing) • secretar enzimas e toxinas que interferem na cicatrização. • ficam na superfície da ferida e não se proliferam Nas feridas contaminada: • se proliferam só na superfície, não retardando a reparação tecidual As bactérias Nas feridas colonizadas: • já retardam a cicatrização (Falanga). Nas feridas com colonização crítica: Nas feridas infectadas: • estão no interior dos tecidos, nas camadas mais profundas e retardam a cicatrização.
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