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Anatomia da Pele

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1
Enfª. Msc. Maria Terezinha Honorio 
Membro do Grupo Interdisciplinar do Cuidado de Pessoas com Feridas HU/UFSC 
Maior sistema orgânico do corpo,
participa de muitas funções vitais 
do organismo.
mede +- 2 m² 1 a 4 mm de espessura16% do peso corpóreo
2
• Epiderme
• Derme
Constituída de:
Seguida de: 
•Tecido subcutâneo ou hipoderme;
• Fáscia
• Músculo
• órgãos e ou ossos.
3
Formada principalmente por: 
• Queratinócitos - proteína resistente e impermeável - protege de
a agressores externos com a ajuda dos lipídios .
• Melanócitos - pigmentação - proteção contra irradiações. 
* É avascular e recebe os nutrientes da derme, por difusão.
Epiderme Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado 
Principais funções:
• manter a pele hidratada; e
• proteger de agressores externos. 
4
Possui: 
• 1 melanócito para cada 10 queratinócito
•Células de Langerhans- fagocitárias
•Células de Merckel- entre células basais – mecânoreceptoras 
em áreas de alta sensibilidade tátil – dedos, lábios, boca e 
membrana externa do foliculo piloso.
• pH levemente ácido - em torno de 5,0 inibindo proliferação
de microorganismos
Epiderme
5
• Camada córnea
• Camada lúcida 
• Camada granulosa
•Camada espinhosa
• Camada basal - estrato germinativo 
Fonte figura site:http://www.chups.jussieu.fr/polys/histo/histoP2/peau&IMG39.html
Camadas da epiderme
6
Camada basal ou estrato germinativo.
•células cúbicas jovens, em constante multiplicação (mitose) =
chamadas de ceratinócitos ou queratinócitos;
• justaposta ao tecido conjuntivo;
• rica em células tronco; 
•migram para a superficiais sofrendo modificações- corneificação:
citoplasma é substituído por uma proteína fibrosa;
• cristas epidérmicas projetam-se para o interior da derme, promovendo
a junção dermoepidermica que dá sustentação a epiderme 
e facilita a troca de líquidos (difusão). 
(WOUND CARE MADE INCREDIBLY EASY, 2006)
• contem melanócitos entre os queratinócitos - sintetizam 
melanina pela ação da enzima tirosinase sintetizada no
reticulo endoplasmático rugoso ;
• os granulos de melanina migram pelos prolongamentos dos 
melanócitos, e são injetados no citoplasma dos queratinócitos. 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004)
Figura extraída do site: http://www.adeliamendonca.com.br/dicas/img/pigmentar.jpg
7
•Camada espinhosa
• células cubóides - com núcleo central - citoplasmas 
com feixes filamentares de queratina;
• tornam-se mais achatadas pela retração da membrana 
plasmática dos queratinócitos –são mantidas unidas
pelos desmossomos,dando origem ao formato de espinhos;
• filamentos de queratina + desmossomos = manutenção da coesão
entre as células e conseqüente resistência ao atrito. 
• também possui células tronco, porém se reproduzem 
em menor número (JUNQUEIRA; CARNEIRO 2004)
• nesta camada já inicia a morte dos queratinócitos;
• aparecer os corpúsculo de Odland que liberam
lipídios que auxiliam na impermeabilização da pele (JORGE E DANTAS, 2003). 
8
•Camada granulosa 
• possui 3 a 5 camadas de células poligonais achatadas, 
com citoplasma cheio de grânulos basófilos. 
• queratinócitos atingem seu tamanho máximo, 
chegando a fase de maturação e começam a morrer. 
•Camada lúcida
•é mais evidenciada na pele mais espessa e sem folículos;
• camada fina de células achatadas, hialinas (translúcidas)
• anucleadas (núcleos e organelas digeridos por enzimas 
dos lisossomos) 
• citoplasma com grande número de filamentos de 
queratina compactados (JUNQUEIRA; CARNEIRO 2004). 
9
•Camada córnea
• cel. queratinizadas mortas, anucleadas e achatadas-
citoplasma repleto de queratina - descamam e são 
substituídas constantemente. (JUNQUEIRA; CARNEIRO 2004) 
• levam em média 14 dias para migrar do estrato 
germinativo até o córneo
• é responsável pelo aumento da espessura da pele, 
principalmente na palma da mão e sola dos pés
• quando íntegra proporciona proteção contra 
desidratação, agressão de substâncias químicas, 
invasão microbiana e radiação ultravioleta...
• sua consistência seca dificulta o crescimento e a 
reprodução de microorganismos que precisam do 
meio úmido para se fixar. ( IRION, 2005) 
10
11
•Derme
Principais funções:
• elasticidade 
• regulação 
•pH levemente alcalino.
Camada: 
• Papilar: é delgada, forma 
evaginações que divide a derme da
epiderme; e possui fibrilas especiais 
de colágeno. 
• Reticular: é mais espessa, nela se 
encontram as demais estruturas: 
-tecido conjuntivo rico em colágeno
e elastina;
- capilares;
- glândulas sebáceas;
- folículos pilo-sebáceos;
- glândulas sudoríparas;
-terminações nervosas... 
12
Figura: http://www.forp.usp.br/mef/embriologia/pele_anexos.htm
•Derme
• Constituída sobretudo por tecido conjuntivo frouxo com 
predominância de células adiposas.
Principais funções: 
• proteção contra traumatismo;
• isolamento térmico – a gordura 
é má condutora de calor; 
• delimita os contornos;
• preenche de espaços entre
os órgãos viscerais;
• reserva energética.
•Hipoderme ou tecido subcutâneo
13
Anexos da pele
• PÊLOS
• UNHAS
•GLÂNDULAS - sebáceas – sudoríparas - mamárias
14
- composto de queratina e melanina
- raiz inserida na derme
- diáfise se projeta além da pele
- caem em média 50 -100 fios por dia.
FUNÇÕES DOS PÊLOS: 
- filtrar poeira, insetos e resíduos carreados
pelo ar.
- isolamento térmico.
A – cutícula – escamas queratinizada
B- córtex – queratina e melanina
C- - medula- fracamente queratinizada.
15
PÊLOS
16
UNHAS 
- placa de queratina endurecida e 
transparente;
- cresce de 0,1mm/dia.
- renovação: - as das mão 6 meses
- as dos pés 12-18 meses
FUNÇÕES DAS UNHAS:
- Proteção dos dedos das mãos e pés
- promove funções finas, apuradas, e
- auxiliar na apreensão de objetos. 
C1 - GLANDULAS SEBÁCEAS 
• localizam-se na derme
• são estruturas lobulares e saculares, originadas 
pelas proliferações das células epiteliais 
do folículo; 
• seus ductos podem desembocar nos ductos pilosos
ou não, p. ex.: lábios, pálpebras, pênis, e mamilo.
• secretam óleo (sebo) sobre a pele: substância gelatinosa com pH 
médio de 3,5.
Figura:http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_199.htm17
GLÂNDULAS
FUNÇÕES DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS:
Proteção:
- lubrifica
- torna a pele e pêlos a prova d’água
- inibe crescimento de microorganismos na pele.
http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_199.htm18
Figura: http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec18_199.htm
Acne (ex. vulgar ou juvenil): 
- hipersecreção de sebo
- obstrução da abertura do folículo pilosebáceo. 
- no adolecente - hiperatividade das glândulas por
ação hormonal
- tratamento consiste no uso de inibidor da
secreção das glândulas sebáceas p. ex. Isotretinoína.
19
Figurahttp://www.hitechlive.com.br/cravos-e-espinhas-os-mitos-da-acne/
DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: 
Acne neonatal :
– causada pela presença de hormônio andrógeno 
materno que podem permanecer no organismo do bebe 
até 6 meses. 
- Aparece entre 3ª e 4ª semana de vida
20
Figura: http://dicasdepediatria.blogspot.com/2007/08/acne-neonatal.html
DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: 
-dermatite perioral – uso cremes provocando
oclusão, corticóides tópico por longo prazo.
21
Figura: http://www.dermis.net/dermisroot/pt/30964/image.htm
DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: 
- xerodermia (ressecamento e descamação): hiposecreção
- Idoso – menor número – ressecamento –
baixa da proteção.
22
DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: 
Cistos sebáceos:- tumor benigno
- originado da porção infundibular do folículo piloso
– também chamado de cisto epidérmico ou queratinoso
- possui cápsula composta de epiderme, pele morta, 
excreções cutâneas e outras partículas cutâneas.
- cresce lentamente
23
Fonte figura: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/cistos.shtml
milium
DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS: 
C.2- GLÂNDULAS SUDORÍPARAS :
FUNÇÃO : secretar suor. 
Anexos da pele
Écrinas Apócrinas
Abrem-se diretamente na pele Abrem-se nos folículos pilósos
Localizam-se no corpo todo - em maior
número na: 
- palma das mãos;
- planta dos pés;
- testa e no pescoço.
localização mais concentrada em:
-Axilas; 
-cabeça e região pubiana; 
-grandes lábios; 
-ao redor do mamilo. 
Suor composto = água (99%) + 
eletrólitos/substâncias metabólicas
(1%) incolor, inodoro.
Suor composto = secreção leitosa, 
proteínas, açúcares, amônia e 
gorduras.
Pode eliminar litros de água frente ao
calor, para regular a temperatura. 
Propicia a proliferação bacteriana 
originando o mal cheiro.
24
* HIPERIDROSE:
- sudorese excessiva, sem cheiro. 
*ANIDROSE – pele ressecada-
causas: neurológicas; congênitas: medicamentosa, senil… 
* BROMIDROSE :
- odor desagradável de algumas transpirações pela proliferação
bactériana ,(umidade e calor) – p. ex.: axilas e pés.
Figura: ttp://www.clinade.com.br/atuacao/suor.html
lipoaspiração
25
ALGUNS DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SUDORIPARAS: 
C. 3 - GLANDULAS MAMÁRIAS
Segundo Dangelo (1996), é considerada um anexo da pele, pois
seu parênquima é formado de glândulas cutâneas (sudoriparas) 
modificadas que se especializam na produção de leite após o 
período gestacional.
Fonte figura: http://bp0.blogger.com/_ayB_UOMOmWM/SGTrKHp6y5I/AAAAAAAAE5E/NUoCMbQx5Dw/s1600-h/mama%5B1%5D.jpg
26
Proteção contra 
agentes externos: forças mecânicas,
químicas, térmica, irradiação,
microrganismos...
Equilíbrio hídrico:
regula a evaporação de 
líquidos
Síntese de 
Vitamina D: essencial 
para o metabolismo do
cálcio
Regulação 
da temperatura: glândulas 
sudoríparas e piloereção;
vasoconstrição e 
vasodilatação
Resposta Imune:
• alberga leucócitos, linfócitos
• mastócitos- liberação de mediadores químicos
da inflamação - proteção contra 
parasitas.
• células de Langerhans- processam
os antigenos invasores e os 
levam aos gânglios linfáticos
Percepção Sensorial: 
tato, dor, calor...
um órgão importante na
função sexual
Barreira hídrica: envoltório 
celular glicolipídico.
Comunicação: Expressão
facial; afago, toque... 
identificação,contorno
corporal,
influencia na auto
imagem/indicador de 
parâmetros de
beleza
27
Prematuro = pele imatura;
Sem as defesas naturais levando a:
• perda de água;
• aumento da demanda calórica;
• perda de calor;
• absorção de toxinas.
•pH 7,0
Precisamos ter um 
olhar diferenciado para
as características da pele 
em cada faixa etária:
28
Solução de continuidade de qualquer tecido mole, com ou sem
perda de substâncias, a qual o organismo reage através de 
alterações biológicas locais e sistêmicas. 
Pode atingir a epiderme,derme, tecido subcutâneo, fáscia
músculos chegando a expor estruturas profundas.
29
Trauma
Inicio do processo de cicatrização
30
31
• Estancar a perda sangüínea
• Remover patógenos e restos celulares da ferida
• Reparar o tecido mais profundo danificado
• Promover a reepitelização
• Remodelar o tecido cicatricial. 
No processo de cicatrização o corpo mobiliza esforços 
no sentido de: 
32
É um processo complexo, sistêmico,dinâmico,
caracterizado por uma cascata de eventos celulares e 
moleculares, envolvendo fenômenos bioquímicos e 
fisiológicos, iniciado pelo trauma, influenciado por fatores 
sistêmicos e locais, assim como pelas intervenções externas 
sobre a lesão, e que tem como objetivo a restauração 
tissular. 
 Regeneração celular : mantém as estruturas fisiológicas 
normais. Acontece em lesões superficiais da epiderme. 
 Reparação celular: não recupera as estruturas fisiológicas
normais e anatomicamente perdidas.
não é universal
33
Independente da etiologia do trauma, a 
cicatrização tende a seguir um curso 
previsível e continuo, que pode sofrer 
interferências interna e externa ao 
organismo
E pode ser por: 
1ª intenção - fechada: bordos regulares unidos ( sutura, cola biológica) 
– mínima perda tecidual , resposta inflamatória rápida, risco mínimo
de complicações. 
34
Figura: http://www.forp.usp.br/restauradora/laser/Luciana/Image96.gif
A cicatrização pode 
se dar por: 
2ª intenção - aberta : certo grau de perda tecidual, ou 
com seqüência de complicações, maior resposta inflamatória,
período cicatricial prolongado, maior incidência de defeitos 
cicatriciais.
35
http://www.forp.usp.br/restauradora/laser/Luciana/Image96.gif
É importante sabermos reconhecer as 
etapas desse processo, para que possamos 
implementar os cuidados adequados para 
cada situação.
36
1ª Fase: Hemostásica e Inflamatória ou
exsudativa
2ª Fase: Proliferativa ou de 
granulação
3ª Fase: Maturação
37
Fases da cicatrização
1ª Fase: Hemostásica e Inflamatória- 1- 4 dias
38
Ativação do mecanismo de defesa imunológica: acionado 
sistema cinina- liberação substâncias vasoativas- aumento 
permeabilidade capilar – atração de agentes de defesa liberação de 
enzimas proteolíticas (colagenase, elastase e hidrolase ácida)
– aparecimento dos sinais flogísticos: 
rubor, calor, dor, edema.
Ativação do sistema de coagulação: vasoconstrição –
tampão plaquetário – conversão de protrombina em 
trombinna que transforma o fibrinogênio em fibrina insolúvel 
que se adere ao vaso – formando do coagulo
Coagulo :
• importante matriz provisória de 
regeneração para migração celular e 
orientação dos fibroblastos;
• reservatório substâncias reguladoras.
Fases da cicatrização
2ª Fase: Proliferativa - 5 a 20 dias
Tem a mitose como atividade dominante
39
- Macrófagos liberam fatores de crescimento da epiderme 
- proliferação de células epiteliais a partir da borda da
ferida Epitelização simultaneamente á granulação
Neoangiogenese :
– liberação de fatores de crescimento de fibroblastos
– síntese ativa de colágeno
- Granulação
Figura: http://cienciahoje.uol.com.br/60248
Fases da cicatrização
3ª Fase: Maturação – 21 dias a meses/anos
40
-Reorganização das fibras de colágeno
- Regeneração dos vasos linfáticos e redução da 
capilarização
Retração da ferida e aumento da força tensil que pode 
atingir
até 80% da força natural.
www.estudosobre.com/Cicatriza%C3%A7%C3%A3o
• eliminação do agente agressor
• irrigação sanguinea
• nutrição e oxigenação adequada
Elementos indispensáveis para a 
cicatrização:
41
Fatores que interferem no processo de cicatrização
• Infecção local
• suprimento sanguíneo
• região do corpo
• extensão da lesão
• desvitalização tecidual
• corpos estranhos
• edema
• Ressecamento
Fatores mecânicos : 
• pressão, cisalhamento e 
fricção;
• mobilização local (tensões);
• curativos repetidos;
• tipo de coberturas;
 Locais:
42
•idade
• estado nutricional 
• queda da defesa imunológica
• distúrbios da coagulação
• drogas medicamentosas: 
antiinflamátório, quimioterápicos
corticóides (inibem cel. defesa)
• ingesta de álcool
• hipotermia e hipertermia
• status psicológico - stress
• status neurológico 
• doenças associadas: vascular, 
diabetes, obesidade, hepatopatias..
• fumo- vasoconstrição• Insônia
 Gerais:
Ex.: Fatores locais que interferem na cicatrização
extensão
local
deficiência 
de suprimento
sangüíneo
edema
Presença de necrose
43
Complicações na cicatrização
Infecção e
deiscência
Retração
44
Winter ( 1962) realizou várias pesquisas 
evidênciando que a utilização de curativos
que mantém o meio úmido favorece 
consideravelmente o processo de cicatrização. 
Tem início as primeiras pesquisas sobre cicatrização
de feridas: 
45
Turner em 1986: fez uma revisão dos tipos de 
curativos utilizados desde 1923 e descobriu que 
não houve muitas mudanças até 1980.
Descreve o curativo ideal: baseando-se nas 
pesquisas realizadas desde 1960.
46
Curativo Ideal 
47
 Manter umidade entre a ferida e o curativo
 Remover excesso de exsudação
 Permitir troca gasosa
 Fornecer isolamento térmico 
 Ser impermeável à bactérias 
 Ser asséptico 
 Permitir a remoção sem traumas 
48
PRINCÍPIOS PARA O CURATIVO IDEAL
segundo TURNER – 1982
 Conforto ao paciente
 Fácil adaptação às diversas partes do corpo
 Evitar trocas freqüentes
 Boa relação custo / benefício
49
50
Objetivos
Conhecer o cliente de forma integral: aspectos sócio-
econômico, psicológico e de saúde;
Planejar o cuidado de forma realista, compartilhando este 
planejamento com equipe e o cliente;
Implementar condutas adequadas buscando a otimização 
do processo de cicatrização;
Avaliar os efeitos do cuidado e comparar resultados.
Inicia com:
51
Avaliação
Técnica Material
1-Conhecer 
o cliente 
Eliminar/amenizar 
fatores de risco para 
a cicatrização
Conhecer o 
material 
disponível
Orientar 
cliente e equipe
3-Conhecer a 
ferida: instrumento
de avaliação
2-Classificar 
a ferida
Aspectos a considerar na avaliação:
52
1 -AVALIAÇÃO DO CLIENTE COM LESÃO:
possíveis causas e fatores que estejam ou 
possam interferir no processo de 
cicatrização. 
53
• Capacidade de mobilidade: no leito ou na deambulação
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
54
• Capacidade de mobilidade: no leito ou deambulação
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
55
Presença de incontinência: urinária e fecal
Acrodermatite enteropática: Relacionada a 
deficiencia de absorção de zinco- herança 
autossômica recessiva- também pode ser adquirida
www.ibemol.com.br/cutis/artigos/acrodermatite.asp
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
56
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=129
alcoolismo
Comorbidade: tabagismo, alcoolismo...
Tabagismo - A nicotina (vasoconstrictor)= isquemia tissular,
diminuição de fibroblastos e macrófagos.
O monóxido de carbono diminui o transporte e o metabolismo
do oxigênio = cicatrização lenta.
Metamorfose 
do corpo do 
fumante:
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
57
Condição de saúde: doenças associadas – implicações
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
58
DIABETES
- síntese do colágeno está diminuída na deficiência de Insulina
- com a microangiopatia cutânea, há uma piora na oxigenação
- maior suscetibilidade a infecção.
- neuropatia diabética – diminui a sensibilidade
- retinopatia – diminui capacidade de prevenção e 
dificulta o autocuidado
- Nefropatias – pode levar a insuficiência renal.
Meta primordial: - compensar o Diabetes, e
- prevenir complicações
Fonte figuras: http://www.professorsoares.adv.br/diabete2.jpg
http://programapediabetico.googlepages.com/
Condição de saúde: doenças associadas – implicações
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
59
OXIGENAÇÃO ALTERADA: anóxia = síntese de colágeno pouco 
estável, com formação de fibras com menor força mecânica. 
Fonte figuras: http://saude.hsw.uol.com.br/enfisema.htm- www.tribunamedicapress.pt/internacional-1/219 -
Condição de saúde: doenças associadas – implicações
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
60
ESTADO IMUNOLÓGICO - a ausência de leucócitos = retardo 
da fagocitose e da lise de restos celulares= prolongamento da 
fase inflamatória = predisposição à infecção; com a ausência de 
monócitos a formação de fibroblastos é deficitária. 
Fonte figuras: http://juhmag.blogspot.com/2008/03/baixa-imunidade.html
http://biovida12.blogspot.com/2008/04/criao-de-medicamentos-para.html
Terapia medicamentosa utilizada: anticoagulantes,
antibióticos - quimioterapicos, corticosteróide, antiinflamatórios
DROGAS – esteróides = seu efeito antiinflamatório retarda e altera a cicatrização.
QUIMIOTERAPIA - promovem neutropenia= predisposição à infecção;
- inibem a fase inflamatória inicial da cicatrização e interferem
na síntese protéica e na mitoses celulares.
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
61
Incidência de dor
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
62
http://4.bp.blogspot.com/_xsUlKeTTMVA/SQGt_a9r-aI/AAAAAAAAAa0/phoUvmEbapQ/s320/palhaco_triste.jpg
Também 
temos
que ser
sensíveis a
linguagem
não 
verbal.
Incidência de dor
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
A dor pode gerar:
- Estresse/ansiedade/angustia
- Insônia
- Alteração da cognição – leva a não aderência ao 
tratamento.
-A analgesia adequada alivia estes sintomas, e
- a avaliação das características e intensidade da 
dor pode auxiliar no diagnóstico, Claudicação;
Dor provocada pela insuficiência arterial
aparece com a deambulação
Infecção: sinais flogísticos
63
Estado Nutricional: avaliação subjetiva, aceitação alimentar, 
exames laboratoriais (hematócrito, hemoglobina, albumina)
Implementação de suporte nutricional: enteral
(oral ou por sonda) ou parenteral 
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
64
AVALIAÇÃO DO CLIENTE
Capacidade cognitiva do portador da ferida e da familia
Não entendiiiiiii
65
2- CLASSIFICAR A FERIDA
66
CLASSIFICAÇÃO
CIRÚRGICAS
TRAUMÁTICAS
ULCERATIVAS
CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA
67
Classificação pela CAUSA
Cirúrgicas Não Cirúrgicas
(Clas-Van-Chronic Wound Care, 1997)
Feridas 
Crônicas 
(deiscência/
infecção)
Feridas 
Agudas 
(incisões)
Feridas 
Agudas
Feridas
Crônicas
Úlceras por 
Pressão
Úlceras 
diabética
Úlcera 
venosa e
arterial
Traumática
s
68
são originadas de cirurgias ou traumas e
a reparação ocorre em tempo adequado,
sem complicações 
Crônicas
são aquelas que não são reparadas em
tempo esperado, e apresentam complicações.
69
Dealey (2002)
As feridas ainda podem ser classificadas:
70
Quanto ao comprometimento/ perda tecidual ou 
profundidade: 
Dealey (2002) discorre a classificação a seguir como sendo a mais 
utilizada na descrição de queimaduras ou até mesmo úlceras por 
pressão: 
Feridas superficiais: somente a epiderme é 
comprometida.
Feridas de espessura parcial: compromete a 
epiderme e parte da derme. Os folículos capilares
e glândulas sudoríparas sofrem lesão parcial.
Ferida de espessura total: compromete toda a 
epiderme e derme, podendo envolver tecidos mais 
profundos processo de cicatrização mais 
demorado.
Fonte figura: NPUAP (2007)
71
3- AVALIAÇÃO DO ESTADO DA FERIDA : 
conhecer a lesão através 
da utilização de instrumentos 
de avaliação.
72
AVALIANDO A FERIDA
Qual o tamanho ?
Qual a localização ?
Há quanto tempo existe ?
É infectada ou colonizada ?
Qual é o agente infectante ?
Necessita debridamento ? De que tipo ?
Que cobertura usar ?
Está em qual fase da cicatrização ?
Como está a pele ao redor ?
Tem odor ? Tipo? Intensidade?
Tem exsudato ?
Instrumento para avaliação de feridas, 
especificamente para úlceras de pressão : 
AVALIAÇÃO DA FERIDA
PUSH - PRESSURE ULCER SCALE FOR HEAL - 1998
BATES-JENSEN, Bárbara - Instrumento com avaliação - 1990
Instrumento para avaliação de feridas, 
especificamente para úlceras de pressão: 
AVALIAÇÃO DA FERIDA
• PUSH - PRESSURE ULCER SCALE FOR HEAL (1998)
( Versão adaptada por Santos, Azevedo, Silva, Carvalho, de Carvalho, 2004)
De fácil utilização – avalia somente três itens: - Tamanho
- quantidade de exsudato
- tipo de tecido
 A ferramenta PUSH para 
medição e avaliação da progressão de 
úlceras de pressão foi apresentada 
em 1998 pela NPUAP (National 
Pressure Ulcer Advisory Panel), uma 
associação norte americana, que se 
dedica ao estudo das úlceras de pressão. 
Avalie a UP (ferida) em intervalos regulares, registrando a data, o número da UP, os sub-
escores de cada características e escore total na tabela a seguir, para cada UP avaliada.
Data
UP 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Compr. X 
Largura
Qtd. de 
exsudato
Tipo de Tecido
Escore Total
PUSH
Comp.
X
Larg.
0
0 
cm²
1
0.3 
cm2 
2
0.3-0.6
cm2
3
0.7-
1.0 
cm2
4
1.1-
2.0 
cm2
5
2.1-
3.0 
cm2
6
3.1-
4.0
cm²
7
4.1-
8.0 
cm2
8
8.1-
12.
0 
cm
2
9
12.1-
24.0 
cm2
10
>24
.0 
cm2
Quanti
dade 
Exsuda
to
0
Ausen
te
1
Pequ
e
na
2
Moder
ada
3
Grand
e
Tipo de 
Tecido
0
Ferida 
Fecha
da
1
Tecid
o 
Epite
lial
2
Tecido 
de 
Granu
lação
3
Esface
lo
4
Tecido 
Ne
crótic
o
Os escores vão de 0 a 17
Instrumento para avaliação de feridas, 
especificamente para úlceras de pressão : 
• BATES-JENSEN, Bárbara - Instrumento com avaliação detalhada de 13 itens -
mais completa porem mais complexa – dificultando a adesão dos profissionais 
da saúde. 
Os itens são: tamanho, profundidade, bordas, descolamento, tipo de tecido 
necrótico, quantidade de tecido necrosado, quantidade de exsudato, cor da pele 
ao redor da ferida, edema de tecido periférico, endurecimento de tecido 
periférico, tecido de granulação, epitelização. 
AVALIAÇÃO DA FERIDA
A avaliação deve ser realizada uma vez por semana ou sempre que ocorrer alguma
mudança significativa na ferida.
Conhecer a ferida:
Tipo de
granulação
Tipo e quantidade
de exsudato
Tipo e 
quantidade
de tecido necrótico
Descolamento
Epitelização
Tamanho
Profundidade
Bordas
Sinais de infecção
Localização
(instrumento de avaliação do estado da úlcera de pressão 
– Bárbara Bates- Jensen, 1990 – adaptado)
AVALIAÇÃO DA FERIDA
Área/tamanho
Medida Linear: Usar uma régua para 
medir : maior comprimento X maior 
largura = área em cm2
Decalque (acetato)
AVALIAÇÃO DA FERIDA
BIDIMENSIONAL
MENSURAÇÃO
TRIDIMENSIONAL
x x x
Medida Linear: usar regua e cotonete
(comp X largura X profundidade)
Molde (volume): instilação, espuma...
Fonte: Van Rijswijk L. In Chronic Wound Care, 1997
Profundidade: extensão 
dos tecidos envolvidos
1- dano tecidual sem solução de continuidade- eritema.
2- dano superficial (abrasão, bolha ou cratera rasa) -
perda parcial envolvendo epiderme e ou derme.
3- dano profundo – dano ou necrose envolvendo o 
tecido subcutâneo podendo estender-se até a fáscia sem 
envolve-la.
4- sem possibilidade de visualização das camadas de 
tecidos devido a presença de necrose
5- comprometimento de estruturas de suporte (tendões, 
músculos, etc)
AVALIAÇÃO DA FERIDA
1
2
2
5
4
3
Bordas
Bordas indefinidas
- Bordas bem definidas e não aderidas 
ao leito da ferida, enroladas para baixo,
- Epitelização prejudicada.
- Descolamento
Bordas bem definidas, aderida, 
plana e nivelada com o leito da 
ferida
AVALIAÇÃO DA FERIDA
Queratose - dura rígida ao toque
1
2
3-4
5
Maceração
Descolamento
AVALIAÇÃO DA FERIDA
 Inserir um aplicador sob a borda da ferida e medir a 
distância entre a marca na pele e a borda da ferida 
 Levantar o ponto do aplicador para ser visualizado
na superfície da pele ao redor da ferida
 Marcar com a caneta
 Continuar o processo ao redor de toda a ferida
 Usar mensurador da ferida 
 Determinar a percentagem da ferida envolvida
Fonte figura: www.eerp.usp.br/projetos/feridas/tratpres.htm
AVALIAÇÃO DA FERIDA
Tipo de tecido 
Tecido de granulação 
saudável:
- vermelho vivo;
- brilhante;
- pouco sangrante
Granulação com 
suprimento vascular 
deficiente ou
infectado:
- róseo ou vermelho 
opaco.
-sangrante
Tipo de tecido 
Necrótico
Necrose branca
Necrose cinza
Escara preta
Esfacelo amarelo
Esfacelo amarelo
Necrose preta- escara
A quantidade de tecido 
necrótico pode ser 
citada em percentual,
se referindo a área total
do leito da ferida.
Exsudato: cor, odor e quantidade
AVALIAÇÃO DA FERIDA
TIPO DE EXSUDATO
Sanguinolento: fino, vermelho, brilhante
Serosanguinolento: fino, aguado de 
vermelho 
pálido para róseo
Seroso: fino, aguado, claro
Purulento: fino ou espesso, de marrom 
opaco para amarelo
Purulento fétido: espesso, de amarelo 
opaco para verde, com forte odor.
QUANTIDADE DE EXSUDATO
Nenhum - ferida seca
Escasso – ferida úmida, não mensurável
Pequeno – ferida molhada, drenagem <
25% da cobertura
Moderado: ferida saturada, drenagem > 
25% para < 75% da cobertura
Grande – ferida banhada em fluídos, 
drenagem abundante, drenagem > 75% 
da cobertura
exsudato purulento
Exsudato sanguinolento
exsudato seroso
Localização
Posição anatômica
Relação com a causa
AVALIAÇÃO DA FERIDA
Epitelização
AVALIAÇÃO DA FERIDA
A quantidade de área epitelizada pode ser 
citada em percentual referindo-se ao total
do leito da ferida.
70% da área epitelizada
Processo de recobrimento epidérmico 
 75% a < 100% da ferida coberta
 50% a < 75% da ferida coberta
 25% a < 50% da ferida coberta
 < 25% da ferida está coberta
Estando alerta
para sinais de
infecção
AVALIAÇÃO DA FERIDA
• Halo de hiperemia
• Edema
• Exsudato purulento,
fétido e necrose
• Palidez do tecido
• Dor
• Mal estar
• Atraso na cicatrização
Sinais de infecção:
 Locais : calor, eritema ou hiperemia, exsudato, odor edema, dor ....
 Sistêmico: - hipertermia
- mal estar
- anorexia ... 
Infecção
Cliente e
Profissional
Direto
objetos
Auto 
contaminação
Os microorganismos chegam até as feridas
Dispersão das 
bactérias no ar
Pele
Trato gastrintestinal
para o leito da ferida
• as bactérias são capazes de : 
644Penetrar 
64
camadas
de gaze
• ficar suspensas no ar até 30 minutos
Laurence J. C. et al 2004
( Wound dressing)
• secretar enzimas e toxinas que interferem na cicatrização.
• ficam na superfície da ferida e não se 
proliferam
Nas feridas contaminada: 
• se proliferam só na superfície, não 
retardando a reparação tecidual
As bactérias
Nas feridas colonizadas: 
• já retardam a cicatrização (Falanga).
Nas feridas com colonização crítica:
Nas feridas infectadas:
• estão no interior dos tecidos, nas 
camadas mais profundas e retardam a 
cicatrização.

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