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ORIGEM DE ROMA LENDA Um príncipe troiano, Eneias, após escapar ao saque de Troia pelos gregos, partiu mundo a fora em busca de um novo reino e chegou depois de muitos trajetos ao Lácio. Eneias aliou-se a então a Latino, o rei dos nativos, desposando sua filha, Lavínia, e depois fundou Lavínio. Trinta anos após a fundação de Lavínio, Ascânio funda Alba Longa. Doze gerações mais tarde Alba é então dirigida pelo perverso Amúlio, que para afastar o seu irmão Numitor do trono, não tivesse descendência, obrigou a filha deste Reia Silvia, a se tornar vestal. Entretanto ela é violada pelo deus Marte e dá luz aos gêmeos Remo e Rômulo. Amúlio manda lançar os gêmeos ao rio Tibre, onde são encontrados e amamentados por uma loba. Um pastor, encontra-os e os cria, os gêmeos crescidos descobrem que são os netos de Numitor, matam Amúlio e reconduzem o avô ao trono albano. Rômulo matou Remo por conta de um desentendimento. Esse fato teria acontecido no ano 754 a.C., então Rômulo funda Roma de acordo com o seu nome e reina até a sua morte. MONARQUIA Não se coloca atualmente em dúvida a existência de uma Monarquia em Roma, mas grande parte da informação sobre esse período é lendária. Tradicionalmente, se tem sete reis, alguns dos quais têm probabilidades de serem históricos. Tarquínio o Soberbo, último rei de Roma, atingiu o trono à força, depois de matar o seu sogro, Sérvio Túlio. Sob o seu governo, Roma tornou‑se no poder dominante na Itália central e essa prosperidade refletiu‑se no desenvolvimento monumental da cidade. A família era fundamental da sociedade romana, no pilar de cada família estava o pai, que detinha plenos poderes. Também havia os clientes que eram escravos parcialmente libertos, a relação baseava‑se na fidelidade, em que um ajudava o outro. Os patrícios seriam uma minoria. Os plebeus era um grupo composto por trabalhadores de classe inferior. A tradição romana atribuía o fim da Monarquia a um drama familiar. Trata‑se do relato da tragédia de Lucrécia, estuprada, segundo a lenda, pelo Sexto, filho daquele rei, depois de o receber em sua casa como hóspede e familiar. Feito o estupro, suicidou-se em seguida. Os presentes, horrorizados, decidiram expulsar o rei e não mais aceitar a presença de reis na cidade, em vez deles, foram eleitos dois senadores. REPÚBLICA A República Romana foi um período da história da civilização romana que durou 500 anos, de 509 a.C. a 27 a.C. foi governada por senadores e magistrados. Durante a passagem da monarquia para a república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as instituições políticas. A divisão de poder se dava aos dois senadores. Eles exerciam o cargo e eram auxiliados por um conselho que eram responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembleia de Cidadãos, dominada pelos patrícios. À medida que Roma cresceu, as diferenças entre patrícios e plebeus começara, depois de dois séculos de luta, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre esses direitos, o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe, proibição da escravidão por dívidas e as leis escritas. A EXPANSÃO DAS FRONTEIRAS ROMANAS Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e ao pastoreio. Com as vitórias Roma conquistou vários territórios. O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas. PERÍODO DE INSTABILIDADE POLÍTICA Houveram consequências significativas para Roma, que foram um aumento da escravidão, surgimento das grandes propriedades e a falência dos pequenos proprietários, com isso, houve um processo de marginalização dos plebeus. CRISE NA REPÚBLICA Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que, após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício. Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma político-administrativa. O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C. A disputa pelo poder continuou com o novo triunvirato. Em 31 a.C., no Egito, Otávio derrotou as forças de Marco Antônio e retornou vitorioso a Roma. Fortalecido com essa campanha, Otávio pôde governar sem oposição. Terminava, assim, o regime republicano e iniciava o Império. ALTO IMPÉRIO Otávio Augusto, durante seu governo, adotou uma série de medidas visando controlar os conflitos sociais, solucionar problemas econômicos e, com isso, consolidar o império fazendo com que Roma atingisse seu apogeu e a Pax Romana. Isso foi possível porque o imperador abandonou a política agressiva de conquistas, promoveu a aliança entre aristocracia e os cavaleiros (plebeus enriquecidos) e apaziguou a plebe com a política do “pão e circo”. BAIXO IMPÉRIO A crise no império romano ocorreu por volta de 235 e 284 no fim da dinastia de Severo, houve várias sucessões de imperadores que governaram por um período de três anos, essa crise foi marcada por guerras Civis e motins militares. DIVISÃO DO IMPÉRIO O último imperador Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do ocidente, com capital em Roma; e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Ele acreditava que com essa divisão o império ficaria maia forte. Com efeito inesperado. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e, comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augusto. Costuma-se afirmar que esse acontecimento marca o fim do Império Romano. Na verdade, isso refere-se ao Império Romano do Ocidente, pois a parte oriental ainda sobreviveu até o século XV, depois de centenas de anos começou a se formar um novo sistema, o feudal. REFERÊNCIAS GRANDAZZI, A. As Origens de Roma. São Paulo: UNESP, 2010. BRANDÃO, J.L; OLIVEIRA, F. História de Roma Antiga. Vol. 1. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, junho 2015. Antiguidade Clássica - Roma em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2018. Consultado em 07/05/2018 às 22:14. Disponível na Internet em http://www.sohistoria.com.br/ef2/roma/
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