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Madeira como material de construcao

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1 
Construções I 
Texto 7: A madeira como material de construção 
 
1. Introdução 
 
A madeira é um material excepcional como material de construção além de ter qualidades muito 
grandes como matéria prima para outros produtos industrializados, e que vem sendo utilizada 
desde os primórdios da civilização. 
Diversas pesquisas têm sido desenvolvidas no sentido de tratar a madeira para sua utilização em 
diversas etapas construtivas. As madeiras em seu estado natural têm características próprias que 
podem ser alteradas com tecnologia moderna. Algumas destas características mais importantes 
são: 
 apresenta resistência mecânica tanto a esforços de tração como à compressão, além de 
resistência atração na flexão; 
 tem resistência mecânica elevada em relação ao seu peso próprio pequeno; 
 tem resistência a choques e cargas dinâmicas absorvendo impactos que dificilmente seriam 
com outros materiais; 
 tem fácil trabalhabilidade permitindo ligações simples; 
 boas características de absorção acústica. bom isolamento térmico; 
 custo reduzido e é renovável, desde que convenientemente preservada; 
 apresenta diversos padrões de qualidade e estéticos. 
 
Na medida em que técnicas modernas foram sendo adotadas na tentativa de melhoria de suas 
qualidades, passou a ser mais utilizada visto que estes procedimentos melhoram suas boas 
qualidades e eliminam ou minoram as inconvenientes que podem ser: 
 perda de propriedades e surgimento de tensões internas secundárias devido a problemas de 
secagem e umidade. Estes problemas são resolvidos com controle da umidade e da secagem 
com controle 
 fácil deterioração em ambientes agressivos que desenvolveram agentes predadores como 
fungos, cupins. mofo. etc. 
 heterogeneidade e anisotropia naturais de sua constituição fibrosa, além de suas dimensões 
limitadas, podendo estes inconvenientes serem resolvidos pela laminação, contraplacados e 
aglomerados. 
 
A madeira como material de construção é depois do aço o material mais utilizado. Pode ser 
utilizada em diversas etapas desde as fundações até os acabamentos, passando tanto pela 
estrutura como por material auxiliar. Pode ser usada também em diversos tipos de construção 
como em estradas de ferro, galerias, etc. 
Pode ser utilizada como combustível, embora tenha um poder calórico baixo, é bastante utilizada 
 2 
para este fim. 
Além disto serve como matéria prima para papel, resinas, álcoois, plásticos, sendo o papel o seu 
principal subproduto. 
 
2. ORIGEM E PRODUÇÃO 
 
A madeira, como material de construção é produto do beneficiamento do tronco de árvores. As 
características de anisotropia e heterogeneidade são decorrentes da sua origem. Suas 
características também são decorrentes das diversas espécies existentes. A classificação é: 
 
1. Endógenas: aquelas em que o desenvolvimento do caule se dá de dentro para fora. Neste 
grupo estão as monocotiledôneas que são as palmas e as gramíneas. As palmas são 
madeiras que não apresentam boa durabilidade, mas podem ser utilizadas de modo 
satisfatório em estruturas temporárias, como escoramentos e cimbramentos. Nas gramíneas 
destaca-se o bambu, que não é madeira no sentido usual da palavra, mas tendo em vista a 
sua boa resistência mecânica, associada à sua baixa densidade, presta-se para construções 
leves. 
2. Exógenas: aquela em que o crescimento do caule se dá de fora para dentro, com adição de 
novas camadas em forma de anel, chamados anéis anuais de crescimento. Estas árvores 
classificam-se em gimnospermas e angiospermas. 
 
As gimnospermas são árvores coníferas e resinosas, tendo folhas em forma de agulha não 
fornecendo frutos. São madeiras de lenho mais mole e correspondem a 35% das espécies 
conhecidas. Neste grupo destacam-se as coníferas das quais fazem parte os Pinus e a Araucária 
 
As angiospermas são árvores frondosas conhecidas no Brasil como madeira de lei. Representam 
65% das espécies conhecidas. Neste grupo estão as dicotiledôneas no qual se encontram as 
principais espécies utilizadas na construção civil do Brasil. 
 
As árvores são compostas de raiz, caule e copa. A raiz é o apoio da árvore ao solo, tendo a 
finalidade de retirar do solo os sais minerais para seu desenvolvimento. O tronco além de 
sustentar a copa conduz por capilaridade a seiva bruta da raiz às folhas, como a seiva elaborada 
das folhas para o lenho em crescimento. A copa desdobra-se em galhos e folhas, além das flores 
e frutos. As folhas transformam a seiva bruta em elaborada. 
 
O lenho é a parte da árvore que é utilizada como material de construção. Sua constituição é 
diversificada e suas partes são: 
 
 Casca: É a proteção do tronco além de conduzira seiva elaborada nas folhas para o 
tronco. A parte externa é morta e denominada cortiça, a parte interna por onde passa a 
seiva é denominada floema. A parte externa pode ser renovada visto que é elemento 
 3 
morto, não apresentando interesse como material de construção com exceção de alguns 
casos onde é aproveitada como material de acabamento e termoacústicas. A parte interna 
da casca transporta a seiva das folhas ao caule. 
 
 Câmbio: E uma camada muito esbelta que se situa entre a casca e o lenho, constituída de 
tecido vivo, sendo tão importante quanto à parte interna da casca. Seu seccionamento produz 
a morte da árvore, sendo esta uma maneira eficiente de permitir a seca da mesma em pé. O 
estrangulamento do tronco com um arame impossibilita seu desenvolvimento e conseqüente 
morte. Estando em pé a secagem é natural evitando trancas e rachaduras comuns em 
espécies como o eucalipto. A partir do câmbio são gerados os anéis anuais de crescimento 
que podem ter coloração diferenciada, dependendo da época do ano em que se encontram e 
do tipo de madeira. Apertados indicam árvores com alta resistência, largos, com baixa 
resistência, definindo-se a idade da árvore pelo número de anéis encontrados. Problemas 
decorrentes de estiagens, pragas, etc., provocam defeitos que irão alterar as características 
físicas e mecânicas da madeira. 
 
 Lenho: É o núcleo do tronco, sendo portanto a parte resistente da árvore. Desta parte é 
retirada através de desdobro do material utilizado na construção civil. É constituído pelo 
alburno que é a parte mais externa, e pelo cerne que é a parte central do tronco, sendo 
formado por células mortas ou esclerosadas. Este fato torna-o mais resistente visto não existir 
nesta região a seiva, e conseqüentemente não ser atrativo a insetos e outros agentes de 
deterioração. A utilização do alburno e do cerne não deve ser diferenciada apesar desta 
diferença visto que além de compor entre 25 e 50% do tronco o alburno é a parte que melhor 
absorve conservantes. 
 
 Medula: E o miolo central do tronco, sendo esta parte constituída de tecido frouxo muitas 
vezes já apodrecido. Sua presença em material serrado constitui um defeito. 
 
A Figura 1 apresenta uma descrição simplificada da anatomia de uma árvore 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Descrição simplificada da anatomia de uma árvore 
 4 
A produção da madeira como material de construção inicia-se no corte da árvore, passando pela 
toragem, falquejamento, desdobro e beneficiamento. 
 
O corte deve ocorrer em épocas oportunas, sendo no Brasil aconselhável o processo ser efetuado 
nos meses de inverno, ou sem R. Este fato é importante na secagem do tronco por ser a mesma 
mais lenta provocando menos rachaduras ou fendas, além de atraírem poucos insetos por 
estarem com pouca seiva elaborada. 
A toragem é o processo de desgalhamento e corte em tamanhos de 5 a 6 metros que facilitam o 
transporte. Também nesta etapa são falquejadas e descascadas. O processode falquejamento é 
o corte de costaneiras, ficando a seção aproximadamente quadrada o que impede o tombamento 
no transporte além da economia de espaço entre troncos. 
 
O desdobro é a etapa final para transformação em material de construção. São feitos de duas 
maneiras. O desdobro normal produz peças inteiras de lado a lado do tronco (Figura 2 (a)). A 
outra é o desdobro radial que corta o tronco na direção do seu diâmetro evitando-se entretanto a 
medula (Figura 2 – (b)). 
 
 (a) (b) 
 Figura 2 – Tipos de desdobro 
 
O desdobro radial produz peças de melhor qualidade, tendo menores rachaduras durante a 
secagem, menores empenamentos e defeitos provenientes da heterogeneidade. E inconveniente 
devido ao alto custo de produção, sendo aconselhável somente em aplicações especiais. 
 
A última etapa da produção da madeira é o aparelhamento da peça ou beneficiamento da mesma. 
Aparelhamento é a padronização das medidas ao passo que o beneficiamento é sua utilização 
com acabamento aparente. 
 
3. PROPRIEDADES FÍSICAS DAS MADEIRAS 
Os diversos tipos de madeira existentes proporcionam que o seu uso seja específico para cada 
tipo de aplicação. A escolha só pode ser acertada se forem conhecidas as propriedades físicas e 
sua resistência às solicitações mecânicas. 
 
Este conhecimento somente será possível se os resultados médios dos ensaios que são 
executados forem conhecidos. Estes ensaios são realizados levando-se em conta tanto os fatores 
naturais como tecnológicos decorrentes da realização destes ensaios. Os fatores naturais são: 
 
 5 
 a espécie da madeira já que cada uma delas tem as suas características, o que impõe um 
completo conhecimento de cada uma delas; 
 massa especifica do material que é um índice de material resistente por unidade de volume. 
Por este valor já se pode determinar todos os demais parâmetros da madeira; 
 localização no lenho já que variações na retirada do corpo de prova influenciam diretamente 
na resistência da amostra; 
 presença de defeitos que podem provocar diversas alterações na resistência das peças. 
Dependem da distribuição, dimensões e localização; 
 umidade que pode alterar profundamente as características do material. A propriedade 
hidrófila da madeira faz com que, dependendo de sua condição de uso, sejam completamente 
diferentes as suas propriedades. No estado seco a resistência mecânica é a maior possível, 
ao passo que saturada apresenta a sua menor resistência. 
 
Os fatores tecnológicos são os decorrentes da forma de execução dos ensaios. As dimensões dos 
corpos de prova, sua localização no lenho, velocidade das cargas aplicadas podem alterar ou até 
falsear um ensaio. 
A madeira é um material ortotrópico, ou seja, com comportamentos diferentes em relação à 
direção do crescimento das fibras. Devido à orientação das fibras da madeira e a sua forma de 
crescimento, as propriedades variam de acordo com os três eixos perpendiculares entre si: 
longitudinal, radial e tangencial como é apresentado na figura 3. 
As diferenças das propriedades nas direções radial e tangencial são relativamente menores 
quando comparadas com a direção longitudinal. Comumente as propriedades da madeira são 
apresentadas, para utilização estrutural, somente no sentido paralelo às fibras da madeira, isto é, 
o sentido longitudinal e no sentido perpendicular às fibras, ou seja, o radial e o tangencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Eixos principais da madeira em relação à direção das fibras 
 
Os ensaios são normalizados pela NBR 7190, que trata desde a forma de extração dos corpos de 
prova, sua orientação dentro do lenho, altura e posição do corpo de prova, cuidados com relação 
 6 
à verificação de todas as partes do lenho, teor de umidade e forma do carregamento. 
 
3.1. Características Físicas 
As características a serem analisadas são, a umidade, a retratibilidade, a densidade, a 
condutibilidade térmica, elétrica e sonora além da resistência ao fogo. As características de 
cada material permitem a escolha do melhor material para a sua melhor aplicação. Existem 
materiais muito bons para determinadas aplicações sendo incompatíveis com outras. Este 
conhecimento permite a escolha ideal para cada projeto. 
 
Umidade 
Após a extração da árvore, sua seiva permanece no material em três estados: a água de 
constituição, a de impregnação e a livre. 
A de constituição não pode ser eliminada nem na secagem, sendo portanto impossível a sua 
retirada. Quando a água contém somente esta água diz-se que a madeira está completamente 
seca. Par atingir esta condição basta a madeira ser deixada em estufa a uma temperatura de 100 
à 150oC. 
A água de impregnação aparece entre as fibras e células lenhosas. Esta água provoca um 
inchamento considerável na madeira, alterando todo o comportamento físico mecânico do 
material. Quando esta água impregna todo a madeira sem escorrimento diz-se que a madeira 
atingiu o teor de umidade de saturação ao ar. 
Após a madeira se encontrar neste estado qualquer outro incremento de umidade pouco importa 
na sua qualidade, pois está somente preenchendo vasos capilares. Esta condição é chamada de 
água livre. 
O teor de umidade correspondente ao mínimo de água livre e ao máximo de água de impregnação 
é denominado de "Ponto de saturação das fibras". Para as madeiras brasileiras esta umidade 
encontra-se em tomo de 25%. A perda de água na madeira até o ponto de saturação das fibras se 
dá sem a ocorrência de problemas para a estrutura da madeira. A partir deste ponto a perda de 
umidade é acompanhada pela retração (redução das dimensões) e aumento da resistência, por 
isso a secagem deve ser executada com cuidado para se evitarem problemas na madeira. 
Deixando-se o material exposto ao ar até a perda da água de impregnação diz-se que a madeira 
está seca ao ar tendo uma umidade em torno de 13 a 17%. Esta medida é obtida através de 
pesagens sucessivas sem alterações significativas do peso da amostra. 
 
É comum adotar a nomenclatura a seguir para estes diversos estados: 
 madeira verde - umidade acima de 30% 
 madeira semi-seca - acima de 23% 
 madeira comercialmente seca - entre 18 e 23% 
 madeira seca ao ar - entre 13 e 18% 
 madeira dessecada - entre 0 e 13% 
 7 
 madeira seca - 0% 
A madeira quando for utilizada deverá possuir determinadas condições para o seu uso. A tabela 1 
apresenta a umidade indicada para o tipo de construção (classificação expedita). 
 
Tabela 2 – Condições da madeira a serem adotadas em função do tipo de construção 
Tipo de construção Condições da madeira 
Construções submersas ou contato com água Madeiras saturadas com 30% de umidade 
Construções expostas como torres, postes, 
cimbramentos. 
Madeiras comercialmente secas com 18 a 
23% de umidade 
Construções abertas como galpões e 
hangares 
Madeira seca ao ar com 13 a 18% de umidade 
Locais secos e fechados como telhados Madeiras secas ao ar 
Locais fechados e aquecidos Madeiras bem secas com 10 a 12% de 
umidade 
Locais com aquecimento artificial Madeira seca artificialmente 
 
A NBR 7190 – Projeto de estruturas de madeira preconiza 4 classes de umidade para fins de 
projeto como apresentado na tabela 2. As classes de umidade têm por finalidade ajustar as 
propriedades de resistência e de rigidez da madeira em função das condições ambientais onde 
permanecerão as estruturas. Estas classes também podem ser utilizadas para a escolha de 
métodos de tratamentos preservativos das madeiras estabelecidos no anexo E desta Norma. 
Para fins de aplicação estrutural da madeira e para classificação de espécies, a NBR 7190 
especifica a umidade de 12% ou seja, o valor correspondentea classe 1 da tabela 2 como 
de referência para a realização de ensaios e valores de resistência nos cálculos. 
É importante destacar ainda que a umidade apresenta grande influência na densidade da 
madeira. 
 
Tabela 2 Classes de umidade segundo a NBR 7190 
Classes de umidade Umidade relativa do ambiente 
Uamb 
Umidade de equilíbrio da madeira 
Ueq 
1  65% 12% 
2 65% < Uamb  75% 15% 
3 75% < Uamb  85% 18% 
4 Uamb > 85%  25% 
 
Retratibilidade 
É a propriedade de variação volumétrica da madeira quando ocorre a variação de umidade entre o 
estado seco e a condição de saturada ao ar, ou seja pela saída da água de impregnação. Pode 
ser inchamento ou contração, denominado trabalho da madeira. 
A retratibilidade pode ser medida tanto na forma volumétrica como na linear. A volumétrica é 
 8 
medida com absoluta precisão em três estados de umidade; verde, seca ao ar e seca em estufa. 
A linear é a medição nas três direções do corpo de prova nos mesmos estados de umidade que a 
medição volumétrica. 
Como visto anteriormente a madeira apresenta comportamentos diferentes de acordo com a 
direção em relação às fibras e aos anéis de crescimento. Assim, a retração ocorre em 
porcentagens diferentes nas direções tangencial, radial e longitudinal. 
 
Em ordem decrescente de valores, encontra-se a retração tangencial com valores de até 10% de 
variação dimensional, podendo causar também problemas de torção nas peças de madeira. Na 
seqüência, a retração radial com valores da ordem de 6% de variação dimensional, também pode 
causar problemas de rachaduras nas peças de madeira. Por último, encontra-se a retração 
longitudinal com valores de 0,5% de variação dimensional. 
 
Um processo inverso também pode ocorrer, o inchamento, que se dá quando a madeira fica 
exposta a condições de alta umidade onde ao invés de perder água ela absorve, provocando um 
aumento nas dimensões das peças 
 
O comportamento diferenciado na retratibilidade pode afetar a qualidade do lenho, podendo 
aparecer, fissuras, rachaduras, fendas de secagem, etc. Três cuidados podem ser adotados de 
modo a minorar este efeito: 
 
 peças com teores de umidade compatíveis com o ambiente a ser empregada 
 desdobro e emprego adequados 
 impregnação das peças com óleos e resinas 
 
Densidade 
A norma brasileira apresenta duas definições de densidade a serem utilizadas em estruturas de 
madeira. A primeira delas é a "Densidade Básica" da madeira definida como a massa específica 
convencional obtida pelo quociente da massa seca pelo volume saturado e pode ser utilizada para 
fins de comparação com valores apresentados na literatura internacional. A segunda, definida 
como "Densidade Aparente", ou seja, peso por unidade de volume aparente (Dh = Ph/Vh) , referida 
à umidade h na qual for determinada. 
A NBR 7190 indica como umidade padrão de referência 12%, para ser utilizada para classificação 
da madeira e nos cálculos de estruturas 
 
A densidade pode ser entendida como o índice de compacidade das fibras da madeira, mostrando 
uma maior ou menor quantidade de fibras por unidade de volume aparente. Pode-se correlacionar 
diversos tipos de madeira conforme esta característica. A densidade varia com a umidade e a 
posição no lenho. 
 
Condutibilidade elétrica: Quando bem seca é excelente isolante elétrico ao passo que úmida 
torna-se condutora. Varia com as espécies. 
 
Condutibilidade térmica: mal condutor independente da espécie. 
 9 
 
Condutibilidade sonora: Não é bom isolante acústico porém quando usado em tratamento 
acústico funciona bastante bem por ter boa capacidade de absorção dos sons. 
 
Resistência ao fogo 
Erroneamente, a madeira é considerada um material de baixa resistência ao fogo. Isto de deve, 
principalmente, á falta de conhecimento das suas propriedades de resistência quando submetida 
a altas temperaturas e quando exposta à chama, pois, sendo bem dimensionada ela apresenta 
resistência ao fogo superior a de outros materiaIs estruturais 
Uma peça de madeira exposta ao fogo torna-se um combustível para a propagação das chamas, 
porém, após alguns minutos, uma camada mais externa da madeira se carboniza tornando-se um 
isolante térmico, que retém o calor, auxiliando, assim, na contenção do incêndio, evitando que 
toda a peça seja destruída. A proporção de madeira carbonizada com o tempo varia de acordo 
com a espécie e as condições de exposição ao fogo. Entre a porção carbonizada e a madeira sã 
encontra-se uma região intermediária afetada pelo fogo mas não carbonizada, porção esta que 
não deve ser levada em consideração na resistência. 
Os estudos de capacidade de resistência ao fogo devem ser feitos com temperaturas em torno de 
8500C, que é a temperatura em incêndios. O comportamento da madeira deve ser estudado na 
forma preventiva, sendo a propagação um efeito quase que natural. 
 
Em seu estado natural a madeira inicia a combustão em torno de 275o C, desde que haja oxigênio 
para a combustão. A combustão superficial forma uma capa de madeira calcinada que impede a 
passagem do ar dificultando a queima. Esta capa tem aproximadamente 10 mm de espessura, e 
se a temperatura permanecer constante a queima cessa. Peças com menos de 25 mm não devem 
ser usadas porque não formam a capa de proteção, destruindo-se rapidamente. 
 
Em incêndios de grande temperatura, com mais de 850o C, as peças de madeira não rompem 
imediatamente devido a este fator, permanecendo portanto com alguma resistência. Uma peça de 
aço em temperaturas próximas de 3000C já estão em processo de escoamento. 
 
Em coberturas de incêndio estes fatores podem ser levados em consideração. Peças com menos 
de 10 mm têm alto risco de combustão, com 25mm têm fator de risco menor e com mais de 50mm 
podem ter menos risco que estruturas metálicas. 
 
O aumento de sua resistência à combustão pode ser obtido com produtos ignífugos ou 
retardadores de combustão. 
 
3.2. PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS MADEIRAS 
São as características de resistência da madeira a diversos tipos de esforços à que estão 
sujeitas as estruturas. 
Todas as características estão diretamente ligadas às propriedades anisotrópicas, à absorção de 
umidade e à densidade de fibras, sendo que quanto maior for esta quantidade maior será a 
resistência da peça. 
 10 
De um modo geral, são as seguintes as propriedades de interesse nas estruturas de 
madeira: 
a) umidade; b) densidade; c) estabilidade dimensional; d) compressão paralela às fibras; e) tração 
paralela às fibras; f) compressão normal às fibras; g) tração normal às fibras; h) cisalhamento; 
i) fendilhamento; j) flexão; k) dureza; l) resistência ao impacto na flexão; m) embutimento; 
n) cisalhamento na lâmina de cola; o) tração normal à lâmina de cola; p) resistência das emendas 
dentadas e biseladas. 
De acordo com o tipo de utilização, a NBR 7190 considera: 
 Caracterização completa da resistência da madeira: (b); (d), (e), (f), (g), (h) e (m) 
 Caracterização mínima da resistência: (b); (d), (e) e (h). 
 Caracterização simplificada da resistência da madeira serrada: Permite-se a 
caracterização simplificada das resistências da madeira de espécies usuais a partir 
dos ensaios de compressão paralela às fibras (d). 
A NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira apresenta os métodos de ensaio para a 
determinação destas propriedades e são divididas em propriedades de elasticidade e de 
resistência. 
Para a investigação direta de lotes de madeira serrada considerados homogêneos, cada lote não 
deve ter volume superior a 12 m3. Do lote a ser investigado deve-se extrair uma amostra, com 
corpos-de-prova distribuídos aleatoriamente ao longo do lote, devendo ser representativa datotalidade do mesmo. Para isso não se devem retirar mais de um corpo-de-prova de uma mesma 
peça. Os corpos-de-prova devem ser isentos de defeitos e retirados de regiões afastadas das 
extremidades das peças de pelo menos 5 vezes a menor dimensão da seção transversal da peça 
considerada, mas nunca menor que 30 cm. O número mínimo de corpos-de-prova deve atender 
aos objetivos da caracterização: (a) caracterização simplificada: 6 corpos-de-prova; (b) 
caracterização mínima da resistência de espécies pouco conhecidas: 12 corpos-de-prova. A figura 
4 apresenta o esquema para extração de corpo de prova das peças de madeira serrada 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Esquema de extração de corpos-de-prova de madeira serrada 
 
 11 
 
3.2.1. Propriedades Elásticas 
 
Elasticidade é a capacidade do material de retomar a sua forma inicial, depois de retirada a 
ação externa que o solicitava, sem apresentar deformação residual. Apesar de não ser um 
material elástico ideal pois apresenta uma deformação residual após a solicitação, a 
madeira pode ser considerada como tal para a maioria das aplicações estruturais 
 
As propriedades elásticas são descritas por três constantes: o módulo de elasticidade longitudinal 
(E), o módulo de elasticidade transversal (G) e o coeficiente de Poisson (v). Como a madeira é um 
material ortotrópico, as propriedades de elasticidade variam de acordo com a direção das fibras 
em relação à direção de aplicação da carga. 
 
Módulo de Elasticidade (E) 
De acordo com a NBR 7170 trabalha-se com três valores de módulo de elasticidade: o módulo de 
elasticidade longitudinal (E0), determinado através do ensaio de compressão paralela as fibras 
da madeira; o módulo de elasticidade normal (E90). que pode ser representado como uma 
fração do módulo de elasticidade longitudinal pela seguinte expressão: 
 
20
E
E 090 
 
ou ser determinado por ensaio de laboratório; e o módulo de elasticidade na flexão (EM). que 
também pode ser determinado de acordo com o método de ensaio apresentado pela norma 
brasileira e pode ser relacionado com o módulo de elasticidade longitudinal pelas expressões 
abaixo: 
 Para as coníferas EM = 0,85 E0 
 Para as dicotiledôneas EM = 0,90 E0 
 
Módulo de elasticidade transversal (G) 
Pode ser estimado a partir do módulo de elasticidade longitudinal (E0). pela seguinte relação: 
20
E
G 0
 
Coeficiente de Poisson 
A norma brasileira, NBR 7190,. não traz em seu texto nenhuma especificação a respeito de 
valores do coeficiente de Poisson para a madeira. 
 
3.2.2. Propriedades de Resistência 
 
Estas propriedades descrevem as resistências últimas de um material quando solicitado por uma 
força. 
Da mesma forma que o exposto anteriormente, as propriedades de resistência da madeira diferem 
 12 
segundo os três eixos principais, embora com valores muito próximos nas direções tangencial e 
radial. Por isso, as propriedades de resistência são analisadas segundo duas direções: paralela e 
normal às fibras. 
 
Compressão em peças curtas 
Três são as solicitações as quais se pode submeter à madeira na compressão: 
normal, paralela ou inclinada em relação às fibras. 
 
Quando a peça é solicitada por compressão paralela as fibras, as forças agem paralelamente a 
direção do comprimento das células. Desta forma as células, em conjunto, conferem uma grande 
resistência a madeira na compressão. 
 
Para o caso de solicitação normal as fibras, a madeira apresenta valores de resistência menores 
que os de compressão paralela, pois a força é aplicada, na direção normal ao comprimento das 
cédulas, direção esta onde as cédulas apresentam baixa resistência. Os valores de resistência à 
compressão normal as fibras são da ordem de 1/4 dos valores apresentados pela madeira na 
compressão paralela. 
 
Já para solicitações inclinadas em relação às fibras da madeira adotam-se valores intermediários 
entre a compressão paralela e a normal, valores estes obtidos pela expressão de Hankinson: 

 2
90c
2
0c
90c0c
c
ff
ff
f
cossen.
.
 
 
A figura 5 mostra de maneira simplificada as formas de compressão na madeira. 
 
Compressão paralela: tendência de encurtar as células 
da madeira ao longo do seu eixo longitudinal. 
 
 
 
Compressão normal: comprime as células da madeira 
perpendicularmente ao eixo longitudinal. 
 
 
 
Compressão inclinada: age tanto paralela como 
perpendicularmente as fibras. 
 
Figura 5 Formas de compressão na madeira 
 
Para o ensaio de compressão paralela as fibras os corpos de prova têm a forma prismática com 
seção transversal quadrada de 5,0cm por 15,0cm como representado na figura 6 – (a) e para o 
ensaio de compressão normal às fibras os corpos de prova também têm a forma prismática com 
seção transversal quadrada de 5,0cm de lado e altura de 10,0cm na direção tangencial como 
indicado na figura 6 – (b). 
 13 
Tração 
Duas solicitações diferentes de tração podem ocorrer em peças de madeira: tração paralela ou 
tração perpendicular às fibras da madeira. As propriedades da madeira referentes a estas 
solicitações diferem consideravelmente 
 
A ruptura por tração paralela as fibras pode ocorrer de duas maneiras, por deslizamento entre as 
células ou por ruptura das paredes das células. Em ambos os modos de ruptura a madeira 
apresenta baixos valores de deformação e elevados valores de resistência. 
Já na ruptura por tração normal as fibras, a madeira apresenta baixos valores de resistência. Na 
tração, análogo ao caso da compressão normal as fibras, os esforços agem na direção 
perpendicular ao comprimento das fibras tendendo a separa-las, alterando significativamente a 
sua integridade estrutural e apresenta baixos valores de deformação. Deve-se evitar, para efeito 
de projetos, a consideração da resistência da madeira quando solicitada a tração na direção 
normal as fibras. A figura 6 mostra as formas de tração na madeira. 
 
 
Tração paralela: alongamento das células da madeira 
ao longo do eixo longitudinal 
 
 
Tração normal: tende a separar as células da madeira 
perpendicular aos seus eixos, onde a resistência é 
baixa, devendo ser evitada. 
 
Figura 6 – Formas de tração na madeira 
 
Por ser um material fibroso a tração paralela as fibras é o esforço que melhor se distribui na 
madeira. Praticamente não ocorre ruptura do material por tração, pois nas ligações, a diminuição 
das seções transversais devido à introdução dos conectores provoca com que o rompimento 
ocorra exatamente nestes pontos. De forma inversa do que ocorre nas peças comprimidas a 
tração provoca a aproximação das fibras, o que proporciona uma resistência bastante maior que a 
verificada à compressão, algo em torno de 2,5 vezes maior. 
 
CisaIhamento 
 
Existem três tipos de cisalhamento que podem ocorrer em peças de madeira. O primeiro se dá 
quando a ação age no sentido perpendicular às fibras (cisalhamento vertical), este tipo de 
solicitação não é crítico na madeira, pois, antes de romper por cisalhamento a peça já apresentará 
problemas de resistência na compressão normal. 
 
os outros dois tipos de cisalhamento referem-se à força aplicada no sentido longitudinal as fibras 
 14 
(cisalhamento horizontal) e a força aplicada perpendicular as linhas dos anéis de crescimento 
(cisalhamento "rolling"). O caso mais crítico é o do cisalhamento horizontal que leva a ruptura pelo 
escorregamento entre as células da madeira. Já o cisalhamento “rolling” produz uma tendência 
das células rolarem umas sobre as outras. 
 
Cisalhamento vertical: deforma as células da madeira 
perpendicularmente ao eixo longitudinal. 
Normalmente não é consideradopois, outras falhas 
ocorrerão antes. 
 
 
Cisalhamento horizontal: produz a tendência madeira 
das células da madeira se separarem escorregarem 
longitudinalmente. 
 
 
Cisalhamento perpendicular: Produz a tendência das 
células da madeira rolarem umas sobre as outras, 
transversalmente ao eixo longitudinal. 
 
Figura 7 - Cisalhamento na madeira 
 
Flexão simples 
 
Quando a madeira é solicitada a flexão simples ocorrem quatro tipos de esforços: compressão 
paralela as fibras, tração paralela às fibras, cisalhamento horizontal e nas regiões dos apoios 
compressão normal às fibras. A ruptura em peças de madeira solicitada à flexão ocorre pela 
formação de minúsculas falhas de compressão seguidas pelo desenvolvimento de enrugamentos 
de compressão macroscópicos. Este fenômeno gera o aumento da área comprimida na seção e a 
redução da área tracionada, podendo, eventualmente, romper por tração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Flexão na madeira 
Torção 
 
As propriedades da madeira solicitadas por torção são muito pouco conhecidas. A norma 
brasileira recomenda evitar a torção de equilíbrio em peças de madeira, em virtude do risco de 
ruptura por tração normal as fibras decorrente do estado múltiplo de tensões atuante. 
 
 15 
Resistência ao choque 
 
A resistência ao choque é a capacidade do material absorver rapidamente energia pela 
deformação. A madeira é considerada um material de ótima resistência no choque. Existem várias 
formas de quantificar a resistência da madeira ao choque, sendo que a norma brasileira prevê o 
ensaio de flexão dinâmica para determina-la. 
 
4. FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA 
 
Pelo fato da madeira ser um material de origem biológica, está sujeita a variações na sua 
estrutura que podem acarretar mudanças nas suas propriedade. Estas mudanças são resultantes 
de três fatores principais: anatômicos, ambientais e de utilização. 
 
4.1. Fatores anatômicos 
 
Densidade 
 
Quanto maior a densidade, maior é a quantidade de madeira por volume e como conseqüência a 
resistência também aumenta. 
 
Alguns cuidados devem ser tomados com valores da densidade, pois, a presença de nós, resinas 
e extratos pode aumentar a densidade sem contudo contribuir para uma melhoria significativa na 
resistência. 
 
Outro fator importante a ser destacado refere-se a umidade da madeira quando determinada a 
densidade, como descrito no item 8.3.1. 
 
Inclinação das fibras 
 
A inclinação das fibras tam uma influência significativa sobre as propriedades da madeira a partir 
de certos valores. Esta inclinação descreve o desvio da orientação das fibras da madeira em 
relação a uma linha paralela à borda da peça. 
A norma brasileira permite desconsiderar a influência da inclinação das fibras para ângulos de até 
6o. A partir deste valor deve-se verificar a variação das propriedades da madeira pela fórmula de 
Hankinson, apresentada no item 8.4.2. 
 
Nós 
 
Os nós são originários dos galhos existentes nos troncos da madeira após o desbaste dos 
mesmos. Existem dois tipos de nós, os soltos e os firmes. Ambos reduzem a resistência da 
madeira pelo fato de interromperem a continuidade e direção das fibras. também podem causar 
efeitos localizados de tensão concentrada. A influência de um nó depende do seu tamanho, 
localização, forma, firmeza e do tipo de tensão considerada. No geral os nós têm maior influência 
 16 
na tração do que na compressão. 
 
Falhas naturais na madeira 
 
Dois tipos de falhas principais podem ocorrer devido a natureza da madeira. A primeira delas esta 
relacionada com o encurvamento do tronco e dos galhos durante o crescimento da árvore, 
alterando o alinhamento das fibras e podendo influenciar na resistência. Outro fator a ser 
observado é a presença de alburno, que por suas próprias características físicas apresenta 
valores de resistência menores. 
 
Presença de medula 
 
Quando a peça serrada contém a medula, provoca diminuição da resistência mecânica e facilita o 
ataque biológico. Podem também surgir rachaduras no cerne próximo a medula, decorrentes de 
fortes tensões internas devidas ao processamento. 
 
Faixas de parênquima 
 
As faixas de parênquima têm baixa densidade e pouca resistência mecânica. Quando presentes 
em elementos submetidos a compressão, estes podem entrar em ruína por separação dos anéis. 
 
4.2. Defeitos por ataques biológicos 
 
Estes defeitos surgem dos ataques provenientes de fungos ou insetos. Os insetos causam as 
perfurações, que podem ser pequenas ou grandes,já os fungos causam manchas azuladas e 
podridões (clara ou parda). 
 
4.3. Defeitos por secagem 
 
São originados pela deficiência dos sistemas de secagem e armazenamento das peças. Podem 
ser encanoamento, arquearnento, encurvamento, torcimento e rachadura, como mostra a figura 9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Defeitos de secagem 
 
 17 
4.4. Defeitos de processamento da madeira 
 
São defeitos originados na manipulação, transporte. armazenamento e desdobro da madeira. 
Destacam-se aqui dois defeitos principais: as arestas quebradas e a variação da seção 
transversal, como mostra a figura 10. 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 - Defeitos de processamento 
 
5. PRESERVAÇÃO DA MADEIRA 
A durabilidade das peças de madeira esta diretamente ligada à preservação de suas 
características. Diversos fatores alteram estas condições, tais como fungos, insetos que atacam o 
tecido lenhoso. A resistência à estes agentes depende da qualidade da madeira, localização 
dentro do lenho, presença de tanino, assim como de fatores externos como umidade, temperatura, 
arejamento, etc. Estes fatores podem ser combatidos através de produtos preservantes que irão 
provocar vida útil mais longa ao material. 
A madeira como material orgânico é atacada por organismos vivos sobrevivendo através dela. 
estes ataques provocam o apodrecimento. 
Os principais processos de preservação podem ser classificados em 
 
1. processo de impregnação superficial 
2. processo de impregnação por pressão reduzida 
3. processo de impregnação por pressão elevada 
 
Independentemente do processo de preservação à ser utilizado, o primeiro fator à ser adotado é a 
secagem do produto, sendo necessário o descascamento do tronco, a retirada da seiva, trabalho 
das peças como bitolagem, furação, etc. 
Além de melhorar a qualidade do material, a secagem facilita a impregnação dos preservantes. 
Além disso a secagem em estufa possibilita a esterilização das peças eliminando parasitas e 
germes que ocasionam o apodrecimento. 
A retirada da casca provoca a eliminação de um local onde os fungos e insetos localizam-se 
preferencialmente. 
A desseivagem é uma prática muito antiga e importante no beneficiamento da madeira. Uma 
maneira eficiente é o transporte através do transporte em rio, onde a seiva é substituída por água, 
através da capilaridade e osmose. este processo facilita a posterior secagem visto que é mais fácil 
retirar a água que a seiva. 
 18 
Os principais produtos preservantes são sempre tóxicos, fungicidas, inseticidas ou antimoluscos, 
diluídos em óleo ou água. Devem apresentar as seguinte características: 
 
 alta toxidez à organismos xilófagos 
 alto grau de retenção ao tecido lenhoso 
 alta difusibilidade através do tecido lenhoso 
 estabilidade 
 incorrosivel para metais e para a própria madeira 
 segurança aos operadores. 
Atualmente existem 4 preservantes de ação prolongada responsáveis por cerca de 80% da 
madeira tratada no mundo são eles: creosoto, pentaclorofenol, CCA ( cromo – cobre – arsênico), 
CCB (cromo, cloro boro). 
Os preservativosde aço temporária hidrossolúveis são os fungicidas e os inseticidas. 
 
Processo de impregnação artificial 
São processos de pinturas superficiais, ou por imersão das peças em preservantes. Este 
procedimento é econômico sendo recomendável somente em peças não expostas. Tanto na 
imersão como na pintura a impregnação dificilmente será superior à 2 ou 3mm, sendo suficiente 
para tratamento contra inseto e pequenas trincas e fendas. 
 
Processo de impregnação sob pressão reduzida 
Processo de impregnação por pressões naturais, conseguindo-se penetração em todo o alburno. 
pode ser efetuado de duas maneiras. 
a) Processo de dois banhos, um quente e outro frio. Em um recipiente é colocado o impregnaste 
aquecido à temperatura de ebulição da água, sendo as peças introduzidas neste líquido, ali 
ficando por quatro horas. Após este período as peças são retiradas e colocadas imediatamente no 
mesmo líquido, sendo entretanto frio por um período de 30 minutos. A expulsão do ar aquecido 
provoca força a entrada do impregnante através da pressão atmosférica sobre o vácuo relativo. E 
um processo bastante efetivo recomendado para topo de postes, mourões de cerca tanto na parte 
enterrada como na superior. 
 
b) Processo de substituição da seiva sendo possível somente em peças verdes sendo portanto 
um processo lento. As peças de madeira são imersas no imunizante havendo a troca da seiva por 
capilaridade e osmose. Uma peça de 15 cm de diâmetro por 3 metros de comprimento demora no 
verão aproximadamente 60 dias para estar imunizada. 
 
Processo de impregnação em autoclaves 
São os mais eficientes, normalmente indicado para peças que estarão sujeitas a diversos tipos de 
predadores. Existem dois processos clássicos: 
a) de células cheias, sendo as peças carregadas em autoclaves, sob vácuo de 70 cm de mercúrio 
 19 
por duas horas. Com este processo é retirado o ar e a água do tecido lenhoso. Em seguida o 
madeira é exposto a banho do preservante sob pressão de 10 atm, durante três horas, sob uma 
temperatura entre 90 e 1000C. Finalmente o material é submetido à vácuo de 30 cm de mercúrio, 
por 30 minutos, a fim de retirar o excesso de preservante, que em geral é o creosoto. 
 
b) de células vazias, sendo as peças submetidas a uma pressão inicial de 3 atm, a seco, por 
noventa minutos. Após este período é aplicado um banho à pressão de 10 atm, sob temperatura 
de 90 à 1000C pelo tempo de três horas. Um novo vácuo é aplicado que retira todo preservante 
contido no material, pela expulsão do ar sob pressão inicialmente inserido. 
 
Em virtude da grande variabilidade da incidência de agentes biológicos de deterioração da 
madeira, bem como pela existência de espécies com boa durabilidade natural, recomenda-se, na 
falta de outras informações, os seguintes procedimentos mínimos de preservação: 
 Dicotiledôneas: pincelamento 
 Coníferas: impregnação em auto clave 
 
6. APLICAÇÕES DE ALGUMAS MADEIRAS 
 Para formas de concreto, escoramento, andaimes, etc.: pinho-do-parana, caxeta, tababuia 
 Madeiramento de telhado: peroba–do-campo, ipê, peroba-rosa, jatobá 
 Forros e beirais: peroba–do-campo, peroba–rosa, pinho-do-paraná, jequitibá, caxeta 
 Pavimentação: peroba-alves, roxinho, óleo-vermelho, jatobá, pau-marfim, sucupira, canela 
 Esqudrias: para receber pintura: cedro, canela, imbuia. Deve-se evitar peroba, sucupira e 
outras que segregam resinas; para receber verniz ou cera de acabamento: peroba do 
campo, imbuia, pau-marfim, pau-cetim 
 Estacas de madeira: eucalípito, aroeira 
 
7. MADEIRA TRANSFORMADA 
 
A madeira como já foi visto é um material heterogêneo e anisótropo. Os processos de 
transformação da madeira procuram alterar estas características tornando o material mais 
homogêneo. 
A madeira laminada é o corte da madeira em tábuas que são coladas com colas especiais, 
diminuindo a ocorrência de defeitos nas peças. Á medida que as tábuas vão sendo cortada mais 
finas, tornando-se lâminas, estas peças podem ser coladas ortogonalmente sendo chamadas 
então de madeira compensada ou contraplacados. 
 
A madeira quando destruída como resíduos de madeira cortada ou serrada, podem ser 
reconstituídas com resinas e colas especais, sob pressão são chamadas de aglomerados. 
Finalmente as madeiras reconstituídas que são aquelas oriundas de uma fragmentação mecânica, 
onde o tecido é reduzida à polpa dispersa, passando depois por uma reaglomeração sob pressão, 
utilizando-se de resinas e colas, dando origem a um material onde as fibras não têm direção 
 20 
principal. Este material que tem a mesma textura da madeira pode ser submetido a diversas 
alterações com aplicação de produtos como os plásticos de madeira, do tipo baquelite, plásticos 
de papel, que são papéis de alta resistência associados como os contraplacados, através de uma 
resina resistente, resistindo à forças de tração da ordem de 2500 kg/cm2. 
 
A madeira compensada é o conjunto de lâminas ou mais, coladas entre si de tal modo que as 
direções das fibras se alternem em ângulo reto. O número de lâminas é sempre um impar. Este 
processo visa uma distribuição das diferenças de contrações e de resistência mecânica 
decorrentes dos sentidos diferentes das fibras. Há então uma compensação de esforços. Daí o 
nome. As principais vantagens da madeira compensada são: 
 Resistência uniforme ao longo da peça 
 Eliminação de contração e conseqüentemente, do aparecimento de fendas e 
empenamentos 
 Obtenção de chapas de tamanhos variados até 2,2 x 1,6 m, o que seria impraticável com 
madeira serrada 
 Melhor aproveitamento da madeira. O desdobramento de uma tora dá um rendimento de 
70%, enquanto que com o compensado obtêm-se 90% 
 
Aplicações: 
 Na construção civil: formas para concreto, portas, forros, lambris, divisórias 
 Outros empregos:em aviões, fabricação de móveis e caixas de acondicionamento 
 
8. ESPECIFICAÇÃO PARA COMPRA 
8.1. Madeira serrada 
O pedido de compra deverá conter as seguintes informações: 
 Espécie da madeira 
Exemplo: Canela, Ipê, Sucupira, Pinho do Paraná, Eucalíto, etc. 
 Tipo de madeira 
Exemplo: ripa, tábua, pranchão, etc. 
 
 Dimensões: Especificar a bitola (espessura x largura) e o comprimento mínimo ou exato 
das peças. 
 
 Atendimento às normas da ABNT 
Especificar os números das normas que devem ser atendidas pelo fabricante. Por 
exemplo: 
NBR 7203 – Madeira serrada e beneficiada; 
NBR 12498 – Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento para uso 
geral – Dimensões e lotes; 
 NBR 9487 – Classificação de madeira serrada de folhosas; 
Especificação do Contratante. 
 
 21 
 Verificação e Ensaio de Recebimento 
Verificações / 
Ensaios 
Lote / 
Amostra 
Tolerância Recomendação 
Verificar quantidade, 
através de contagem 
com romaneio. 
Toda a 
entrega 
--- Acertar com o fornecedor 
qualquer diferença na 
quantidade. 
Verificar visualmente 
os defeitos: 
 Furos; 
 Podridão; 
 Nós; 
 Falha. 
Toda a 
entrega 
--- Não aceitar os produtos que 
apresentem defeitos. 
 
Verificar 
empenamento. (Ver 
Figura 11) 
Lote: uma 
entrega com 
mesmas 
características. 
 
Amostra: 5% 
das peças de 
cada lote 
 
Tolerância do encurvamento e 
arqueamento: até 5mm / metro 
 
Tolerância do encanoamento: 4mm 
 
Tolerância de peças defeituosas: 
10% das peças. 
 
Caso a amostra apresente problemas 
em 11 a 30% das peças, repetir o 
ensaio. 
 
Tolerância de peças defeituosas da 
2
ª 
amostragem: 10% das peças. 
 
Caso a 2
ª
 amostra apresente mais 
que 10% de peças defeituosas, 
rejeitar o lote. 
 
 
 
 
Aceitar o lote 
 
 
Repetir o ensaio 
 
 
 
Aceitar o loteRejeitar o lote 
 
 
 
Caso a segunda amostra 
seja rejeitada, pode-se 
verificar todo o lote e 
devolver os produtos que 
não atendam às exigências 
definidas no pedido de 
compra. 
Verificar dimensões 
(comprimento, 
largura, espessura) 
 
Tolerância do comprimento: + 50mm 
 
Tolerância da largura e espessura: + 
4mm. 
 
Tolerância de peças defeituosas: a 
mesma do item anterior. 
O mesmo do item anterior 
 
Verificar tipo da 
madeira, através de 
comparação com 
amostra 
 
Tolerância de peças fora de 
especificação: a mesma do item 
anterior. 
O mesmo do item anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Limites máximos para aceitação de peças de madeira serrada com defeitos de 
secagem 
5 mm/metro
4 mm
= 5 mm/metroMáximo = 5mm/metro Máximo = 5mm/metro 
Máximo = 4mm 
ENCANOAMENTO ENCURVAMENTO ARQUEAMENTO 
 22 
 
 Manuseio e Armazenamento 
 As peças de madeira devem ser estocadas da seguinte maneira: 
 
 Armazenar em local plano e protegido contra exposição direta à chuva e ao sol, para não 
empenar (cobrir com lona ou tábuas em posição inclinada para desviar a chuva); 
 Empilhar na posição horizontal sobre pontaletes de madeira, com altura não superior a 
1,00m; 
 Armazenar separadamente os diferentes tipos (ripa, ripão, etc) e por dimensão. 
 
8.2. Chapas de Madeira compensada 
As chapas de madeira compensada para formas de concreto devem atender às disposições 
(requisitos) da norma NBR9532 – Chapas de Madeira Compensada – Especificação, exceto para 
formação de lotes deste material. 
O pedido de compra deverá conter as seguintes informações: 
 Tipo de chapa (resinada ou plastificada) e dimensões desejadas pela obra. 
 Número de norma pertinente (NBR9532). 
 Número mínimo de reaproveitamento da forma garantido pelo fabricante. 
 Aviso esclarecendo que as chapas de madeira compensada não devem apresentar 
defeitos sistemáticos, tais como desvios dimensionais, desvios no esquadro, número de 
lâminas inadequado à sua espessura, defeitos superficiais ou defeitos nas bordas. 
 Aviso constando que as chapas que não atenderem às especificações serão devolvidas. 
 Aviso esclarecendo que a partida será aceita com a observação de que na obra haverá 
checagem do lote quanto à resistência à água, podendo este ser rejeitado num prazo de 
48 horas em caso de reprovação no teste. 
Formação de lotes 
Cada entrega será considerada um lote desde que não exceda a 250 chapas. Caso exceda a esta 
quantidade, o carregamento será dividido de tal forma que resultem lotes aproximadamente iguais 
e, ao mesmo tempo, com menos de 250 chapas. A amostra a ser retirada de cada lote será 
formada por 13 chapas escolhidas aleatoriamente. 
Verificação e ensaios 
O controle será executado em obra verificando-se as chapas conforme orientações e limites 
apresentados na tabela abaixo. As verificações devem ser feitas nas 13 chapas que compõem a 
amostra, anotando-se, para cada verificação, o número de chapas defeituosas encontradas. 
 
 
 
 23 
Verificação dimensionais e visuais 
Característica Tolerância Equipamento ou meio de 
verificação 
Comprimento ± 2mm Trena metálica com precisão de 
1mm, tomando-se a medida no 
meio da chapa. 
Largura ± 2mm Trena metálica com precisão de 
1mm, tomando-se a medida no 
meio da chapa 
Espessura ± 1mm Paquímetro com precisão de 
0,1mm, tomando-se a medida 
num ponto sem defeitos visuais, a 
pelo menos 30mm da borda da 
chapa 
Esquadro 
(chapa 1,22x2,44) 
diagonal = 272,8mm 
(chapa 1,10x2,20) 
diagonal = 246 mm 
± 5mm Trena metálica com precisão de 
1mm, tomando-se as medidas nas 
diagonais da chapa 
Presença de emendas Resinado: em até duas emendas 
tanto na face quanto na 
contraface 
Plastificado: máximo de 1 
emenda por chapa 
Verificação visual 
Aspecto superficial Resinado: faces firmes, sem 
falhas que prejudiquem seu uso 
Plastificado: filme contínuo, liso e 
sem falhas ou incrustações 
Verificação visual 
Aspecto das bordas Devem estar seladas sem 
apresentar descolamento das 
lâminas 
Verificação visual 
 
Número de Lâminas 
Característica Tolerância Equipamento ou meio de 
verificação 
Número de lâminas * 
Chapas de 6mm 
Chapas de 9 ou 12mm 
Chapas de 18mm 
Chapas de 21mm 
Nº de lâminas = 3 
Nº de lâminas = 5 
Nº de lâminas = 7 
Nº de lâminas = 9 
Contagem visual pela borda da 
chapa. 
 
 
 24 
Resistência à água 
Característica Tolerância Equipamento ou meio de 
verificação 
Resistência à água Não devem apresentar 
descolamento das lâminas 
após imersão ou fervura em 
água 
Tomar uma chapa de amostra e 
retirar 10 corposdeprova de 
10x10cm. Imergílos em água limpa 
por 12 horas, deixar secando ao sol 
por 12 horas e imergílos novamente 
por mais 12 horas. Havendo 
disponibilidade de fogareiro, este 
teste, que tem 36 horas de duração, 
pode ser substituído pela fervura 
dos corpos de prova em água limpa 
por 10 minutos 
 
Critérios de aceitação 
Verificações dimensionais e visuais 
Aceitar o lote inteiro caso não sejam encontradas chapas defeituosas. Se houver quatro ou mais 
peças com defeito, rejeitar o lote. Encontrando-se até 3 peças com defeito, inspecionar uma 
segunda amostra formada por mais 13 chapas. Nesse caso, para aceitação do lote, o número total 
de chapas defeituosas em duas amostras somadas deve ser menor ou igual a três. Em caso de 
rejeição na segunda amostragem, inspecionar o lote inteiro e devolver as chapas defeituosas. 
Número de lâminas 
Retirar uma chapa da amostra de 13 chapas e verificar, conforme a tabela. Aceitar o lote caso o 
número esteja de acordo com o mínimo estabelecido. Rejeitar o lote caso contrário. 
Resistência à água 
O lote será aceito se nove dos dez corpos-de-prova passarem no teste. Caso seja reprovado, o 
lote inteiro deve ser devolvido. 
Armazenamento 
 Estocar as chapas em local seco, ventilado, nivelado e longe do intemperismo. 
 As chapas deverão ser coladas na posição horizontal sobre três pontaletes de madeira, 
posicionados no centro da chapa e a 10cm de cada uma das bordas, evitando-se contato 
com o piso, conforme figura 12. No caso de armazenamento em lajes, verificar sua 
capacidade de resistência para evitar sobrecarga. Em lajes usuais, a pilha não deverá 
exceder a 40cm de altura. 
 É recomendável que a data de entrega e o local de estocagem sejam planejados com 
antecedência, de forma a evitar a pré-estocagem em locais inadequados, interferência com 
outros serviços de obra ou a necessidade de transporte horizontal interno. 
 25 
 
Figura 1 – Armazenamento de chapas de compensado 
Manuseio 
 Cuidado para não jogar a chapa e danificar as bordas na estocagem 
 Verificar o estado do disco da serra circular antes de cortar a chapa.

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