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EXAME DE ORDEM 2011.2
 
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR – OAB 2011.2 
Disciplina DIREITO CIVIL 
Aula 3/9 
 
EMENTA DA AULA 
1. Validade do Negócio Jurídico. 2. Vício na vontade. 3. Elementos acidentais do 
negócio jurídico. 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Validade do Negócio Jurídico. 
 
O Negócio jurídico somente produzirá efeitos tendo em vista a exteriorização e a livre vontade 
em que haja vícios ou defeitos. 
 
2. Vício na vontade 
 
� Erro (art. 138 – 157) 
Falsa percepção do declarante em relação ao objeto e sujeito ou relação ao próprio negócio 
Apenas o erro SUBSTÂNCIAL (essencial) autoriza a anulação do negócio jurídico que foi 
realizada 
O erro de cálculo autoriza apenas a retificação da declaração de vontade. 
 
� Dolo 
Trata-se de intenção manifesta de prejudicar o declarante na realização de um negócio. 
É necessário haver uma influência externa capaz de alterar a vontade do declarante 
prejudicando-lhe. 
O dolo essencial autoriza a anulação. Essencial é aquele que atinge a causa do negócio 
jurídico; a razão. 
O dolo acidental NÃO autoriza a anulação mas tão somente a apuração nas perdas e danos 
(art. 146, CC) 
O dolo bilateral gera efeitos e portanto não há o que falar em anulação do negócio. 
 
� Coação 
Trata-se da pressão física ou psicológica exercida sobre o declarante capaz de incutir temor 
de dano. Deve ser levada em consideração a saúde, sexo, idade e as condições sociais. 
 
� Estado de perigo (art. 156, CC) 
Necessidade de salvar vida e conseqüência em gerar uma obrigação excessivamente 
onerosa. Não deve ser uma obrigação padrão – aproveito da oportunidade. 
 
� Lesão (art. 157, CC) 
Causas jurídicas como a urgência necessidade e inexperiência e tendo como conseqüência 
uma obrigação manifestamente desproporcional. 
É permitido que se preserve o contrato corrigindo-o ou anulando-o. 
 EXAME DE ORDEM 2011.2
 
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
O Estado de perigo trata-se de vida enquanto a lesão trata-sede garantir o patrimônio. 
 
� Fraude contra credores (vício social) Art. 158, CC. 
Atinge terceiros, pois é um negócio jurídico ao crédito de um terceiro. O negócio 
fraudulento inibe ou prejudica a satisfação desse crédito devendo-o desfazer. 
 
3- Elementos acidentais do negócio jurídico (art. 121) 
São disposições inseridas no negócio capazes de alterar os efeitos do negócio realizado. 
� Condição – evento futuro e incerto 
� Termo – evento futuro e certo 
� Encargo (modo) – ônus atribuído a uma das partes em razão de um ato de liberalidade 
 
 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA: 
1. No que se refere ao termo ou condição e aos defeitos do negócio jurídico, julgue os itens abaixo. 
I. A condição é a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico, oneroso ou gratuito, a 
evento futuro e incerto, e tem aceitação voluntária. 
II. Em face da condição resolutiva, tem-se mera expectativa de direito ou direito eventual 
pendente. 
III. O vício resultante da coação causa a anulabilidade do negócio jurídico, mas é passível de 
ratificação pelas partes, ressalvado direito de terceiro. 
IV. Na fraude contra credores, o ato de alienação de bens praticado pelo devedor é nulo de 
pleno direito e dispensa a propositura de ação própria para anulação do negócio jurídico. 
Estão certos apenas os itens: 
A. I e II. 
B. I e III. 
C. II e IV. 
D. III e IV. 
 
2. No que concerne aos defeitos do negócio jurídico, assinale a opção correta. 
A. Para caracterizar a simulação, defeito sujeito à anulabilidade do negócio jurídico, exige-se 
que, na con-duta do agente, além da intenção de violar dispositivo de lei, haja o desejo de 
prejudicar terceiros. 
B. Podem demandar a anulabilidade do negócio simulado o terceiro juridicamente interessado 
e o Ministério Público, sendo vedada aos simuladores a faculdade de alegar a simulação ou 
requerer em juízo a sua anulação, em litígio comum ou contra terceiros. 
C. A lesão é vício de consentimento que surge concomitantemente com o negócio e acarreta a 
sua anula-bilidade, permitindo-se a revisão contratual para evitar a anulação, aproveitando-se, 
assim, o negócio. 
D. Se, na celebração do negócio, uma das partes induzir a erro a outra, levando-a a concluir a 
avença e assumir uma obrigação desproporcional à vantagem obtida pelo outro, esse negócio será 
nulo porque a manifestação de vontade emana de erro essencial e escusável. 
 
GABARITO: 
1. B 
2. C

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