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Aminoacidopatias Características genéticas e clínicas O que são? • Consequente a erros inatos do metabolismo de aminoácidos • São doenças congênitas • São autossômicas recessivas • Implicam perda de função das enzimas que degradam os aminoácidos • Atualmente se conhecem mais de 50 aminoacidopatias Sinais clínicos gerais • Podem ter um fenótipo benigno (histidinemia) • Podem implicar encefalopatias (fenilcetonúria) • Podem ser anomalias severas, com fenótipos muitas vezes fatais (acidúrias orgânicas e deficiências do ciclo da uréia) Fenilcetonúria Clássica • Defeito na região q22-q24.1 do cromossomo 12 • Implica deficiência completa ou quase completa da ação da enzima Fenilalanina- hidroxilase • A forma de mutação mais frequente é a alteração de 1 par de base, porém outras 50 formas de mutação nesse locus gênico foram descritos • O acúmulo de subprodutos como fenilpiruvato, fenilactato e fenilacetato causa dano cerebral • O sinal clínico mais importante é o retardo mental • Crianças recém nascidas não apresentam sinais clínicos neurológicos, porém a presença de erupções cutâneas eritematosas (rash eritematoso) é muito descrita nos casos clínicos ! Outros sinais clínicos • 1/4 das crianças apresentam crises convulsivas • Mais de 50% têm anormalidades eletroencefalográficas • Ao exame físico, pelos e olhos tendem a ser mais claros que os dos irmãos ou pais • Possuem um odor desagradável • Vômitos • Atraso no crescimento Tratamentos • Pode ser uma dieta balanceada, regulando-se sempre os níveis séricos de fenilalanina (deve ser iniciado com até 21 dias de vida) • Em países com maior acesso a tecnologia, há a análise do tipo de mutação e da sua consequência para o paciente, a fim de disponibilizar um tratamento mais eficaz • PreKUnil: comprimidos com triptofano e tirosina, precursores da serotonina, dopamina e norepinefrina. Combatem a quantidade de fenilalanina que chega às células nervosas por meio de inibição competitiva Teste do Pezinho • Método diagnóstico: Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) • Deve ser feito entre 24 e 72 horas após o nascimento • Detecta a quantidade de fenilalanina presente no sangue do bebê • É importante que a criança tenha sido amamentada • Valores de referência: <240 mcmol/L = não possui 240 < x < 600 mcmol/L = reteste >600 mcmol/L = diagnóstico de fenilcetonúria Curiosidades Importantes • Prevalência entre grupos étnicos no mundo: 1/10.000 nascidos caucasianos e 1/90.000 nascidos africanos • No Brasil ocorre 1 caso a cada 12.000 nascimentos • Fenilcetonúria leve: Índices moderados da fenilalanina-hidroxilase e de fenilalanina no organismo - Tratamento pode conter o avanço da doença • Hiperfenilalninemia transitória ou permanente: forma benigna (imaturidade do fígado da criança, desmame precoce com alteração drástica de dieta) • Fenilcetonúria materna - níveis de fenilalanina do feto chegam a ser 2 vezes maior que os da mãe (transporte ativo de fenilalanina via placentária) Referências Bibliográficas ! • NUPAD, Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG. Disponível em: < http://www.nupad.medicina.ufmg.br/topicos- em-saude/fenilcetonuria/>. Acesso: 5 de Abril de 2018.! • NADAI, Camila; ARAÚJO, André;TRINDADE, Karine; PINHEIRO, Pablo; Aminoacidopatias: caraterísticas clínicas e genéticas, Revista Brasileira de Medicina (RBM), páginas 465 a 473. Disponível em: < http://www.moreirajr.com.br/ revistas.asp?fase=r003&id_materia=3654>. Acesso: 5 de Abril de 2018.! • SITE DRAUZIO VARELLA, Doenças e Sintomas - Fenilcetonúria. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/fenilcetonuria-pku/>. Acesso em 5 de Abril de 2018.! • Blog PKU. Disponível em: < http://pkubiobio.blogspot.com.br/>. Acesso em 5 de Abril de 2018.
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