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Jéssica Lino Barbosa Curso Pedagogia - Licenciatura R.A 3354438466 Centro Educacional Anhanguera - EAD Desafio Profissional Instrumento de intervenção pedagógica, apresentado ao curso de pedagogia – licenciatura, do centro de ensino Anhanguera. Orientadora: Ana Paula da Silva Rodrigues Gaia. Presidente Prudente – SP 19/11/2016 O Interprete Educacional O interprete educacional, atua com o papel de interpretar a língua de sinais dentro da sala de aula regular, transmitindo o conteúdo que se esta sendo passado pelo professor, para os alunos surdos, ajudando na inclusão dos mesmos. Isso não apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, em 1989, estimava-se que 2200 intérpretes de língua de sinais estivessem atuando nos níveis da educação elementar e no ensino secundário. (...) Atualmente, mais de um terço dos graduados nos cursos de formação de intérpretes são empregados em escolas públicas. Mais da metade dos intérpretes estão atuando na área da educação. (Stewart, D. et alli, 1998) No entanto, no Brasil o número de interpretes que atuam nas salas de aula atualmente, é bem inferior a isso, o que torna um pouco mais dificultoso a relação entre Professor/Aluno e principalmente com os demais alunos, gerando dificuldades e atrasos no aprendizado dos mesmos e também problemas na inclusão. A Educação especial está fora da escola regular, ela é destinada às pessoas com deficiência em escolas que são especializadas e, na maioria das vezes, são mais equipadas e têm mais condições para atender os diferentes portadores de necessidades especiais. Porém, há uma certa crítica à educação em centros especializados, pois o que se pensa é que esses deficientes convivem apenas com pessoas iguais a eles e não interagem e/ou convivem com outras pessoas. Por isso a necessidade de um Interprete na sala de aula regular, para que os alunos com tal deficiência conviva com os demais alunos, aprendendo tanto a linguagem brasileira de sinais, como também a língua portuguesa. O interprete deve ter formação mínima nas disciplinas especificas, para que consiga interpretar o que esta sendo passado pelo professor e dessa forma transmitir ao aluno com o máximo de clareza, não prejudicando seu aprendizado. As escolas regulares, ainda não se encontram totalmente preparadas e equipadas para esse tipo de ensino, os professores muitas das vezes não estão preparados para atender alunos especiais, não sabendo como inclui-los em suas aulas, dificultando assim a inclusão deste na sala de aula regular, e é ai que começa o papel do interprete educacional. Portanto, ainda tem muitas mudanças a serem feitas, para que aconteça realmente a inclusão desses alunos na escola regular, não só na questão social, mas principalmente na alfabetização. Mais contratações de profissionais preparados, equipamentos para as aulas, aulas de libras para os demais alunos, para que a inclusão realmente aconteça de ambas as partes, não somente na língua portuguesa, mas também na língua brasileira de sinais. Psicologia da Educação – Proposta de mudança de comportamento Muitos problemas de comportamento são encontrados na sala de aula, como por exemplo, déficit intelectual, uma vez que esse aluno é incluso na escola regular ou especial , é necessário um trabalho com os profissionais ( Professor ). São necessários métodos que consigam realmente atingir os alunos, desta forma os incentivando e despertando o interesse para a aprendizagem. Esses métodos podem ser introduzidos de muitas formas na sala de aula, levando a uma melhora comportamental significativa. Reforço diferencial é um deles, existem quatro tipos de procedimentos de reforço diferencial: Mas o que apresenta maior índice de resultado é o reforço diferencial de comportamentos alternativos (DRA), no qual o reforço é liberado depois de uma ou mais ocorrências de um comportamento particular, que seja ensinado ou treinado, e que não necessariamente seja incompatível com o comportamento indesejado. O procedimento de DRA mostra resultados relevantes na redução de comportamentos inadequados para pessoas com necessidades educacionais especiais, já que permite a instalação de comportamentos considerados adequados. Dessa forma pode se considerar que esse seja o método mais eficaz, para mudanças de comportamento. Já que teve uma resposta mais positiva em relação aos outros métodos, ao serem apresentados em sala de aula. Educação Bilíngue para surdos Existe uma forma de ensino conhecida como Comunicação total, Na comunicação total, a recepção da linguagem se dá por meio da leitura orofacial, da amplificação, dos sinais e do alfabeto digital, e a produção se faz por meio da fala, dos sinais e do alfabeto digital. Na prática, os sinais foram usados com a fala, o que resultou no uso dos sinais na ordem da língua principal. O bilinguismo defende o uso de duas línguas na educação dos surdos, que é a língua de sinais como primeira língua e a língua portuguesa como segunda língua no caso do Brasil. Assim como os ouvintes, que têm a Língua Portuguesa como primeira língua e nela se baseiam no aprendizado de outras línguas, os alunos surdos vão recorrer ao seu conhecimento da Língua Brasileira de Sinais no aprendizado da Língua Portuguesa, sua segunda língua. Como atividade discursiva, o foco é colocado no texto e não nos vocábulos e a aprendizagem deixa de ser conduzida pelo professor e passa a ser vista como resultado do processo interativo entre professores, alunos e textos. Assim como ocorreu na educação de ouvintes, a adoção da concepção de língua como atividade discursiva pela escola trouxe mudanças também no ensino da Língua Portuguesa para alunos surdos. O ensino da língua deixou de obedecer a padrões preestabelecidos pelo professor, que passou a expor os alunos surdos à Língua Portuguesa escrita sem a preocupação de ensiná-la. A meta é que os alunos usem a língua e, ao usá-la, elaborem hipóteses sobre o seu funcionamento, sozinhos ou com a ajuda do professor. O ensino da gramática vai se dar quando os alunos estiverem usando a língua. Devido às dificuldades de acesso à linguagem oral, é por meio da visão que os alunos surdos vão adquirir a Língua Portuguesa, razão por que se lhes deve possibilitar, desde o início da escolaridade, situações de leitura. É ela que vai tornar possível o acesso à Língua Portuguesa. Além das atividades que envolvem a leitura, as crianças são inseridas, desde o início do processo escolar, em atividades de escrita dos seus nomes, da professora e dos familiares, de rotinas diárias, do calendário e de pequenas produções com base em relatos e narrativas produzidos pelas crianças na Língua Brasileira de Sinais e escritos na Língua Portuguesa pela professora, na lousa. Recursos audiovisuais, didática e inclusão na sala de aula Como sabemos graças as quebras de paradigmas e a evolução da educação, a escola, mesmo que não o faça, tem a obrigação de incluir as diferenças, e integrá-las a realidade escolar e de ensino, proporcionando uma educação que atinja a todos da mesma forma, resguardados suas respectivas particularidades. É importante deixar claro a necessidade de uma formação complementar na área de inclusão para que se obtenha bons resultados e uma boa aplicação dos recursos aqui citados. Recursos: Quadro de Imagens e ações grudados nas paredes; Palavrascruzadas com associação imagens-palavras/imagens-ações; softwares de comunicação para a sala de informática, plaquinhas de comunicação prática, AEE. AEE em libras Deve ocorrer na sala pelo professor comum; Diariamente, em horário contrário das aulas na sala de aula comum; O Objetivo é Dar base conceitual da libras e do conteúdo curricular estudado na sala de aula. Organização didática: uso de estímulos visuais (imagem) Materiais: mural de avisos e notícias, biblioteca da sala, painéis de gravuras e fotos sobre temas de aula, roteiro O professor do AEE em libras deve trabalhar o mesmo conteúdo da sala de aula, traduzindo exemplificando em libras. O professor do AEE deve ter além da especialização em libras a especialização da área trabalhada. Conclusão A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. Dentre as atividades de atendimento educacional especializado são disponibilizados programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização e tecnologia assistiva. Ao longo de todo o processo de escolarização esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum. O atendimento educacional especializado é acompanhado por meio de instrumentos que possibilitem monitoramento e avaliação da oferta realizada nas escolas da rede pública e nos centros de atendimento educacional especializados públicos ou conveniados. O acesso à educação tem início na educação infantil, na qual se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e desenvolvimento global do aluno. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio de serviços de estimulação precoce, que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social. Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento educacional especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino. Deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional. Desse modo, na modalidade de educação de jovens e adultos e educação profissional, as ações da educação especial possibilitam a ampliação de oportunidades de escolarização, formação para ingresso no mundo do trabalho e efetiva participação social. A interface da educação especial na educação indígena, do campo e quilombola deve assegurar que os recursos, serviços e atendimento educacional especializado estejam presentes nos projetos pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos.
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