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ESTUDO SOBRE RECURSOS DPC

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 
Remédio voluntário idôneo a ensejar o esclarecimento ou a integração da decisão judicial impugnada. 
- Cabimento: Contra qualquer provimento judicial de conteúdo decisório: sentenças, acórdãos e apesar do silêncio da lei, decisões interlocutórias. 
- Buscam impugnar decisão judicial eivada de obscuridade, contradição ou omissão. 
Obscuridade e contradição: Art. 535, I. Trata-se de embargos destinados a permitir o esclarecimento da decisão judicial. 
O embargo que se destina o esclarecimento da decisão obscura ou contraditória não se quer que o juízo redecida, mas que reexprima o decidido. O que se pretende é que o juízo dê outra redação ao provimento recorrido, mantendo o conteúdo da decisão. 
Omissão: Art. 535, II. Trata-se de embargos destinados a integração da decisão. 
Aqui o que se pretende é a integração do provimento, espera-se que o juízo reabra a atividade decisória, examinando a questão sobre a qual permanecera omisso. 
- EFEITOS INFRIGENTES: Ocorre a modificação do julgado. Exemplo: Ajuizada demanda em que se pede a condenação do demandado ao pagamento de certa quantia, o demandado contesta alegando a nulidade do contrato que deu origem a relação jurídica deduzida em juízo e prescrição do crédito do demandante. O Juiz, na sentença, afasta a alegação de nulidade, reputando válido o contrato, e julga o pedido do autor procedente, restando omisso quanto a alegação de prescrição. Interpostos os embargos de declaração, poderá o juiz verificar que a prescrição realmente ocorrera, dando provimento aos embargos e afirmando a inexistência do direito do demandante. Tendo assim o efeito modificativo. 
- PRAZO: São cabíveis no prazo de 05 DIAS e são isentos de preparo. Art. 536. Basta que o embargante aponte na petição de interposição do recursos, qual a obscuridade ou contradição contida no provimento embargado, ou ainda qual ponto sobre o qual o pronunciamento judicial permaneceu omisso. Não possuem efeito devolutivo, já que seu julgamento é da competência do PRÓPRIO RELATOR DA DECISÃO EMBARGADA. 
- COMPETÊNCIA: é do MESMO ORGAO JURISDICIONAL que proferiu a decisão embargada. 
- ART. 537. Os embargos oferecidos contra provimento proferido por juízo de 1ª instancia deverão ser julgados em 05 dias. Porém, esse prazo é impróprio, ou seja, caso haja o seu descumprimento não acarretará nenhuma consequência processual. Qdo interpostos no TRIBUNAL, caberá ao relator do acórdão embargado, por o recurso em mesa na sessão seguinte para o seu julgamento. 
- CONTRADITÓRIO NOS EMBARGOS. Não esta prevista em lei, já que sua finalidade essencial é o esclarecimento da decisão judicial. 
- OFERECIMENTO DE CONTRA-RAZÕES. Não existe oportunidade para tal ato. EXCEÇÃO: Se tratando de embargos de integração (embargos destinados a suprir omissão da decisão) em razão da possibilidade de PRODUZIR EFEITOS INFRIGENTES, deve-se dar a oportunidade ao embargado para se manifestar, sendo o prazo igual a interposição desse recurso.
- ART. 538. EFEITO INTERRUPTIVO. Significa dizer que a interposição dos embargos interrompe o prazo para o oferecimento de outros recursos contra a decisão embargada. Interposto o embargo, deixa de fluir o prazo para outros recursos devendo tal prazo volta a correr por inteiro, após a intimação das partes do resultado do julgamento. 
- MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS. Se trata de embargos manifestamente inadmissíveis ou improcedentes. A esta característica deve ser imposta ao embargante uma multa, não superior a um por cento do valor da causa. Se caso ele reiterar (renovar) os embargos, tal multa poderá ser elevada a até dez por cento do valor da causa. Tal reiteração é punida pela lei por se tratar de uma conduta de má-fé. Não necessita que os novos embargos tenham o mesmo conteúdo dos primeiros já considerados protelatórios, para que possa agravar a sanção. Basta que o segundo recurso tenha assim como o primeiro caráter manifestamente protelatório. 
- Com a reiteração dos embargos, e o incremento da multa, o depósito se torna requisito de admissibilidade. A interposição de novo recurso sem que tal depósito seja feito implicará o seu não conhecimento, por falta do pressuposto recursal consistente na regularidade formal. 
RECURSO ORDINÁRIO STF 
Previsto no art. 102, II CF. 
Cabimento: Cabe recurso ordinário para o STF contra decisões denegatórias proferidas nos mandados de segurança, habeas data e mandados de injunção decididos em UMA ÚNICA INSTANCIA pelos tribunais superiores. 
TRIBUNAIS SUPERIORES: STJ, STM, TSE, TST. 
DECISÕES DENEGATÓRIAS: Todas as decisões em que seja sucumbente o demandante, ou seja, aquelas em que seu pedido é julgado improcedente, bem como aquelas terminativas, não contendo a resolução do mérito da causa. Secundum eventum litis, isto é, recurso que será ou não cabível conforme o resultado do processo. 
RECURSO ORDINÁRIO STJ 
Previsto no art. 105, II CF. 
Cabimento: Cabe recurso ordinário para o STJ contra as decisões denegatórias proferidas em mandado de segurança decidido em uma ÚNICA INSTÂNCIA pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais Locais (Alçada e Justiça) e ainda contra sentenças proferidas nos processos em que são partes, de um lado, o ESTADO ESTRANGEIRO, e de outro, MUNICÍPIO OU PESSOA RESIDENTE OU DOMICILIADA NO PAÍS. 
TRIBUNAIS: REGIONAIS FEDERAIS, DO ESTADO E DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS. 
- Na última hipótese de cabimento, caberá AGRAVO, (retido nos autos ou por instrumento) contra as decisões interlocutórias . 
- O recurso ordinário terá o prazo de 15 DIAS. Sua interposição produz efeito devolutivo – no mesmo limite do efeito devolutivo da apelação- e ainda, efeito suspensivo. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – STF 
- Art. 102, III.
CABIMENTO: 
Contrariar dispositivo da CF
Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal
Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF 
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal 
- O recurso extraordinário só é CABÍVEL quando esgotados todos os recursos ordinários porventura admissíveis. 
- O recurso extraordinário é cabível contra as decisões proferidas por qualquer órgão jurisdicional, desde que contra elas não se admita qualquer recurso ordinário. 
- Cabe recurso extraordinário contra as decisões proferidas pelas Turmas Recursais no JESP cível. 
- COMPETÊNCIA: STF- e sendo um recurso excepcional, só permite arguição de QUESTÕES DE DIREITO, sendo VEDADO suscitar questão de fato. 
RECURSO ESPECIAL – STJ
Art. 105, III CF. 
- É cabível contra causas decididas em única e ultima instancia pelos Tribunais Regionais Federais e pelos Tribunais dos Estados e do DF e Territórios. 
CABIMENTO: 
Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência
Julgar valido ato de governo local contestado em face de lei federal
Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal
- NÃO se admite recurso especial contra decisão proferida pela Turma Recursal do JESP cível ou qualquer outro órgão de 1ª instância. 
- Ambos os recursos são cabíveis no prazo de 15 DIAS, e sua interposição PRODUZ APENAS EFEITO DEVOLUTIVO.
- Pode haver a possibilidade de uma mesma decisão interpor ambos os recursos. 
INTERPOSIÇÃO
- Devem ser interpostos por petição escrita dirigida ao presidente ou vice presidente do tribunal recorrido. Caso seja interposição simultânea, deverão ser apresentados em petição distinta. 
- A petição de interposição do recurso especial fundado em dissídio jurisprudencial deverá conter a demonstração do mesmo. Essa demonstração se faz na forma do §º único do art.541 , cabendo ao recorrente apresentar certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma, ou ainda indicar o repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, onde o acórdão tenha sido publicado.
Dissídio jurisprudencial Divergência correspondente à existência de decisões diferentes, proferidas por órgãos diferentes, sobre a mesma questão de Direito. 
- Interposto o recurso (ou ambos) a secretaria do tribunal aquo intimará o recorrido para no prazo de 15 DIAS oferecer suas contra razões. Findo esse prazo, serão os autos conclusos ao presidente ou seu vice do tribunal recorrido para apreciar sua admissibilidade no prazo de 15 dias, sendo este impróprio. 
- Não admitido o recurso extraordinário ou especial, caberá agravo de instrumento contra o provimento que indeferiu o seguimento do recurso. Tal agravo deverá ser apresentado ao próprio tribunal recorrido e não ao órgão ad quem. Vide arts. 541 §1º e 544 §2º.
- O agravo de instrumento será julgado pelo relator a que tiver sido distribuído no STF ou STJ. Provido o agravo, poderá o relator ate mesmo dá provimento por decisão monocrática ao recurso especial, desde que haja no instrumento os elementos necessários para o julgamento do recurso excepcional. ART. 544§3º.
- Mesmo procedimento ocorre no STF, salvo na hipótese de haver no mesmo processo recurso especial admitido e que deva ser apreciado em 1º lugar. 
- Da decisão do relator do agravo de instrumento, que não admita o recurso e a ele negue provimento, ou que julgando a decisão monocrática o recurso excepcional a ele dê provimento reformando o acórdão recorrido, caberá agravo interno no prazo de 05 DIAS. Art. 545
PROCEDIMENTO 
Recurso especial : Autos remetidos para o STJ onde será observado seu respectivo regimento. 
Recurso extraordinário : Autos remetidos para o STF observados o seu regimento interno. 
Ambos os recursos: Art. 543. Os autos serão remetidos para o STJ para que seja julgado em 1º lugar o recurso especial. Após o julgamento deste, os autos serão remetidos para o STF para a apreciação do recurso extraordinário, salvo se este estiver prejudicado. 
- EXCEÇÕES: 
Pode ocorrer que o ministro relator do recurso especial (STJ), considere que o recurso extraordinário é prejudicial ao recurso a ele submetido. Sendo decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento do recurso especial e remeterá os autos ao STF para que este julgue o recurso extraordinário. Logo após, os autos serão remetidos ao STJ para que julgue o recurso especial, salvo se este estiver prejudicado. 
Pode ocorrer também do relator do recurso especial remeter os autos ao STF para que o recurso extraordinário seja julgado primeiro, e o ministro relator sorteado no Pretório Excelso não considerar existente a relação de prejudicialidade entre os recurso. Sendo decisão irrecorrível, os autos serão devolvidos ao STJ para que primeiro seja julgado o recurso especial. 
- Art.542 §3º: Não cabe recurso especial ou extraordinário contra decisão interlocutória. Porém, caberá tais recursos contra ACORDÃO INTERLOCUTÓRIO, ou seja, acórdão que exerça função processual de decisão interlocutória. 
EXECUÇÃO

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