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TIPOS DE RECURSOS JURÍDICOS CÍVEIS

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TIPOS DE RECURSOS JURÍDICOS CÍVEIS 
Em direito, recurso é um instrumento para pedir a mudança de uma decisão da mesma instância ou 
em instância superior, sobre o mesmo processo. Não havendo recurso ou inexistindo recurso com 
efeito suspensivo, muitas vezes o meio adequado é ação constitucional de mandado de segurança. 
O recurso é o instrumento processual utilizado para modificar ou corrigir o curso de um processo 
jurídico. Ocorre quando a própria parte, ou pessoa encarregada, quando cabível, solicita a revisão 
de uma decisão judicial. 
Conforme elenca o CPC são cabíveis os seguintes Recursos: Apelação, agravo de instrumento, 
agravo interno, embargos de declaração, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, 
agravo em recurso especial ou extraordinário e embargos de divergência. (art. 994 do CPC). 
 
APELAÇÃO 
É recurso ordinário em sentido amplo. 
Da sentença e cabível apelação e as questões resolvidas na fase de conhecimento, (decisões 
interlocutórias) se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas 
pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra 
a decisão final, ou nas contrarrazões. 
Efeito suspensivo: suspende imediatamente os efeitos da sentença até que esta seja julgada. 
Exceções: sentença que homologa divisão e demarcação de território, condenação à prestação 
de alimentos, de ação penal pública, etc. (casos de urgência). 
Recebimento do recurso 
a) Revisão de admissibilidade do juízo a quo: se negado, cabe agravo que vai direto para o Tribunal, 
para que a mesma instância não o recuse novamente. 
b) Hipótese excepcional de rejeição do recurso pelo próprio juízo a quo quando este, com certeza, 
será julgado improcedente. 
c) Hipóteses excepcionais de retratação: permitem ao juízo a quo, ao receber a apelação, se retratar 
ou alterar a sentença, nas ocasiões previstas em lei. 
Prazo: 15 dias a contar da publicação da decisão que se pretende recorrer. O prazo é o mesmo para 
as contrarrazões. 
 AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Cabível contra as decisões interlocutórias sobre: 
tutelas provisórias; 
mérito do processo; 
rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
exibição ou posse de documento ou coisa; 
exclusão de litisconsorte; 
rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
admissão ou não de intervenção de terceiros; 
concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
redistribuição do ônus da prova e em outros casos expressamente referidos em lei. 
Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de 
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo 
de inventário. 
Se faltar cópia ou houver outro vício que comprometa a admissão do recurso, o relator concederá 
prazo de 5 dias para o recorrente sanar a falha. 
Em regra, possuem apenas o efeito devolutivo, mas é possível requerer que se conceda efeito 
suspensivo sob a alegação de plausibilidade do recurso e perigo de danos irreparáveis. 
Efeito ativo: pede-se uma providência do Tribunal através do agravo, uma tutela antecipada 
recursal, por exemplo. Mero efeito suspensivo não conseguiria esse resultado. 
É remetido junto à decisão por ele recorrida e aos documentos necessários, diretamente ao Tribunal. 
É julgado enquanto o processo em primeiro grau corre. 
É cabível contra solução de mérito em liquidação de sentença. 
Prazo: 15 dias. 
Retratação: quando a parte entrar com o agravo, deve comunicar ao juiz que o fez. Quando 
comunicado, o juiz pode se retratar da decisão interlocutória e mudá-la, prejudicando o objeto do 
agravo. 
 
AGRAVO REGIMENTAL (INTERNO) 
Quando há uma decisão monocrática em Tribunal (segundo o regimento deste), e a parte considera 
que este entendimento não é o mesmo que seria dado pelo órgão completo. 
A parte entra com o agravo regimental para que a sua causa seja analisada pelo colegiado. 
Prazo: 15 dias. 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Serve para sanar obscuridades, contradições e/ou omissões na decisão. 
Cabível contra qualquer decisão. 
Não tem o poder de modificar a decisão, mas, às vezes, além de cumprir sua função principal, a 
decisão acaba por ser alterada. (Efeitos Infringentes) 
Hipóteses em que são autorizados os efeitos infringentes (modificativos) nos embargos de 
declaração. 
a) Correção de erro material claro. 
b) Questão de ordem pública cognoscível de ofício. 
c) Questão alegada anteriormente no processo, sobre a qual o juiz disse que iria se pronunciar, mas 
não o fez. 
Mesmo não havendo obscuridade, contradição ou omissão, os embargos de declaração são 
admitidos nos casos em que não há nenhum outro recurso possível e ainda há elementos a serem 
discutidos no processo (Ex.: necessidade de se prequestionar). 
Há a interrupção dos prazos para outros recursos para todos os partícipes do processo. 
Não há intimação ao embargado, salvo quando os embargos tiverem efeitos infringentes. 
Quando meramente protelatórios, aplica-se multa ao embargante, mas os prazos para os demais 
recursos, ainda assim, são interrompidos. 
Quando é interposta apelação sem o conhecimento de que a outra parte entrou com os embargos, 
esta deve ser ratificada posteriormente. (a ratificação é uma peça requerendo o julgamento da 
apelação) 
Erro material e matemático não se confunde com obscuridade/omissão/contradição, pois pode ser 
corrigido qualquer tempo no processo. 
Prazo: 5 dias. 
 
RECURSO ORDINÁRIO STRICTU SENSU 
Cabe contra as decisões de casos de competência originária de Tribunal 
Segue o mesmo regime da apelação, podendo se discutir questões de fato e de direito e analisar 
provas. 
Vai para o STF ou STJ, a depender da competência destes. 
Prazo: 15 dias. 
Hipóteses de cabimento: 
a) STF: remédios constitucionais de competência originária do STJ quando a decisão for desfavorável 
ao impetrante. 
b) STJ: mandado de segurança de competência originária de TJ ou TRF quando a decisão for 
desfavorável ao impetrante ou nos casos em que forem partes: de um lado, um Estado Estrangeiro 
ou Órgão Internacional, e de outro, um particular ou município brasileiro. 
 
RECURSO ESPECIAL (STJ) 
Cabe quando for contrariado tratado ou lei federal, ou quando a decisão negar-lhes vigência. 
Negar vigência: desconsiderar, esquecer-se de aplicar. 
Contrariar: aplicar mal. 
Cabe contra decisão que julgar válido ato de governo local contestado por lei federal. 
Cabe quando houver dissídio jurisprudencial, não bastando a alegação de divergência, devendo 
ser explicado onde e porque elas divergem. 
→ Recurso Extraordinário (STF) 
Cabe contra decisão que contrariar dispositivo constitucional. 
Cabe contra decisão de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. 
Cabe contra decisão que declarar a constitucionalidade, quando esta contrariar a CF. 
Cabe contra decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face da CF. 
Prequestionamento 
Essencial para o cabimento do REsp ou RExt. 
O prequestionamento se dá quando, enfrentando a questão, ela foi aplicada de maneira errônea 
pelo juiz, e isso será posteriormente discutido em sede recursal. 
Pode ter sido enfrentada em qualquer tempo do processo, mas, preferencialmente, deve ter sido 
incluída na Petição Inicial. 
No STJ o prequestionamento deve vir do juiz, no STF, deve vir das partes. 
Questão de ordem pública também precisa ser prequestionada, podendo ser feio no julgamento da 
apelação. 
Prequestionamento implícito: enfrentamento da questão mesmo que não se cite o número do artigo, 
mas que fique claro de qual regra se trate. 
→ Simultaneidade de REsp e RExt: uma decisão com fundamentos independentes, nos quais haja 
questão constitucional e questão de lei federal, deve se interporambos os recursos, sendo que o REsp 
será julgado antes. 
→ Recursos Repetitivos: grande quantidade de recursos versando sobre causa idêntica: se afeta um, 
para que, quando julgado, o teor da decisão seja estendido para todos os outros. A afetação implica 
a suspensão dos demais recursos. 
→ Repercussão Geral (STF) 
Filtro: a questão constitucional deve ser relevante para a sociedade (econômica, social ou 
politicamente). 
Há a presunção de repercussão geral, sendo que a declaração do STF será a de não existência desta. 
O julgamento será feito pelos 11 ministros do STF e será realizado no plenário virtual para que não seja 
necessário reunir todos os ministros para decidir todas essas causas que vão para o Tribunal. 
O mérito (passado o juízo sobre repercussão geral) é julgado por uma turma menor, em um primeiro 
momento. 
 
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS LATU SENSU 
Não se discutem os fatos, mas questões atinentes à aplicação e interpretação da lei federal ou da 
Constituição. 
Fundamentação Vinculada: no recurso ao STJ (Recurso Especial), deve-se invocar desrespeito a lei 
federal; no recurso ao STF (Recurso Exraordinário Strictu Sensu), deve-se invocar desrespeito à CF. 
Cabimento: 
a) REsp ao STJ: contra decisões do TJ ou TRF. 
b) RExt ao STF: contra causas decididas em única ou última instância. 
Tanto o REsp quanto o RExt só cabem quando a decisão recorrida for da última instância possível 
(deve ter havido o exaurimento das instâncias ordinárias. 
Não inclui os casos de competência originária, nos quais não há efetivamente o RExt. 
Não cabe REsp ou RExt contra decisão que defere ou indefere medida urgente, pois ainda não houve 
sentença. 
A questão referente à admissibilidade deve se limitar a uma possível ofensa à lei federal/CF, e não 
que efetivamente ela exista, pois isso será julgado no mérito do recurso. 
A admissibilidade pode ser negada quando a ofensa a lei federal é impossível. (Ex.: alegação de 
ofensa a lei municipal). 
Inadmissibilidade de ambos (hipóteses indiscutíveis): 
a) Interpretação de cláusula contratual. 
b) Lei local por si própria. 
c) Questão de fato. 
 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL OU EXTRAORDINÁRIO 
O Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário, previsto no rol dos recursos do artigo 994 do Código 
de Processo Civil, é cabível da decisão do Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de Justiça ou 
Tribunal Regional que inadmite, em juízo prévio de admissibilidade, recurso especial ou extraordinário. 
Com o atual Código de processo civil, alterado pela lei 13.256 de 4 de fevereiro de 2016, os Recursos 
Especiais e os Recursos Extraordinários permaneceram a se submeter a um duplo juízo de 
admissibilidade. No entanto, apenas o juízo negativo de admissibilidade é recorrível, visto que, na 
hipótese de admissão, os autos serão remetidos à respectiva Corte Superior, onde ocorrerá o juízo 
definitivo de admissibilidade. 
Diante da interposição de recurso especial ou extraordinário perante o Presidente ou Vice-Presidente 
do Tribunal local, a parte contrária, depois de intimada, terá o prazo de 15 (quinze) dias, conforme 
art. 1.030, caput, do CPC, para oferecer contrarrazões. Oferecidas as contrarrazões ou findo o prazo, 
o Presidente ou Vice-Presidente do tribunal de origem procederá ao juízo provisório de 
admissibilidade, de acordo com o art. 1.030, V, do CPC. 
Caso o juízo de admissibilidade do recurso especial ou extraordinário seja negativo, cabe a 
interposição de agravo. Interposto o agravo, o recorrido será intimado para apresentar suas 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, conforme dispõe o art. 1.042, § 3º, do CPC. Após a 
apresentação, ou não, das contrarrazões ao agravo, o Presidente ou Vice-Presidente poderá retratar-
se e desfazer a decisão de inadmissibilidade, determinando seja o recurso especial ou extraordinário 
encaminhado ao tribunal superior. 
O julgamento do agravo em recurso especial ou extraordinário, realizado pelo relator em decisão 
monocrática, que não conhecer do agravo, negar-lhe provimento ou decidir, desde logo, o recurso 
não admitido na origem, caberá agravo interno para a turma, no prazo de quinze dias. Caso o relator 
conheça do agravo em recurso especial ou extraordinário, o recurso especial ou extraordinário será 
processado, na forma do Regimento interno do Tribunal, e julgado pelo colegiado, admitindo-se a 
sustentação oral. 
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
STJ: cabe contra acórdão que divirja de julgamento de outra turma, seção ou corte especial do 
mesmo tribunal. 
STF: cabe contra acórdão em RExt que divirja de outra turma ou do plenário do mesmo tribunal. 
Servem para que se faça jus à necessidade de uniformização da jurisprudência nos tribunais 
superiores. 
E o que é o recurso? O recurso nada mais é que o meio impugnante que a parte pode utilizar para 
pedir o reexame da decisão que foi preferida no processo ainda em curso, que a mesma faz parte. 
A reanalise da ação (acima referida) poderá ocorrer de duas formas, pela mesma autoridade 
judiciária que julgou a ação ou por outra hierarquicamente superior, visando sempre obter 
esclarecimento, reforma ou invalidação da sentença. 
O recurso atende as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, sendo assim, este 
remédio é de extrema importância para o processo e também para os litigantes, pois, a utilização 
de tal impugnação quando necessária, afasta a insegurança jurídica da ação, além de garantir as 
partes uma decisão mais “justa” já que o processo não será decido monocraticamente.

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