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Bárbara Oenning da Gama gênero haemophilus * Haemophilus influenzae: ® Encontrado nas mucosas das vias respiratórias superiores dos seres humanos; ® Causa meningite em crianças (raramente, por causa da vacina) e infecções das vias respiratórias em adultos e crianças; ® Pode invadir a mucosa e parar na corrente sanguínea ou no líquor (meninge); ® Grupe abaixa a imunidade ® vírus é intracelular e invade as células do sistema imune; ® Morfologia e coloração: bacilos/coco-bacilos gram negativos (bacilo estrangulado no centro); ® Cultura: crescem apenas na presença de fatores de crescimento X e V presentes no sangue aquecido ® agar chocolate sem antibióticos; ® Podem produzir cápsula polissacarídica de ação antifagocitária e lise de proteínas do sistema complemento; ® Podem produzir IgA protease que degrada IgA secretora, facilitando a adesão à mucosa respiratória; * Patogenicidade: ® A maioria das infecções ocorre em crianças de 2 meses a 6 anos com maior incidência na faixa de 6 meses a 2 anos ® por conta da diminuição da quantidade de IgG materna na criança e pela incapacidade de gerar anticorpos suficientes contra o antígeno capsular polissacarídeo até atingir a idade aproximada de dois anos; ® Sorotipo B é o mais importante ® causa 95% das infecções graves invasivas (meningite e sepse); ® Outros tipos não são potencialmente patogênicos (A, C) ® não a ponto de causar meningite, às vezes não possuem nem cápsula; ® Precedidas de uma infecção viral das vias aéreas superiores; ® Uma das 3 bactérias piogênicas encapsuladas mais importantes, junto aos pneumococos e meningococos; ® Geralmente se encontra na nasofaringe sem despertar manifestações clínicas ® portadores assintomáticos; ® Doenças mais frequentes causadas: meningite, epiglotite, laringite obstrutiva, bacteremia, septicemia, sinusite, otite e pneumonia. * Diagnóstico laboratorial: ® Para diagnóstico presuntivo, fazer gram; ® Pacientes com suspeita de meningite bacteriana, pedir cultura do PCR (agar chocolate) e do sangue (hemocultura); ® PCR é específico; ® Identificação sorológica. * Epidemiologia: ® Incidência do estado de portador do H. influenzae tipo B nas vias respiratórias superiores era 2-4% antes da implementação da vacina Hib, sendo hoje menos de 1%; ® Amostras não capsuladas são encontradas em 50-80% dos indivíduos; ® Implementação da vacina em 2002; ® Antes de 2002 ® DPT (difteria, bortedella pertussis e tétano); ® Tetra Hib = DPT + Hib. * Procedimentos durante a internação: ® Corticoterapia e antibioticoterapia; ® Precauções com gotículas, aerossóis; ® Isolamento até 24 horas do início da antibioticoterapia; Bárbara Oenning da Gama ® Medidas de suporte; ® Medicação de apoio; ® Monitorização dos dados vitais. * Tratamento: ® Corticoterapia: Dexametasona 0,8mg/kg/dia de 12/12 por 2 dias. Þ Primeira dose 15-30 minutos antes do início da antibioticoterapia; Þ Diminui edema cerebral; Þ Melhora fluxo sanguíneo cerebral; Þ Diminui febre e sequelas neurológicas. ® Taxa de mortalidade de indivíduos acometidos por meningite sem tratamento pode atingir 90%; ® Ceftriaxona 100mg/kg/dia endovenoso de 12/12 horas por 7-10 dias; ® Tratamento deve ser feito rápido ® alta taxa de letalidade e de sequelas; ® Atenção às condições predisponentes. * Quimioprofilaxia: ® Feita em todos os contactates próximos do indivíduo doente; ® Visa a eliminação da bactéria da nasofaringe dos portadores, evitando a ocorrência de novos casos; ® Eficácia de 90-95% quando aplicado nas primeiras 24 horas. Þ Rifampicina 600mg via oral 2 vezes ao dia durante 2 dias ® crianças; Þ Ciprofloxacina 500mg via oral dose única ® adultos. * Vacina: ® Hib protege crianças contra a meningite causada pelo Haemophilus influenzae tipo B; ® Administrado em bebês e crianças com menos de 5 anos; ® Primeira dose aos 2 meses; ® Três vacinas adicionais são necessárias aos 4 meses, 6 meses e 15 meses de idade; ® Imunização de mulheres no 8o mês de gravidez, resultando em secreção de anticorpos no leite materno ® imunização passiva; ® É dada a pentavalente. * Haemophilus ducreyi: ® Causa o cancro mole ou cancroide, também chamado de cavalo ® lesão na parte externa do órgão genital com muita dor e que se espalha (múltipla); ® Ulceração do revestimento cutaneomucosa dos órgãos genitais; ® Aparece de 3-6 dias após a relação sexual; ® A bactéria entra pela mucosa ou ruptura de pele; ® Sensível à temperatura e radiação ® precisa sair de uma mucosa para a outra, de uma fissura para a outra; ® Morfologia: bacilos ou coco-bacilos gram negativos. Þ Aparecem ao lado de leucócitos PMN formando pequenos grupos ou cadeias dispostas paralelamente; Þ Formação de “cardume de peixes”. ® Caracteres culturais: Þ Bacilo de ducreyi não cresce em meios comuns de cultura; Þ Cultura deve ser feita em agar chocolate com fatores X e V, contendo vancomicina (combate a flora normal, para que eles não combatam a outra bactéria em questão); Þ Resistente à vancomicina; Þ 80 graus há o rompimento das hemácias ® liberação do conteúdo celular ® forma mais rápida de nutrir as bactérias. Bárbara Oenning da Gama ® Aspecto clínico das lesões: Þ Período de incubação: 3-6 dias; Þ Lesão começa com uma pápula vesículo dolorosa que logo rompe formando o cancro mole/úlcera; Þ Lesões geralmente múltiplas devido à autoinoculação; Þ Infecções secundárias são muito comuns (estafilococos e estreptococos). ® Aspecto clínico do bubão: Þ Bacilo pode atingir os linfonodos regionais, formando o bubão inguinal (enfartamento ganglionar); Þ Dor na região inguinal; Þ Pode formar fístulas em 50% dos casos ® drenar secreções; Þ Tratamento: drenagem e limpeza com antissépticos + azitromicina 1g via oral dose única OU tianfenicol 5g via oral dose única. ® Locais das infecções: órgãos genitais externos (principalmente local onde há trauma durante o ato sexual). Þ Mulher: grande e pequenos lábios, períneo; Þ Homem: glande e prepúcio. ® Diagnóstico laboratorial: Þ Coleta do material da lesão no órgão genital ou aspiração do bubão inguinal; Þ Exame bacterioscópico: GRAM; Þ Cultura em agar chocolate com vancomicina; Þ Provas bioquímicas e TSA; Þ PCR ® DNA. ® Tratamento: azitromicina 1g via oral dose única OU tianfenicol 5g via oral dose única. Þ Tratamento sistêmico deve ser sempre acompanhado de medidas de higiene local (nas lesões). ® Recomendações: Þ Acompanhar o tratamento do paciente até a cura total das lesões e bubão; Þ Deve ser indicada a abstinência sexual até a resolução completa da doença; Þ Tratamento dos parceiros sexuais mesmo que a doença clínica não seja demonstrada ® possibilidade de portadores assintomáticos, principalmente as mulheres.
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