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Bárbara Oenning da Gama treponema pallidum * Cancro sifilítico, cancro duro, Lues. * Não existe como transitório. * Doença infecciosa sistêmica que se caracteriza clinicamente por uma lesão primária sem dor, uma erupção secundária que afeta a pele e as membranas mucosas, longos períodos de latência e lesões tardias na pele, ossos, vísceras, cardiovascular e SNC. ® Inicia com cancro duro (sífilis primária) ® cicatriza, mas na verdade não cura ® caiu no sangue, se dissemina ® manchas pelo corpo; ® Durante o período de latência (não se sabe o motivo), os sintomas vão embora ® começa a atingir os órgãos internos de forma lenta ® depois de anos, o paciente começa a ter problemas (sífilis terciária). * Transmissão: ® Sexual ® órgãos genitais, anal e oral; ® Transplacentária (sífilis congênita) ® a partir do terceiro mês de gestação e se a mãe estiver com sífilis no sangue; ® Transfusão de sangue contaminado ® raro; ® Contato íntimo com a pele lesionada. * Características: ® Espiroquetas; ® Não visualizadas em esfregaços corados pelo método de GRAM; ® Não podem ser cultivados in vitro ® em nenhum meio de cultura; ® Podem comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, sistema cardiovascular, SNC). * Habitat: trato genital humano. * Patogênese: ® Multiplicação no local da inoculação (lesões cutâneas ou mucosas) e se dissemina amplamente pela corrente sanguínea; ® Muitas das características podem ser devido ao envolvimento dos vasos sanguíneos. * Sífilis primária: ® Sintomas surgem de 1-2 semanas após a relação sexual; ® Lesão ulcerada (cancro duro) não dolorosa; ® Geralmente a lesão é única; ® Presença de secreção serosa na lesão com muitas espiroquetas: Þ Mulher: grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero; Þ Homem: glande e prepúcio; Þ Dedo, lábios, mamilos, conjuntivas. ® Bactéria de crescimento lento que pode passar por fases de latência; ® Linfonodos aumentados na virilha ® pode ser uni ou bilateral; ® Cancro geralmente desaparece em 3-4 semanas, sem deixar cicatrizes; ® Entre a 2a-4a semana do aparecimento do cancro, as reações sorológicas para sífilis tornam-se positivas (RPR e VDRL) ® anticorpos contra o treponema; ® Bactéria não sofre com o sistema imune no primeiro momento, pois está apenas com a resposta imune inata ® é possível, mas raro; ® Chance de adquirir sífilis no primeiro contato é de 90%. Bárbara Oenning da Gama * Sífilis secundária: ® Sintomas surgem até 6 meses após o contágio; ® Disseminação no sangue, causando erupções cutâneas e em membranas mucosas (boca) ricas em treponemas; ® Manifestações essencialmente dermatológicas ® lesões espalhadas no corpo (como se fosse uma alergia com feridas); ® Pode lesar parte externa do tecido ® essas lesões podem conter treponema; ® Linfonodos aumentados por todo o corpo ® bactéria está no sangue, atingindo todos os órgãos; ® Sintomas: febre baixa, fadiga, mal-estar geral, anorexia, emagrecimento, cefaleia, mialgias; ® Desaparece espontaneamente; ® Cada vez mais, o sistema imune produz mais anticorpos; ® As reações sorológicas continuam positivas (RPR e VDRL). * Sífilis terciária: ® Ocorre vários anos (geralmente 8-25 anos) após o contágio em pacientes que não foram tratados ou inadequadamente tratados; ® Apresentam um tempo variável de latência; ® Neurosífilis: alterações de personalidade, alterações do humor, reflexos hiperativos; ® Sífilis cardiovascular; ® Nas lesões terciárias, os treponemas são raros; ® As reações sorológicas continuam positivas (RPR e VDRL). * Sífilis congênita: ® Ocorre via transplacentária a partir do terceiro mês de gestação; ® Se estiver em sífilis primária, não ocorre; ® As manifestações da doença já ocorrem nos primeiros dias de vida; ® Criança pode apresentar defeitos congênitos, deformidades nos dentes (dentes de Hutchinson) e ossos, surdez; ® Pode ocorrer prato prematuro, inclusive levando ao óbito; ® Pode ocorrer aborto. * Diagnóstico laboratorial: ® Coleta da lesão; ® Treponema pallidum é visualizado na microscopia de campo escuro, imunofluorescência direta (IFD), PCR; ® Lâmina de vidro + material da lesão ® procurar treponema pallidum; ® Utilização de kit com anticorpos treponêmico com substâncias fluorescentes; ® Pré-natal: anticorpos contra treponema ® medicação da mãe se necessário; ® Testes sorológicos: Þ Coleta de sangue ® anticorpos específicos para treponema ou não específicos; Þ Treponema induz a produção de 2 tipos de anticorpos: reagina (não específico) e anticorpo treponêmico específico; Þ VDRL e RPR: testes não treponêmico, não específicos ® triagem da sífilis. Detectam a presença de reagina; Rápido e barato (1 real); Teste de floculação; Reações falso positivas podem ocorrer em infecções como hanseníase, pneumonias virais, hepatite A e B, lúpus eritematoso, mononucleose, linfoma, malária e doenças autoimune. Bárbara Oenning da Gama Þ FTA-Abs: teste treponêmico, específico ® confirma a doença. Teste de IFI; Demora alguns dias e é caro (300 reais). ® Se o paciente contraiu sífilis anteriormente e tratou ® despois desconfiou e fez o VDRL e deu positivo ® avaliar quadro clínico do paciente e tratar novamente; ® Titular FTA-Abs é muito caro. * Cicatriz sorológica: teste de anticorpos específicos treponêmicos ficam positivos por toda a vida. ® Não podem ser utilizados para determinar resposta ao tratamento ou a ocorrência de reinfecção; ® Quanto maios a titulação, pior o prognóstico (1/1024 = sífilis terciária). * Tratamento: ® Sífilis primária: penincilina benzatina 2,4 milhões unidades intramuscular dose única; ® Sífilis secundária: penincilina benzatina 2,4 milhões unidades intramuscular 2 doses com intervalo de 1 semana entre cada dose; ® Sífilis terciária: penincilina benzatina 2,4 milhões unidades intramuscular 3 doses com intervalo de 1 semana entre cada dose; ® Neurossífilis com AIDS (internado): penincilina benzatina 2,4 milhões unidades endovenoso 4/4 horas por 14 dias; ® Sífilis congênita: tratar antes do 3o mês se possível. * Prevenção: ® Penincilina benzatina é dada a contatos próximos; ® Camisinha; ® Sem vacina disponível.
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