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Apostila 2018

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Química Geral Experimental 01/2018 
 
 1 
 
Universidade Federal de Alfenas, UNIFAL 
Instituto de Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL - 30 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018/1 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 2 
Dinâmica das Aulas 
Objetivo 
Familiarizar os alunos com o ambiente do laboratório e procedimentos de segurança. Identificar os 
equipamentos e vidrarias de uso comum. Transmitir aos alunos conceitos fundamentais da área. 
Apresentar os métodos e técnicas básicas. Familiarizar o aluno com o tratamento estatístico dos dados, 
elaboração de gráficos e tabelas, uso da calculadora científica e redação de um relatório científico. 
Dinâmica das aulas 
1- Leia com antecedência o roteiro da aula, procurando compreender os objetivos, os procedimentos e 
os fundamentos da técnica. Durante a leitura dê especial atenção às advertências em relação à 
segurança; 
2- No dia da aula, a prática inicia-se com a discussão inicial, pelo professor, dos aspectos teóricos e 
práticos relevantes. Este é o momento que o aluno deve tirar as dúvidas quanto aos procedimentos e 
normas de segurança. Admitindo-se, tolerância de 15 minutos de atraso para a aula. É obrigatório ter 
em mãos o roteiro da prática e o caderno de laboratório. Também é obrigatório o uso do jaleco 
(de preferência longo e de mangas compridas), calça e sapatos fechados nas aulas práticas. O 
acadêmico que não tiver os itens obrigatórios, não poderá participar das aulas práticas. 
3- Execução pelos alunos dos experimentos. As equipes terão no máximo 3 alunos, sendo duas 
equipes por bancada; 
4- Interpretação e discussão dos resultados da turma, juntamente com o professor no final da aula; 
5- Apresentação dos resultados e discussão num relatório e/ou caderno de laboratório. O relatório é 
feito em papel almaço por equipe. 
Avaliação 
Relatórios - 6 pontos 
Prova 1 - 2 pontos 
Prova 2 - 2 pontos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 3 
Cronograma 
Aula Data Página Assunto 
1 4 Normas de segurança e apresentação do laboratório 
2 6 Medidas e erros 
3 11 Construção e calibração de um densímetro 
4 15 Misturas Homogêneas e Heterogêneas 
5 18 Cromatografia de papel 
6 23 Determinação do teor de álcool etílico na gasolina 
7 28 Conservação da massa 
8 32 Determinação da massa molar do magnésio 
9 37 Preparo e padronização da solução de NaOH 
10 42 Reações Químicas – parte I 
11 45 Reações Químicas – parte II 
12 48 Teste de chama 
13 50 Estequiometria 
14 53 Velocidade da reação de Tiossulfato com ácido 
15 57 Cálculo do calor de dissolução do NaOH 
16 60 Construção da Curva de solubilidade do KNO3 
17 64 Síntese, purificação e caracterização do FeSO4 
Ap1 69 Vidrarias e equipamentos do laboratório 
Ap2 70 Tabela da massa atômica 
Ap3 71 Alguns fatores de conversão 
Ap4 71 Notas sobre algarismos significativos 
Ap5 72 Pressão de vapor, densidade e calor específico da água 
Ap6 73 Pressão atmosférica em função da altitude e temperatura de ebulição da água 
Ap7 74 Tabela de cátions e ânions 
Tabela de cátions e ânions 
Tabela de cátions e ânions 
Ap8 75 Regras de solubilidade para sais inorgânicos 
Ap9 75 Tabela de indicadores 
Ap10 76 Manual da calculado Casio fx: Média e desvio padrão 
Ap11 77 Manual da calculado Casio fx: Regressão linear 
Manual da calculado Casio fx: Regressão linear 
Manual da calculado Casio fx: Regressão linear 
Manual da calculado Casio fx: Regressão linear 
Manual da calculado Casio fx: Regressão linear 
Ap12 78 Tabela t de Student 
Ap13 79 Rc crítico 
Ap14 80 Lista de compostos importantes 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
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Experimento 1 
Normas de segurança e apresentação do laboratório 
*As normas e critérios de segurança aqui colocados visam atender as necessidades dos 
procedimentos desta apostila, e não devem ser considerados únicos ou suficientes se pretendemos ir 
além das práticas aqui apresentadas. Outros cuidados adicionais serão destacados durante a 
descrição da prática conforme a necessidade em particular. 
1-Só é permitida a entrada no laboratório de jaleco (de preferência longo e de mangas compridas). 
Outros equipamentos de segurança como luvas e óculos deverão ser usados quando advertido pelo 
professor; 
2-Faça uma visita pelo laboratório, identifique os chuveiros de emergência, extintores de incêndio, 
saídas de emergência, localize as tubulações de água, gás e eletricidade. 
3-Usar sempre algum tipo de calçado que cubra todo o pé (Não usar sandálias no laboratório). Usar 
sempre calça comprida (Não usar saias ou bermudas no laboratório); 
4-Manter os cabelos sempre presos; 
5-Não usar anel, relógio e lentes de contato; 
6-Não deixar blusas, bolsas, celulares e outros materiais estranhos ao trabalho jogados na bancada. 
7-Leia com antecedência o roteiro da aula, procurando compreender os objetivos, os procedimentos e 
os fundamentos da técnica. Durante a leitura dê especial atenção às advertências em relação à 
segurança. Procure conhecer a toxidez dos reagentes usados e tratá-los com a devida seriedade. Em 
caso de dúvidas, discuta o assunto com o professor antes de tentar fazer o experimento; 
8-Ouça com muita atenção as instruções do professor ou do seu monitor; 
9-Tenha sempre em mente que o laboratório é um lugar de trabalho sério; 
10-É proibido trazer e consumir comida ou bebida no laboratório. Também não se deve provar 
qualquer substância do laboratório, mesmo que a ache inofensiva. Quando for testar um produto 
químico pelo odor, não coloque o frasco sobre o nariz. Desloque os vapores que se desprendem do 
frasco com a mão para a sua direção; 
11-Nunca trabalhe sozinho; 
12-Em caso de possuir alguma alergia, usar lentes de contato ou estar grávida comunique o professor 
logo no primeiro dia de aula; 
13-Verifique as condições da aparelhagem. Não trabalhar com material imperfeito ou defeituoso, 
principalmente com vidro que tenha pontas ou arestas cortantes. Qualquer material de vidro trincado 
deve ser rejeitado e comunicado ao professor; 
14-Ao ligar qualquer aparelho, verificar se a voltagem da rede corresponde à indicada na etiqueta do 
aparelho. Todas as vezes que ocorrer um acidente com algum aparelho elétrico puxe imediatamente o 
pino da tomada; 
15-Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes químicos para evitar pegar o frasco errado. 
16-Evite contato físico com qualquer tipo de reagente químico. Tenha cuidado ao manusear 
substâncias corrosivas como ácidos e bases. Lave suas mãos frequentemente durante o trabalho 
prático, especialmente se algum reagente químico for respingado. Ao final do trabalho, antes de deixar 
o laboratório, lave as mãos; 
17-Não leve as mãos à boca ou aos olhos quando estiver trabalhando com produtos químicos; 
Mantenha sempre a bancada limpa e organizada. Evite debruçar-se sobre a bancada. Rotule de forma 
adequada os frascos destinados a conter reativos recém-preparados; 
18-Proteger os rótulos dos frascos de reagentes, evitando escorrer líquidos em sua superfície. 
Recolocar a tampados frascos ao interromper o seu uso, para evitar contaminação ou perdas por 
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volatilização. Não devolva sobras de reagentes aos frascos de origem sem consulta prévia ao 
professor; 
19-Todas as atividades devem ser realizadas com o acompanhamento do professor. Ideias são bem-
vindas desde que discutidas antes com o professor! 
20-Ocorrendo qualquer acidente avise ao professor! Parar o trabalho, isolando na medida do possível a 
área. Em seguida, advertir pessoas próximas sobre o ocorrido. Verificar e corrigir a causa do 
problema. Só efetuar a limpeza após consultar o professor; 
21-Use equipamentos apropriados nas operações que apresentarem riscos potenciais, como óculos, 
luvas, pinças etc. Use sempre um pedaço de pano protegendo a mão quando estiver introduzindo tubos 
de vidro em orifícios, borracha ou rolhas. Se houver dificuldade lubrifique-os com água. Usar garras, 
anéis, mufas e suportes metálicos apropriados para cada situação; 
22-O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente quando estiver sendo utilizado. Não aqueça 
tubos de ensaio com a extremidade aberta voltada para si mesmo ou para alguém próximo. Sempre 
que possível o aquecimento deve ser feito com óculos de segurança. Não aquecer sistemas fechados. 
Não deixe nenhuma substância sendo aquecida sem supervisão. Não deixe recipientes quentes em 
lugares em que possam ser pegos inadvertidamente. Lembre-se de que o vidro quente tem a mesma 
aparência do vidro frio. Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos inflamáveis próximos à 
chama; 
23-Não pipete de maneira alguma, líquidos corrosivos ou venenosos, por sucção, com a boca. Procure 
usar sempre a “pêra de sucção” para pipetar; 
24-Use a “capela” para experiências que envolvem o uso ou liberação de gases tóxicos ou corrosivos; 
25-Todo resíduo produzido na prática deve ser descartado de maneira apropriada. Pergunte ao 
professor onde cada material deve ser descartado, alguns serão reaproveitados. Não jogue nenhum 
material sólido ou corrosivo dentro das pias. Só descartar sobras de reagentes na pia quando tal 
procedimento for autorizado pelo professor. Caso contrário, utilizar os frascos de descarte 
identificados para cada tipo de resíduo. Jogue papéis usados e materiais no lixo somente quando não 
apresentar riscos. Observar quais lixeiras estão destinadas a conter vidros quebrados; 
26-Ao término do experimento, lave o material utilizado, limpe sua bancada de trabalho, seu banco, a 
pia e outras áreas de uso em comum. Verifique se os equipamentos estão limpos e desligados e os 
frascos reagentes fechados. Fechar cuidadosamente as torneiras dos bicos de gás depois de seu uso; 
Gavetas e portas dos armários devem ser mantidas sempre fechadas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Experimento 2 
Medidas e erros 
Objetivo 
 
Familiarizar o aluno com as vidrarias, instrumentos e seu uso. 
Mostrar ao aluno como se deve fazer a leitura e anotação de 
medidas, bem como dos erros obtidos de vidrarias e 
instrumentos do laboratório. Estudo da propagação de erros. 
Familiarizar o aluno com o tratamento estatístico dos dados 
experimentais e discutir a relevância disto nas suas conclusões. 
 
Temas abordados 
 
Unidades de medida, anotação de medidas e erros, erros 
sistemáticos e aleatórios, algarismos significativos, medidas 
diretas e indiretas, propagação de erros, estatística descritiva. 
 
Materiais e reagentes 
 
Laboratório: 
Balança analítica 
Caneta para vidro 
Fósforo 
Barômetro 
 
Por equipe: 
Pisseta com água 
Proveta de 50 mL 
Béquer de 50 mL (béquer com graduação até 50 mL) 
Béquer de 100 mL 
Balão de 50 mL 
Pipeta Pasteur (conta gotas) 
Pêra de sucção 
Régua de 30 cm 
Cronômetro 
Suporte 
Tela de amianto 
Argola com suporte ou tripé 
 
Procedimento Experimental 
 
1ª parte) Precisão das vidrarias 
 
1- Coloque 20 mL de água em uma proveta de 50 mL. Em 
seguida, com o auxílio de uma pipeta. Pasteur (conta gotas) 
adicione 20 gotas de água. Observe a variação de volume; 
2- Paralelamente, coloque 20 mL de água em um béquer de 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Leitura de volume 
 
Quando colocado em um cilindro 
de diâmetro pequeno a superfície 
de um líquido assume uma forma 
curva, que chamamos menisco. 
Para líquidos incolores a marca 
de calibração foi feita no ponto 
inferior do menisco (mínimo da 
curva). 
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mL. Em seguida, com o auxílio de uma pipeta Pasteur adicione 
20 gotas de água. Observe a variação de volume. Compare com 
a variação observada para a proveta e o béquer. 
 
Questão: 
Em qual instrumento foi possível observar melhor a variação de 
volume após a adição de 20 gotas? Qual dos dois instrumentos 
você julga ser melhor para medir o volume? Explique, 
discutindo a relação entre o diâmetro da secção transversal do 
recipiente utilizado e a sensibilidade (percepção da variação da 
medida). 
 
2ª parte) Aferição de vidrarias 
 
1-Tare (zere a balança com o béquer vazio) um béquer de 50 
mL (limpo e seco); preencher o béquer de água até a marca; 
pese o béquer com água; determine o volume de água a partir 
da massa de água (Verifique a temperatura do ambiente e 
consulte uma tabela para obter o valor correto da densidade da 
água); 
2- Paralelamente, tare um balão volumétrico de 50 mL (limpo e 
seco); preencher o balão de água até a marca; pese o balão com 
água; determine o volume de água a partir da massa de água; 
3- Anote os resultados de todos os grupos na tabela 1, faça os 
cálculos da média e desvio padrão. Anotar a temperatura da 
água. 
 
Questão: 
Compare e justifique a diferenças encontradas para o desvio 
padrão, entre o balão e o béquer. Por que podemos usar a 
balança analítica para aferir o volume de vidrarias? 
 
Tabela 1 
Equipe Vbéquer, mL Vbalão, mL 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
Média 
Desvio padrão 
sx 
± 𝒕𝒔𝒙, s (90%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os frascos volumétricos 
comumente utilizados em 
laboratório são classificados em 
dois grupos: os calibrados para 
conter um certo volume (TC, to 
contain, gravado no vidro), sendo 
utilizados para preparar volumes 
fixos de solução e aqueles 
utilizados para transferir um 
determinado volume (TD, to 
deliver). Balões são calibrados 
para conter um volume, por outro 
lado, pipetas e buretas são 
calibrados para transferir um 
determinado volume. 
 
 
A definição de tarar é pesar para 
abater a tara. Na balança a tecla 
“tara”, é uma função que indica 
para a balança que uma 
determinada massa sob seu prato 
deve ser considerada zero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3ª parte) Medidas indiretas 
 
1- Peça a uma pessoa que segure uma régua verticalmente, 
como na figura 2. A extremidade da régua que marca o início 
das medidas de comprimentodeve estar entre seus dedos 
polegar e indicador, mas você não pode tocá-la. Sem avisá-lo, a 
pessoa deverá soltar a régua e você terá que segurá-la com a 
mão cujos dedos estavam próximos à extremidade superior da 
régua; 
2- Veja quantos centímetros a régua se deslocou para baixo até 
que você conseguisse pegá-la entre os dedos. Essa distância vai 
informar, indiretamente, qual foi o seu tempo de reação; 
3- Repita o procedimento pelo menos 3 vezes e anote os 
resultados na tabela 2. 
 
Figura 2: Tempo de reação 
Tabela 2 
Ensaio y,cm y,m t,s 
1 
2 
3 
Média 
Desvio padrão 
sx 
± 𝒕𝒔𝒙, s (90%) 
 
4ª parte) Curva de aquecimento e determinação da Teb 
 
1 - Adicionar cerca de 60 mL de água ao béquer; 
2 - Colocar o béquer sobre uma tela com amianto montada 
sobre um tripé e fixar um termômetro (com o auxílio do suporte 
universal e da garra) no interior do béquer, conforme mostrado 
na figura 3; 
3 – Acenda o bico de Bunsen e deixe a chama baixa para que o 
aquecimento seja lento, evite também que ocorra muita 
ventilação no ambiente ou incidência forte de luz solar; 
 
Devemos a régua cai em queda 
livre, em que a marca “zero” se 
afasta de seus dedos obedecendo à 
equação: 
𝒚 = 𝒚𝟎 + 𝒗𝟎𝒕 +
𝒈𝒕𝟐
𝟐
 
Como yo=0 e vo=0, o tempo de 
reação é dado por 
𝒕 = √𝟐𝒚/𝒈 
Onde y é o deslocamento da régua 
em m e g = 9,8 m/s2. 
 
Se x1, x2 e x3 são os valores de 
uma medida então podemos 
escrever a média como 
< 𝒙 > =
𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 + 𝒙𝟑
𝟑
=
𝟏
𝑵
∑ 𝒙𝒊
𝑵=𝟑
𝒊=𝟏
 
A variância é definida como o 
𝒔𝟐 
=
(𝒙𝟏−< 𝒙 >)
𝟐 + ⋯ + (𝒙𝟑−< 𝒙 >)
𝟐
𝟐
=
𝟏
𝑵 − 𝟏
∑(𝒙𝒊−< 𝒙 >)
𝟐 
E o desvio padrão s=√s2. Muitas 
calculadoras têm funções prontas 
para o cálculo da média e desvio 
padrão. O desvio padrão da 
média, sx, é o melhor parâmetro 
para se expressar a precisão de 
medidas de uma determinação e é 
expresso por 
𝒔𝒙 = 
𝒔
√𝑵
 
O intervalo de confiança da 
média pode ser calculado pela 
equação de Student 
< 𝑥 > ± 𝒕𝒔𝒙 
 
onde os valores de t dependem de 
N e do nível de confiança 
desejado. A tabela com o valor de 
t é dado no apêndice. 
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4 - Disparar um cronômetro (ou um relógio) e anotar a 
temperatura a cada 2 minutos na tabela 3. Caso ocorra qualquer 
interrupção do aquecimento ou mudança no fluxo de calor 
anote o momento em que isto ocorreu. 
5 - Quando a temperatura estabilizar (variar menos que 1º C), 
finalizar o aquecimento; 
 
Figura 3: Aquecimento indireto 
6 - Faça o gráfico da temperatura (T) versus tempo (t) em papel 
milimetrado ou numa planilha eletrônica e determine a 
temperatura de ebulição na pressão do Laboratório (tabela 4). 
7 - Faça o gráfico do logaritmo da temperatura (log T) versus 
tempo (t) em papel milimetrado ou numa planilha eletrônica. 
Tabela 3 
t, min T, oC Log(T) t, min T, oC Log(T) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso do bico de gás (bico de 
Bunsen): as partes fundamentais 
do bico de Bunsen são mostradas 
na figura 1. 
 
 
 
Figura 1: bico de Bunsen 
 
Para utilizar adequadamente o 
bico de Bunsen: a) verificar se a 
entrada de gás geral da bancada 
está aberta; b) verificar se as 
entradas de gás do bico esta 
fechada; c) acender o fósforo; d) 
abrir a torneira de gás do bico; e) 
aproximar o palito aceso da 
extremidade do bico (a chama 
obtida é amarela e luminosa); f) 
regular a entrada de ar, até que 
se obtenha uma chama azul. 
 
 
ATENÇÃO: Não deixe a água 
evaporar completamente, para 
evitar que o béquer quebre. 
 
 
Para apagar o bico de Bunsen: a) 
fechar a entrada de gás do bico; 
b) fechar a entrada de gás da 
bancada. 
 
 
 
 
 
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Tabela 4 
Equipe Teb, oC 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
Média 
Desvio padrão 
sx 
± 𝒕𝒔𝒙, s (90%) 
 
Uma vez terminado o 
aquecimento, o béquer é retirado 
com auxílio de uma pinça 
adequada e colocado sobre outra 
tela de amianto, enquanto esfria. 
 
Curva de aquecimento: é o 
gráfico de temperatura x tempo. 
 
Temperatura de Ebulição: é a 
temperatura em que ocorre 
formação de bolhas que chegam a 
superfície e estouram. Em outras 
palavras é a temperatura em que 
a pressão de vapor do líquido é 
igual à pressão atmosférica do 
local do aquecimento. 
 
 
 
Sugestões de leitura 
[1] PASSARI, Livia Maria Zambrozi Garcia; SOARES, Patricia Kaori; BRUNS, Roy Edward and 
SCARMINIO, Ieda Spacino. Estatística aplicada à química: dez dúvidas comuns. Quím. Nova. 2011, 
vol.34, n.5, pp. 888-892. ISSN 0100-4042. [http://www.scielo.br/pdf/qn/v34n5/28.pdf] 
[2] COSTA JUNIOR, Joaquim Soares da; SILVA, Francisco Carlos Marques da; MOITA NETO, José 
Machado. Avaliando as aproximações usadas no ensino de Físico-Química. Quím. Nova, São Paulo , 
v. 22, n. 4, p. 611-613, July 1999 . 
[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40421999000400021] 
[3] José H. Vuolo, Avaliação e Expressão de Incerteza em Medição. Revista Brasileira de Ensino de 
Física, vol 21 (3) (1999)[ http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v21_350.pdf] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Experimento 3 
Construção e calibração de um densímetro 
Objetivo 
 
Construir e calibrar um densímetro de baixo custo. Determinar 
a densidade de líquidos puros e soluções. 
 
Temas abordados 
 
Substância puras e misturas, densidade, fatores que afetam a 
densidade, calibração de aparelhos. 
 
Materiais e reagentes 
 
Laboratório: 
Balança analítica 
Densímetro comercial 
Termômetro 
Fita veda rosca 
Tubo em forma de U (mangueira de silicone) (mesa do 
professor) 
Suporte (mesa do professor) 
Garra (mesa do professor) 
Proveta de 100 mL (3) (na capela) 
Óleo de cozinha (na capela) 
Álcool etílico 98%V/V (na capela) 
Gasolina (na capela) 
 
Por equipe: 
Proveta de 100 mL 
Pipeta de 50 mL 
Pêra de sucção 
Béquer de 50 mL (2) 
Régua escolar 
Canudinho 
Prego 
 
Procedimento Experimental 
 
1ª Parte) Cálculo da densidade da água 
 
1- Tarar a balança com o béquer vazio de 50 mL; 
2- Pipetar 50 mL de água destilada e em seguida transferir o 
para o béquer; 
3- Anotar a massa de água; 
 
m = _____________ g 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao procedimento: 
 
Ao introduzirmos o 
densímetro em um recipiente 
contendo um líquido, observamos 
que uma parte do densímetro fica 
imersa, em uma situação de 
equilíbrio vertical. A extensão da 
parte submersa varia de acordo com 
o líquido. Para se obter a medida da 
densidade do líquido nessa situação, 
é necessário que se iguale o módulo 
da força peso (P) ao módulo da 
força de empuxo (E). Então, se 
P = mcanudo g 
e sendo o empuxo igual ao peso do 
volume de líquido deslocado (V) 
E = mlíquido deslocado g = dVg 
Tem-se, 
mg = dVg 
Sabendo que em um densímetro 
cilíndrico o volume é dado por 
V = Ah 
onde A = área dabase e h = altura 
submersa do densímetro. 
Finalmente obtém-se 
m= dAh → d = m/A x 1/h 
logo 
d = k/h 
que será útil na parte experimental. 
 
 
 
 
 
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4- Calcular a densidade da água; 
 
d =m/V= _____________ g/cm3 
 
5- Anotar a temperatura ambiente 
 
T = _____________ oC 
 
2ª Parte) Construção do densímetro 
 
1- Introduza o prego em uma das extremidades do canudo;. 
2- Prenda o prego no canudo utilizando-se fita veda rosca, 
conforme a figura 1; 
 
 
 
3ª Parte) Calibração do densímetro utilizando régua e 
balança 
 
1-Determine a massa do densímetro; 
 
m = _____________ g 
 
2-Determine o diâmetro do cilindro (canudo); 
 
D = _____________ cm 
 
3-Calcule a área da base do cilindro (canudo); 
 
A =(D/2)2= _____________ cm2 
 
4-Calcule o valor de k; 
 
k =m/A = _____________ g/cm2 
 
4ª Parte) Calibração do densímetro utilizando água 
destilada 
 
1- Coloque cerca de 100 mL de água (d25 ≈ 0,9979480 g cm-3, 
veja a tabela no anexo para outras temperaturas) na proveta de 
100 mL; 
2- Coloque o densímetro construído dentro da proveta com 
água; Observe se o densímetro não toca o fundo do recipiente 
e esta boiando; 
A medida deverá conter os 
algarismos exatos (valores dos 
quais temos certeza da medida) 
mais o primeiro algarismo 
duvidoso ou incerto. Portanto, o 
número de algarismos 
significativos depende do 
aparelho de medida. 
 
 
Figura 2: Número de algarismos 
significativos 
 
 
 
 
O parâmetro k é uma constante 
característica do densímetro, 
depende da massa e área da base, 
k=m/A. Portanto, não depende do 
líquido que fizemos a calibração e 
será a mesma utilizada na 
determinação da densidade, com 
este densímetro, de outros 
líquidos. Caso o densímetro seja 
danificado e um novo venha a ser 
construído é necessária uma nova 
calibração. 
 
 
INFORMAÇÃO IMPORTANTE: 
 
1 mL = 1 cm3 
 
 
 
 
 
 
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3- Utilizando-se uma régua, meça a altura (em centímetros) da 
parte submersa do densímetro; A régua de escola permite a 
leitura com duas casas depois da vírgula; 
4- Utilizando a fórmula d = k/h calcule o valor da constante k; 
 
k = dh = _____________ g/cm2 
 
5ª Parte) Determinação da densidade de diferentes 
substâncias puras e misturas 
 
1- Utilizando um béquer, coloque cerca de 100 mL do líquido 
em uma proveta de 100 mL devidamente limpa; 
2- Coloque o densímetro construído dentro da proveta 
contendo a líquido; 
3- Utilizando uma régua, meça a altura (em centímetros) do 
densímetro que está abaixo do nível do líquido; 
4- Usando a expressão d=k/h calcule a densidade do líquido; 
5- Repita as etapas de para os diferentes líquidos (Etanol, 
Gasolina e óleo); 
6- Coloque os valores encontrados nas tabelas 1 e 2; 
 
 
Figura 4: Volume do cilindro 
 
 
 
 
 
Figura 5: Área do círculo 
 
Tabela 1: Dados experimentais obtidos para a determinação da 
densidade de diferentes substâncias, T=_____ ºC 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2: Densidade dos líquidos, g/cm3, T=_____ ºC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Substância Altura 
submersa do 
densímetro / 
cm 
Densidade 
calculada / g cm-3 
Álcool etílico 98%V/V 
Gasolina 
Óleo 
 Equipes Densidade / g/cm3 
Etanol Gasolina Óleo 
(caminho1) 
Óleo 
(caminho 2-
opcional) 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
Média 
Desvio padrão 
sx 
± 𝒕𝒔𝒙, s (90%) 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 14 
6ª Parte) Usando o tubo em forma de U para líquido 
imiscíveis (caminho 2-opcional) 
 
1- Determine h e H; 
2- Calcule a densidade do óleo; 
 
dx=dh/H=_____________ g/cm3 
 
3- Anote o resultado na tabela 2; 
 
Figura 6: Densímetro em forma de U 
 
7ª Parte) Determinação da densidade utilizando o 
densímetro comercial (opcional) 
 
1- Utilizando um béquer, coloque cerca de 100 mL do líquido 
em uma proveta de 100 mL devidamente limpa; (Atenção: 
caso necessário utilize um recipiente maior se o densímetro 
tocar o fundo do recipiente) 
2- Coloque o densímetro dentro da proveta contendo a líquido; 
3- Faça a leitura da densidade; 
4- Coloque os valores encontrados na tabela 3; 
A densidade de um líquido 
desconhecido pode ser, desde que 
seja imiscível em água, calculada a 
partir de um experimento muito 
simples, envolvendo um tubo 
flexível em forma de U. A equação 
P=dgh mostra a relação entre a 
pressão da coluna, densidade e 
altura, onde g representa a constante 
de aceleração da gravidade, 
normalmente 9,8 m/s2. 
Assim, na figura 6, a pressão total 
sobre o ponto A, imerso em água, é 
dada por 
PA = Pcoluna + Patm = dgh + Patm, 
Onde d é a densidade da água. Da 
mesma forma, a pressão total sobre 
o ponto B, imerso no líquido 
desconhecido é dada por 
PB = Pcoluna + Patm = dxgH + Patm, 
onde dx é a densidade do líquido 
desconhecido. Considerando que A 
e B estão no mesmo nível, temos 
então que PA=PB. Portanto, 
dh= dxH 
 
Tabela 3: Determinação do erro relativo percentual, T=_____ ºC 
 
 
 
+ valor tabelado, retirado do Handbook 
* valor obtido do densímetro comercial 
** valor obtido densímetro construído 
# Erro relativo médio entre o valor encontrado pelo 
densímetro comercial e o densímetro construído 
 
 
 
 
Referências 
[1] Densímetro de baixo custo. Carlos Eduardo Laburú. 
Física na Escola, v3, n1, 2002. 
[http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol3/Num1/a06.pdf] 
 
 
 
Sugestões de leitura 
[1] A densidade e a evolução do densímetro. 
Bruno de Moura Oliveira e outros. Revista 
Brasileira do Ensino de Física, v35, n1,2013. 
[http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/351601.pdf] 
[2] Medição da densidade do óleo: uma 
discussão sobre sua otimização e diminuição dos 
custos via incerteza relativa da medição. V.L.B. 
de Jesus. Revista Brasileira do Ensino de 
Física,v30, n3, 2008. 
[http://www.scielo.br/pdf/rbef/v30n3/3302.pdf] 
Substância d+ (g/cm3) d* (g/cm3) d** (g/cm3) Erro# % 
Etanol 0,789 (100% V/V) 
Gasolina 0,703 (octano) 
Óleo 0,920 (óleo de soja) 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 15 
Experimento 4 
Misturas homogêneas e heterogêneas 
Objetivo 
 
Familiarizar o aluno com os conceitos de substâncias e 
misturas. 
 
Temas abordados 
 
Substâncias, misturas homogêneas, misturas heterogêneas, 
fases, número de componentes, número de fases. 
 
Materiais e reagentes 
 
Laboratório: 
Água 
Água com gás 
Gelo 
Álcool etílico 
Óleo 
Areia 
Gasolina pura 
Cloreto de sódio 
Sulfato de cálcio 
Açúcar 
Iodo 
Sulfato de cobre 
Limalha de ferro 
Papel de filtro ou algodão 
Imã 
 
Por equipe: 
Pisseta com água destilada 
Tudo de ensaio (tubo grande) (4) 
Suporte de tubo de ensaio 
Béquer de 100 mL (2) 
Funil simples (1) 
suporte para funil (1) 
argola para funil (1) 
Funil de separação 
Bastão devidro (1) 
 
 
 
 
 
 
 
Lei antes de fazer a prática: Esta 
prática lida com um conceito 
aparentemente simples (mistura 
homogênea), mas que pode trazer 
alguma dificuldade, como dispersões 
coloidais que são misturas 
heterogêneas mas que às vezes 
parece uma mistura homogênea. 
Para lidar com esta dificuldade de 
maneira mais apropriada na prática, 
sugiro que Homogêneo seja encardo 
como ‘sem o auxílio de qualquer 
aparelho aparenta ter um aspecto 
homogêneo’. Um exemplo típico é o 
leite, aspecto homogêneo a ‘olho nu’ 
mas que apresenta gotículas de óleo 
se observado no microscópico. O 
critério correto seria verificar se as 
propriedades físicas são as mesmas 
em toda a extensão da amostra. 
 
 
Aproximação: Vamos considerar a 
“água destilada” como substância 
pura, mas talvez seja bom destacar 
(como em todos os outros casos) que 
rigorosamente é apenas aproximado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 16 
Procedimento Experimental 
 
1ª Parte) 
1 - Preparar a mistura (água+óleo) no tubo de ensaio. Observar 
e desenhar cada solução indicando quais componentes 
presentes em cada fase. Em seguida adicionar iodo e agitar. 
Observar e anotar o resultado. 
2 - Preparar a mistura (água+óleo) no tubo de ensaio. Observar 
e anotar o resultado. Em seguida adicionar sulfato de cobre e 
agitar. Observar e anotar o resultado. 
 
Questões: 
(a) Explique os resultados observados. 
. 
2ª Parte) 
O grupo deve preparar as misturas indicadas abaixo, podendo 
utilizar como os materiais: 
- Água 
- Água com gás 
- Gelo 
- Álcool etílico 
- Óleo 
- Cloreto de sódio 
- Açúcar 
 
1- Preparar uma mistura homogênea com dois componentes. 
2- Preparar uma mistura heterogênea com dois componentes e 
duas fases. 
3- Preparar uma mistura homogênea com três componentes. 
4- Preparar uma mistura heterogênea com três componentes e 
duas fases. 
5- Preparar uma mistura heterogênea com três componentes e 
três fases. 
6- Preparar uma mistura heterogênea com três componentes e 
quatro fases. 
 
Questões: 
(a) Planeje e execute os procedimentos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 da 2ª 
parte. No relatório desenhe cada solução indicando quais 
os componentes presentes em cada fase. 
 
3ª Parte) 
Faça as misturas indicas abaixo no tubo de ensaio na ordem 
sugerida (não há necessidade de agitar!). 
 
1- Água + álcool + óleo 
2- Água + óleo + álcool 
 
Questões: 
 
(a) Explique os resultados observados. 
No item 1 o sistema de 3 
componentes forma duas fases, com 
o iodo na fase do óleo (isto deve ser 
visível devido a cor). O iodo fica 
nesta fase devido à natureza apolar 
da molécula de I2. Um pouco pode ir 
para a água devido à formação do 
íon I3-. A fase do óleo fica na parte 
superior devido a densidade menor 
do que a da água. No item 2 o 
sistema de 3 componentes forma 
duas fases, com o sal na fase da água 
(isto deve ser visível devido a cor). 
O sal fica nesta fase devido à 
natureza iônica do composto. 
 
 
Sugestão: prepare as misturas no 
tubo de ensaio exceto quando for 
usar o gelo, neste caso, utilize o 
béquer. 
 
 
ATENÇÃO: Não descarte as 
misturas na pia o professor deverá 
indicar o recipiente próprio para 
descarte. 
 
 
Lembrete: Óleo é uma mistura 
homogênea de alto teor em ácidos 
graxos diversos. Ácidos graxos são 
ácido carboxílicos de cadeias 
alifáticas (sem anel aromáticos). Já a 
areia é uma é uma mistura 
heterogênea basicamente de óxido de 
silício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 17 
Sugestões de leitura 
 
[1] Avaliação da qualidade de detergentes a partir do volume 
de espuma formado; Aída Maria Bragança Bittencourt Filha, Valéria 
Gonçalves Costa, Humberto Ribeiro Bizzo; Quim. Nova na Escola, 
No. 9, 43-45, Maio 1999. 
url: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/exper2.pdf 
 
Questionário 
 
1) O grupo deve elaborar um procedimento para separar a água 
de uma mistura água gaseificada+óleo, podendo utilizar a 
vidraria disponível na bancada. Descreva e execute o 
procedimento proposto (após aprovado pelo professor). 
 
2)O grupo deve elaborar um procedimento para separar a areia 
de uma mistura sal+areia+limalha de ferro, podendo utilizar a 
vidraria disponível na bancada. Descreva e execute o 
procedimento proposto (após aprovado pelo professor). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 18 
Experimento 5 
Cromatografia de papel 
Objetivo 
 
Estudo da cromatografia de papel como método de 
separação e caracterização. 
 
Temas abordados 
 
Misturas homogêneas, técnicas de separação, forças 
intermoleculares, cromatografia de papel, análise 
qualitativa. 
 
Materiais e reagentes 
 
Laboratório: 
Álcool etílico 98%V/V (na capela) 
Acetona P.A. (na capela) 
Hidróxido de Amônio concentrado (na capela) 
Ácido clorídrico concentrado (na capela) 
Béquer de 50 mL (4) ( 2 em cada capela) 
Pipetas de Pasteur (4) (2 em cada capela) 
Algodão 
Grampeador com grampos 
Béquer de 1000 mL (na capela) 
Vidro de relógio para o Béquer de 1000 mL (na capela) 
 
Por bancada: 
Solução de alaranjado de metila (indicador) 
Solução de azul de metileno (indicador) 
FeCl3 (aq) 
CoCl2 (aq) 
MnCl2 (aq) 
CuCl2 (aq) 
 
Por equipe: 
Papel de filtro (2) 
Vidro de relógio para o Béquer de 250 mL 
Béquer de 250 mL (2) 
Proveta de 25 mL (2) 
Pisseta com água destilada 
Tubos capilares (8) 
Placa de porcelana para semi-micro análise 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 19 
 
 
 
Procedimento Experimental 
 
1ª Parte) Mistura do alaranjado de metila e azul de 
metileno 
 
1-Corte um papel de filtro na forma retangular (8 cm x 4 
cm) e faça uma linha com lápis a 1 cm da margem maior, 
conforme mostrado na figura 1; 
2-Deposite sobre a placa de porcelana de análise 
semimicro, 1 gota de alaranjado de metila na posição 1, 1 
gota de azul de metileno na posição 2 e faça mistura dos 
dois (1 gota de cada) na posição 3, conforme indicado na 
figura 2; 
3-No papel, sobre a linha do lápis, em três pontos 
igualmente espaçados, deposite com auxílio de tubos 
capilares as amostra de alaranjado de metila (A), azul de 
metileno (B) e a mistura (C), conforme indicado na Figura 
1; Escreva, com lápis no papel, sobre os pontos as 
referências A, B e C; 
4-Enrole o papel em forma de tubo e grampeie, de acordo 
com a figura 3; 
5-Coloque numa proveta de 25 mL, 10 mL de álcool 
etílico e na sequência 10 mL de água destilada. Em 
seguida transfiraesta solução para o béquer de 250 mL; 
6-O tubo formado de papel é colocado no béquer de 250 
mL contendo aproximadamente 20 mL da mistura 1:1 de 
álcool etílico e água preparada anteriormente (fase 
móvel); 
7-Tampe o béquer com um vidro de relógio, e aguarde 5 
minutos; 
8-Retire o tubo de papel do béquer, abra o papel e 
rapidamente faça uma marca com lápis indicando o nível 
que o solvente atingiu; 
9-Calcule o fator Rf para o alaranjado de metila e azul de 
metileno, conforme indicado na figura 4; 
10-Descreva o resultado observado para a mistura (C); 
 
2ª Parte) Mistura de sais inorgânicos 
 
1-Corte um papel de filtro na forma retangular (8 cm x 4 
cm) e faça uma linha com lápis a 1cm da margem maior, 
conforme a figura 1; 
2-Deposite sobre a placa de porcelana de análise semi-
micro, 1 gota de FeCl3(aq) na posição Fe, 1 gota 
CoCl2(aq) na posição Co, 1 gota de MnCl2(aq) na posição 
Mn, 1 gota CuCl2(aq) na posição Cu e faça uma mistura 
de CuCl2(aq) e CoCl2(aq) na posição mistura; 
3-No papel, sobre a linha do lápis, em quatro pontos 
 
Qualquer marcação, que tiver que 
fazer no papel usado na cromatografia 
(fase fixa), faça com lápis. 
 
 
 
 
 
 
O Rf é um parâmetro que pode ser 
usado para identificação (análise 
qualitativa) dos componentes de uma 
mistura. 
 
 
Figura 4: Definição do Rf 
 
 
 
Figura 1: Papel para cromatografia 
 
Figura 2: Placa de semi-micro análise 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 20 
igualmente espaçados, deposite com auxílio de tubos 
capilares as amostra de FeCl3(aq), CoCl2(aq), MnCl2(aq), 
CuCl2(aq) e mistura. Escreva, com lápis no papel, sobre os 
pontos as referências Fe, Co, Mn, Cu e mistura, conforme 
mostrado na figura 5; 
4-Enrole o papel em forma de tubo e grampeie, de acordo 
com a figura 3; 
5-Coloque numa proveta de 25 mL, 15 mL de acetona, 2 
mL de água destilada e 2 mL ácido clorídrico concentrado 
(40 gotas aproximadamente). Em seguida transfira esta 
solução para o béquer de 250 mL; 
6-O tubo formado de papel é colocado no béquer de 250 
mL; 
7-Tampe o béquer com um vidro de relógio, e aguarde 5 
minutos; 
8-Retire o tudo de papel do Béquer e rapidamente faça 
uma marca (agora, sem retirar os grampos) com lápis 
indicando o nível que o solvente atingiu. Deixe o papel 
secando ao ar por 5 minutos; 
9-Observe, desenhe e anote as cores e posições; 
10-Leve o tubo de papel para a capela e coloque em um 
Béquer de 1000 mL contendo um chumaço de algodão 
embebido em hidróxido de amônio (revelador); 
11-Após 15 minutos retire o papel do Béquer, abra o papel 
e marque com lápis os pontos centrais das manchas (Faça 
isto rápido, pois as manchas devem desaparecer logo). 
12-Calcule o fator Rf para todas as manchas; 
10-Discuta os resultados observados; 
 
 
Figura 5: Papel para cromatografia 
 
Registro dos resultados 
 
1ª Parte) 
Desenhe o resultado observado na figura abaixo: 
 
Figura 3: Tubo de papel 
 
 
 
 
Figura 4(a): Visão do béquer 
 
 
Figura 4(b): Visão do béquer 
 
 NN
SO3H
NCH3
CH3
Alaranjado
de metila
Azul de Metileno
N
S N
CH3
CH3
N
CH3
CH3 CI
+
 
Figura 5: Estrutura dos corantes 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 21 
 
Rf (alaranjado de metila) = ___________ 
Rf (azul de metileno) = ___________ 
 
2ª Parte) 
Desenhe o resultado observado na figura abaixo: 
 
Antes de colocar na capela 
 
 
Após retirar da capela 
 
Rf(Fe) = _________ 
Rf(Co) = _________ 
Rf(Mn) = _________ 
Rf(Cu) = _________ 
 
Referências 
 
[1] Fundamentos de Química Experimental. Maurício 
Gomes Constantino e outros. Edusp, 2ª edição, 2011. 
 
[2]Química Analítica Qualitativa. Arthur I. Vogel. Mestre 
Jou, 5ª edição, 1981. 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 22 
Sugestões de leitura 
 
[1] Cromatografia: um breve ensaio. Ana Luiza G. Degani 
e outros. Química Nova na Escola, no 7, maio 1998. 
[http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf] 
 
[2] Análise de Pigmentos de Pimentões por Cromatografia 
em Papel. Núbia Moura Ribeiro e outros. Química Nova 
na Escola, no 28, agosto 2008. 
[http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/08-EEQ-0707.pdf] 
 
[3] Aplicação da Cromatografia em Papel na Separação de 
Corantes em Pastilhas de Chocolate. Leonardo Fernandes 
Fraceto e outros. Química Nova na Escola, no 18, 
novembro 2003. 
[http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc18/A10.PDF] 
 
[4] Investigando tintas de canetas utilizando cromatografia 
em papel. Julio Cezar Foschini Lisbôa. . Química Nova 
na Escola, no 7, maio 1998. 
[http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/exper3.pdf] 
 
Questionário 
 
1)Quais as cores dos íons Fe2+, Co2+, Mn2+ e Cu2+ em 
solução aquosa. Para referência consulte o Vogel. 
 
2)Quais os precipitados formados nas reações de Fe2+, 
Co2+, Mn2+ e Cu2+ com hidróxido de amônio. Identifique a 
cor de cada precipitado. Para referência consulte o Vogel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 23 
 
Experimento 6 
Determinação do teor de álcool etílico na gasolina 
Objetivo 
 
Determinar o teor de álcool etílico na gasolina Comercial. 
 
Temas abordados 
 
Substâncias puras e misturas, momento de dipolo das 
moléculas, forças intermoleculares, regra geral de 
solubilidade, análise quantitativa, teste de qualidade, 
normas técnicas, compreender a identificar os erros 
inerentes aos métodos analíticos, tratamento estatístico dos 
dados, laudo técnico. 
 
Materiais e reagentes 
 
Laboratório: 
Régua escolar de 15cm 
Argola para o funil (na capela) 
Suporte (na capela) 
Funil de separação (ou decantação) (na capela) 
Densímetro comercial (ou alcoômetro). 
Gasolina comercial 
NaCl(s) 
Iodo(s) 
Permanganato de potássio(s) 
 
Por equipe: 
Proveta de 100 mL com tampa 
Garra para bureta 
Suporte 
Bureta de 50 mL 
Pipeta volumétrica de 25 mL 
Pêra de sucção 
Béquer de 50 mL (2) 
Pipeta de Pasteur (conta gotas) 
Pisseta com água 
Tudo de ensaio (3) + Suporte de tubo de ensaio 
 
Procedimento Experimental 
 
1ª Parte) Teste de polaridade 
 
1- Coloque água numa bureta de 50mL e deixe escorrer 
 
 
 
A gasolina é um mistura homogênea 
de hidrocarbonetos de diferentes 
tamanhos além do álcool. Quando 
fizermos alguma discussão com 
relação as propriedades da gasolina 
(sem álcool) podemos usar o 
isooctano, C8H18, como exemplo, 
componente principal desta mistura. 
 
 
 
 
 
 
Há uma regra (que está sujeita a 
exceções) que se aplica aos compostos 
orgânicos, no que se refere à 
solubilidade, que é: 
Substância polar é solúvel (ou se 
dissolve) em substância polar. 
Substância apolar é solúvel (ou se 
dissolve) em substância apolar. 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 24 
livremente sob um béquer. 
2- Aproxime um corpo carregado do filete de água, por 
exemplo, uma régua de plásticoanteriormente esfregada 
numa blusa de lã, você vai observar que o filete de água 
sofre um grande desvio, como ilustrado na figura abaixo. 
 
Figura 1: Teste de polaridade 
3- Em seguida, teste a gasolina sem álcool. 
 
2ª Parte) Determinação do teor de álcool na gasolina. 
 
1- Colocar 50 mL de gasolina comercial em uma proveta 
de 100 mL, cuja resolução de escala seja igual ou inferior a 
1 mL. 
2- Adicionar água (alguns procedimentos sugerem a adição 
de uma solução aquosa de NaCl 10%) até completar a 
proveta (100mL). Tapar a proveta e agitar com cuidado 
para evitar a formação de emulsão, invertendo-a 
verticalmente de forma lenta. 
3- Deixar em repouso (10 minutos) e aguardar até a 
completa definição da interface entre as duas fases. Anotar 
a variação do volume da fase aquosa. 
 
Vfase aquosa = __________ mL 
 
Válcool=Vfase aquosa – Vinicial de água = ________mL 
 
4- Determine o teor de álcool na gasolina. 
 
𝑇% =
𝑉á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙
𝑉𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙
  100=_________________% 
 
5- Anote os resultados de todos os grupos no quadro 
abaixo, faça os cálculos da média e desvio médio. 
 
 
 
 
Os átomos de oxigênio são mais 
eletronegativos que os átomos de 
hidrogênio, portanto na molécula de 
água o centro de carga positiva não 
coincide com o centro de carga 
negativa. Neste caso, a molécula de 
água é polar, formando um dipolo, e 
este experimento pode ser utilizado 
como prova deste fato. O mesmo 
efeito deve acontecer, porém com 
intensidade diferente, se tivéssemos 
etanol no lugar da água. No caso do 
benzeno ou do heptano o escoamento 
do líquido não é afetado pela 
proximidade de um corpo carregado. 
 
 
 
ATENÇÃO: Como a gasolina contém 
álcool, deixe para fazer este teste 
depois que separar o álcool da 
gasolina. 
 
 
 
ATENÇÃO: Não descarte a mistura 
da proveta na pia, use o funil de 
separação e separe a gasolina “sem 
álcool” em recipiente próprio, a fase 
aquosa pode ser descartada na pia 
 
 
ATENÇÃO: 
 
Gasolina comercial = mistura de 
hidrocarbonetos com álcool 
 
Gasolina = mistura de 
hidrocarbonetos sem álcool 
 
Tabela 1: Teor de álcool na gasolina 
Equipe Teor 
1 
2 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 25 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
Média 
Desvio padrão 
sx 
± 𝒕𝒔𝒙, s (90%) 
 
3ª Parte) Determinação do teor de álcool na gasolina: outro 
caminho. 
 
1- Separe a fase aquosa usando o funil de decantação; 
 
Figura 2: Funil de decantação ou separação 
2- Pipetar 25 mL da fase aquosa e pesar essa amostra em um 
béquer de 50 mL; 
3- Determinar a densidade da fase aquosa em g/mL; 
 
d=m/V=________________ g/mL 
 
4- Usando a equação para densidade da fase aquosa determine 
o teor de álcool na amostra; 
 
d= 𝒅𝟐+(𝒅𝟏−𝒅𝟐)𝑻 
 
logo 
 
𝑻 =
𝐝−𝒅𝟐
𝒅𝟏−𝒅𝟐
 𝐱 𝟏𝟎𝟎=_____________ %V/V 
 
5- Usando o teor de álcool na fase aquosa, T, achar o teor de 
álcool na gasolina, T2; 
 
Dedução da equação da densidade 
da mistura em função do teor de 
álcool. O índice 1 refere-se ao 
álcool e 2 a água, sem índice 
refere-se a solução. 
 
𝒅 =
𝒎
𝑽
=
𝒎𝟏 + 𝒎𝟐
𝑽
 
 
=
𝒅𝟏𝑽𝟏 + 𝒅𝟐𝑽𝟐
𝑽
 
 
=
𝒅𝟏𝑽𝟏 + 𝒅𝟐(𝑽 − 𝑽𝟏)
𝑽
 
 
=
𝒅𝟏𝑽𝟏 + 𝒅𝟐(𝑽 − 𝑽𝟏)
𝑽
 
 
=
𝒅𝟏𝑽𝟏 + 𝒅𝟐𝑽 − 𝒅𝟐𝑽𝟏)
𝑽
 
 
=
(𝒅𝟏−𝒅𝟐)𝑽𝟏 + 𝒅𝟐𝑽
𝑽
 
 
= 
(𝒅𝟏−𝒅𝟐)𝑽𝟏+𝒅𝟐𝑽
𝑽
 
 
finalmente 
 
d=𝒅𝟐+(𝒅𝟏−𝒅𝟐)𝑻 
 
em que T=V1/V=%V/V=oGL. 
 
 
No final da parte 1 e 2 pode-se 
juntar a fase aquosa de todas as 
equipes numa proveta de 1L e 
usar o alcoômetro para 
determinar a densidade da 
solução, nosso T. Posteriormente 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 26 
𝑇2 =
𝑇 × 𝑉𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑎𝑞𝑢𝑜𝑠𝑎
𝑉𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙
=_______________% V/V 
 
podemos determinar o T2, pelo 
mesma equação apresentada. 
Tabela 2: Teor de álcool na gasolina – caminho 2 
Equipe Teor 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
Média 
Desvio padrão 
sx 
± 𝒕𝒔𝒙, s (90%) 
 
4ª Parte) Caracterização das 
partes. 
 
 
Procedimento: Caracterização das 
fases 
 
1- Preparar a mistura (gasolina+iodo) 
no tubo de ensaio. Observar e 
desenhar cada solução indicando 
quais componentes presentes em cada 
fase. 
2- Preparar a mistura (água+iodo) no 
tubo de ensaio. Observar e desenhar 
cada solução indicando quais 
componentes presentes em cada fase. 
3- Preparar a mistura (gasolina+água) 
no tubo de ensaio. Observar e 
desenhar cada solução indicando 
quais componentes presentes em cada 
fase. Em seguida adicionar iodo e 
agitar. Observar e anotar o resultado. 
4- Limpe os tubos de ensaio; 
5- Preparar a mistura 
(gasolina+KMnO4) no tubo de 
ensaio. Observar e desenhar cada 
solução indicando quais componentes 
presentes em cada fase. 
6- Preparar a mistura (água+KMnO4) 
no tubo de ensaio. Observar e 
desenhar cada solução indicando 
quais componentes presentes em cada 
fase. 
 
Figura 4: Gráfico da equação d=𝒅𝟐+(𝒅𝟏−𝒅𝟐)𝑻 
 
 
 
Figura 3: (a) água, água+I2, água+KMnO4, (b) gasolina, 
gasolina+I2, gasolina+KMnO4 e (c) água+gasolina, 
água+gasolina+I2, água+gasolina+KMnO4 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 27 
7- Preparar a mistura (gasolina+água) 
no tubo de ensaio. Observar e 
desenhar cada solução indicando 
quais componentes presentes em cada 
fase. Em seguida adicionar KMnO4 e 
agitar. Observar e anotar o resultado. 
 
Referências 
 
[1] Explorando a Química na Determinação do Teor 
de Álcool na Gasolina; Melissa Dazzani, Paulo R.M. 
Correia, Pedro V. Oliveira e Maria Eunice R. 
Marcondes, QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, N° 
17, MAIO 2003. 
[http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc17/a11.pdf] 
 
Sugestões de leitura 
 
[1] A densidade e a evolução do densímetro. Bruno 
de Moura Oliveira e outros. Revista Brasileira do 
Ensino de Física, v35, n1,2013. 
[http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/351601.pdf] 
 
[2] Medição da densidade do óleo: uma discussão 
sobre sua otimização e diminuição dos custos via 
incerteza relativa da medição. V.L.B. de Jesus. 
Revista Brasileira do Ensino de Física,v30, n3, 
2008. 
[http://www.scielo.br/pdf/rbef/v30n3/3302.pdf] 
 
[3] SOLUBILIDADE DAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS, 
Cláudia Rocha Martins*, Wilson Araújo Lopes e 
Jailson Bittencourt de Andrade, Quim. Nova,Vol. 36, 
No. 8, 1248-1255, 2013 
[http://www.scielo.br/pdf/qn/v36n8/v36n8a26.pdf] 
 
 
Questionário 
 
1) Porque a gasolina não pode ser adulterada com 
água? 
2) Porque deve-se utilizar uma solução de NaCl 10% 
como fase aquosa? Por que não deve ser utilizada 
água destilada? 
3) Quais qualidades (características) do extrator são 
necessárias para haver baixo erro experimental? 
4) Quais são as fontes de erros existentes nessa 
prática? O que pode ser feito para evitá-los? 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 28 
Experimento 7 
Conservação da massa 
Objetivo 
 
Verificar a lei da conservação da massa (lei de Lavoisier).Temas abordados 
 
Reações químicas, balanço de massa e carga, conservação da 
massa, estequiometria. 
 
Materiais e reagentes 
 
Laboratório: 
Balança analítica com pinça e peso de referência 
Pb(NO3)2 0,5 mol/L (na capela) 
KI 0,5 mol/L (na capela) 
Na2CO3 1 mol/L (na capela) 
HCl 1mol/L (na capela) 
Béqueres 50mL para as soluções (4) 
Pipeta de 5 mL Pb(NO3)2 (na capela) 
Pipeta de 10 mL KI (na capela) 
Pipeta de 10 mL Na2CO3 (na capela) 
Pipeta de 25 mL HCl (na capela) 
Pêra (4) (2 em cada capela) 
Veda Rosca 
Atenção: Pb(NO3)2 e KI numa capela, HCl e Na2CO3 em outra 
 
 
 
Por equipe: 
Pisseta com água 
Tudo de ensaio (tubo deve caber dentro do erlenmeyer) 
Erlenmeyer de 250 mL (1ª parte) 
Erlenmeyer 50mL (2a parte) 
Rolha para o erlenmeyer 
Balão de festa 
Pinça 
Elastico 
 
 
 
 
 
 
Procedimento Experimental 
 
Considerando que moléculas são 
agregados estáveis de átomos, e que 
os processos químicos são 
rearranjos dos átomos das 
moléculas dos reagentes para 
formar as moléculas dos produtos. 
Assim, o número de átomos de 
cada elemento do lado dos 
reagentes é igual ao número de 
átomos do elemento no lado dos 
produtos. Logo, a massa de todos 
os reagentes é igual à massa de 
todos os produtos. Diz-se que num 
processo químico a massa é 
conservada (Lavoisier). 
 
A lei será comprovada desde que 
não exista uma diferença 
significativa entre as medidas, ou 
seja desde que as medidas fiquem 
dentro do erro experimental (da 
balança) 
 
Figura 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 29 
1ª parte) 
 
1- Todas as equipes pesarem o peso de referência de 200g 
(padrão do laboratório) e anotar os resultados na tabela 1; 
 
 
Tabela 1 
Equipe m1 m2 |m2-m1| 
1 200 
2 200 
3 200 
4 200 
5 200 
6 200 
7 200 
8 200 
Média 
 
2ª parte) 
 
1- Pipetar 5 mL de Pb(NO3)2 0,25mol/L no tubo de ensaio; 
2- Pipetar 10 mL de KI 0,5 mol/L no erlenmeyer de 250mL; 
3- Colocar o tubo de ensaio dentro do erlenmeyer sem misturar 
as substâncias e tampar com a rolha, conforme a figura 1; 
4- Pesar o sistema, chamar esta massa de m1; 
5- Misturar os reagentes sem tirar a rolha, virando levemente o 
erlenmeyer; 
6- Pesar o sistema, chamar esta massa de m2; 
7- Anotar os resultados na tabela 2; 
 
Figura 2: 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Cuidados com a balança 
- A balança deve ser mantida 
sempre limpa; 
- Os reagentes não devem ser 
colocados diretamente sobre o 
prato da balança. Devem ser 
utilizados recipientes apropriados 
(vidro de relógio, papel de 
pesagem, etc.); 
- Os recipientes e reagentes a 
serem utilizados devem encontrar-
se à temperatura ambiente; 
- Manter sempre as laterais da 
câmara de pesagem fechadas 
quando se faz a tara da balança ou 
quando se realiza e a leitura do 
peso, pois qualquer corrente de ar 
externa pode causar erro na 
leitura; 
- A balança deve ficar protegida de 
qualquer tipo de choque mecânico 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 30 
Tabela 2 
Equipe m1 m2 |m2-m1| 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
Média 
 
 
3ª parte) 
 
1- Pipetar 10 mL de Na2CO3 1 mol/L no balão; 
2- Pipetar 25 mL de HCl 1,0 mol/L no erlenmeyer de 50mL; 
3- Colocar o balão no erlenmeyer sem misturar as substâncias 
conforme a figura 2; 
4- Pesar o sistema, chamar esta massa de m1; 
5 - Misturar os reagentes sem tirar o balão, virando levemente 
o mesmo; 
5- Pesar o sistema, chamar esta massa de m2; 
6- Liberar o gás do balão; 
7- Pesar o sistema, chamar esta massa de m3, incluindo o 
balão; 
8- Anotar os resultados na tabela 3; 
 
Figura3: 
 
Tabela 3 
Equipe m1 m2 m3 |m2-m1| |m3-m1| 
1 
2 
3 
4 
 
 
Figura 5 – Manuseio correto de 
pipetas. 
- Mergulha-se a pipeta, limpa e 
seca, no líquido (ou solução) a ser 
medido; 
- Aplica-se sucção com a pêra de 
borracha, enchendo a pipeta até 
um pouco acima da marca. Nesta 
operação a ponta da pipeta deve 
ser mantida sempre mergulhada 
no líquido; 
- Escoar o líquido excedente, até 
que a parte inferior do menisco 
coincida com a graduação 
desejada; 
- Remover a gota aderente à 
pipeta, tocando a ponta desta na 
parede do frasco que contém o 
líquido, ou utilizar um papel 
absorvente. 
- A seguir, deixa-se escoar no 
recipiente de destino. Para uma 
pipeta de 25 mL o tempo de 
escoamento é de aproximadamente 
25 s; 
- Importante: No caso da pipeta 
apresentar dois traços em sua 
porção superior, após o 
escoamento do líquido, deve-se 
soprá-la. 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 31 
5 
6 
7 
8 
Média 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sugestões de leitura 
 
[1] Lavoisier e a conservação da massa, Roberto de Andrade 
Martins e outros, Química nova, 16(3) (1993). 
[http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/ 
Vol16No3_245_v16_n3_(14).pdf] 
[2] Os experimentos de Landolt sobre conservação da massa, 
Roberto de Andrade Martins, Química nova, 16(5) (1993). 
[http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/ 
Vol16No5_481_v16_n5_(17).pdf] 
 
[3] A evolução da balança analítica, Júlio Carlos Afonso, 
Química nova, vol. 27, no 6, 1021-1027, 2004. 
[http://www.scielo.br/pdf/qn/v27n6/22296.pdf] 
 
Questionário 
(1)Escreva as reações envolvidas em cada parte e indique o 
reagente em excesso. 
(2)Determine a massa esperada de cada produto em ambas 
reações. (PbI2 na primeira e CO2 na segunda) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 32 
Experimento 8 
Determinação da massa molar do magnésio 
Objetivo 
 
Determinação a massa molar do Mg a partir do volume de 
hidrogênio molecular liberado da reação do metal com ácido. 
 
Temas abordados 
 
Gases, equação de estado dos gases, estequiometria. 
 
Materias e reagentes 
 
Laboratório: 
HCl(aq,3 mol/L) (na capela) 
Béquer de 50 mL (na capela) 
Proveta de 25 mL (na capela) 
Filme de PVC transparente 
Fita de Magnésio 
Pequenos pedaços de lixa 
Tesoura 
Balança semianalítica 
Termômetro 
Barômetro 
 
Por equipe: 
Proveta de 50 mL 
Béquer de 250 mL 
Suporte 
Garra 
Régua escolar 
Pisseta com água destilada 
Cronômetro 
Fio de cobre encapado (ou 1 cm de tubo plástico de 1 cm de 
diâmetro) 
 
Procedimento Experimental 
 
1-Limpe uma fita de magnésio de aproximadamente 2,2 a 2,3 
cm. 
2-Pese a fita de magnésio e anote a massa; 
3-Prenda a fita de magnésio na extremidade de um fio de 
cobre encapado na forma de um anzol, conforme a ilustração 
abaixo (figura 1); 
4-Coloque inicialmente 10 mL de HCl 6 mol/L na proveta de 
50 mL; 
5-Complete o volume da proveta com água. O tubo deve ficarOs 2,2 cm de magnésio deve 
corresponde a uma massa de 
aproximadamente 0,035 g de 
magnésio, o que deve liberar a 
27oC aproximadamente 40 mL de 
H2. Para uma boa condução da 
prática esta massa deve ficar 
entre 0,030 e 0,040 g. 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 33 
completamente cheio até quase transbordar; 
6-Tampe a proveta com o filme de PVC transparente, em 
seguida inverta em um béquer de 250 mL contendo água de 
torneira, conforme a figura 1. Evite neste momento a formação 
de bolha no fundo da proveta; 
 
Figura 1: Dispositivo para coleta de gás 
7-Introduzir a fita de magnésio presa no anzol, conforme 
mostra a figura 2 e dispare o cronômetro. 
8-Anote o tempo transcorrido a cada 5 mL; 
9-Depois que a reação cessar, aguardar cerca de 5 minutos pra 
deixar o sistema atingir a temperatura ambiente; 
10-Igualar a pressão interna do gás à pressão atmosférica ou 
meça o comprimento da coluna de água com uma régua; 
11-Determine o volume do gás formado. Para a proveta 
utilizada temos uma medida com duas casas depois da vírgula; 
12-Determine a temperatura ambiente; 
 
Figura 2: Montagem experimental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se houver vazamento de gás 
durante a reação, o procedimento 
deve ser repetido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 34 
1ª Parte) Registro do volume em função do tempo 
 
Tabela 1: Volume de gás em função do tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vfinal de gás = _______ mL = _________ L 
 
2ª Parte) Cálculo da massa molar do Mg 
 
Reação: 
 
Mg + 2H+ = Mg2+ + H2 
 
Estequiometria: 
 
nMg=nH2 
mMg/MMg=pV/RT 
 
onde: 
p=pH2 
 
Pressão do H2: 
 
pgás=pH2+pH2O+poutros 
 
pgás+pcoluna=patm 
 
Portanto, 
 
pH2=patm-pcoluna-pH2O-poutros 
 
Considerando: 
 
poutros(quando a água é previamente aquecida) ~ 0 
VH2, mL Tempo (do cronômetro) Tempo, s 
5 
10 
15 
20 
25 
30 
35 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No laboratório de física temos um 
barômetro, a altitude da cidade 
de Alfenas é de aproximadamente 
800 m e a pressão atmosférica 
média de aproximadamente 912 
hPa ou aproximadamente 0,90 
atm. 
 
 
Unidade de pressão: 
1atm = 760 mmHg = 10,3 mH2O = 
1,013 bar = 1,013 x 105 Pa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Registro dos resultados 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 35 
 
pcoluna = h(cm) x 10-2 / 10,2 =___________________atm 
 
T(K)=T(oC)+273,15=____________K 
 
pH2O = pH2O(tab, em mmHg)/760 = ______________atm 
 
patm= p(barômetro, hPa) x 100/105 = _____________atm 
 
Logo, 
 
pH2= patm-pcoluna-pH2O-poutros =____________________atm 
 
Cálculo da massa molar do Magnésio: 
 
Portanto, 
 
R = 0,0817atm.L/mol.K 
 
Vfinal do gás = _______________L 
 
MMg=mMgRT/pV = ____________g/mol 
 
Tabela 2: Massa molar do magnésio 
Equipes Massa Molar do 
Mg, g/mol 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
Média 
Desvio padrão 
sx 
± 𝒕𝒔𝒙, s (90%) 
 
Erro percentual cometido na determinação experimental 
da massa molar do magnésio: 
 
 
Valor exato = _______________ g/mol 
 
Erro = [(valor exato – valor calculado) / valor exato)] x 
100=_______________% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A massa molar do magnésio 
tabela é de 24,3050 g/mol. 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 36 
Referências 
 
[1] Fundamentos de Química Experimental. Maurício Gomes 
Constantino e outros. Edusp, 2º edição, 2004. 
 
Sugestões de leitura 
 
[1] Magnésio. Eduardo Motta Alves Peixoto. Química Nova 
na Escola, no 12, novembro 2000. 
[http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc12/v12a11.pdf] 
 
[2]Evolução da história dos pesos atômicos. Mário Tolentino e 
outros. Química nova 17(2) (1994). 
[http://quimicanova.sbq.org.br/ 
imagebank/pdf/Vol17No2_182_v17_n2_%2813%29.pdf] 
 
Questionário 
 
1)Utilizando os dados da Tabela 1 construa o gráfico 
VH2(mL) x tempo(s). 
 
2) Explique como os resultados, no cálculo da massa molar, 
seriam afetados pelos seguintes erros: 
a) A pressão de vapor d’água não foi descontada; 
b) O início da reação se deu antes da introdução da fita de 
magnésio no tubo; 
c) A reação de oxidação do magnésio não foi completa; 
d) A fita de magnésio estava coberta por uma película de 
óxido de magnésio; 
e) Existe bolha de ar na proveta antes do início da reação; 
f) A temperatura ambiente não foi considerada, o dia está mais 
frio; 
g) A altitude da cidade não foi considerada; 
h) O fio de cobre reagiu com o ácido; 
i) Concentração do ácido. 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 37 
Experimento 9 
Preparo e padronização da solução de NaOH 
Objetivo 
 
Preparar e padronizar 100mL de solução aquosa de 
NaOH 0,1 mol/L. 
 
Temas aboradados 
 
Reações químicas, reação de neutralização, ácidos e 
bases, indicadores, cálculo estequiométrico, 
concentrações mo/L 
 
Materias 
 
Laboratório: 
Balança semi-analítica 
Espátula(2) 
NaOH(s) 
Biftalato de potássio(s) 
 
Por bancada: 
Fenolftaleína(sol 70 %V/V água-álcool, conc. 
01g/100mL) 
 
Por equipe: 
Suporte 
Fundo branco para contraste 
Garra para bureta 
Bureta de 25 mL 
Balão de 100 mL 
Béquer de 100 mL (2) 
Erlenmeyer 150 mL 
Bastão de vidro 
Funil de vidro pequeno 
Conta-gotas (pipeta Pasteur) 
 
Procedimento Experimental 
 
1ª Parte) Preparar 100 mL de uma solução aquosa 
de NaOH 0,1mol/L a partir do sólido 
 
1- Pese aproximadamente 0,4g de NaOH(s) em um 
Béquer de 100 mL, e anote a massa pesada; 
2-Adicione água destilada o suficiente para dissolver o 
hidróxido de sódio, se necessário utilize o bastão de 
vidro; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O hidróxido de sódio em contato com a 
pele pode provocar irritação e 
queimaduras. Com os olhos pode causar 
lesões graves. Em caso de contato com a 
pele ou olhos, lave imediatamente a 
região com água em abundância por no 
mínimo 15 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transferir quantitativamente significa 
garantir uma transferência completa. 
Para isto devemos lavar o Béquer e o 
bastão de vido e transferir o lavado para 
o balão. Este procedimento deve ser 
repetido 3 vezes, mas atenção que o 
volume final não pode ultrapassar os 
100mL do balão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 38 
3- Transfiraquantitativamente o conteúdo do Béquer 
para o balão volumétrico de 100 mL; 
4- Adicione água destilada ao balão volumétrico até 2/3 
do seu volume total; 
5- Em seguida, movimente o balão como indicado na 
figura 1 para homogeneizar a solução; 
6- Complete o balão volumétrico com água destilada 
usando um conta gotas, com o balão apoiado na 
bancada para não aquecê-lo com a mão; 
7- Repita os movimentos indicados na figura 1 para 
homogeneizar a solução; 
8- Determine a concentração em mol/L da solução 
preparada, usando a massa de NaOH pesada (balança 
semi-analítica dá 4 algarismos significativos) e o 
volume do balão 100,0 mL (precisão de 1/10000, uma 
correção deveria ser feita em relação a temperatura 
conforme orientação do fabricante entretanto será 
desconsiderada neste caso). 
 
 
 
Figura 1: Movimento para homogeneizar a solução 
do balão 
 
2ª Parte) Padronização da solução de NaOH 
 
O hidróxido de sódio (ou soda cáustica) é, nas 
condições ambiente, um sólido branco (pastilhas ou 
lascas) bastante hidroscópico (que absorve água da 
atmosfera). Em geral este produto não é comercializado 
com alto grau de pureza e, além disto, é bastante reativo 
com ar. Tudo isto faz crer que a massa inicialmente 
pesada na verdade é de NaOH+impurezas. Ou seja 
apesar da boa precisão da balança a medida é inexata, 
levando a necessidade de padronizar, ou seja checar a 
concentração da solução. Esta checagem será feita por 
meio da reação com biftalato de potássio, 
 
C6H4(COO)2H- + OH- = C6H4(COO)22- + H2O 
 
 
 
Completar o balão, significa que o 
menisco (mínimo da concavidade) deve 
ficar sobre a linha que marca o volume 
do balão. Veja a figura 2 abaixo. 
 
 
Figura 2: Completando o balão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A massa molar do biftalato (ou 
hidrogenoftalato) de potássio, figura 3 
abaixo, é um padrão primário de massa 
molar igual a 204,23 g/mol e pKa igual a 
5,4. 
 
Química Geral Experimental 01/2018 
 
 39 
a) Pesagem do biftalato de potássio 
 
1- Pese aproximadamente 0,25 g de biftalato de 
potássio num erlenmeyer de 150 mL, e anote a massa 
pesada; 
2-Adicione água destilada no erlenmeyer em 
quantidade suficiente para diluir o sólido; 
3-Agite o erlenmeyer até a completa dissolução do 
sólido; 
4-Adicionar 2 ou 3 gotas de fenolftaleína; 
5-Agite o erlenmeyer; 
 
b) Preparação da bureta 
 
1-Prepare a montagem indicada na figura 5; 
 
 
Figura 5: Montagem para titulação 
 
2-Transfira parte da solução de NaOH preparada 
anteriormente para um Béquer de 100 mL; 
3-lave a bureta com um pouco da solução que será 
adicionda nela, neste caso, a solução de NaOH; 
4-Descarte a solução que lavou a bureta em recipiente 
de descarte indicado pelo professor; 
5- Coleque aproximadamente 10 mL de solução de 
NaOH na bureta; 
6- Abra a torneira para encher a ponta da bureta. 
Verifique se existem bolhas, caso afirmativo abra e 
feche rapidamente a torneira para tentar eliminar as 
bolhas; 
7-Complete a bureta com a solução de NaOH; 
Completar o bureta, significa que o menisco (mínimo 
da concavidade) deve ficar sobre a linha que marca o 
zero na bureta. Observe que a ponta da bureta deve 
estar preenchida da solução de NaOH; 
 
Figura 3: biftalato de potássio 
 
A fenolftaleína (figura 4) é um indicador 
ácido-base cuja forma ácida é incolor e a 
forma básica rosa. A zona de transição é 
entre pH=8 e 10. 
 
 
Figura 4: Estrutura da fenolftaleína 
 
 
 
 
 
 
 
 
Toda vidraria a ser usada deve ser 
lavada com água e detergente, enxaguada 
exaustivamente com água de torneira e, 
por último, enxaguada 2 ou 3 vezes com 
água destilada. Nesta etapa lavar a 
bureta (rinsar) com a solução de NaOH 
que ao completar a concentração da 
solução de NaOH não foi alterada (por 
exemplo diluída devido a umidade na 
parede interna da bureta ou gotas de 
água na torneira). 
 
 
 
 
 
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8- Coloque o erlenmeyer em baixo da bureta; 
 
c) Procedimento de titulação 
 
1- Segure o erlenmeyer e a torneira conforme a figura 
6; 
2-Deixe escorrer gota-a-gota a solução de NaOH, 
agitando constatemente o erlenmeyer; Deixe cair uma 
gota apenas se a solução estiver incolor; Aparecendo 
uma coloração rosa agite a solução até a cor 
desaparecer e pingue mais uma gota de NaOH; 
3-Se a cor não desaparece após agitar por 10 segundos, 
para a titulação; 
4-Anote o volume de base gasto, com 2 algarismos 
depois da vírgula (no caso da bureta indicada); 
5-Repita o procedimento mais 2 vezes; 
6-Calcule a concentração da base em mol/L; 
 
 
Figura 6: Procedimento de titulação 
 
Registro dos resultados 
 
Massa de biftalato (ma) 1º vez = __________ g 
Massa de biftalato (ma) 2º vez = __________ g 
Massa de biftalato (ma) 2º vez = __________ g 
 
Volume de NaOH (Vb) 1º vez = _____ mL = ______L 
Volume de NaOH (Vb) 2º vez = _____ mL = ______ L 
Volume de NaOH (Vb) 3º vez = _____ mL = ______L 
 
Cálculo da concentração da solução de NaOH (Cb) 
 
Reação: 
C6H4(COO)2H- + OH- = C6H4(COO)22- + H2O 
 
 
 
Nunca coloque pipetas, conta-gotas, 
bastões de vidro ou espátulas nos frascos 
originais de reagentes, para evitar 
contaminações dos líquidos, soluções ou 
sólidos que serão utilizados por todos 
experimentadores. 
 
 
 
O papel tornassol é impregnado com 
apenas um indicador, logo ele registra 
uma transição de cor em apenas um 
intervalo de pH. Entretanto, se o papel 
for impregnado com vários indicadores 
nos quais associam -se cores 
características em intervalos de pH 
diferentes, o mesmo é útil na 
determinação do pH de qualquer solução 
( papel indicador universal). Para 
determinar o pH de uma solução, 
introduzir uma bagueta (bastão) limpa 
na mesma, colocando a seguir a 
extremidade da bagueta em contato com 
uma pequena tira de papel indicador. 
Verificar a cor produzida e o pH 
correspondente. 
 
 
 
 
Descarte a solução do erlenmeyer em 
recipiente indicado pelo professor. 
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Condição estequiométrica: 
na = nb 
ma/Ma = CbVb 
Cb = ma/(Ma Vb) = _____________ mol/L (1º vez) 
Cb = ma/(Ma Vb) = _____________ mol/L (2º vez) 
Cb = ma/(Ma Vb) = _____________ mol/L (3º vez) 
 
Média e desvio padrão da concentração 
 
<Cb> =  _______________ mol/L(**) 
s = n-1 = _______________ mol/L(*) 
 
*O s deve ser expresso com apenas um algarismo 
significativo 
**O número de casas decimais do resultado é igual ao 
número de casas decimais do s 
 
Referências 
 
[1] Fundamentos de Química Experimental. Maurício 
Gomes Constantino e outros. Edusp, 2º edição, 2004. 
 
Sugestões de leitura 
 
[1] Explorando as bases matemática da volumetria: uma 
proposta didática. Elcio Oliveira da Silva. Química 
Nova na Escola, no 13, maio 2001. 
[http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc13/v13a03.pdf] 
 
[2]Sobre o desenvolvimento da análise volumétrica e 
algumas aplicações atuais. Química Nova, v 28, no 1, 
2005. [http://www.scielo.br/pdf/qn/v28n1/23056.pdf]

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