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Parte 2 Prof. Dr. Vicente Ferreira Comércio Eletrônico Conteúdo 3 Unidade 1. Comércio eletrônico e o ambiente empresarial: Introdução. 1.1. Modelos de comércio eletrônico. 1.2. Pilares do comércio eletrônico. 1.3. Multilojas x lojas próprias 1.4. Panorama do comércio eletrônico atual. Exercícios_1, Unidade 1. 4 • O comércio eletrônico está mudando completamente o modo de funcionamento de muitos negócios, depois que se iniciou a era da globalização. A empresa, para destacar-se, necessita integrar-se a esta nova economia. • Em um e-commerce não há necessidade da presença física nem do comprador, tampouco do vendedor; não necessita do manuseio de papel moeda e, ainda, não necessita da mercadoria no momento da transação. Introdução Prof. Dr. Vicente Ferreira 5 • Nas lojas virtuais, a relação naturalmente ocorre entre um comprador e um computador e/ou qualquer dispositivo móvel, localizado em algum lugar do planeta. Introdução (ii) Prof. Dr. Vicente Ferreira 6 • Um projeto de e-commerce bem elaborado pode reduzir os custos de todo o ciclo comercial de modo surpreendente. Pode levar o serviço ao consumidor a níveis jamais imaginados. • Pode, inclusive, entrar em mercados que se achavam anteriormente distantes. Pode criar novas possibilidades de receitas. E, por fim, pode redefinir a própria natureza do seu negócio. Introdução (iii) Prof. Dr. Vicente Ferreira 7 • A cada ano que se passa aumenta, de forma considerável, o número de vendas no comércio eletrônico em todo o mundo. • Hoje, o e-commerce no Brasil já é uma realidade concreta e com perspectivas muito positivas para o futuro. • Os números demonstram aquilo que muitas pessoas, inclusive, os empreendedores digitais já sabem, as vendas pela internet crescem substancialmente a cada ano. Introdução (iv) Prof. Dr. Vicente Ferreira 8 • Isso se deve a diversos fatores, entre os quais, o crescimento de pessoas que possuem acesso à internet, o que se deu, em grande parte, pelo aumento nas vendas de smartphones nos últimos anos. Introdução (v) Prof. Dr. Vicente Ferreira 9 • Isso não quer dizer apenas que mais pessoas estão se conectando como também comprando mais e, muitas delas, pelos seus dispositivos móveis. • Essa nova realidade sugere que os empresários com lojas virtuais, mais do que nunca, devam se preocupar em investir em um e-commerce responsivo* ou mesmo em uma loja mobile. Introdução (vi) Prof. Dr. Vicente Ferreira * Ver leitura complementar 1 10 • Dados recentes no Brasil apontam que mais de metade da população já possui acesso à internet e que o número de pessoas com smartphone também já ultrapassa mais da metade da população. • Além disso, o percentual de consumidores virtuais ativos na internet já chegou a mais de 20% da população. Introdução (vii) Prof. Dr. Vicente Ferreira 11 Então, o que é COMÉRCIO ELETRÔNICO? Introdução (viii) Prof. Dr. Vicente Ferreira 12 “Por comércio eletrônico (CE, E-Commerce) entende-se o processo de compra, venda e troca de produtos, serviços e informações por rede de computadores ou pela internet” (Turban e King, 2004). Introdução (ix) Prof. Dr. Vicente Ferreira 13 É um tipo de transação comercial feita especialmente através de um equipamento eletrônico (computador, celular) na qual o produto comercializado pode ser físico ou digital. Introdução (x) E-commerce significa comércio eletrônico, ou seja, o conjunto de atividades comerciais que acontecem de forma online. Prof. Dr. Vicente Ferreira 14 É a capacidade de comprar e vender produtos e serviços através da internet. Inclui a exposição de bens e serviços online, bem como a colocação de pedidos, faturamento, atendimento e ainda todo o processamento de pagamentos e transações. Introdução (xi) É um termo usado para identificar um sistema comercial montado por uma empresa para atender automaticamente aos seus clientes através da internet. Prof. Dr. Vicente Ferreira Vantagens • Permite realizar negócios sem as barreiras de tempo e distância. • 24h/dia – 7dias/semana. • Maior agilidade entre clientes e fornecedores. • Fácil acesso aos produtos e suas informações. • Maior comodidade e praticidade para os clientes. • O custo operacional é inferior ao comercio tradicional. • Não precisa de um espaço físico. • Pode-se atender de acordo com o perfil do consumidor. • Funciona como extensão da loja física. Possibilidade de ampliar vendas em outras cidades, estados, países. • Possibilidade de uma marca pequena se destacar no mundo digital. Prof. Dr. Vicente Ferreira 15 Desvantagens • Impessoalidade. • Receio de fraudes – violação de dados. • Erros/má projeção do site. • Pagamento de Fretes. • Prazos de Entrega. • Gastos extras com segurança. Fraudes com cartão podem ser prejuízo. • Vendedores não tem o “olho no olho” das lojas físicas. • Dificulta o convencimento do consumidor a comprar outros produtos. • Qualquer problema no site, vira motivo de menções nas Redes Sociais, pois o consumidor já está online e mais propenso a falar mal da loja. Prof. Dr. Vicente Ferreira 16 17 Leitura complementar: 1. E-commerce responsivo. (material a parte) E-Commerce versus E-Business • Além do comércio eletrônico (e-commerce), existe o e-business que, na literatura, possui uma definição mais ampla de comercio eletrônico, incluindo, além da compra e venda de produtos e serviços, as seguintes modalidades: Prestação de serviços a clientes. Realização de negócios eletrônicos nas organizações. Cooperação com parceiros de negócios. Prof. Dr. Vicente Ferreira 18 E-Commerce versus E-Business • E-business é considerado um empreendimento variável e dinâmico, pois está diariamente sofrendo alterações, ou seja, mudando de sites isolados e criando parcerias com portais, extranets e mercados digitais. Tais mudanças são consequência da pressão pela redução de custos, aumento na produtividade e aperfeiçoamento com parceiros e usuários finais. • Para entendermos melhor a diferença de comercio eletrônico e e-business, a seguir ilustra-se um quadro comparativo sobre estes dois termos. Prof. Dr. Vicente Ferreira 19 Prof. Dr. Vicente Ferreira 20 21 Leitura complementar: 2. E-commerce x e-business. (material a parte) 22 Unidade 1. 1.1. Modelos de comércio eletrônico 23 • Modelos de e-commerce se refere às diversas configurações possíveis em uma atividade de venda pela Internet. • Uma atividade comercial pode ser estruturada tomando por base diversos modelos de negócios no e-commerce, em função do tipo de relação entre as partes compradora e vendedora. • É importante conhecer detalhes sobre os modelos de e-commerce para que se possa estruturar o planejamento, em função das características próprias de cada um desses modelos. 1.1. Modelos de comércio eletrônico Prof. Dr. Vicente Ferreira 24 • O E-Commerce business-to-business (B2B) é associado a operações de compra e venda de informações, de produtos e serviços através da internet ou através da utilização de redes privadas partilhadas entre duas empresas. • Neste tipo de comércio pode ser feita a compra de produtos ou serviços à medida que se necessite deles. Pode ser realizado entre um comprador e um vendedor, ou poderá haver um terceiro elemento online responsável por intermediar a transação. Prof. Dr. Vicente Ferreira a) Business-to-business (B2B) (empresa-empresa) 25 • Grande parte das transações que efetivamente ocorrem por comércio eletrônico é do tipo B2B. (Turban e King, 2004). • O E-Commerce B2B também é conhecido por Electronic Data Interchange (EDI). • O E-Commerce B2B proporciona vários benefíciosquando bem aplicado. A seguir, são listados alguns dos seus principais benefícios: Elimina papéis e diminui custos administrativos. Reduz custos e tempo de busca para compradores. Prof. Dr. Vicente Ferreira a) Business-to-business (B2B) (empresa-empresa) 26 Aumento na produtividade dos funcionários responsáveis pelas compras e vendas. Menores custos de estoque. Aumento nas oportunidades de colaboração. Prof. Dr. Vicente Ferreira • Quando o B2B é levado para o E-Commerce, apresenta-se como uma possibilidade de expansão de negócios, de forma que a empresa passa a ter a chance de comercializar os seus produtos com todas as empresas do Brasil, havendo a infraestrutura e a logística adequada para distribuir os seus produtos. a) Business-to-business (B2B) (empresa-empresa) • www.mercadoeletronico.com.br • www.martins.com.br Exemplos do B2B Prof. Dr. Vicente Ferreira 27 28 b) Business-to-consumer (B2C) (empresa-consumidor) Prof. Dr. Vicente Ferreira • O E-Commerce B2C é o comércio efetuado diretamente entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o consumidor final, através da internet. • A natureza dessa operação tende a ser apenas de consumo. O comprador da Amazon.com, por exemplo, é um consumidor, ou cliente. Esse tipo de CE também é chamado de varejo eletrônico (e- taling). 29 B2B versus B2C Prof. Dr. Vicente Ferreira • O que caracteriza o tipo de comércio que uma empresa pratica não é o produto, mas a ATIVIDADE FIM, ou seja, qual o fim a que é destinado a mercadoria. Isso define o modelo de negócio e as figurantes atuantes nesse modelo. • Atividade Fim x Figura x Modelo de Negócio: Transformação: Indústria vende seus produtos para outras indústrias. (B2B); Revenda: Indústria vende para distribuidor ou revenda (B2B); Revenda: Distribuidor vende para Revenda (B2B); 30 B2B versus B2C Prof. Dr. Vicente Ferreira Revenda: Indústria, Distribuidor ou Atacado vende para Profissional Liberal (B2C); Consumo: Distribuidor ou Atacado vende para Consumidor Final (B2C); Consumo: Indústria vende para Consumidor Final (B2C); Consumo: Indústria vende para Consumidor Final através de Distribuidor ou Atacado (B2B2C). • Acompanhe nos exemplos acima que muitas empresas acabam por praticar mais de uma modalidade ao mesmo tempo ou formatos mistos de negócios. • www.americanas.com.br • www.submarino.com.br • www.shoptime.com.br • www.amazon.com.br Exemplos do B2C Prof. Dr. Vicente Ferreira 31 32 c) Consumer-to-business (C2B) (consumidor-empresa) Prof. Dr. Vicente Ferreira • O E-Commerce C2B inverte a lógica do B2C. Através dele, os consumidores ofertam um bem de consumo para uma empresa. • O comércio C2B é um modelo de negócio em que os consumidores (pessoas físicas) criam valor que é consumido por empresas. É quando os consumidores oferecem produtos e serviços as empresas e estas pagam por eles. 33 c) Consumer-to-business (C2B) (consumidor-empresa) Prof. Dr. Vicente Ferreira • Este modelo é o contrário do que as pessoas estão acostumadas a ver, ou seja, é o consumidor vendendo para as empresas e não as empresas para os consumidores. • O desenvolvimento de serviços por freelancers são exemplos deste modelo de negócio. • A Priceline.com é um exemplo bastante conhecido de E-Commerce C2B. • www.priceline.com • www.wedologos.com.br Exemplos do C2B Prof. Dr. Vicente Ferreira 34 35 d) Consumer-to-consumer (C2C) (consumidor-consumidor) Prof. Dr. Vicente Ferreira • O E-Commerce C2C é uma referência ao comércio eletrônico que se desenvolve entre usuários particulares na internet. Sendo que, neste tipo de transação, tanto o comprador quanto o vendedor, são pessoas físicas e não empresas. • Uma das principais formas de comércio de produtos no modelo C2C é através dos leilões. Diariamente, milhares de pessoas compram e vendem seus itens e serviços através de sites de leilão eletrônico, o que proporciona mais comodidade, menores custos e mais lucratividade. 36 d) Consumer-to-consumer (C2C) (consumidor-consumidor) Prof. Dr. Vicente Ferreira • Neste modelo, um intermediário permite a troca comercial entre dois ou mais consumidores. • Alguns exemplos são: os indivíduos que vendem imóveis, carros entre outros produtos nos classificados online; o anuncio de serviços pessoais pela internet; e a venda de conhecimentos especializados online. • www.mercadolivre.com • www.ebay.com Exemplos do C2C Prof. Dr. Vicente Ferreira 37 38 e) Business-to-employee (B2E) (empresa-funcionário) Prof. Dr. Vicente Ferreira • O E-Commerce B2E é uma variação do B2C. É uma categoria em que empresas oferecem bens ou serviços aos seus próprios funcionários em um ambiente de intranet. • Exemplos de aplicações B2E podem ser vistos na gestão online de apólices de seguros para os trabalhadores, programas de ofertas e recompensas para funcionários, entre outros. 39 Unidade 1. 1.2. Pilares do comércio eletrônico 40 • Buscando uma definição simples, um pilar é “um elemento estrutural vertical usado normalmente para receber os esforços diagonais de uma edificação e transferi-los para outros elementos, como as fundações”. • Na construção civil, sabemos que qualquer falha milimétrica nos cálculos que ocasione uma má formação pode comprometer toda a estrutura, fazendo com que tudo venha ao chão futuramente. 1.2. Pilares do comércio eletrônico Prof. Dr. Vicente Ferreira 41 • O propósito do conceito dos Pilares do comércio eletrônico é apresentar quais são os pilares de sustentação para garantir que os lojistas virtuais possam entrar nesse segmento, de forma competitiva com grandes players que já atuam no mercado. 1.2. Pilares do comércio eletrônico Prof. Dr. Vicente Ferreira 1 . B o n s P ro d u to s 2 . E n co n tr ab ili d ad e d o s p ro d u to s 3 . A te n d im en to 4 . M ar ke ti n g D ig it al 5 . L o gí st ic a Prof. Dr. Vicente Ferreira Comércio Eletrônico 1.2. Pilares do comércio eletrônico 42 Antes de pensar em vender: as pessoas se interessam pelos produtos que o site vende? Quais mais vendem, quais mais buscam? Por que as pessoas compram esses produtos via web? Qual a vantagem em comprar no site e não na loja física? Pilar 1: Bons produtos Pense também: Nada melhor do que você receber aquela encomenda esperada e ter a certeza de que acertou em cheio na compra. Ou seja, ofereça bons produtos e faça com que seu cliente sinta esta alegria em receber a sua mercadoria. Além de fazê-lo voltar a sua loja virtual, com certeza ele recomendará para seu círculo social. 43 Está fácil encontrar os produtos? A navegação do site é fácil? As ações de mídia direcionam direto para o produto buscado? A compra está sendo fácil e rápida? Pilar 2: Encontrabilidade dos produtos Tenha uma loja virtual intuitiva, de forma que seja fácil para o internauta encontrar o produto desejado. Não há nada pior do que menus desorganizados e péssima estrutura de navegação. Evite o excesso de produtos indisponíveis em sua vitrine virtual. Se for o caso, ofereça algum produto compatível através das recomendações. A probabilidade do internauta ir para o concorrente é muito grande, se você não se atentar a esses detalhes. 44 As dúvidas são sanadas rapidamente? As pessoas conseguem trocar o produto? Como anda o pós-venda? Pilar 3: Atendimento Assim como no varejo tradicional, o atendimento é uma das peças mais importante para concretizar uma venda. Tenha uma equipe de atendimento capacitada,motivada, que vista a camisa de sua marca e esteja pronta para atender as demandas via telefone, e-mail, chat, redes sociais, entre outros canais de relacionamento. Tenha um SAC afiado. Evite os 7 pecados do atendimento: apatia, demora, tratamento frio, insensibilidade, desinformação, desrespeito e ignorância. 45 O e-consumidor é um heavy user de internet. Não impactá-lo é não ser encontrado. É preciso se expor na web para o e-consumidor pesquisar e comprar no site. Pilar 4: Marketing Digital Clientes não caem do céu. Ter uma loja virtual não é sinônimo de lucros imediatos como muitos alimentam este mito. Tenha uma boa estratégia de marketing digital para atrair clientes para sua loja. Faça bom uso das campanhas de links patrocinados, redes sociais, afiliados, e-mail marketing, entre outros. Caso não tenha um profissional capacitado em sua empresa que possa ficar responsável, contrate uma agência de marketing especializada. 46 O consumidor achou a loja? Comprou? Não recebeu o produto? Ele nunca mais vai comprar e denigrir a marca nas Redes Sociais. Pilar 5: Logística Se você não tem estrutura para garantir a entrega direta para o seu cliente, faça com que o seu produto chegue até ele de maneira rápida, segura e sem avarias através da contratação de um terceiro. A elaboração de um plano logístico é muito importante para seu negócio. Pergunte-se: quais regiões você consegue atender? Em quanto tempo pode garantir a entrega? E em caso de devoluções? Pense em tudo isso (e muito mais). 47 48 Unidade 1. 1.3. Multilojas x Lojas próprias 49 • Imagine o seguinte cenário: uma empresa possui algumas marcas distintas e decide que é hora de investir no e-commerce. • Mas como adaptar as diferenças de linguagem, público-alvo e produtos em uma única loja? O ideal seria ter uma loja para cada marca, mas gerenciar todas essas lojas de forma independente nunca é o ideal. 1.3. Multilojas x Lojas próprias Prof. Dr. Vicente Ferreira 50 • Neste cenário entra uma funcionalidade oferecida por algumas plataformas de e-commerce, a Multiloja, um único núcleo capaz de centralizar a administração de todas as lojas. • Com essa funcionalidade é possível ter várias lojas independentes, as quais são gerenciadas de forma unificada. • Uma plataforma Multiloja tem potencial para ampliar o negócio de um e-commerce. Por meio de um núcleo se cria uma segmentação para melhor atender os consumidores. 1.3. Multilojas x Lojas próprias Prof. Dr. Vicente Ferreira 51 • São lojas que vendem mais de um produto ou representam mais de uma marca ao consumidor. • A Multiloja é, por exemplo, uma empresa varejista do segmento de móveis e eletrodomésticos, dispondo de uma ampla linha de produtos, que irão atender as necessidades dos consumidores. • O Submarino, outro exemplo, é uma empresa brasileira, pioneira no segmento de comércio eletrônico do Brasil, que vende livros, cds/dvds, eletrônicos, eletrodomésticos, celulares, pacotes de viagens, etc. Multilojas Prof. Dr. Vicente Ferreira 52Prof. Dr. Vicente Ferreira 53Prof. Dr. Vicente Ferreira 54 • São lojas que efetivamente vendem um produto, ou, então, representam uma só marca. • É bastante representativo o número de marcas que apostam na abertura de lojas ou quiosques próprios para se aproximar de seus clientes e testar a aceitação de seus produtos. • Este tipo de loja não só aumenta as experiências do consumidor com a grife, mas favorece as pesquisa de mercado, a fidelização, a avaliação de inovações e até questões de comunicação. Lojas Próprias Prof. Dr. Vicente Ferreira 55 • As Havaianas, por exemplo, têm lojas próprias, revendas exclusivas, estão em multimarcas e são vendidas em outros lugares. • A marca de sandálias de borracha tem lojas próprias, e-commerce, além de inúmeras franquias no país. • É importante salientar que os produtos oferecidos podem estar em ambos os canais. Não é porque uma marca vende em seu site que não pode estar presente em uma Multiloja. Lojas Próprias Prof. Dr. Vicente Ferreira 56Prof. Dr. Vicente Ferreira 57 Unidade 1. 1.4. Panorama do comércio eletrônico atual 58 • Há cerca de duas décadas se discutia sobre o impacto das novas tecnologias de comunicação e informação na constituição de uma nova economia, a “economia digital”. • Passados 20 anos, constata-se que, numa população global de 7,2 bilhões de pessoas, pelo menos três bilhões usam ativamente a internet e dois bilhões interagem nas “redes sociais”. Os aparelhos de telefonia móvel tornaram-se a principal plataforma de acesso, com 3,6 bilhões de usuários. E os números seguem crescendo. 1.4. Panorama do comércio eletrônico atual Prof. Dr. Vicente Ferreira 59 • O comércio global online, conhecido como e- commerce, movimentou, em 2014, US$ 1,5 trilhão, com crescimento médio de 20% em relação ao ano anterior. • Enquanto a Ásia movimentou mais de US$ 500 bilhões, a América do Norte mais de US$ 480 bilhões e a Europa Ocidental mais de US$ 340 bilhões, a América Latina não chegou a movimentar US$ 60 bilhões, o que evidencia uma enorme oportunidade de crescimento. 1.4. Panorama do comércio eletrônico atual Prof. Dr. Vicente Ferreira 60 • De 2001 a 2015, o faturamento do setor apresentou crescimento bastante acelerado no Brasil. A tendência é que o mercado continue se ampliando. • De acordo com a E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico, foram realizadas compras virtuais por 39,1 milhões de consumidores em 2015, totalizando 106,2 milhões de pedidos. • Em 2016, 47,9 milhões de pessoas compraram em uma loja virtual. Isso representou um aumento de 22% sobre os 39,1 milhões de 2015. 1.4. Panorama do comércio eletrônico atual Prof. Dr. Vicente Ferreira 61 Por que cresceu? A maior segurança e confiança no momento da compra, as plataformas de negociação derivadas de novos canais como o social commerce (comércio proveniente de plataformas sociais), aumento do nível de bancarização, além de um maior uso dos meios de pagamentos eletrônicos, como os cartões de crédito, estão entre os fatores que contribuíram para o crescimento do e- commerce no Brasil. 1.4. Panorama do comércio eletrônico atual Prof. Dr. Vicente Ferreira • Somente no 1º semestre de 2017 houve 25,5 milhões de compradores virtuais. Ou seja, a elevação dos valores faturados é sustentada pela entrada de novos consumidores, não só pela conservação do mercado. 62 1.4. Panorama do comércio eletrônico atual Prof. Dr. Vicente Ferreira • Outro dado que gera ânimo entre as empresas que já possuem um e-commerce é o fato de apenas 57,5% da população brasileira usa a internet. • Além disso dos mais de 100 milhões de internautas, apenas 48 milhões compraram algo online. Logo, ainda há espaço para crescer o mercado, sem acirrar a competição pelos mesmos clientes virtuais. • Portanto, a resposta é que o e-commerce ainda deve continuar com crescimento acelerado nos próximos anos, dado que menos de 50% dos internautas compram algo online e pouco mais da metade da população tem acesso à internet. Prof. Dr. Vicente Ferreira 63 64 65 Leitura complementar: 3. Webshoppers 36ª Edição. (material a parte) 66 Os 10 maiores mercados do e-commerce no Brasil Prof. Dr. Vicente Ferreira Um site é caracterizado como e-commerce quando ele permite que seus visitantes encontrem os produtos desejados, o coloquem no carrinho de compras e realizem o pagamento, em um processo totalmente online, sem o envolvimento de nenhuma outra pessoa. • Segue a lista dos 10 segmentos com maior faturamento, segundo o Ebit. Os dados são do 1º semestre de 2017. • O faturamento corresponde as vendas realizadas por meio do e-commerce, aindaque a empresa possua outros canais de atendimento. 67 Os 10 maiores mercados do e-commerce no Brasil Prof. Dr. Vicente Ferreira Mercados Participação 1. Telefonia e celulares 22,3% 2. Eletrodomésticos 18,8% 3. Eletrônicos 9,6% 4. Informática 9,2% 5. Casa e decoração 8,3% 6. Moda e acessórios 6,4% 7. Saúde, cosmético e perfumaria 4,8% 8. Esporte e lazer 3,8% 9. Alimentos e bebidas 2,4% 10. Acessórios automotivos 2,3% * Lista baseada em volume financeiro 68 Os 10 maiores mercados do e-commerce no Brasil Prof. Dr. Vicente Ferreira Mercados Participação 1. Moda e acessórios 14,8% 2. Saúde, cosmético e perfumaria 12,2% 3. Casa e decoração 10,6% 4. Eletrodomésticos 10,3% 5. Telefonia e celulares 9,5% 6. Livros, apostilas e assinaturas 8,5% 7. Esporte e lazer 6,1% 8. Informática 4,8% 9. Alimentos e bebidas 4,6% 10. Eletrônicos 3,5% * Lista baseada em volume de pedidos 69 Os 10 maiores mercados do e-commerce no Brasil Prof. Dr. Vicente Ferreira • Perceba que essa lista muda bastante as posições dos segmentos. Por exemplo, acessórios automotivos some do ranking de itens com maiores volumes de pedidos, enquanto livros, apostilas e assinaturas de impressos tomam o espaço e ocupam o 6º lugar entre os itens mais vendidos. • Isso acontece, porque a soma de poucos pedidos com grande ticket médio é capaz de gerar mais receitas que a soma de muitos pedidos com baixo valor de compra. 70 Unidade 1. Exercícios_1, Unidade 1 (material a parte) Até a próxima aula... Obrigado ! 71
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