Buscar

IMUNO - AULAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IMUNOLOGIA
Propriedades do sistema imune. Imunidade inata e adquirida. Organização tecidual do sistema imune. Órgãos linfóides primários e secundários: aspectos gerais. 
Professora: Suse
Data: 01/08/2013
Parte 1
SISTEMA IMUNOLÓGICO
Conceito: Conjunto de órgãos, tecido, células, moléculas que vão funcionar em conjunto para responder a um determinado antígeno.
Antígeno: Qualquer corpo estranho, externo ou não, que possa gerar uma resposta do sistema imune. Qualquer partícula química ou bioquímica capaz de gerar uma resposta desse sistema.
Partícula externa, quando entra no organismo, passa a ser reconhecido como um corpo estranho. O organismo então vai perceber aquilo como algo estranho.
Quando a resposta chega ao antígeno:
- Células do sistema imune circulam através da corrente sanguínea. Essa facilidade de utilização de corrente sanguínea para a movimentação faz com que essas células alcancem o antígeno em qualquer lugar do organismo, tenham sido essas células produzidas em qualquer área do tecido linfoide. Elas se movimentam via vaso sanguíneo e via vaso linfático.
A resposta é imediata? 
Em geral você responde imediatamente. 
Essa resposta depende: 
- Do tipo de antígeno, do indivíduo e se esses antígenos já foram reconhecidos anteriormente.
Mas, geralmente, a resposta é imediata.
Existem dois níveis da resposta imune, são elas: Resposta Imune inata e Resposta imune adaptativa.
Resposta imune inata: 
- Não tem quase nenhuma especificidade;
- Já está pronta quando o organismo recebe esse antígeno.
- É uma resposta rápida, feita por macrófagos, basófilos, neutrófilos, células NK.
Resposta imune adquirida ou adaptativa:
- Demora mais para acontecer, pois tem uma maior especificidade;
- Quem atua é o linfócito, pois ele carrega em sua membrana, uma molécula capaz de reconhecer especificamente um dado antígeno.
- Só começa a acontecer depois da exposição ao patógeno. 
Na resposta imune adaptativa, o micro-organismo entra na pele e esse corpo estranho será reconhecido pelo linfócito, que verá aquilo como não próprio ao organismo;
A maneira desse linfócito responder será de maneira particular, pois eles vão responder através ou não do contato direto com esse organismo.
Temos os linfócitos B e T.
Quando o micro-organismo entra no individuo, este já tem todas as armas para responder ao patógeno.
 A resposta imune adaptativa é especifica, pois temos uma célula especifica para cada antígeno, então essa célula precisa encontrar esse antígeno. Antígeno tem que sair do local de entrada dele, passar pelos circuitos (vasos sanguíneos e linfáticos), alcançar um ambiente no qual ele irá encontrar o linfócito especifico para ele. Só que, naquele ambiente (órgão linfoide), existe uma centena de linfócitos que não são específicos. Então, quando chegar nesse órgão, ele precisará encontrar o seu linfócito específico. 
Uma pessoa normal já tem todas as armas para responder a um patógeno, ou seja, já temos uma célula especifica para cada antígeno, mas ela não estará propriamente no local do antígeno. O antígeno, quando entra, precisa ir ao encontro do seu linfócito específico, por isso é uma resposta mais demorada.
Como ocorre:
- Corpo em contato com o patógeno – Resposta primária (macrófagos), que tenta bloquear aquela infecção. 
 Se isso não foi suficiente para destruir esse antígeno, esse macrófago sai carregando o patógeno e vai para um órgão linfoide secundário. 
Chegando lá, o local está cheio de linfócitos e ele precisará encontrar esse linfócito específico. O macrófago então vai apresentando o antígeno aos linfócitos, que irão responder se houver alguma especificidade. Quando encontra o antígeno especifico, o macrófago apresenta esse antígeno para o linfócito. Esse linfócito vai então responder (se houver especificidade) à esse antígeno.
O macrófago vai apresentar para o linfócito um pedaço do antígeno, uma substância química.
Resposta Cruzada: O mesmo linfócito respondendo a dois antígenos muito semelhantes (já que o linfócito responde a uma cadeia de aminoácidos). 
Elementos que vão produzir uma resposta imune inata são diferentes dos elementos que vão produzir uma resposta imune adquirida, porém existem elementos da resposta imune inata que vão fazer uma ”ligação” entre esses dois tipos de resposta imune.
O linfonodo é um órgão linfoide secundário.
O linfócito B não precisa de um macrófago, por exemplo, para que o antígeno seja apresentado a ele. Ele responde ao antígeno in-natura.
Expansão Clonal: No momento em que o antígeno é apresentado ao linfócito, ele vai se multiplicar, pois vai receber um sinal (primeiro sinal) para que isso ocorra. Na expansão clonal os linfócitos vão se multiplicar em linfócitos iguais.
Antes eu tinha uma célula para um antígeno e agora eu tenho milhares de células (clones) para um antígeno. 
Órgãos Linfoides Primários: É onde ocorre a produção e desenvolvimento dos linfócitos (medula óssea – Linfócito B e timo – Linfócito T).
Órgãos linfoides secundários: Manter os linfócitos em um ambiente propicio para que a resposta ocorra. Essas células ficam passando por esses órgãos linfoides secundários. baço, linfonodos, tecidos linfóides associados a mucosa - MALT, tecidos linfóides associados ao intestino - GALT.
Célula sai do órgão linfoide primário, vai para o linfonodo 1, depois para o linfonodo 2 e assim sucessivamente. – Por isso, ocorre um tempo de espera entre uma resposta e outra (pode ocorrer desencontro entre linfócito e antígeno, já que esse linfócito circula a todo o momento).
Linfonodos viabilizam o encontro entre antígeno e linfócito.
Linfócito fica velho e se ele não encontrar o antígeno, ele morre. Mas, se ele encontra um antígeno, de um ele passa para um milhão – Expansão clonal.
O que vai fazer com que a célula responda a um determinado antígeno é a presença do TCR ou do BCR. Essas são estruturas que ficam na superfície do linfócito.
Linfócito T: TCR (Receptor clonal do linfócito T).
Linfócito B: BCR (Receptor clonal do linfócito B).
MHC: Presente no macrófago. O antígeno fica nesse receptor.
TCR e BCR são estruturas associadas à membrana plasmática desses linfócitos e são elas que vão atuar na identificação desses antígenos (Vai mediar o contato do linfócito com o antígeno). 
O macrófago apresenta o antígeno capsulado ao linfócito, que só vai reconhecer esse antígeno por conta do BCR ou TCR. 
Macrófago engloba o antígeno, partícula ele e apresenta ele particulado ao linfócito T. Esse linfócito só vai reconhecer esse antígeno, pois possui em sua membrana o TCR. Cada linfócito T possui um tipo de TCR que vai identificar um determinado antígeno.
 A partir da expansão clonal teremos só um tipo de TCR, pois, as células são iguais. Se o TCR não fosse igual, não teria especificidade entre essas células e não seria, portanto, clonal.
A partir de um micro-organismo podemos ter a formação de vários antígenos, pois existem várias partículas químicas compondo esse micro-organismo. Então, quando a gente pensa em uma infecção, temos que pensar que vários clones estão sendo estimulados, ou seja, teremos vários tipos de respostas para um determinado antígeno. Cada pedaço desse antígeno que é apresentado, chamamos de epítopo.
Epítopo: Pedaço do antígeno capaz de gerar uma resposta. Possui a substância química que vai gerar a ativação da expansão clonal. Esse epítopo pode ser o antígeno inteiro, como o que ocorre com a resposta dos linfócitos B, que tem uma resposta in-natura,ou seja, com o contato direito com o antígeno, que está inteiro.
Um antígeno tem ou pode ter vários epítopos, que serão reconhecidos por diversos linfócitos – Resposta Policlonal.
Existe resposta Monoclonal e Policlonal. Geralmente, temos uma resposta policlonal. Se for sempre a mesma estrutura química repetida, a chance de ter uma resposta monoclonal é muito maior.
Parte 2
Imunidade Inata:
- Reconhecimento inespecífico, pois tem um padrão comum de reconhecimento (PAMPS); Elas têm um receptor que reconhece estruturascomuns a diferentes micro-organismos. Então, embora não sejam especificas, as células do sistema imune inato vão reconhecer uma estrutura que é comum a quase todos os micro-organismos e, como é igual, dizemos que quase não há especificidade. 
- PAMPS são açúcares presentes na membrana de vários micro-organismos (são açúcares que não estão presentes nas nossas células). É por conta desse açúcar que o macrófago chega perto e começa a responder à aquele micro-organismo.
Quando pensa-se em resposta, pensa-se logo em um contato direto (antígeno com célula), ou seja, a resposta é estabelecida através do contato físico.
Tem que existir uma estrutura não própria no antígeno que vai estimular o macrófago a atuar naquele corpo estranho. Essa estrutura é uma estrutura química, geralmente um açúcar, que não é próprio do organismo e que vai fazer com o que o macrófago reconheça aquilo como um corpo estranho.
Essa estrutura pode estar em um vírus, protozoário, por exemplo. Por isso, é inespecífico, pois está presente em vários micro-organismos distintos.
Essas células (da imunidade inata) vão reconhecer esses padrões moleculares comuns. Uma vez que isso tenha acontecido, dependendo do tipo celular, podemos ter uma fagocitose e resolver ali mesmo aquela situação no período de 0 à 12 horas, ou não. Se não resolveu, o macrófago continua com aquele micro-organismo dentro dele e eles vão carregar esse antígeno até um órgão linfoide secundário, onde irá acontecer a resposte imune adaptativa.
A resposta começa no tempo zero e, até o tempo doze, temos a imunidade inata trabalhando contra aquele micro-organismo. Depois disso, já inicia o processo de formação da imunidade adaptativa, que vão ter inicio nos órgãos linfoides secundários.
Antígeno que entra na derme, epiderme vão cair no linfonodo. Então, cutâneo vai para linfonodo.
Se for inalado na mucosa e está nas vias respiratórias, também vai para o linfonodo. Se for para o aparelho digestório, irá para a Placa de Peyer. 
Se cair no sangue, irá para o baço.
O encaminhamento depende de onde aconteceu a entrada daquele antígeno. Isso tem a ver com o trajeto que aquela célula vai usar para alcançar o primeiro órgão linfoide de acesso dela.
Imunidade Adquirida:
Linfócitos B e T.
No Linfócito B o contato é direto (in natura), através do BCR. O linfócito T é incapaz de reconhecer esse micro-organismo diretamente. Nesse caso, esse antígeno precisará ser fagocitado por uma célula (Célula Apresentadora de Antígeno) e ser apresentado ao linfócito T através do MHC.
Quando o antígeno entra em contato com essa célula e ocorre a especificidade, ou seja, o antígeno é reconhecido pela célula, essa célula recebe o que chamamos de primeiro sinal, que vai mostrar para a célula que ela precisa combater esse antígeno.
Primeiro Sinal: é esse sinal de contato com o antígeno que é viabilizado pelo TCR e que vai ser transduzido e traduzido para dentro da célula. No momento em que a célula reconhece o antígeno, uma série de sinais bioquímicos vão ser gerados e vai fazer com que essa célula produza uma série de substâncias, que chamamos de citosinas. Ele vai dizer para a célula que ali tem um antígeno e que ela precisa combatê-lo.
Quando o TCR é especifico para aquele antígeno, isso viabiliza que o tempo de contato seja maior e o primeiro sinal possa, portanto, acontecer. Isso só acontece porque existe a especificidade (ela vai manter a ligação e gerar o primeiro sinal).
No linfócito T, esse primeiro sinal é importante para produzir uma citosina chamada IL2 (interleucina 2). É a IL2 que vai gerar a expansão clonal (leva a célula a se expandir). 
O que acontece?
Ocorre o primeiro sinal, célula começa a produzir e secretar IL2, que será captado por essa mesma célula, por um receptor chamado de Receptor de IL2 e uma vez captada, isso vai gerar outro sinal na célula, que é para essa célula expandir.
Linfócito secreta IL2 e ele mesmo vai responder a essa citosina.
Indivíduo que não produz IL2 – Não vai responder via Linfócito T, pois não vai expandir, não vai ocorrer a expansão clonal e, por isso, esse linfócito T não estará apto para destruir aquele antígeno. 
Existe um substituto para a IL2? Sim, mas em outro momento, não para a expansão clonal. 
A partir da expansão formam-se as células efetoras e as células de memória.
Células efetoras: É o grupo respondedor;
Células de memória: São células que ficam guardadas e que possuem vida longa.
Etapas: 
Reconhecimento do Antígeno:
O linfócito B não precisa de célula apresentadora de antígeno e o linfócito T precisa.
Ativação do Linfócito:
Período onde ocorre:
- Expansão clonal;
- Diferenciação da Célula em efetora e de memória. 
Células efetoras vão atuar na resposta ao antígeno;
Linfócito T efetua a resposta de duas maneiras, tornando-se uma célula T helper (CD4), que vai auxiliar a função de uma outra célula. Esse auxilio ocorre com a secreção de citocina.
Célula T também pode se diferenciar em Célula T Citotoxica (CD8).
Célula B age como célula efetora através da produção de anticorpos e a célula T efetua a resposta de duas maneiras: Ou ela se torna uma célula T-HELPER (CD4), auxiliando na atuação de outra célula com a secreção de citosina, ou se transforma em célula T citotóxica (CD8), com a função de matar o antígeno diretamente. 
Célula T pode produzir citocina ou pode se transformar em uma célula T-Helper, para auxiliar
Linfócito B reage com um antígeno em natura, não precisa de uma APC. Age através da produção de anticorpos.
Eliminação do antígeno.
Antígeno eliminado vai começar a diminuir o número de células, que vão começar a morrer por apoptose.
Contração (Homeostase).
Em função do tempo, o processo de ativação desses linfócitos vai diminuindo.
A atividade do linfócito é mediada através de secreção de fatores, à medida que o patógeno vai saindo, essas células vão diminuindo. Se isso não acontecer, o epitélio desse individuo será lesado por esses linfócitos. Isso acontece com indivíduos autoimunes.
Memória.
São Células de vida longa, que vão trabalhar em outro momento com aquele antígeno especifico.
São células que ficam guardadas depois de uma primeira exposição.
Recirculação de linfócitos. Migração de leucócitos 
Professora: Suse
Data: 08/08/2013
Parte 1
Características da resposta imune
Especificidade: macrófagos utilizam os PAMP's para reconhecimento celular. Essa especificidade é baixa, pois é um padrão comum a vários tipos de microorganismos ou células. Células de outros animais são reconhecidas como não próprias por possuírem açúcares de reconhecimento diferentes dos humanos. Em situações normais as células humanas são reconhecidas como próprias. Caso fossem reconhecidas haveria autoimunidade ocorrendo a todo instante. Porém, quando a célula está infectada, como em infecções virais, também é reconhecida pelos macrófagos como não própria, pois algumas proteínas de superfície são modificadas pelo vírus.
Diversidade: os receptores dos linfócitos dão essa característica à resposta imunológica. Existem vários antígenos que podem entrar em contato com nosso organismo e sempre existirá um linfócito para cada antígeno que possa reagir contra ele. Isso ocorre pois o linfócito possui na sua membrana um receptor (TCR para linfócitos T e BCR para linfócitos B). Esses receptores medeiam o contato entre o antígeno e o linfócito. Para que a resposta imune possa ocorrer deve haver um reconhecimento químico e físico.
Quando um antígeno entra em um órgão linfóide secundário, se liga e desliga de vários linfócitos até encontrar seu linfócito específico. Nesses órgãos existe uma diversidade de linfócitos com os mais diferentes tipos de TCR capazes de se ligarem aos mais diferentes tipos de antígenos.
Primeiramente há um contato físico entre antígeno e receptor. Esse contato é mantido se a bioquímica do TCR e do antígeno são compatíveis. Quando o contato é mantido são enviados sinais para dentro da célula que indicam que esta deve reagir contra o antígeno.
Expansão clonal: depoisque é mantido o contato entre antígeno e linfócito, o TCR envia para dentro da célula um sinal que alcança o núcleo. Isso estimula a transcrição de um gene que é responsável pela produção da citocina IL-2. A célula secreta essa citocina, que agirá sobre ela própria, gerando um sinal autócrino. Age principalmente na célula que secretou a citocina, mas pode atuar também nas vizinhas. Para receber essa citocina, a célula deve ter um receptor para IL-2. Quando a célula recebe a IL-2 é gerado um sinal que indica que deve expandir, gerando células filhas iguais a ela. Isso é chamado de expansão clonal.
Existe uma cadeia, que é denominada cadeia alfa do receptor de IL-2, que tem alta afinidade para IL-2. Ela também é denominada CD25. 
Como não vivemos em ambiente estéril, os linfócitos da periferia possuem uma quantidade baixa de receptores para IL-2. Quando uma célula é ativada, começa a produzir IL-2 e aumenta muito o número de receptores em sua superfície. Para determinar se um indivíduo está com uma infecção deve-se avaliar o nível de expressão de receptores de IL-2 na superfície da célula.
Memória imunológica: após a expansão, parte da população de linfócitos é guardada no organismo. Essas continuam circulando, mas de maneira diferenciada.
Possui características semelhantes às células efetoras. 
Possibilita uma resposta mais rápida e mais potente em uma reinfecção, pois não precisa haver o processo de reconhecimento. Já estão prontas para responder (se tornar uma célula efetora).
Migração celular
O sistema imune é o único com células capazes de migrar de um ponto a outro do corpo. Isso é uma vantagem, pois torna possível, por exemplo, uma célula formada no baço agir contra infecções no cérebro. Outra vantagem é o encontro com um antígeno. Como as células estão sempre migrando, entrando e saindo de órgãos linfóides secundários, a chance de um antígeno que esteja em um desses órgãos encontrar seu linfócito específico aumenta muito.
O fenótipo da célula é dado pelo conjunto de receptores e moléculas em sua superfície ou no meio intracelular. Conforme o linfócito amadure, seu fenótipo se altera (ganha, perde ou substitui moléculas). Essas moléculas que a célula ganha ou perde durante seu desenvolvimento em um órgão linfóide secundário são chamadas de marcador. Elas marcam o estado de desenvolvimento da célula em um determinado momento de sua vida. Por exemplo, o CD25, que é uma proteína na superfície da célula, é um marcador de célula ativada.
Na medula óssea existem as stem cells (células tronco). A partir dessas células há a formação de todas as células da unidade hematológica. Uma das células que deriva da stem cell é o precursor linfóide comum, que é a célula que dará origem aos linfócitos T ou B. Se o precursor se mantiver na medula óssea, dará origem ao linfócito B. Se migra para o timo, ao linfócito T. O marcador que indica que a célula é um linfócito T é o TCR; e que é um linfócito B é o BCR.
As células que estão na medula óssea e ainda não tiveram contato com um antígeno são denominadas naive. Essas células precisam migrar do órgão linfóide primário para um órgão linfóide secundário. A migração ocorre através do vasos sanguíneos, que são revestidos por endotélio. No endotélio há uma série de proteínas que indicam para a célula que aquele é o lugar onde deve parar; na superfície da célula há uma série de outras proteínas que fazem com que ela adira ao endotélio.
Quando um linfócito migra de um órgão linfóide primário para um secundário possui um carboidrato em sua superfície que é denominado L-selectina, ou CD62L. Ao chegar no endotélio do órgão linfóide secundário a célula reconhece uma sequência de açúcares capazes de se ligar ao CD62L, para nesse ponto e entra no órgão. Dentro do órgão pode aparecer um antígeno que é específico para essa célula. Ao reconhecer o antígeno e ser ativada (se torna efetora) a célula perde o CD62L (CD62L-) e pode sair do linfonodo e se dirigir para o local onde se encontra o antígeno. Essa migração também ocorre pela corrente sanguínea até a célula reconhecer no endotélio inflamado os marcadores que indicam o local onde deve sair.
Outras células inflamatórias, como neutrófilos e macrófagos, também possuem selectina, mas não a L-selectina. Possuem selectina P e E. O endotélio também possui, além das selectinas, o ligante para selectina que é o que faz com que o linfócito adira e faça a diapedese.
* Células naive são CD62L+ e TCR+ (ou BCR+); células ativadas são CD25+, TCR+ (ou BCR+) e CD62L-.
Existe um conjunto de moléculas denominado VLA (very late antigen), que também é marcador de migração. Essas moléculas são chamadas de integrinas e integram o ambiente de fora com o de dentro da célula (levam sinais para dentro da célula). À medida que a célula se diferencia em uma célula efetora a família de VLA também se modifica. Por exemplo, células naive tem baixa expressão de VLA-4 e quando recebe o sinal de ativação, é induzida a maior expressão dessa molécula. VLA-4 é um marcador de célula inflamada e está aumentado em células efetoras e de memória. Outro exemplo de integrina é a α4β7, que está presente em células que estão migrando para a mucosa. Pacientes com psoríase tem aumento de α4β7. Os marcadores são o que determinam que uma célula migre para determinados locais.
Existem marcadores na superfície do endotélio e das células. VLA-4 está presente na superfície dos linfócitos e precisa de um contra-receptor (ou ligante) na superfície endotelial. No caso da migração de linfócitos o ligante para o VLA-4 é o VCAM. Quando o endotélio na periferia está inflamado ocorre aumento de expressão de VCAM. Quando a célula está ativada, há maior expressão de VLA-4. O aumento da expressão de VCAM e VLA-4 é o que possibilita à célula aderir ao tecido.
As moléculas do VLA-4 nas células naive estão em uma conformação não ativada, o que não permite que essas moléculas se liguem bem ao seu ligante VCAM. Quando a célula é ativada, além de aumentar a expressão de VLA-4, há uma mudança para uma conformação de alta afinidade das moléculas dessa integrina. Isso permite que no local da inflamação haja mais células ativadas do que naive; permite também que as células naive não parem ao passarem por algum local de inflamação e prossigam para algum órgão linfóide secundário.
Quando uma célula está migrando por algum local sem inflamação o fluxo é laminar (as células estão quase alinhadas). Na inflamação, o endotélio da área inflamada muda, ficando mais alto e começa a expressar moléculas que antes não expressava. Isso faz com que o fluxo naquela passe de laminar para turbilhonado, e as células começam a bater no endotélio. Isso facilita o processo de adesão das células migrando ao endotélio e da diapedese.
Quando o endotélio está inflamado, secreta uma série de proteínas e que ficam na superfície do endotélio, assim como no interior do tecido. Essas proteínas são quimioatraentes ou quimiotáteis e são denominadas quimiocinas. Essas moléculas são muito pequenas e se aderem aos componentes da matriz extracelular (colágeno, fibronectina, laminina...), que faz a conexão de uma célula à outra, e se concentram mais próximas da célula que secretou (está lesionada). Quanto mais longe da célula que a secretou, menor será a concentração das quimiocinas. Isso cria um gradiente de concentração, e as células "caminham" da menor para a maior concentração de quimiocinas. Para poder "caminhar", a célula precisa ter receptores de quimiocina. Vale lembrar que quando há uma lesão, em geral a célula passa a produzir mais matriz, havendo uma rede de matriz mais densa próxima à lesão e, por conseguinte, haverá mais quimiocina presa próximo à lesão.
Na família das quimiocinas existem algumas que ajudam a célula a sair do timo e entrar no órgão linfóide secundário. Elas são a CCL19 ou CCL21 e estão presentes tanto no interior do órgão linfóide secundário quanto na superfície do endotélio, pois se ligam ao glicocálix. Para que a célula reconheça/responda e se ligue a essas quimiocinas precisa tero receptor CCR7.
Tanto o linfócito T quanto o B entram pela vênula de endotélio alto (HEV) que está presente nos órgãos linfóides secundários. O linfócito T se acumula na zona T (área paracortical) do órgão linfóide secundário, que possui alta concentração de CCL19 e CCL21. O linfócito B sai da medula e chega no órgão linfóide secundário, onde perde o CCR7 e adquire outro receptor, que o faz migrar para a área de folículo (zona B).
* Pesquisar qual o receptor que o linfócito B ganha e a qual quimiocina correspondente da área B.
Resumindo: a célula migrando possui uma selectina que faz com que passe a rolar no endotélio inflamado. O rolamento ocorre porque o endotélio possui tanto a selectina quanto o ligante para a selectina. Dependendo da célula (linfócito ou macrófago) haverá a adesão de um ou de outro. As células rolando possuem VLA, que se liga ao endotélio. No caso de linfócitos é o VLA-4, que se liga ao VCAM no endotélio. Isso faz com que o linfócito se adira com maior afinidade ao endotélio, achatando a célula. Com essa nova conformação a célula é mais eficiente e melhor adaptada para fazer a transmigração (passagem do vaso para dentro do tecido, seja um tecido inflamado ou um órgão linfóide secundário). Essa processo ocorre tanto com células naive, entrando em um órgão linfóide secundário, quanto com as efetoras, saindo de um órgão linfóide secundário, como célula efetora para dentro de um tecido inflamado. Dependendo do momento haverá um conjunto de moléculas, citocinas e quimiocinas trabalhando. Dentro do vaso devem haver células liberando citocinas e quimiocinas que se adirão à matriz extracelular que faz a sustentação do tecido. A célula transmigra do sentido de menor para o de maior concentração. Para isso deve ter o receptor de quimiocina.
Parte 2
Dúvidas
Diferença entre imunidade humoral e celular: humoral está relacionada com algum produto que é secretado. Está relacionada ao linfócito B, pois sua forma de reação contra o antígeno é secretando anticorpo. Na imunidade celular não há secreção.
No linfonodo, o linfócito B reconhece de forma direta o antígeno através do BCR, não precisando de uma APC. Quando o linfócito faz o reconhecimento, é ativado e faz a expansão clonal. As células clone também se multiplicam, pois é uma reação em cadeia. Enquanto houver antígeno o processo continuará, pois as células clone tem o mesmo BCR da que a originou. As células que não se ligarem a antígeno vão para a periferia. O linfócito ao ser ativado se transforma em plasmócito, que secreta imunoglobulina (ou anticorpo). Essas imunoglobulinas reagirão contra os antígenos são proteínas que estão no fluido, por isso está relacionado à imunidade humoral. O linfócito T após a expansão continua com atividade em célula, fazendo parte da imunidade celular.
Na resposta imune adquirida existem dois tipos de células: o linfócito T e B. O linfócito T faz o reconhecimento indireto, sendo necessária uma APC, que tem a proteína MHC para apresentar o antígeno fragmentado. A APC fagocita o antígeno e o fragmenta em peptídeos. Dentro da célula um dos peptídeos vai para a bolsa do MHC e, após o encaixe, a célula apresentará em sua superfície o MHC com o peptídeo para ser reconhecido pelo linfócito T. O reconhecimento pelo TCR ocorre pelo MHC associado ao peptídeo, pois uma parte sua se ligará ao MHC e outra ao peptídeo. Assim, pode-se dizer que o linfócito reconhece o não próprio no contexto do próprio, pois o MHC, uma proteína própria da célula, se associa a um peptídeo do antígeno, que é não próprio.
Existem 2 tipos de linfócitos T efetores: o CD4 (ou helper) e o CD8 (ou citotóxico). O CD4 secreta citocinas que agem sobre outra célula, que pode ser, por exemplo, um macrófago, que englobará mais antígenos iguais ao apresentado, tentando eliminá-los ou funcionando como APC. O macrófago expressa um receptor para essa citocina, assim é possível identificar a célula-alvo da citocina. Nesse caso, a resposta é celular porque a citocina não age diretamente sobre o antígeno; age sobre uma outra célula.
O CD4 também produz um fator denominado interleucina (ou citocina). Existem dois tipos de CD4: TH1 e TH2, que são definidos pelo grupo de citosinas que secretam. O TH1 libera as citocinas TNF e interferon, que agem sobre macrófago. O TH2 libera a citocina IL-4 ou IL-5, que agem sobre o linfócito B fazendo com que este produza mais imunoglobulina.
Quando há uma infecção, parte dos peptídeos do antígeno serão apresentados às células T, outra parte do antígeno, que não é peptídeo, será apresentada à célula B. Assim, temos sempre a facilitação de uma resposta pela outra. A resposta inata (B) auxilia a adaptativa (T) e vice-versa.
O CD8 libera citotoxinas que agem sobre a célula infectada, eliminando-a. Nesse caso, a célula infectada pode ser identificada por carregar no MHC o mesmo antígeno reconhecido pelo linfócito CD8.
Receptor TLR (Toll Like Receptor): localizados na superfície de células da imunidade inata (neutrófilos, macrófagos...) e conjugados a uma molécula CD14. Existem vários tipos de TLR, alguns ficam na membrana extracelular e outros dentro da membrana de vesículas da célula. Esses receptores reconhecem os padrões moleculares comuns (PAMP's) na superfície de um microorganismo. A função desses receptores é se ligar via padrão molecular comum a esses microorganismos, gerando um sinal para dentro da célula que fará com que a célula melhore sua atividade. A célula aumentará, por exemplo, a capacidade de digerir antígenos, pois produzirá mais enzimas, mais radicais livres, mais óxido nítrico e mais peroxidase. Existem vários tipos de TLR, cada um com um tipo de funções e sinalizações associados a ele. Nem todo TLR é expresso em qualquer tipo de célula, mas existem TLR que são comuns a diversos tipos celulares. O sinal enviado pelo TLR depende da CD14. 
Componentes e mecanismos de ativação da resposta imune inata. A resposta inflamatória como exemplo. 
Professor: Adriano
Data: 15/08/2013
Parte 1
Resposta imune inata é a resposta inicial, com baixa especificidade. Composta pela barreiras epiteliais, células fagocíticas (APC), sistema complemento, células NK.
As principais vias de entrada de agentes infecciosos, em condições normais, são a pele e as mucosas. Nelas há mecanismos para evitar a entrada desses agentes. É importante que essas barreiras epiteliais tenham mecanismos que impeçam o crescimento ou adesão de agentes infecciosos e a conseqüente infecção. Uma pequena lesão, como na picada de um mosquito, provoca a liberação de mediadores pelas células afetadas que sinalizam o início de uma resposta.
Os receptores que participam da resposta inata tem baixa especificidade. Isso possibilita o reconhecimento de grupamentos moleculares, não sendo possível definir se é um vírus associado a uma doença ou se é uma proteína da membrana ou do material genético.
O sistema complemento é um mecanismo humoral que tem mecanismos para reconhecer agentes patogênicos e agir sobre eles, tendo função de eliminá-los sem agredir as outras células. A resposta inata é regulada de forma a não causar dano às células. Quando interagem sobre os patógenos são capazes de gerar uma resposta, podendo até eliminar o agente infeccioso.
No caso de lesão tecidual estéril, onde não há agente infeccioso envolvido, haverá um processo inflamatório em que a resolução ocorrerá apenas com células da resposta inata, sem a ativação da resposta imune adaptativa. Caso a resposta adaptativa fosse ativada haveria a produção de anticorpos contra substâncias do próprio corpo (antígenos próprios), o que seria um distúrbio de autoimunidade.
CÉLULAS DA RESPOSTA IMUNE INATA
Neutrófilos são as primeiras células a chegar em uma reposta inflamatória aguda, recrutados pelas células do tecido que sofreu injúria, por secretarem citocinas e mediadores, como por exemplo a IL-8, que é uma citocina que funciona como quimiocina.
Macrófagos, que são derivados de monócitos. Os monócitos ao chegarem ao local da inflamação são ativados e se diferenciam em macrófagos.Células dendríticas, que inicialmente estão nos epitélios, possuem função principal de apresentação de antígeno. São a ponte entre a reposta imune inata e a adaptativa, pois são as APC mais eficientes.
* Células de Langerhans, que são células dendríticas imaturas, possuem grande capacidade fagocítica, mas nenhuma de apresentação. Quando estas células participam do processo de apresentação a resposta adaptativa fica muito prejudicada. Quando participam do processo de apresentação, ao invés de criar um ambiente de proteção ao indivíduo, acabam agravando a infecção.
* Linfócito B, que não faz parte da resposta imune inata, também é uma APC.
Células Natural Killer (NK) destroem células com algum tipo de stress, infectadas, que sofreram alguma injúria e, principalmente, células modificadas (tumorais). Destrói células alvo por citotoxicidade, não sendo tóxica para o patógeno, mas sim para outra célula. Se alguma célula estiver infectada, ela destrói a célula fonte de infecção, onde o patógeno está fazendo o processo de replicação. Não é uma APC.
Os linfócitos T CD8 utilizam o mesmo mecanismo de citotoxicidade, porém a capacidade de reconhecimento é diferente. Normalmente os linfócitos T destroem agentes infecciosos através do reconhecimento específico do peptídeo do antígeno, e as células NK destroem células tumorais. Em situações de um tumor induzido por um agente viral, como no HPV, haverá ação tanto dos linfócitos T-CD8 quanto das NK.
Em situações normais as células NK não reconhecem o tipo do antígeno. Reconhece o padrão de stress da célula alvo, que é o sinal para que desempenhe a função citotóxica. O T-CD8 através do TCR reconhece o MHC e peptídeo como não próprio e exerce a função citotóxica.
Sistema complemento tem função microbicida, recrutamento de células, clearance (limpeza) e opsonização.
Os elementos da resposta inata tem início de atividade em poucas horas, basta ter o estímulo. Persiste enquanto houver o estímulo no ambiente, mesmo que o processo infeccioso perdure por dias e a resposta adaptativa esteja ocorrendo. A resposta inata é essencial para que a adaptativa seja ativada; a adaptativa intensifica a resposta inata. São altamente dependentes.
A barreira epitelial impede a entrada de agentes infecciosos por ser uma barreira mecânica e por produzir componentes químicos com função microbicida, diminuindo a capacidade proliferativa desses agentes nessa superfície. Há também linfócitos intraepiteliais, que não possuem uma diversidade de receptores como os outros linfócitos. Se encontram nos epitélios, tanto na pele quanto nas mucosas. Quando encontrado no sangue circulante, provavelmente está migrando do seu local de origem para seu sítio natural, esperando o estímulo do antígeno. Representam apenas 5% dos linfócitos, sendo 95% de linfócitos clássicos. Os linfócitos intraepiteliais são considerados da resposta inata pela baixa especificidade que apresentam, não dependendo do MHC, que é requerido pela resposta adaptativa. É considerado um linfócito por possuir um TCR, porém este é restrito no reconhecimento de padrão de antígeno, não tendo diversidade. Também tem baixa capacidade de expansão clonal e não gera células de memória.
RECEPTORES
As células que chegam primeiro ao local da inflamação (macrófagos, células dendríticas, NK, mastócitos...) possuem receptores de baixa especificidade denominados TLR (Toll Like Receptor). Estão na superfície da membrana das células, sendo fundamentais para o reconhecimento dos padrões moleculares associados a patógenos (PAMP's), que estão nos patógenos.
Os TLR estão na membrana plasmática e possuem um região de interação com o antígeno e outra que faz a transmissão do sinal que está sendo reconhecido no meio extracelular para o intracelular. O TLR reconhece um agente infeccioso e ao interagir com o PAMP transduz um sinal para o núcleo da célula, causando uma série de modificações na célula. O TLR pode estar tanto na membrana plasmática quanto na de um fagossomo. Por exemplo, no caso de vírus, estes precisam ser fagocitados para que seus ácidos nucléicos sejam expostos e interajam com os receptores, ativando processo de modificações na célula. Algumas estruturas intracelulares disparam uma sinalização intracelular que gera a ativação de fatores transcricionais, que atuam nas regiões promotoras dos genes ativando a tradução e transcrição gênica.
Os TLR interagem com os PAMP's, seja no meio intracelular ou na interface com o meio extracelular, sendo acionados. Isso inicia a transdução do sinal através de moléculas adaptadoras, como a MyD88 e TRIF, até o núcleo celular, que levará à produção de fatores transcricionais. Esses fatores ativam o processo de transcrição e a célula altera seu padrão de expressão gênica (produção de proteínas), alterando sua função. As células dendríticas, por exemplo, ao fagocitar um antígeno e reconhecer um PAMP, são ativadas, perdendo a capacidade de fagocitose e começando a produzir moléculas que antes não expressava (genes inflamatórios, citocinas, como TNF, IL-1 e IL-6, quimiocinas para recrutarem mais células para o local, moléculas de adesão endotelial, que vão favorecer a chegada ou saída de células daquele local, moléculas coestimuladoras, que vão estimular a resposta adaptativa e uma série de ouras sinalizações).
Figura 1 - http://origin-ars.els-cdn.com/content/image/1-s2.0-S1471490611000196-gr2.jpg
O processo inflamatório inicial depende de sinais que não são completamente inespecíficos. Caso fossem completamente inespecíficos qualquer antígeno conseguiria desencadear o processo inflamatório e haveria reação inflamatória a todo momento. Antígenos alimentares, por exemplo, em situações normais não desencadeiam reação inflamatória.
No citoplasma existe um sistema de receptores NLR (NOD Like Receptor), denominado inflamosomo, que tem funcionamento similar ao TLR. É um complexo de moléculas que reconhece o PAMP e desencadeia o processo inflamatório. O NLR reconhece PAMP's que penetraram ativamente pela membrana da célula, sem ser percebido pelo TLR, ou que escaparam da vesícula fagocítica no citoplasma. A principal citocina, que é produzida em grande quantidade, é a interleucina-1 (IL-1), que tem como precursora a Pro IL-1. O NOD transforma a Pro IL-1 em IL-1. O NLR é como uma via alternativa de indução de resposta inflamatória caso a do TLR falhe.
IL-1, IL-6 e TNF são citocinas inflamatórias que tem como principal função a ativação de células endoteliais. Quando essas células são ativadas há um aumento da permeabilidade, vasodilatação, diminuição das junções gap, o que facilita a diapedese, aumenta a expressão de moléculas associadas a transmigração (selectinas, integrinas e quimiocinas). Por exemplo, na dengue hemorrágica pode haver hemorragia e choque hipovolêmico. Nessa situação de infecção sistêmica ocorre a chamada tempestade de citocinas, onde as citocinas inflamatórias estão em grande quantidade. A produção é desencadeada pelo PAMP viral e é tão grande que o sistema não consegue controlar. As células são ativadas e aumentam o extravasamento de líquido para o interstício devido ao aumento da permeabilidade, sendo a causa do choque hipovolêmico. Para combater o paciente deve ser hidratado.
Outros sinais que desencadeiam o processo inflamatório são os DAMP's (padrões moleculares associados a dano), que são sinais não associados a patógenos. Uma lesão tecidual estéril desencadeia a ativação de receptores que reconhecem os DAMP's que iniciarão o processo inflamatório. Em dano tecidual é necessário o processo inflamatório para o reparo. Inicialmente há o recrutamento principalmente de células fagocíticas para a limpeza da região (neutrófilos, macrófagos...) e depois a reparação.
Parte 2
O sistema complemento é um conjunto de proteínas que fazem parte da resposta imune inata. É uma resposta imune humoral. A partir de um estímulo inicial, é disparada uma cascata de reações.
Uma das principais proteínas é a C3, que é clivada em uma parte menor denominada C3a e uma maior denominada C3b. C3a atua na inflamação,assim como a IL-1, IL-6 e TNF-α, ativando as células endoteliais, tendo função quimiotática e participando no recrutamento de células. C3b é um componente opsonizante (facilita a fagocitose). Ao fim do processo há a formação de um poro na célula infectada.
IMUNIDADE INATA NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA
Quando ocorre uma lesão entrada de patógenos, já existe no local uma população de células da resposta imune (células dendríticas, linfócitos intraepiteliais, macrófagos residentes, NK e neutrófilos em pequena quantidade, mastócitos). Nesse local existe também poucas moléculas de adesão, como as integrinas (ICAM-1 e VCAM-1) e as selectinas (F-selectina e P-selectina). As células locais reconhecem os PAMP's através do TLR, sendo ativadas e começando a produzir em grande quantidade as citocinas inflamatórias IL-1, TNF, IL-6 e IL-8. As citocinas IL-1, TNF e IL-6 ativam as células endoteliais, havendo nelas um grande aumento de expressão de moléculas de adesão, o que permite a interação entre receptores e ligantes das células epiteliais com as células da resposta imune que passarem por aquela região do vaso, fazendo com que adiram ao endotélio e façam a transmigração. 
* Integrinas ICAM-1 se liga a LFA-1; VCAM-1 se liga a VLA-4
* Selectinas F-selectina e P-selectina se ligam aos ligantes, que normalmente são moléculas de açúcar que estão na superfície dos linfócitos.
Outras moléculas importantes são as quimiocinas, que são produzidas pelas células que foram ativadas pela presença dos PAMP's, formam um gradiente de concentração. Moléculas adaptadoras expõem as quimiocinas, e as células com receptores de quimiocina e ligantes de selectina e outras integrinas aderem, fazem o rolamento e a diapedese. Como a quantidade de células é muito grande, há um aumento do local.
A IL-8 é quimiotática para neutrófilos, que possuem função fagocitária, e na fase inicial há uma grande quantidade deles. Isso forma um infiltrado de neutrófilos, o que caracteriza um processo inflamatório agudo. Eles fagocitam os patógenos, e muitos morrem. O pus que é visto no início da inflamação são restos celulares de neutrófilos. Os neutrófilos são ativados via TLR e produzem mais quimiocinas e citocina inflamatórias que mantém o endotélio ativado. Há extravasamento de líquido para esse local, que continua sendo irrigado por fatores humorais, como o sistema complemento. Na ativação da superfície bacteriana há a ativação do sistema complemento. A clivagem de C3 e C5 tem como subproduto C3a e C5a, que contribuem para formação do gradiente de concentração e continuam a ativar o endotélio, recrutando mais células para o local da inflamação.
Explicação da IL-8: ao ocorrer a injúria, as células locais são ativadas via TLR passando a produzir uma grande quantidade de citocinas inflamatórias (IL-1, TNF, IL-6) que ativam o endotélio o que aumenta o número de moléculas de adesão. O linfócito tem aumentada apenas a expressão de LFA-1 e VLA-4 e de ligantes de selectina, ao chegar no local da inflamação fará o rolamento, mas não ficará aderido ao endotélio. O neutrófilo tem receptor para a citocina IL-8 e ao passar pela região da inflamação, onde há grande quantidade de IL-8, além das interações com VCAM e ICAM, haverá também interação com a IL-8. Essa interação faz com que haja aumento na expressão de VLA-4 com alta afinidade por seu ligante VCAM, havendo adesão e a diapedese. Deficiência nos processo de migração e diapedese ou em VLA-4 e no receptor de quimiocina impedem que ocorra uma resposta imune eficiente contra patógenos oportunistas.
Os macrófagos são recrutados pela mudança nos padrões das quimiocinas; as integrinas e selectinas continuam as mesmas. Os neutrófilos recrutados em grande concentração produzem a quimiocina MIF, e o monócitos chegam por diapedese e se diferenciam em macrófagos. Os macrófagos produzem quimiocinas que ajudam a recrutar linfócitos T CD4, passando de uma inflamação aguda para crônica.
* Inflamação é uma acúmulo de células da resposta imune inata ou adaptativa. Inflamação aguda tem a participação de células da resposta imune inata; crônica da resposta adaptativa. 
Na inflamação o sistema complemento, pela clivagem das proteínas C3 e C5, atua na ativação do endotélio e no recrutamento de células (inicialmente neutrófilos, macrófagos e linfócitos).
Caso a resposta seja primária não há a participação de linfócitos. Caso seja secundária, logo no início podem haver células pré-formadas (células efetoras). Inicialmente há a presença de células inatas, posteriormente sendo substituídas por células da adaptativa, mais especializada para resolver o processo infeccioso.
A inflamação tem fim com a destruição dos patógenos. Após ocorre uma limpeza por células fagocíticas (macrófagos), que modulados por uma resposta adaptativa, no caso por linfócitos, fagocitam o tecido morto e restos celulares. Anteriormente o macrófago tinha função de matar o patógeno, agora tem função de limpeza da região.
O Reconhecimento Celular no Sistema Imune I. BCR: Estrutura do receptor antigênico. Geração de diversidade. Isotipos de Imunoglobulina; ligações entre anticorpos e antígenos e funções efetoras.
Professor: Adriano
Data: 22/08/2013
Parte 1
Receptores de antígenos da resposta imune adaptativa: TCR e BCR.
BCR é o receptor de antígeno dos linfócitos B. Está na membrana plasmática e tem formato de Y, sendo assim representado nos livros. Tem o mesmo formato dos anticorpos produzidos pelo linfócito B e através dele que a célula reconhece os antígenos.
O BCR é usado para testes diagnósticos, imunoterapêutico para doenças inflamatórias crônicas, imunoterapêutico para resposta de rejeição à tecidos, bloquear a entrada do vírus HIV nas células hospedeiras (linfócitos T-CD4). Vacina não é imunoterapêutico, mas soroterapia é. A soroterapia anula alguma molécula que causará algum dano ao organismo, pois no soro já existem anticorpos prontos, com a especificidade necessária para resolver o problema.
O reconhecimento do antígeno se dá através da diferença de cargas.
Tem estrutura que pertence à família das imunoglobulinas (Ig) e que possuem novelos moleculares, que são denominados domínio de Ig. Existem domínios constantes, que determinam a estrutura da molécula, e domínios variáveis, que é complementar aos antígenos e dá a especificidade. As regiões de maior variabilidade são as alças mais externas, que determinam a complementaridade são denominadas CDR (região determinante de complementaridade); é o local onde se liga ao antígeno. Os CDR são constantes para cada especificidade (são diferentes para cada molécula diferente). O linfócito B sempre produz a mesma molécula de CDR, que é idêntica à original, seja ela secretada ou ancorada em sua superfície.
Continuar de 22:00
Sistema Complemento 
Professor: Adriano
Data: 29/08/2013
Sistema complemento possui componentes termolábeis (perdem a função quando aquecidos) com função efetora bactericida. Participa da inflamação ativando o endotélio e criando um gradiente de concentração para a migração das células, opsonização e formação de poros na superfície de patógenos (formação do MAC).
Componente da reposta imune inata. Há componentes humorais da resposta adaptativa que auxiliam na ativação do sistema complemento (IgG e IgM).
VIAS DE ATIVAÇÃO
Independente da via ativada todas as funções efetoras do sistema complemento serão desencadeadas (inflamação, opsonização e lise).
A via alternativa é ativada espontaneamente na presença do patógeno. A ativação não ocorre para as células próprias porque essas produzem moléculas que regulam a ativação do sistema complemento, impedindo que ocorra a inflamação, opsonização e criação do MAC. Os patógenos não produzem essas moléculas reguladoras, e o sistema complemento é ativado com maior potência. Existem imunodeficiências onde algumas dessas moléculas reguladoras não são produzidas, havendo superativação do sistema complemento frente células próprias e tendo como conseqüência hemólise generalizada.
O sistema complemento atua no meio extracelularapenas. Patógenos no meio intracelular não podem ser atingidos pelo sistema complemento.
A via clássica é ativada através da via adaptativa, por anticorpos IgG e IgM produzidos por linfócitos B.
A via das lectinas é ativada através da proteína lectina, que é produzida pelo organismo, e tem capacidade de se ligar ao açúcar manose (MBL - mannose binding lectin). Os patógenos são ricos em manose em sua superfície.
Existem várias vias de ativação pois, caso haja defeito em alguma das vias, outra pode ativar o processo de defesa. Todas as vias podem ser ativadas simultaneamente.
VIA ALTERNATIVA
Ativada espontaneamente.
Etapas da via:
A proteína C3 ao se aproximar da superfície do patógeno e, devido a capacidade de ativação espontânea, ocorre a clivagem dessa proteína e a produção de dois produtos: C3a (menor) e C3b (maior).
C3b se adere à superfície do patógeno.
C3b cliva a proteína B
Formação do complexo C3bBb, que é a enzima C3 convertase.
A enzima C3 convertase cliva, através de via enzimática, mais proteínas C3 em grande quantidade, o que potencializa a ativação do sistema complemento. Com isso haverá a formação de mais moléculas C3b que se ancora na superfície do patógeno, e C3a que participam na inflamação. C3b tem duas funções: opsonização, pois com a grande quantidade de C3 clivada, a maior produção de C3b recobre a superfície do patógeno. A célula fagocítica, no caso macrófagos, tem receptores para essa proteína. E maior clivagem da proteína B e consequente formação da enzima C3 convertase.
* Não confundir opsonização com neutralização.
Mais proteínas C3b se ligam ao complexo C3bBb, formando o complexo C3bBbC3b, que é a enzima C5 convertase. 
A enzima C5 convertase cliva a proteína C5, que terá como produto C5a, que participará na inflamação, e C5b, que é o passo inicial para a formação do poro.
VIA CLÁSSICA
Ativada através de anticorpos.
Etapas da via:
A proteína C1 interage com a porção Fc de anticorpos IgG e IgM ligados a patógenos. Deve haver a proximidade e estabilidade de pelo menos duas porções Fc próximas para que a molécula C1q se ligue. Apenas uma porção Fc ou o anticorpo solúvel, não dá estabilidade para a ligação de C1 e ativação da via clássica, mesmo que a IgM seja pentamérica. IgM é mais eficiente na ativação.
C1 favorece a clivagem das moléculas C4, formando os subprodutos C4a e C4b (maior), e C2, formando os subprodutos C2a (maior) e C2b. C4a também participa da inflamação, mas não é tão importante quanto C3a e C5a.
C4b e C2a ficam ancorados na superfície do patógeno, formando o complexo C4bC2a, que é a enzima C3 convertase.
C3 convertase cliva mais C3, formando os subprodutos C3a e C3b.
C3b se une ao complexo C4bC2a, formando o complexo C4bC2aC3b, que é a enzima C5 convertase.
A enzima C5 convertase cliva a proteína C5, que terá como produto C5a, que participará na inflamação, e C5b, que é o passo inicial para a formação do poro.
VIA DAS LECTINAS
Muito parecida com a via clássica. A diferença está na ativação, que na via clássica é através da proteína C1, que reconhece a porção Fc do anticorpo ligado ao antígeno, e nesta é através de uma lectina ligante de manose (MBL). O resto do processo é o mesmo.
MBL reconhece o açúcar manose na superfície do patógeno e se liga à ele.
Complexos adaptadores MASP1 e MASP2 se ligam à MBL.
Complexo MASP1+MASP2+MBL favorece a clivagem das moléculas C4, formando os subprodutos C4a e C4b (maior), e C2, formando os subprodutos C2a (maior) e C2b. C4a também participa da inflamação, mas não é tão importante quanto C3a e C5a.
C4b e C2a ficam ancorados na superfície do patógeno, formando o complexo C4bC2a, que é a enzima C3 convertase.
C3 convertase cliva mais C3, formando os subprodutos C3a e C3b.
C3b se une ao complexo C4bC2a, formando o complexo C4bC2aC3b, que é a enzima C5 convertase.
A enzima C5 convertase cliva a proteína C5, que terá como produto C5a, que participará na inflamação, e C5b, que é o passo inicial para a formação do poro.
Todas as 3 vias têm a mesma importância. Por exemplo, um indivíduo com deficiência na produção de linfócitos B com consequente não produção de anticorpos. Não haverá a ativação da via clássica, porém não será deficiente em sistema complemento pois há as outras vias atuando. Essa é a importância de mais de uma via de ativação.
ETAPA FINAL DA ATIVAÇÃO E FORMAÇÃO DO MAC
A enzima C5 convertase, que pode ser tanto o complexo C3bBbC3b da via alternativa, quanto o C4bC2aC3b das vias clássica e das lectinas, cliva a proteína C5 em C5a e C5b.
C5b se adere à membrana do patógeno, sinalizando a formação de um complexo de ancoragem de moléculas.
C5b favorece a ancoragem das moléculas C6, C7 e C8 ao complexo.
Formação do complexo de ancoragem sinaliza para que várias proteínas C9 (polímero de C9) se adiram ao complexo, formando o complexo de ataque à membrana (MAC), que cria poros para a lise do patógeno.
QUESTÕES
Quais os prejuízos dos mecanismos efetores do sistema complemento de um indivíduo com deficiência em formar C5 convertase?
R: Não haverá a formação do MAC, porém continuará havendo a opsonização e participação do sistema complemento na inflamação.
Quais os prejuízos para um indivíduo com deficiência em formar C3 convertase?
R: Não há a clivagem de C3, não havendo a opsonização, participação na inflamação e formação do MAC. Na via alternativa há um pouco de opsonização, porém não é suficiente para induzir um sinal forte para os macrófagos.
Macrófagos são adicionados a três tubos de ensaio contendo:
Tubo 1: somente bactérias
Tubo 2: bactérias + soro
Tubo 3: bactérias + soro inativado a 56 °C
Como será a eficiência da fagocitose em cada tubo (alta, intermediária, baixa)?
R: no tubo 1 é baixa, pois não há opsonização; no tubo 2 é alta, pois no soro estão as proteínas do sistema complemento, sendo todas as vias ativadas e havendo a opsonização; no tubo 3 é intermediária, pois há a presença de anticorpos, que são termoestáveis, diferente dos componentes do sistema complemento.
O Reconhecimento Celular no Sistema Imune II e III
Professor: Adriano
Data: 05/09/2013
Parte 1: TCR: Estrutura do receptor antigênico. Geração de diversidade.
O TCR possui 2 cadeias (1 cadeia α e uma cadeia β) e uma região hipervariável, que é onde se liga o antígeno. Para ser reconhecido o antígeno deve estar na fenda de uma molécula apresentadora de antígeno, o MHC. O TCR faz o reconhecimento do antígeno através das cadeias α e β, porém não consegue transduzir o sinal para o núcleo da célula, pois seu prolongamento citoplasmático é curto. A transdução é feita pelas moléculas auxiliares CD3 e a cadeia ζ (zeta), que sempre estão próximas à molécula TCR e são essenciais para a ativação do linfócito T. Caso ocorra algum bloqueio em alguma dessas moléculas, mesmo havendo o contato com o peptídeo no MHC não há a ativação da célula. Essas moléculas podem ser usadas para impedir a ativação das células, caso estejam envolvidas em alguma patologia.
O TCR, a molécula CD3 e a cadeia ζ formam o complexo do TCR, que é o complexo do receptor de antígeno do linfócito T. A ativação só ocorre mediante a formação desse complexo, porém as moléculas CD3 e cadeia ζ não são co-estimuladoras da ativação.
Comparação do TCR com BCR
Assim como o TCR precisa das moléculas auxiliares CD3 e cadeia ζ para transdução e ativação, o BCR também precisa das moléculas Igα e Igβ.
TCR possui segmentos gênicos V, D e J que, através de recombinação gênica, conferem a variabilidade à molécula. Essa porção VDJ se encontra na região variável, que se liga ao antígeno, assim como o BCR.
O TCR tem estrutura muito simples: 2 cadeias (α e β), região constante com uma região transmembrana e uma região variável que se liga ao antígeno. Reconhece apenas antígeno de natureza protéica. O reconhecimento é através do fragmento do antígeno (peptídeo) que está na fenda da molécula de MHC e de fragmentos da própria molécula de MHC, para que reconheça esta molécula como própria.
GERAÇÃO DE DIVERSIDADE
A geração de diversidade ocorre damesma forma que no receptor BCR.
No processo de maturação o linfócito T possui todos os segmentos V, D e J, que codificam proteínas que constituem a região variável do TCR, que é a região que se liga ao antígeno. A diversidade de V, D e J recombinando entre si gera uma grande variabilidade. Durante a maturação ocorre o rearranjo gênico, onde deve haver um segmento gênico com apenas um segmento V, um segmento D e um segmento J recombinado. As outras regiões são removidas, e por isso não é possível haver nova recombinação, sendo o receptor específico para um antígeno até a sua morte. Essa recombinação permite que seja possível reconhecer qualquer antígeno proteico apresentado na molécula de MHC.
* Linfócitos B não tem restrição quanto a natureza do antígeno, reconhecendo antígenos proteicos, lipídicos, açúcares...
A parede bacteriana é constituída de lipopolissacarídeos ou constituídas de açúcares. Frente a estes antígenos da parece celular não é possível ativar linfócitos T, apenas B. Porém, as bactérias não são constituídas apenas de açúcares ou lipídios, possuindo estruturas proteicas. A bactéria precisa ser destruída para que seus fragmentos proteicos sejam apresentados por uma molécula de MHC. 
* Essa característica tem aplicação, por exemplo, no desenvolvimento de vacinas, em que os antígenos vacinais são constituídos por açúcares da superfície de bactérias como a Haemophilus influenza ou pneumococo. Como os linfócitos T não ativados por açúcar, não haveria a criação de células de memória. Para resolver essa questão usa-se o conceito do apteno carreador, no qual o açúcar do antígeno é associado a uma proteína. Isso assegura que quando as células fagocíticas, como os linfócitos B, fagocitem esse antígeno levem junto um fragmento proteico, que possa ser apresentado a um linfócito T que então auxiliará os linfócitos B na produção de células de memória. Esse conceito não precisa ser compreendido agora, pois será abordado em ativação de linfócitos B.
Na recombinação gênica, normalmente são combinados as regiões V e D, e posteriormente o segmento VD é combinado com a região J.
Ao sair da medula óssea a célula está totalmente indiferenciada e as regiões V, D e J ainda estão íntegras, tendo a capacidade de gerar qualquer tipo de receptor. Ao chegar ao timo é induzida a expressar enzimas que atuam no núcleo, na região do gene que codifica a porção variável do TCR, as regiões V, D e J. A primeira enzima, denominada RAG-1 e RAG-2, atua clivando esses segmentos, de modo que fiquem apenas um segmento de V, D e J. Os segmentos removidos são exocitados da célula. A segunda enzima, denominada TDT, atua unindo os segmentos clivados. Essa sequência de nucleotídeos formará uma sequência de aminoácidos que, comparativamente entre uma célula e outra, o mais variável possível e determina a diversidade dos receptores a diversos antígenos.
Dois linfócitos que tenham os mesmos segmentos V, D e J podem ser diferentes, pois a enzima RAG corta não necessariamente no mesmo local, embora sejam os mesmos segmentos gênicos. O segmento V é uma sequência relativamente grande e pode ser cortado em qualquer nucleotídeo, por exemplo, no nucleotídeo 10 ou no 12. Com isso o segmento final sempre será diferente na região juncional. Isso é chamado de incerteza juncional.
Deficiência na enzima RAG faz com que não haja maturação de linfócitos B e T, pois não é possível fazer a recombinação gênica e gerar o receptor para a célula, causando a morte da célula.
Deficiência na enzima TDT faz com que as células sejam produzidas, mas não há variabilidade.
IMPORTANTE: entender a função das enzimas e consequência na deficiência de alguma delas; entender que as enzimas funcionam no sistema de geração de variabilidade do receptor, na recombinação gênica.
Parte 2: MHC: processamento e apresentação de antígeno.
Professor: Suse
Data: 05/09/2013
Maturação de linfócitos
Data: 26/09/2013
Transcrição: Mônica
Parte 1: maturação de linfócitos T
Professor: Suse
Célula progenitora que permanece na medula -> Dará origem ao linfócito B
Célula progenitora que vai em direção ao Timo -> Origina Linfócito T
Seleção Positiva:
 Vai determinar que uma célula irá VIVER.
Seleção Negativa:
Determina a morte da célula. 
O progenitor linfoide comum não é ainda nem linfócito B e nem linfócito T. A permanência dessa célula na medula óssea faz com que a mesma se torne um linfócito B. À presença do BCR faz com essa célula progenitora se torne o linfócito B.
O surgimento do BCR não é imediato para que ele apareça necessita de uma série de processos os quais fazem com que esse BCR apareça na membrana da célula comomudanças de fenótipo as quais fazem com que proteínas desapareçam e apareçam na membrana da célula até que o BCR surge e permanece.
As células progenitoras estão expostas a contato com outras células no microambiente e que vivem (seja medula ou timo) e a partir disso será determinado a permanência dessa célula ou a sua morte.
Durante o contato da célula dentro da medula óssea ou durante o contato da outra célula no timo o momento de interação das células com esses microambientes, respectivamente, leva a célula a formar e expressar o TCR ou BCR em sua membrana. O contato com as células desse microambiente permitem que as células alcancem sua maturidade.
No timo entram várias 
células
 
progenitoras
 (NÃO SÃO LINFÓCITOS T) as quais estabelecem contanto com o microambiente do timo e isso vai determinar que algumas das células que estão se desenvolvendo de maneira errada sofram uma 
seleção negativa
 e, portanto tem o seu desenvolvimento interrompido levando a morte. Enquanto outras células sofrem 
seleção positiva 
e permanecem no seu amadurecimento, ISSO PERMITE QUE SE TORNE UM LINFÓCITO T.Exemplo:
o progenitor entra no 
Outro evento comum à diferenciação de T e B:
Proliferação da célula tanto B quanto C. Dessa forma, as células que foram selecionadas positivamente dentro do timo durante o processo de diferenciação PROLIFERAM aumentando a quantidade das mesmas. Depois de terem adquirido a maturidade, ou seja, de expressarem o TCR em sua superfície elas vão para periferia como células maduras.
Célula Tronco -> Célula Pluripotente -> Célula Linfoide Comum -> Linfócito Pró- B / Linfócito Pró T/ NK .
Mecanismo que funciona tanto para B quanto pra T:
Há um linfócito pró T/ pró B que prolifera, vai para medula ou pro timo, rearranja o TCR ou BCR e depois segue para periferia. 
Etapas principais do processo intratímico ou medular dos linfócitos T:
Precursor linfoide comum que em função do microambiente vai ativar um determinado fator de transcrição (são proteínas intracelulares que ativam a transcrição de determinado gene o qual dará origem a uma proteína).O contato entre o precursor comum com o microambiente do timo, ou seja com o estroma do timo, gera a ativação de dois fatores de transcrição. O NOT-1 e GATA-3( CONFERIR NO LIVRO!!). Esses fatores que determinam a transcrição dos genes que vão gerar uma célula chamada de pró-T que ao final expressará o TCR em sua superfície. Por outro lado, se esse precursor permanecer na medula essa célula vai receber sinais que vão ativar outros fatores de transcrição: TAC-5 e EBF vão transcrever proteínas que vão levar a uma célula pró-B que vão expressar BCR.
RELEMBRANDO 
CÉLULA-TRONCO, PLURIPOTENTE, DANDO ORIGEM A LINHAGEM LINFOIDE, QUE É O PRECURSOR LINFÓIDE COMUM (CLP), SE ESTE PERMANCE NA MEDULA OSSEA ONDE ELE FOI ORIGINADO AS CÉLULAS DO MICROAMBIENTEDA MEDULA VÃO LEVAR A ATIVAÇÃO DO PAC-5 E EBF LEVANDO A SINTESE DE LINFOCITO B A PARTIR DAS ATIVAÇÃO DOS FATORES DE TRANSCRIÇÃO QUE IRÃO SINTETIZAR AS PROTEÍNAS DO BCR !! PORTANTO, A CÉLULA SÓ SE TORNA UM PRÓ-B PORQUE HOUVE CONTATO COM CÉLULAS DA MEDULA.
SE POR OUTRO LADO, A CÉLULA SAIR DA MEDULAATRAVÉS DE VASOS SANGUINEOS E CAIR NO TIMO, A PARTIR DO CONTATO DA CLP COM O MICROAMBIENTE TÍMICO IRÁ GERAR A ATIVAÇÃO NESSA CLP DE NOT-1 E GATA-3 QUE IRÃO DETERMINAR QUE ESSA CÉLULA SE TORNE UM LINFÓCITO T POIS FORMA O TCR.NO TIMO A CÉLULA AINDA É CLP! PRA ELA SAIR DO TIMO TEM QUE TER TCR!!!
TIMO:
O timo é divido em duas regiões: Cortical (mais próximo da cápsula do timo a qual o recobre através de tec. Conjuntivo) e Medular.
C: tem mais linfócitos. M: menos linfócitos, mais tecido conjuntivo frouxo.
A CLP entra no timo na região córtico-medular, entre a medula e a região cortical. Essa tem que fazer um caminha: Caminha de migração dentro do timo. E é a partir desse caminho, do córtex para medula que ela vai se tornando linfócito T. 
A célula quando entra no timo, NÃO É LINFOCITO, nem TCD4, TCD8 e não apresenta TCR. Ela é uma célula duplo ou triplo negativo. 
Duplo ou triplo negativo (--/---):
 A célula não tem TCD4
A célula não tem TCD8
A célula não tem TCR
Estágio 1:
As moléculas que caracterizam um linfócito no momento em que ele esta recém-chegado no timo NÃO existem na sua célula precursora. O duplo ou triplo negativo fazem parte desse estágio!!
Estágio 2:
A célula adquire CD4, CD8 E TCR; Adquire pelo contato com estroma tímico.
Estágio 3:
Nesse estágio a célula perde um dos 
CDRs
 que havia ganhado no estágio anterior, porém há a manutenção do TCR
.
POR ISSO O TCR É O MARCADOR DE LINFÓCITO T. 
Célula CD4 +A célula fica positiva para CD4/TCR;
Torna-se negativa para CD8;
 Ou
Célula CD8 +Torna-se positiva para CD8/TCR;
Negativa para CD4;
ISSO TUDO É DETERMINADO PELOS FATORES DE TRANCRIÇÃO E O CONTATO COM AS CÉLULAS DO MICROAMBIENTE TÍMICO. 
A partir do estágio 3 se tem uma célula madura que pode sair do timo e ir para o órgão linfoide secundário. 
Célula-tronco: Medula Óssea Célula T Naive: Timo ou Órgão linfoide 2°
Célula Pró-T: Timo
Célula Pré-T: Timo 
Célula Dupla positiva: Timo
Célula Simples Positiva: Timo
Célula Pró T: Não tem TCR; 
RECOMBINAÇÃO GÊNICA:
A célula torna-se Pré-T já que começam a ocorrer o rearranjo dos genes da cadeia beta para que ocorra a formação do TCR (cadeia alfa e beta). Dessa forma, a célula começa a expressar o pré-TCR na membrana sendo então chamada de Pré-T. 
A célula dupla positiva ou tripla positiva expressa esse pré-TCR, CD4 e CD8. (POSITIVO= EXPRESSA NA MEMBRANA)
Processo de seleção:
A célula se torna simples TCD4 ou simples TCD8;
Para cada etapa há um marcador de superfície. Isso é importante, pois determinadas leucemias são causadas por causa da deficiência desses marcadores interrompendo o processo de maturação.
A divisão entre cortical e medular é demarcada pela diferença de quantidade de linfócitos. Na região cortical existem mais linfócitos. 
A célula CLP vai chegar entre a região cortical e medular e irá realizar um caminho se maturação que no final será dupla positiva ou simples positiva. A célula entra na região córtico-medular, se direciona para o córtex e depois retorna para a medula expandindo-se;
A célula que acabou de chegar ao timo, sendo portanto muito imatura, é considerada dupla negativa.
Quando elas se tornam dupla positiva (CD4 + e CD8 +) as mesmas se expandem. Grande população de dupla positiva.
Depois as células sofrem um processo de seleção que as torna simples positiva, ou seja, ou expressam CD4 + ou expressam CD8 +. Pequena quantidade de célula simples positiva, a quantidade é menor, pois nesse processo de seleção ocorre a morte das células através da seleção negativa. 
As células que tem a sua morte induzida são as quais tem um potencial alto reativo.
As células que se tornam CD4 + ou CD8 + sofreram seleção positiva. 
SELEÇÃO:
O que determina se essas células vão continuar vivendo ou morrerão é o contato com o microambiente.
Ocorre no estágio de dupla positiva. Nesse momento as células estão expressando CD4 e CD8.
Existem células epiteliais tímicas que expressam determinado tipo de MHC. 
O linfócito chega ao timo e entra em contato com o mesmo por meio do seu epitélio e das células dendríticas que estão presentes.
MHC classe I: presente em células apresentadoras de antígenos e apresenta para célula TCD8; Determina essa apresentação somente para CD8 por conta da porção da cadeia não polimórfica que tem um encaixe para CD8 que NÃO há para CD4. A dupla positiva pode em determinado momento expressar o TCR. 
MHC classe II: presente em células apresentadoras de antígenos e apresenta para célula TCD4; Essa determinação da apresentação se dá devido à cadeia não polimórfica que se encaixa com CD4 e que não tem para TCD8. 
O MHC apresenta o antígeno que é próprio !
Para célula TCD4: O MHC de classe II apresenta o antígeno próprio a célula TCD4 e se houver uma reação entre esses com muita avidez, ela é considerada auto reativa e então é encaminhada a morte. 
MHC de classe I: Se houver uma alta adesão da célula CD8 com seu MHC determinará sua morte. 
Uma célula dupla positiva que se encontra com MHC classe I, por exemplo, irá se tornar TCD8.
A FORÇA SE ADESÃO ENTRE MHC E CÉLULA CD4/CD8 DETERMINA A CONTINUIDADE DE SEU DESENVOLVIMENTO OU A MORTE DA MESMA.
Exemplo:
Uma pessoa que não produz MHC de classe I e é imunodeficiente NÃO terá a presença de linfócito TCD8. Isso porque toda a sua dupla positiva será TCD4.
A célula Pró-T é:
 CKIT (conferir no livro) positiva;
CD44 positiva;
CD25 positiva;
CD4 negativa;
CD8 negativa;
TCR negativa;
Essas moléculas as definem como uma molécula PRO-T, porém não as definem como célula madura. 
CKIT:
É uma molécula que é fundamental para que ocorra a expansão das células dupla positiva dentro do timo.
________
Depois a célula se torna CD4 (+), CD8 (+) e TCR (+)
Sofrem seleção positiva a qual permite o desenvolvimento levando a célula serCD4+ OU CD8+
A seleção negativa acontece interrompendo o processo de desenvolvimento uma vez que a interação MHC + peptídeo próprio + Célula em desenvolvimento ocorre com alta intensidade. Levando a morte da célula antes que esta se torne SIMPLES positiva, ou seja, ela morre DLUPA positiva. 
A célula depois de ser submetida à seleção positiva se torna CD4 + OU CD8+. O que determinará se a célula que antes era dupla e após este processo seja CD4 ou CD8 positiva é a classe de MHC que estiver presente na célula apresentadora de antígeno, que nesse caso pode ser a célula epitelial tímica. Logo, a partir a da apresentação através de MHC classe I a célula se tornará TCD8 e para MHC classe I à célula irá se tornar TCD4, isso caso não tenha acontecido a seleção negativa.
Dessa forma, o contato com a célula tímica tem duas funções:
Determinar a continuidade do processo de desenvolvimento da célula selecionando-a positivamente ou negativamente.
Determinar se a célula será TCD4 ou TCD8.
Se for questionado o que é a seleção positiva para o linfócito T deve falar desde a interação do MHC !!!!!!!!!
Parte 2: maturação de linfócitos B
Professor: Adriano
Linfócito B é originado de uma célula-tronco, a qual recebe estímulo para se tornar um pró-linfócito B. Depois há uma recombinação das cadeias pesadas da imunoglobulina, sendo o pré-linfócito B, e somente há recombinação das duas cadeias pesadas e depois há a recombinação da cadeia leve formando o BCR sendo um linfócito imaturo e no processo final se tem a seleção tornando-a de fato madura podendo então ir para periferia. Todo processo de seleção positiva e seleção negativa ocorre na medula óssea. 
A maior parte do desenvolvimento ocorre na medula enquanto o final desse acontece no baço. Depois se torna a célula naive ocupando órgãos linfoides periféricos.
O antígeno tem a sua importância a partir do momento em que a célula tem o receptor para que se comprove a eficiência desse receptor e a reatividade do mesmo. 
Os linfócitos B vão depender do antígeno na fase final para saber se o BRC tem uma interação com os antígenos. Saber se o BRC é funcional(se é capaz de reconhecer alguma coisa), porém basta saber se no antígeno próprio há uma interação de alta avidez ou baixa induzindo a seleção positiva ou negativa.
Não reconhecer ou a interação com o antígeno próprio ser baixa induz a uma seleção positiva.Aqueles linfócitos B que tem o receptor para antígeno próprio e o reconhece com alta avidez (ALTA ESPECIFIDADE)NÃO morrem imediatamente. No linfócito B e somente nele no processo de maturação o mesmo tem uma chance de reeditar o receptor havendo mudança da cadeia leve. Ele deleta um dos alelos responsáveis pela cadeia leve e gera outro receptor a partir da recombinação com outro alelo uma vez que pra cada gene nós temos dois alelos. Se ocorrer uma produção de outro receptor com alta avidez a antígeno próprio ai SIM a célula morre.
No Linfócito T, por exemplo, se após a recombinação gênica da cadeia alfa e beta, houvesse a produção de um receptor (TCR) cuja reatividade com o próprio fosse extremamente alta a célula seria levada a apoptose.
No BCR há três regiões variáveis, 3 CDRS, de 2 cadeias pesadas mais 3 CDRS de 2 cadeias leves que conferem a região variável a qual se liga aos antígenos utilizando as duas cadeias.
O linfócito pode morrer por apoptose ou entrar em um estado de anergia isso serve tanto para B quanto para T.A célula anérgica é liberada pra periferia, no entanto é incapaz de ser ativada ainda que tenha o BCR. 
Ponto fraco do sistema em relação às doenças autoimunes:
As doenças autoimunes são causadas por alta reatividade, que é um linfócito T ou B/ T e B que estão ativados e que reagem ao antígeno próprio provocando os danos ao indivíduo a partir da reatividade com o próprio. 
As células anérgicas podem levar a doenças autoimunes. Em algumas situações essas células podem mudar o sua programação e assim serem ativadas e reconhecem o antígeno próprio.Logo, o Linfócito B na medula óssea no seu processo de formação do receptor pode gerar um BCR que reconhece e reage com alta afinidade a um antígeno próprio levando a uma reedição do receptor e se mesmo assim a alta afinidade permanecer esse linfócito pode ser levado a uma apoptose ou ao estado de anergia.
Seleção positiva na célula B:
Primeiramente, o que seria a seleção positiva na célula T -> é um momento onde o linfócito T enquanto uma célula duplo positiva se define em célula T CD4 + ou célula T CD8 + em detrimento da reação com a molécula de MCH. O contato com MHC de classe I irá gerar uma célula TCD8+ enquanto MHC de classe II irá diferenciar em TCD4 +. A funcionalidade do TCR também é testada. 
No linfócito B, reconhece antígeno solúvel ou na superfície celular, a seleção positiva é caracterizada por testar a funcionalidade do BRC. As células B produzem um pré-BCR ou BCR propriamente dito e a qualidade funcional deste é testada na seleção positiva à medida que ocorre algum erro na construção dos mesmos a célula é levada a morte. Se ele for funcional a célula perpetua no seu processo de maturação. LOGO A SELEÇÃO POSITIVA PARA O LINFÓCITO B É NECESSARIA PARA AVALIAR O BCR E SUA FUNCIONALIDADE, SE REAGE OU NÃO A ALGUM SINAL EMITIDO. 
Imunodeficiência: O BCR é formado, sua estrutura está perfeita, porém há um defeito na transdução do sinal do que a célula reconheceu para o núcleo. Defeito da enzima Btk, enzima tirosina-quinase, os linfócitos B no processo de maturação não conseguem maturar, produzem um pré-BCR, se tem uma deficiência na transdução de sinal levando a célula a apoptose antes desta se tornar madura; sendo esta patologia chamada de AGAMAGLOBULINEMIA ( ausência de linfócito B na periferia), logo o paciente tem que receber IgG de forma passiva. 
Linhagem de célula Pluripotente dando origem a célula hematopoiética levando a diferenciação em percussor linfoide comum e este se diferenciando em células T e B. 
Linfócito Pró-B da Zona folicular e Pró-B da Zona Marginal e Linfócitos B-1: Possuemdiferença na origem
LINFÓCITO PRÓ-B DA ZONA FOLICULAR:
Caracterizam a maior parte dos linfócitos, que são os folículos da zona onde se encontram. Originam-se da medula óssea. Tem BCR que reconhece qualquer tipo de antígeno. Faz troca de isotipo, promove a formação das células de memória.
LINFÓCITO PRÓ-B DA ZONA MARGINAL:
Ocupam a zona marginal do baço. Originam-se da medula óssea. Tem BCR que reconhece qualquer tipo de antígeno.
LINFÓCITOS B-1:
São células que ocupam principalmente a região do mesentério para onde são drenados muitos antígenos que provém do intestino. São originárias do fígado fetal. São formadas normalmente, durante a vida intrauterina. A diversidade de seus receptores é baixa, não são ativadas frente a antígenos proteico sendo seu BCR capaz de reconhecer antígenos com característica de carboidrato. Responsáveis pela produção de hemaglutininas.
EXEMPLIFICAÇÃO:
Células do sangue e anticorpos. Sistema A (tem presença da proteína A), AB (presença da proteína A e B), B (presença da proteína B) e O (ausência de proteínas).
Hemaglutininas:
Quem é do tipo sanguíneo A: Possui Anti-B (anticorpo)
Quem é do tipo sanguíneo B:Possui Anti-A
Quem é do tipo sanguíneo AB: Não possui hemaglutinina. 
Quem é do tipo sanguíneo O: Possui Anti-A e Anti-B
Como uma criança recém-nascida do tipo sanguíneo A possui anticorpos para ptn B e possui a proteína A circulante ?
Isso ocorre através do contanto com antígenos, os quais normalmente são oriundos de micro-organismos que possuem carboidratos em sua superfície celular, que podem mimetizar as proteínas A e B. Então, na verdade o que estimulam a produção desses linfócitos B são os carboidratos dos antígenos. 
Por que indivíduo que é portador do sangue tipo A, por exemplo, produz anticorpo contra a proteína B e não contra a proteína A?
Isso acontece devido a seleção negativa, pois a glicoproteína será expressa na medula óssea e portanto será reconhecida como próprio desse indivíduo. Dessa forma, aqueles linfócitos B que reagem com alta avidez a essa proteína serão levados a morte ao estado de anergia a fim de que não haja prejuízo ao indivíduo. 
Tolerância Central: Mecanismo relacionado aseleção negativa. Não há resposta ao antígeno porque os anticorpos sofrem essa tolerância, sendo essa situação para os linfócitos que reagem ao próprio.
No timo, são produzidas as proteínas do timo, porém existem situações em que se produzem outras proteínas que usualmente não estão no timo a fim de que não haja reatividade com essas proteínas.
Cooooomo assim ?!
 Pode ser que no timo sejam sintetizas proteínas cardíacas para que se evite a formação de linfócitos que possam reagir com essas e provocar uma resposta autoimune. Isso também vale para a medula óssea. O objetivo é que se tenha a exposição do máximo de antígenos próprios. 
AILE- Gene que codifica a proteína que ativa outros genes para síntese de proteínas que não são do timo. Funciona como fator de transcrição.
EXEMPLO:
Um indivíduo que teve a saída de uma célula, a qual possui alta reatividade com uma proteína renal, ou seja, o processo de tolerância central foi defeituoso. Esse indivíduo necessariamente desenvolverá uma doença autoimune?
R: NÃO! Existe além do mecanismo de tolerância central o mecanismo de tolerância periférica, que atua impedindo que essa reatividade aconteça.
ANERGIA: Acontece, normalmente, frente a antígenos que são solúveis.
Antígeno localizado na superfície da célula e com alta afinidade leva a apoptose da célula.
Célula Pró-B:
É importante ter uma citosina que induzem a proliferação. Essa proliferação é importante, pois o número de linfócitos é alto para agir contra o grande número de antígenos no ambiente. Além disso, a mitose vai ser necessária graças ao grande número de células que morrem ao longo do processo de maturação uma vez que são submetidas ao processo de seleção negativa e a seleção positiva. A citosina indutora da proliferação celular é a IL-7. 
Para linfócito T uma citocina importante tem a IL-2, importante indutora de proliferação pra célula naive. 
A IL-7 atua principalmente na geração de mais células pró-B e na proliferação de células pré-B.
Importância da Rag e TdT:
Promovem a diversidade 
Rag: Clivagem 
TdT: Reposição de nucleotídeos faltosos para a continuidade do processo de formação do BCR/TCD. Atua tanto na cadeia pesada quanto na leve.

Outros materiais