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monografia Azito

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1 
 
Declaração 
Eu, Aly Mustafá Aly Azito, declaro que está monografia é resultado do meu trabalho e 
está a ser submetida para a obtenção do grau de Técnico Médio no Instituto Médio 
Politécnico de Nampula-IMEP. 
Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em 
nenhum outro instituto ou universidade. 
 
 
__________________________________ 
Aly Mustafá Aly Azito 
Nampula, _____ de ________________de 20____ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I 
2 
 
Dedicatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A minha família, com amor, por 
tudo. 
Aos meus amigos que directa ou 
indirectamente contribuíram na 
formação. 
 
 
 
II 
3 
 
Agradecimentos 
A Deus, pois ele é meu braço de Aquiles, ele que me dá saúde e me fortalece 
diariamente. 
Aos meus país, por todo o carinho e dedicação dado a mim durante todos esses anos, 
trabalhando debaixo do sol para que seus filhos cresçam na vida, pelo amor, dedicação 
de apoio e mesmo duvidando acreditaram nas minhas capacidades. 
Aos meus irmãos, que sempre estiveram ao meu lado: Hussuman, Luckman, Edu, Maira 
e Fatima. 
A todos meus amigos em especial: Hussuman, Andre, que estiveram comigo durante 
esses três anos. 
Um grande obrigado a minha tia Raquel, por todo carinho e dedicação dado a mim 
durante todo esse tempo. 
Ao meu supervisor Eng. Bonifácio Ambone pelo carinho, dedicação e profissionalismo 
durante o desenvolvimento deste trabalho. 
Enfim a todos que contribuíram directa ou indirectamente para a realização deste 
trabalho, o meu: Muito Obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III 
4 
 
Índice 
Resumo ........................................................................................................................... VI 
Abstract .......................................................................................................................... VII 
Lista de Figuras ............................................................................................................ VIII 
Lista de Tabelas .............................................................................................................. IX 
Lista de símbolos e abreviaturas ....................................................................................... X 
Introdução ....................................................................................................................... 11 
Justificativa ..................................................................................................................... 12 
Problema ......................................................................................................................... 13 
Limitações da Pesquisa ................................................................................................... 13 
Capitulo I. Revisão Bibliográfica ................................................................................... 13 
Localização ..................................................................................................................... 13 
1.1. Contextualização ................................................................................................. 13 
1.2. Generalidades ...................................................................................................... 15 
1.2.1. Características do pavimento pré-fabricado de Betão ..................................... 15 
1.2.2. Estrutura do Pavimento pré-fabricado de Betão .............................................. 16 
1.2.3. Deslocamento dos Blocos ................................................................................ 19 
1.2.4. Modelo de Assentamento ................................................................................. 19 
1.2.5. Formato dos pavês ........................................................................................... 20 
1.2.6. Equipamentos Para a Fabricação ..................................................................... 22 
1.3. Tecnologias e materiais de construção ................................................................ 23 
1.3.1. Tecnologias ...................................................................................................... 23 
1.3.2. Materiais .......................................................................................................... 24 
CAPITULO II: Analise e Interpretação dos Resultados ................................................ 25 
1. Trafego .................................................................................................................... 26 
2. Materiais .................................................................................................................. 28 
3. Localização geografica ............................................................................................ 28 
IV 
5 
 
4. Técnicas de construção............................................................................................ 29 
4.1. Modelo de assentamento ..................................................................................... 29 
4.2. Camada de assentamento ..................................................................................... 30 
4.3. Contenção lateral ................................................................................................. 31 
5. Manutenção de tubagem ao longo da rua ................................................................ 31 
CAPITULO III: Conclusão e Recomendação ................................................................ 33 
1. Conclusão ................................................................................................................ 33 
2. Recomendações ....................................................................................................... 33 
Bibliografia ..................................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V 
6 
 
Resumo 
Nesta monografia, partindo de uma revisão bibliográfica se expõe as características dos 
materiais que compõem o pavimento da rua da França, que serve de base de estudo para 
o presente trabalho. Neste programa, selecionou-se a primeira rua de pavê 
confeccionada na cidade de Nampula e fazendo comparação das condições com o 
objecto de estudo, tendo-se atenção as recordações de outros estudos; no mesmo se 
verificam as técnicas de construção, trafego e materiais da rua que mostram a influência 
que tem na destruição do pavê da rua da França. 
 Palavras-Chave: pavê, trafego, degradação, rua, pavimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI 
7 
 
Abstract 
In this monograph, starting from a biblographic revision, the characteristics of the 
materials that compose the pavement of the street of France, which serves as the basis 
for the study of the destruction of pavê of the street of France, are exposed. In this 
program, the first street pavê made in the city of Nampula was selected and comparing 
the conditions with the object of study, paying attention to the recollections of other 
studies; in the same way are verified the techniques of construction, traffic and materials 
of the street that show the influence that has in the destruction of the pavê of the street 
of France. 
Keywords: pavê, traffic, degradation, street, pavement. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VII 
8 
 
Lista deFiguras 
Figura 1.1. Primeira estrada confeccionada de pave em Nampula ................................. 14 
Figura 1.2. Estrutura do pavimento ................................................................................ 16 
Fugura 1.3. Modelos de configurações para o assentamento ......................................... 20 
Figura 1.4. Processo de montagem de pavé.................................................................... 24 
Figura 2.1. Trafego ......................................................................................................... 27 
Figura 2.2. Interrupção do trafego .................................................................................. 28 
Figura 2.3. Modelo de assentamento tipo “Trama” ........................................................ 29 
Figura 2.4. Modelo de assentamento tipo “espinha-de-peixe” ....................................... 29 
Figura 2.5. Camada de assentamento da rua da França .................................................. 30 
Figura 2.6. Contenção lateral .......................................................................................... 31 
Figura 2.7. Pavimento após a manutenção de tubagem .................................................. 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIII 
9 
 
Lista de Tabelas 
Tabela 1. 1. Abertura de peneiro .................................................................................... 18 
Tabela 1.2. Formatos de pavés ....................................................................................... 21 
Tabela 2.1. Comparação de trafego ................................................................................ 26 
Tabela 2.2. Nivel de danificação segundo espessura da camada de assentamento ........ 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IX 
10 
 
Lista de símbolos e abreviaturas 
mm – milimetro 
cm – centimetro 
ISC – indice de suporte California 
CFM – caminhos de ferro de Moçambique 
Pavé – pavimento pré-fabricado de Betão 
CDN – corredor do desenvolvimento do norte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X 
11 
 
Introdução 
Pavimento é a parte da estrada ou rua, constituído por vários materiais que se colocam 
sobre o terreno natural ou aterro, com a finalidade de suportar directamente o trafego. A 
função principal de um pavimento é assegurar uma superfície de rolamento que permita 
a circulação de veículos com comodidade e segurança, durante um determinado 
período, sob acções do trafego, e nas condições climáticas que ocorram. BRANCO 
(2006). 
A utilização do pavê surgiu no final do século XIX, porém o avanço no uso deste tipo 
de pavimento ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. No período de 1990, o pavê que 
eram comuns na Europa tiveram espaço no Brasil, tanto em vias quanto em 
calçamentos. 
 Atualmente, a utilização de pavê vem crescendo, sendo utilizados principalmente em 
parques, praças, calçadas, ruas e pátios. O avanço da utilização de pavê é devido às suas 
características, entre elas estão o baixo custo de manutenção, remoção da área 
pavimentada e reutilização de aproximadamente 95% das peças. Após a execução da 
pavimentação o tráfego de pessoas e veículos é imediato, não há necessidade de 
aguardar o tempo de cura; a mão de obra não precisa ser especializada, facilidade de 
assentamento das peças e possui uma diversidade de cores e formatos. 
A estrutura do pavimento vai depender da intensidade do tráfego sobre o pavimento e 
das características do solo que compõe o subleito. A estrutura deste tipo de pavimento 
pode ser composta pelas seguintes camadas: subleito, sub-base, base, camada de 
assentamento e camada de rolamento. 
Os pavês podem variar de espessura, entre 6 cm e 10 cm. As peças de 6 cm são usadas 
onde o tráfego é leve, como por exemplo calçadas de passeio e praças, em ruas, onde o 
tráfego é mais intenso são utilizados blocos de 8 cm e os de 10 cm são usados onde o 
tráfego é muito pesado. 
Os pavês são resistentes aos movimentos de deslocamento individual, seja ele vertical, 
horizontal, de rotação ou de giração, em relação as suas peças vizinhas. Para possuir a 
resistência necessária para suportar aos esforços, a superfície das peças deve ter uma 
microtextura capaz de torná-las lisas e resistentes ao desgaste. Para garantir o não 
deslocamento entre as peças, as suas dimensões devem ser bem definidas para que os 
espaços entre as juntas sejam pequenos. 
12 
 
Embora a execução dos pavimentos com peças de pavês seja uma atividade amplamente 
difundida e comumente empregada, existe muita carência quanto a estudos mais atuais 
sobre o tema. Em geral, nota-se na prática de engenharia que os projetos deste tipo de 
pavimento não são exclusivamente técnicos, inclusive em muitos casos nem mesmo 
sendo executados ensaios para caracterizar os materiais empregados. 
Objetivos Gerais 
 Analisar a destruição do pavimento pré-fabricado de Betão (pavê) da rua da França, 
Carrupeia – Cidade de Nampula. 
Deste modo geral origina os seguintes objetivos específicos: 
 Realizar a revisão bibliográfica dos conceitos que sustentam a investigação do 
objecto de estudo; 
 Coletar amostras da pavimentação que serão usadas no estudo; 
 Identificar os problemas de destruição do pavimento pré-fabricado de Betão; 
 Verificar o material usado para concepção do pavê da Rua da França, Carrupeia – 
Nampula. 
Nesta ordem a Hipótese se anuncia: 
1. Se se faz uma comparação de material e tecnicas de construção na pavimentação é 
possivel analisar a viabilidade de uso do pavé para a concepção de estrada, ruas e 
avenidas. 
2. Fazendo-se uma caracterização dos materiais usados na concepção é possível 
analisar a destruição do pavé da rua da França. 
Justificativa 
O interesse pelo tema surgiu através do autor ser residente do mesmo bairro onde foi 
verificando a ocorrência de afundamento, deslizamento dos pavê da rua da França. 
Pelo facto do estudante em causa ter conhecimento durante o curso que o pavê é um 
material de baixo custo, de longo prazo de vida útil e de fácil mão-de-obra criou uma 
motivação a questionar a cerca das causas do afundamento, deslizamento das peças de 
pavê da rua da França. 
13 
 
Problema 
1. Quais são as causas do elevado índice de destruição do pavimento pré-fabricado de 
Betão da rua da França? 
Limitações da Pesquisa 
A pesquisa limita-se apenas a analisar a rua de França, e comparar a rua de pavê do 
objeto de estudo com a rua Dar-is-salaam, do qual foi estudado apenas a espessura da 
camada de areia e da peça, modelo de assentamento, contenções laterais do pavê e 
manutenção da tubagem ao longo do pavimento. 
Capitulo I. Revisão Bibliográfica 
Neste capitulo é apresentado a fundamentação teórica do objecto de campo de acção e 
tendências históricas e logicas do processo de construção com pavê, no bairro de 
Carrupeia – cidade de Nampula. 
Localização 
A rua da França fica situada na parte norte CDN, concretamente no bairro de Carrupeia 
fazendo ligação entre a rua da Unidade na parte Oeste e a parte Este liga-se com a rua 
de Dom Manuel Vieira Pinto. 
1.1.Contextualização 
O pavê vem sendo usado a milhares de anos. O primeiro registo de utilização deste 
pavimento vem da Ilha de Creta. O império Romano também utilizou o recurso e 
construía sua vias utilizando o Betão. Como exemplo podemos citar a via de Ápia que 
pavimenta através do travamento de pedras naturais perdura até os dias de hoje. Mas foi 
em meados dos anos 1940 que as primeiras peças de pavê começaram a ser produzidos,mais precisamente na Holanda. A união de peças de pavê foi a saída mais adequada para 
resolver problema do tipo de solo daquele país. As primeiras peças produzidas tinham 
10x20cm e inicialmente foram chamadas de pedras holandesas. O pavê emergiu como 
um substituto mais prático e confortável em relação ao paralelepípedo, popular durante 
muitos anos por sua resistência e durabilidade. 
Cruz (2003), no final da década de 1970, proliferaram os sistemas de fabrico de pavês 
em todo o mundo, pelo menos existem cerca de 200 diferentes formas e diversos tipos 
14 
 
de equipamentos de produção comercializados. No início da década de 1980, a 
produção anual já ultrapassava 45 milhões de metros quadrados, sendo 66% deste total 
aplicado em vias de trafego urbano. A indústria mundial de fabrico de pavês, no final da 
década de 1990 chegou à impressionante marca de produção de 100m quadrados por 
segundo durante os dias de trabalho. 
O desenvolvimento deste pavimento permitiu relacionar a escolha da forma geométrica 
com o desempenho do pavê, em função do tipo de trafego. Mais recentemente, novas e 
importantes mudanças ocorreram com iniciativa de desenvolver o assentamento 
mecânico. 
Na cidade de Nampula o pavê é introduzido na década 90 concretamente no ano de 
1998 na Rua Dar-Is-Salaam fazendo ligação entre Av: 25 de Setembro e Rua dos 
Continuadores, o pavê foi introduzindo devido ao seu baixo custo, não precisa de mão-
de-obra altamente especializada, resiste ao trafego quanto a outros pavimentos, tem um 
longo prazo de vida útil em relação ao pavimento asfaltado e a matéria prima para o seu 
fabrico e local. 
Figura 1.1. Primeira estrada confeccionada de pavê em Nampula 
 
Fonte: elaborado pelo autor. 
15 
 
1.2.Generalidades 
As peças de Betão são também conhecidos como Pavers e Pavés. São blocos 
intertravados, pré-fabricados, maciços e que permitem pavimentar completamente uma 
superfície. O intertravamento é a capacidade que o material tem de resistir aos 
movimentos de deslocamento individual, seja vertical, horizontal, de rotação ou giração 
em relação às peças adjacentes (Fioriti 2007). 
1.2.1. Características do pavimento pré-fabricado de Betão 
 Os blocos se destacam por suas vantagens, dentre elas estão à facilidade no 
assentamento, a liberação da pavimentação para o tráfego rapidamente, a acessibilidade 
às redes subterrâneas e a praticidade na manutenção. 
Godinho (2009), se for seguido alguns requisitos básicos, como uma sub-base bem 
executada, blocos de qualidade e assentamento correto, um pavimento pré-fabricado de 
Betão pode chegar a 25 anos de vida útil. 
 Além das vantagens que este material possui, ele se destaca pela sua eficiência 
ambiental, pois existe a possibilidade de usar resíduos em sua composição e o bloco é 
semi-permeável, contribuindo na drenagem urbana. 
 Atualmente é possível encontrar uma grande diversidade de modelos, tamanhos e cores 
de peças. 
Propriedades do pavê, conforme (Junior, 2007): 
 Apresenta menor absorção da luz solar, evitando, o desconforto da elevação 
exagerada da temperatura ambiental; 
 Podem ter, simultaneamente, capacidade estrutural e valor paisagístico; 
 Permite fácil reparação quando ocorre recalque no subleito que comprometa a 
capacidade estrutural do pavimento; 
 Possibilita fácil acesso a serviços subterrâneos, e o reparo não deixa marcas 
visíveis; 
 Os pavês podem ser reutilizados; 
 Não necessita mão-de-obra especializada; 
 Os materiais chegam até a obra prontos para a aplicação 
 Liberação rápida do trafego, logo após a conclusão. 
16 
 
1.2.2. Estrutura do Pavimento pré-fabricado de Betão 
Senço (1997 apud D’AGOSTINI, 2010), o pavimento é a estrutura construída sobre a 
terraplenagem e destinada, econômica, técnica e simultaneamente a: 
a) Resistir e distribuir os esforços verticais oriundos do trafego; 
b) Melhorar as condições quanto ao conforto e segurança; 
c) Resistir aos esforços horizontais (desgaste), tornando mais durável a superfície 
de rolamento. 
A estrutura do pavê caracteriza-se pelo revestimento em blocos, com alta durabilidade e 
resistência, assentados sobre uma camada de areia, a base, a sub-base e o subleito. O 
revestimento e a areia de assentamento são contidos lateralmente, em geral, por meio-
fio. E o rejuntamento entre os blocos é feito com areia. A figura a seguir mostra uma 
secção transversal típica do pavimento pré-fabricado de Betão. 
Figura 1.2. Estrutura do pavimento 
 
As espessuras das camadas do pavimento, dependem das seguintes características: 
 Intensidade do trafego que circula sobre o pavimento; 
 Características do terreno de fundação; 
 Qualidade dos materiais constituintes das demais camadas; 
A seguir serão descritas as características básicas de cada um destes elementos: 
 
17 
 
a) Subleito 
 O subleito (estrutura final de terraplenagem sobre a qual será executado o pavimento) 
deve estar regularizado e compactado, na altura do projeto, antes da colação das 
camadas posteriores. O subleito será considerado concluído para receber uma base ou 
sub-base quando sua capacidade portante, comumente expressa pelo Índice de Suporte 
Califórnia (ISC), for igual ou maior do que 2% e ter expansão volumétrica 2% ou 
conforme for especificado em projeto. O objetivo é proporcionar uma plataforma de 
trabalho firme, sobre a qual a sub-base e a base possam ser compactadas (Carvalho, 
1998). 
b) Sub-base 
Tiscoski (2009), a sub-base pode ser granular, solo escolhido, solo brita ou tratado com 
aditivos, como por exemplo solo melhorado com cimento Portland. O material da sub-
base também será definido pelo valor de ISC mínimo necessário. 
c) Base 
A base é a camada que recebe as tensões distribuídas pela camada de revestimento e 
tem como função principal proteger estruturalmente o subleito das cargas externas, 
evitando deformações e deterioração da pavimentação (Streck et al, 2002) 
d) Camada de assentamento 
A camada de assentamento tem como objetivo servir de base para o assentamento das 
peças e proporcionar uma superfície regular onde possam colocar as peças e acomodar 
suas eventuais tolerâncias dimensionais (Cruz, 2003). Conforme Hallack (1998 apud 
Müller, 2005) a camada de revestimento possui função estrutural devido à rigidez do 
Betão e também ao sistema de deslocamento individual dos blocos, no entanto existe 
uma pequena deformação na pavimentação, no início de sua utilização oriunda da 
acomodação inicial da camada de assentamento (Saunier 1936), relata que no Brasil a 
camada de assentamento das peças será sempre composta de areia, contendo no máximo 
5% de sílte e argila (em massa) e, no máximo 10% do material retido na peneira de 
abertura de malha 4,8mm. 
18 
 
A forma dos grãos de areia utilizada interfere diretamente no comportamento e na 
deformação da pavimento pré-fabricado de Betão, porque as partículas angulares têm 
maior coeficiente de atrito, o que provoca melhor distribuição dos esforços. 
Tabela 1. 1. Abertura de peneiro 
 
e) Camada de rolamento 
A camada de rolamento possui três etapas de execução, a primeira é o assentamento dos 
blocos, a segunda é o acabamento junto das bordas e meios fios ou qualquer outro tipo 
de interrupção na pavimentação em pavê e a terceira e última etapa é a vibração sobre 
os blocos na área já executada. 
De acordo com Carvalho (1998), o assentamento dos pavês deve ser realizado evitando 
qualquer deslocamento das peças já assentadas e irregularidades na camada de 
assentamento. O colocador deve assentar bloco por bloco, de modo que encoste o novo 
bloco nos já colocados e movimente-o verticalmente para baixo atéencosta-lo na 
acamada de assentamento. O assentamento dos pavês pode ser feito através de 
equipamentos automatizados, em alguns países esta técnica está sendo utilizada há mais 
tempo. 
f) Contenção lateral 
O confinamento lateral, externo e interno, garante tal condição quando houver um 
rejuntamento efetivo das peças de Betão. A contenção deve ser feita através de 
colocação prévia de meios-fios, escorados de forma a suportarem os esforços 
horizontais (Funtac, 1999). 
19 
 
 
1.2.3. Deslocamento dos Blocos 
Knapton (1996 apud Junior, 2007) define o deslocamento dos blocos como a capacidade 
que a associação destes blocos, em um sistema único, adquire de resistir aos 
movimentos de deslocamentos individuais. A resistência aos deslocamentos que cada 
bloco adquire nas direções horizontais, verticais e rotacionais em relação aos blocos 
vizinhos caracteriza o princípio do deslocamento do pavimento. O referido autor 
descreve o deslocamento horizontal como a impossibilidade de um bloco se deslocar 
horizontalmente em relação aos blocos vizinhos e contribui na distribuição dos esforços 
de cisalhamento horizontal sob a atuação do tráfego, principalmente em áreas de 
aceleração e frenagem. 
As juntas quando preenchidas com areia e compactadas, são as responsáveis pelo bom 
desempenho do deslocamento do pavimento, por isso ele independe dos formatos dos 
blocos. 
1.2.4. Modelo de Assentamento 
Hallack (1998 apud Müller, 2005) relata que o modelo de assentamento escolhido vai 
influenciar tanto na estética do pavimento como no seu desempenho, no entanto não 
existe um consenso entre pesquisadores sobre a interferência do tipo de assentamento 
em sua durabilidade. 
O assentamento de blocos intertravado conhecido como “espinha-de-peixe”, possui 
melhores níveis de desempenho, apresentando menores valores de 26 deformação 
permanente associados ao trafego, já os pavimentos tipo fileira apresenta maiores 
deformações permanentes, principalmente quando o assentamento for paralelo ao 
sentido do tráfego (Shackel,1990 apud Müller, 2005). 
20 
 
Figura 1.3. Modelos de configurações para o assentamento 
 
1.2.5. Formato dos pavês 
 Os pavês podem ser fabricados com qualquer formato. Alguns modelos se destacam 
por serem mais utilizados. Os pesquisadores não entraram num consenso sobre qual o 
melhor formato dos pavês. O único requisito recomendado com relação ao formato dos 
blocos é que ele seja capaz de permitir o assentamento em combinação bidirecional. Na 
tabela, apresentam-se alguns dos formatos possíveis para pavês. 
21 
 
Tabela 1.2. Formatos de pavês 
 
A. Peças de concreto segmentadas ou 
retangulares, com relação 
comprimento/largura igual a dois 
(usualmente 200mm de 
comprimento por 100mm de 
largura), que interlaçam entre si 
nos quatro lados, capazes de 
serem assentadas em fileiras ou 
“espinhas-de-peixe” e podem ser 
carregados facilmente com apenas 
uma mão. 
 
B. Peças de concreto com tamanho e 
proporção similares aos da 
categoria A, mas que entrelaçam 
entre si somente em dois lados, e 
que só podem ser assentadas em 
fileiras. Podem ser carregados 
com apenas uma mão e 
genericamente têm o formato e, 
“I”. 
 
C. Peças de concreto com tamanhos 
maiores do que as anteriores, que 
pelo seu peso e tamanho não 
podem ser carregados com apenas 
uma mão, com formatos 
geométricos característicos 
(trapézios, hexágonos, triedros, 
etc....), assentados seguindo-se 
sempre um mesmo padrão, que 
nem sempre conforma fileiras 
facilmente identificáveis. 
Fonte: Hallack (1998 apud Müller, 2005). 
22 
 
1.2.6. Equipamentos Para a Fabricação 
Para a fabricação dos pavês inúmeros fatores podem interferir na qualidade dos blocos, 
como o tipo de máquinas e equipamentos, 28 os materiais utilizados, a sua dosagem, 
entre outros. 
Hood (2006), conhecer as propriedades requeridas, os materiais que compõem, a 
execução da dosagem e o processo de produção é fundamental para obter sucesso. 
 Os equipamentos e máquinas utilizados para a fabricação dos blocos são chamadas de 
vibro-prensas multifuncionais, ou seja, são máquinas que produzem artefatos de 
cimento Portland. Essa denominação advém do tipo de mecanismo empregue para fazer 
com que o material de dosagem penetre e preencha as fôrmas de aço do equipamento. 
Esses equipamentos produzem em escala e tem os seguintes benefícios: o controle de 
homogeneidade das resistências mecânicas, textura e dimensões que podem ser 
exercidos durante a fabricação dos produtos (Smith, 2003). 
Beaty & Raymond (1995), variedades de vibro-prensas têm sido patenteados em todo 
mundo, desde a década de 1970. A seguir serão apresentados alguns tipos de vibro-
prensas, classificadas conforme seu processo de desforma. 
 Vibro-prensa tipo poedeira 
São equipamentos que possuem pneus ou trilhos e permitem uma movimentação livre. 
O próprio piso onde se movimentam é utilizado para fazer a desforma dos blocos. Para 
fabricar blocos com este tipo de equipamento é necessário um grande espaço horizontal 
e necessita de grande quantidade de mão-de-obra nas etapas de transporte para a 
estocagem final dos blocos, por esse motivo este equipamento não é muito utilizado 
(Balado, 1965). 
 Vibro-prensa com deforma sobre paletes 
Este equipamento utiliza a mesa das máquinas para efetuas as operações de 
desmoldagem. A desforma é feita sobre os paletes que alimentam de forma manual ou 
automática o equipamento a cada ciclo de fabricação. Os paletes são recolhidos e 
dispostos em prateleiras especiais ou colocados em áreas pré-determinadas para iniciar 
o período de cura. 
23 
 
A capacidade produtiva dos equipamentos com desforma sobre os paletes é 29 definida 
pelo seu tamanho, tipo de acionamento de vibração e prensagem (pneumática ou 
hidráulica), potência e tipo de vibradores empregados. Um fator diferenciador é o 
sistema de alimentação do Betão à máquina permite manter a constância e 
homogeneidade de produção. Com essas características o equipamento define sua 
produtividade por unidade de ciclo de produção. A forma geométrica, volume de Betão 
por bloco, altura e superfície de contato entre o bloco e a fôrma da máquina também 
influenciam no desempenho dos blocos produzidos (Lilley, 1991). 
 Vibro-prensa com deforma de multicamadas 
Neste tipo de equipamento a operação de desmoldagem é feita em camadas. 
 Este equipamento é o mais moderno, é um avanço na fabricação de blocos, pois os 
mesmos saem do equipamento, previamente arrumados, no próprio palete, sendo este 
transportado diretamente à obra. 
As vibro-prensas tem influência na energia de compactação e afetam a resistência a 
compressão dos blocos. Existem diferenças no desempenho dos equipamentos 
disponíveis no mercado. 
Oliveira (2004 apud Pettermann, 2006) relata que desde que não prejudique na 
desforma e altere no formato do bloco, a quantidade de água ideal é a máxima possível 
compatível com o equipamento. 
1.3.Tecnologias e materiais de construção 
1.3.1. Tecnologias 
Procedimentos de Construção 
Shackel (1990) fornece detalhadamente os procedimentos de construção e de 
manutenção dos pavimentos pré-fabricados de Betão, bem como as especificações para 
cada material utilizado. 
As peças de Betão são assentadas, manual ou mecanicamente, sobre a camada de areia e 
compactadas; em seguida espalha-se a areia para o preenchimento das juntas e 
compacta-se as peças novamente até que as juntas estejam totalmente preenchidas com 
24 
 
areia. Dessa forma, o deslocamento das peças, estado desejável para o bom desempenho 
do pavimento, é obtido (Hallack, 1998).Figura 1.4. Processo de montagem de pavê 
 
Figura: procedimento de construção. (Madrid & Londoño, 1986). 
1.3.2. Materiais 
Para a fabricação da peça de pavê são utilizados normalmente os seguintes materiais: 
cimento Portland, agregados graúdos, agregados miúdos e água. Ocasionalmente são 
utilizados adições minerais e aditivos químicos. 
Cimento Portland 
O cimento utilizado para fabricação dos pavês deve respeitar as normas, 
independentemente do tipo de cimento. Geralmente as industrias utilizam o cimento de 
alta resistência inicial resistente a sulfatos, o pozolânico ou o composto com pozolana. 
 Conforme Pettermann (2006) o cimento influencia muito na resistência mecânica, 
porém as regulagens, o tipo de equipamento utilizado, as formas de vibração também 
são importantes e tem influência na resistência dos pavimentos. 
 De acordo com as características do equipamento e do tempo e forma de vibração, os 
pavês podem ter uma capacidade maior (Oliveira, 2004 apud Pettermann, 2006), relata 
25 
 
que o consumo muito elevado do cimento pode dificultar a produção dos blocos, em 
função de níveis de coesão muito elevados. 
Agregado Graúdo 
 Os agregados graúdos utilizados na fabricação dos pavês são resultantes do britamento 
de rochas estáveis (brita “0” ou “1”). Estes são os mais indicados por apresentarem, 
geralmente, uma melhor aderência com a pasta de cimento, favorecendo a obtenção de 
resistências mecânicas mais elevadas (Cetur, 1998). 
Agregado Miúdo 
Na fabricação de pavê, pode-se utilizar agregados miúdos artificiais, como pó de brita 
basalto, proveniente do processo de britamento de rochas estáveis para produção de 
agregados graúdos. Estes são os menos utilizados, pois em determinadas regiões não se 
tem a disponibilidade deste material e o formato mais anguloso e alongado dos grãos, 
dificulta a moldagem dos blocos e também requer mais pasta de cimento para produzir 
misturas mais trabalháveis (Pettermann, 2006). 
Abi-ackel (2009), normalmente os fabricantes utilizam areias médias, com módulos de 
finura variando entre 2,5 e 3,2 evitando areias grossas que dificultam a compactação 
devido ao fenômeno de interferência entre partículas. 
Água 
A água para a fabricação dos pavês deve estar isenta de substancias que possam 
prejudicar as reações de hidratação do cimento. 
CAPITULO II: Analise e Interpretação dos Resultados 
O processo de estudo das causas de destruição da rua de pavê foi dividido em duas 
fases. 
A primeira fase foram estudadas as primeiras ruas de pavês confeccionadas na cidade de 
Nampula (rua Dar-is-salaam): Trafego, materiais (pavê, contenção lateral, localização 
geográfica, camada de assentamento) e técnicas de construção (modelo de 
assentamento, afastamento entre as peças); a segunda fase foi estudado o principal 
objeto de estudo (o pavê da rua da França). 
26 
 
1. Trafego 
Faz-se uma caracterização com a da rua Dar-is-salaam, esta localiza-se no centro da 
cidade e recebe um trafego leve (veículos leves e semi-pesados). A rua da França 
localiza-se nos extremos da cidade concretamente no bairro de Carrupeia e ela é usada 
muitas vezes como alternativa A.v do Trabalho, facto este faz com que não tenha 
limitações no tipo de trafego (leve e pesado). 
Tabela 2.1. Comparação de trafego num período de dois(2) dias e duas horas por cada. 
Rua Tempo de 
Observação 
Trafego 
Leve Médio Pesado 
França 2 h 15 26 9 
Dar-is-salaam 2h 35 8 0 
 
Gráfico 1.1. Trafego – Rua da França 
 
 
 
 
 
Leve
30%
Médio
52%
Pesado
18%
0%
Trafego - rua da França 
27 
 
Gráfico 1.2. Trafego – Rua Dar-is-salaam 
 
A Rua da França constitui o coração dos bairros (Carrupeia, Namicopo, Napipine e 
Motomote) no transporte de bens e não só como também os camiões pesados que 
transportam mercadoria para armazéns das ruas (Novachave e Unidade), factos estes 
que levam a rua da França a degradar-se rapidamente embora seja nova (dois anos após 
a inauguração) comparativamente a rua Dar-es-salaam construída na década 90 (cerca 
de 20 anos após a inauguração). 
Figura 2.1. Trafego 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
Leve
81%
médio
19%
pesado
0% 0%
Trafego - rua Dar-is-salaam
28 
 
2. Materiais 
O pavê usado para pavimentação da rua Dar-is-salaam foi importado da África do Sul 
segundo fontes do conselho municipal (fonte oral do trabalhador que assistiu a 
construção); foi feito um ensaio prático que consistiu em golpear com marreta de 5Kg 
as peças de pavê. Depois de vários golpes, o pavê da rua Dar-is-salaam manteve-se 
intacto enquanto que o pavê usado na rua da França destruiu-se depois do quarto golpe. 
Este factor contribui na fácil degradação da rua da França duque a rua Dar-is-salaam. 
3. Localização geográfica 
A rua Dar-is-salaam localiza-se numa das zonas altas da cidade de Nampula, onde as 
aguas das chuvas iniciam o seu percurso o que não permite acumulação de grandes 
quantidades e não só, como também as valas de drenagem lançam as aguas directamente 
para sarjetas ligadas a manilhas subterrâneas que escoam as aguas para o rio Muhala. 
A rua da França encontra-se numa zona baixa (próxima do rio Carrupeia), está recebe 
aguas provenientes da zona cimento da cidade (rua da Unidade e Namicopo e aguas 
provenientes da CFM). As valas de drenagem desta rua são estreitas e superficiais que 
permite acumular na superfície da pavimentação da rua agua das chuvas. 
A rua da França faz-se o escoamento directo das aguas para o rio Carrupeia o que faz 
com que facilite cortes constantes na ligação entre as duas partes do rio (ponteca) como 
aconteceu na chuva da semana 29/12/2017. 
Figura 2.2. Interrupção do trafego 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
29 
 
4. Técnicas de construção 
4.1.Modelo de assentamento 
Segundo Shackel (1990), os modelos de assentamento tipo “espinha-de-peixe”, 
possuem maior nível de desempenho, apresentando menores valores de deformação 
permanentes associados ao trafego, enquanto observam-se maiores deformações 
permanentes em pavimentos com modelos de assentamento tipo “trama”. 
A rua da França foi confeccionada com dois modelos de assentamento “espinha-de-
peixe e trama”. Observa-se que a rua tem maiores deformações em locais onde usou-se 
o modelo de assentamento tipo trama, o que facilita a degradação da rua. 
Figura 2.3. Modelo de assentamento tipo “Trama” 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
Figura 2.4. Modelo de assentamento tipo “espinha-de-peixe” 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
30 
 
4.2. Camada de assentamento 
Segundo Adah (2004), a espessura de camada de assentamento interfere diretamente na 
deformação do pavimento; e a espessura varia de 3-5 cm. Se a espessura for inferior a 3 
cm à rotura da peça, e se for maior que 5 cm à deformação do pavimento. 
Na rua da França observou-se que a camada de assentamento é de 7 cm o que 
ultrapassou o recomendado por Adah 2004, isso faz com que haja uma rápida 
degradação do pavimento. 
Tabela 2.2. Nível de danificação segundo espessura da camada de assentamento 
Item Espessura da camada 
de assentamento (cm) 
Nível de 
danificação 
Percentagem 
(%) 
Adah 2004 3-5 Baixo 2-5 
Rua Dar-is-
salaam 
3,5-5 Baixo 6-10 
Rua da França 7-8 Alto 31-38 
Figura 2.5. Camada de assentamento da rua da França 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
31 
 
4.3. Contenção lateral 
A contenção lateral do pavimento da rua da França foi confeccionado usando sarjetas 
para o travamento do deslocamento horizontal do pavimento; e tratando-se de uma zona 
baixa da cidade onde existem bastante erosões em tempos chuvosos, as sarjetas tornam-se vítimas das aguas das chuvas, isto facilitando na destruição da rua de pavê. Observa-
se também na rua da França foi confeccionada uma contenção lateral antes do assentado 
das peças de pavê, o que originou afastamentos maiores no pavimento antes da sua 
utilização. 
Figura 2.6. Contenção lateral 
 
Fonte: elaborado pelo autor. 
5. Manutenção de tubagem ao longo da rua 
A rua da França foi confeccionada sobre tubagens da rede pública; a tubagem que passa 
pela rua da França é de maiores dimensões que abastece os bairros de Namicopo, 
Carrupeia e da continuidade até ao posto de tratamento e elevação de Namicopo. Muitas 
vezes está tubagem sofre roturas jorrando ou deitando aguas em grandes quantidades e 
afecta o pavimento. Como também a reparação da tubagem faz com que se mecha a 
estrutura do pavimento. Esta reposição não obedece os critérios técnicos de construção. 
32 
 
Figura 2.7. Pavimento após a manutenção de tubagem 
 
Fonte: elaborado pelo autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
CAPITULO III: Conclusão e Recomendação 
Neste capitulo será apresentada a conclusão e recomendação do pavimento da rua da 
França – Cidade de Nampula. 
1. Conclusão 
Da revisão bibliográfica feita verifica-se estudos importantes nos quais analisa a 
destruição do pavê da rua da França, dando a possibilidade de pesquisar as respostas dos 
materiais constituintes deste pavimento. 
Comparando-se os resultados obtidos neste trabalho, chega-se a conclusão que: 
 O pavimento da rua da França está tendo uma degradação rápida. 
 
 A camada de assentamento do pavimento deixa a desejar, pois, foi mal 
dimensionada usando-se espessura de 8cm. 
 O pavimento da rua da França possui contenção lateral, que permite deslocamento 
horizontal das peças. 
 
 O pavimento recebe constantes manutenção de tubagens de rede pública. 
 
 As valas de drenagem são deficientes na recolha das aguas pluviais. 
2. Recomendação 
Apresenta-se de seguida algumas sugestões que se julga serem pertinentes para o 
desenvolvimento futuro do trabalho: 
 Avaliar a instabilidade do solo da zona; 
 Fazer-se uma avaliação no comportamento de absorção de agua do pavimento; 
 Deve ter estrutura de contenção lateral e drenagem antes da colocação das peças e 
devem ser bem projectados e confeccionados; 
 Deve fazer-se uma remoção e recolocação do material da rua da França, para que 
haja uma boa viabilidade; 
 O pavê tem que ser fabricado de acordo as normas técnicas nacionais caso não as 
internacionais; 
34 
 
 Que as empresas de construção tomem cuidado no confeccionamento da estrutura 
do pavimento; 
 Que os projecto de assentamento de pavê, use o modelo de assentamento tipo 
espinha-de-peixe; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Bibliografia 
 
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https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nampula_(província).Acesso a 03 de Janeiro de 2018 
as 18:30. 
 
 
 
 
38 
 
 
Instituto Médio Politécnico 
IMEP 
 
 
 
 
Construção Civil 
 
Patologias no Pavimento Pré-fabricado de Betão (pavê), Rua da França, 
Carrupeia – Nampula 
 
 
 
 
 
Aly Mustafá AlyAzito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula 
2018 
39 
 
 
Instituto Médio Politécnico 
IMEP 
 
Construção Civil 
 
Patologias no Pavimento Pré-fabricado de Betão (pavê), Rua da França, Carrupeia 
– Nampula 
Aly Mustafá AlyAzito 
 
Orientador: Eng. Bonifácio Ambone 
 
Monografia Submetida ao Instituto 
Médio Politécnico, Nampula; em 
parcial cumprimento dos requisitos 
para a obtenção do grau Técnico 
Médio 
 
 
Nampula 
2018 
40 
 
Avaliação Final – Parecer do Orientador 
Bonifácio Ambone, orientador do instituto Médio Politécnico de Nampula (IMEP), 
vem na qualidade de orientador da Monografia submetida por Aly Mustafá Aly Azito, 
com o tema "Patologias do pavimento pré-fabricado de Betão (pavê), rua da França 
– Carrupeia- Nampula". Declara que trabalhos previstos no âmbito da sua monografia 
foram concluídos com sucesso. 
Assim, o trabalho apresentado pelo candidato reúne a qualidade cientifica e as 
condições necessárias para que o aluno seja submetido à prova de defesa para obter grau 
de Técnico Médio. 
 
Instituto Médio Politécnico – Nampula, 12 de Fevereiro de 2018 
 
_____________________________ 
(Eng. Bonifácio Ambone)

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