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Viscosidade e Densidade de Líquidos Turma: BQ2 Componentes: Assinatura MARCELLE CORRÊA FELICIANO ____________________________ THAISA RIBEIRO ANGELOS ____________________________ MÁRCIA ALAYNE DA S. DE JESUS ____________________________ JOÃO VITOR VARANDA DA SILVA ____________________________ ÁGATHA STOIANOF ____________________________ Química Geral Experimental II Luciana Valiate Resumo Densidade é a relação entre a massa e o volume de um material a uma dada pressão e temperatura. Essa relação pode ser expressa pela fórmula: ρ = m ÷ V No SI, sua unidade é o kg/m3, no entanto, as mais utilizadas são g/cm3 e g/mL. O volume é uma grandeza física que varia com a temperatura e a pressão, o que significa que, consequentemente, a densidade também dependerá da temperatura e da pressão do material. A viscosidade de um fluido é a resistência à deformação ou ao escoamento. Ela tende a diminuir com o aumento da temperatura, enquanto a variação da pressão exerce efeitos mínimos. Existem mais de uma definição para a viscosidade, entretanto, as abordadas nesta prática são a viscosidade absoluta e a viscosidade cinemática. A absoluta, também chamada de coeficiente de viscosidade dinâmica, pode ser medida através de um fluido de referência em conjunto com medidas de tempo de escoamento de um líquido e sua densidade. Nesta prática, o fluido de referência escolhido foi a água, cuja viscosidade é tabelada. Sua unidade no SI é o Pa.s e sua fórmula é expressa como: µ = (µágua × t × ρ) ÷ (tágua × ρ água) A cinemática é obtida através da razão entre a viscosidade absoluta e a densidade do líquido, tendo como unidade usual o cm2/s: Ѵ = µ ÷ ρ Objetivo Determinar a densidade e a viscosidade de líquidos e sólidos. Materiais utilizados Água destilada; Alumínio; Ferro; Solução glicerina/água (1:1); Solução saturada de NaCl; Balança analítica eletrônica empregada na aferição das massas; 3 balões volumétricos de 100 mL empregados no armazenamento dos líquidos; 2 béqueres, um de 50 mL e outro de 150 mL, empregados na transferência dos líquidos e sólidos; Bureta de 10 mL empregada na medição e escoamento dos líquidos; Pipeta volumétrica de 50 mL empregada na transferência dos líquidos; Pipetador de três vias acoplado à pipeta, empregado na sucção dos líquidos; 2 provetas, uma de 50 mL e outra de 100 mL, empregadas na medição do volume de água destilada. Procedimento experimental e resultados obtidos 4.1. Densidade dos líquidos Nesta prática, os líquidos escolhidos para determinar a densidade foram a água destilada, a solução saturada de NaCl e a solução glicerina/água (1:1). Para isso, inicialmente, 3 balões volumétricos de 100 mL foram pesados na balança analítica eletrônica e suas massas anotadas. Retiraram-se os balões da balança e cada um foi avolumado com um líquido até atingir o menisco e pesados cheios. Suas massas foram anotadas novamente. Para determinar a massa de cada líquido bastou subtrair a massa dos balões vazios pela massa dos balões contendo os líquidos, como apresentado na Tabela 1. Tabela 1 – Massa dos líquidos. Líquido Massa do balão volumétrico vazio (m1) Massa do balão volumétrico contendo o líquido (m2) Massa do líquido (m2 – m1) Água destilada 64,4033 g 163,7717 g 99,3684 g Solução saturada de NaCl 59,9211 g 177,8850 g 117,9639 g Solução glicerina/água 60,7727 g 173,0163 g 112,2436 g Logo em seguida os líquidos foram transferidos para béqueres de 150 mL e, utilizando o termômetro de mercúrio, suas respectivas temperaturas foram medidas (Tabela 2). Tabela 2 – Temperatura dos líquidos. Líquido Temperatura Água destilada 24 ºC Solução saturada de NaCl 24 ºC Solução glicerina/água 24 ºC Através dos dados obtidos foi possível determinar a densidade de cada líquido, onde m equivale à massa apresentada na Tabela 1 e V ao volume do balão volumétrico utilizado: Água destilada ρ = m ÷ V ρ = 99,3684 ÷ 100 ρ = 0,9936 g/mL Solução saturada de NaCl ρ = m ÷ V ρ = 117,9639 ÷ 100 ρ = 1,1796 g/mL Solução glicerina/água ρ = m ÷ V ρ = 112,2436 ÷ 100 ρ = 1,1224 g/mL 4.2. Densidade dos sólidos Ferro e alumínio foram os sólidos escolhidos para determinar a densidade. Para isso, em um béquer de 50 mL, utilizando a balança analítica eletrônica, pesou-se a massa dos sólidos (Tabela 3). Tabela 3 – Massa dos sólidos. Sólido Massa Ferro 4,1368 g Alumínio 10,1280 g Em uma proveta de 50 mL foram adicionados 25 mL de água destilada e transferida a massa de ferro. Em outra proveta de 100 mL foram adicionados 50 mL de água destilada e transferida a massa de alumínio. Ao transferir os sólidos, ocorreu uma diferença no volume das buretas, chamada de ΔV e calculada na Tabela 4. Tabela 4 – ΔV dos sólidos. Sólido Volume da bureta sem o sólido (V1) Volume da bureta com o sólido (V2) ΔV = V2 – V1 Ferro 25 mL 26 mL 1 mL Alumínio 50 mL 51,9 mL 1,9 mL Através dos dados obtidos foi possível determinar a densidade de cada sólido, onde m equivale à massa apresentada na Tabela 3 e V ao ΔV apresentado na Tabela 4: Ferro ρ = m ÷ V ρ = 4,1368 ÷ 1 ρ = 0,0413 g/mL Alumínio ρ = m ÷ V ρ = 10,1280÷ 1,9 ρ = 5,3305 g/mL 4.3. Viscosidade dos líquidos Utilizando os resultados obtidos no subitem 4.1. foi escolhido determinar a densidade dinâmica da solução saturada de NaCl e da solução de glicerina/água (1:1). Com isso, empregou-se 3 vezes os procedimentos a seguir para cada solução e para a água destilada. Para início, uma bureta de 10 mL foi zerada com o líquido a ser analisado. Colocou-se um béquer de 50 mL abaixo da bureta e preparou-se o cronômetro. Assim que o registro foi aberto, o cronômetro foi acionado. O tempo necessário para que houvesse completo escoamento dos líquidos foi apresentado na Tabela 5. Tabela 5 – Tempo de escoamento dos líquidos. Solução Tempo de escoamento (T1) Tempo de escoamento (T2) Tempo de escoamento (T3) Tempo de escoamento médio Água destilada 8,48 s 8,02 s 9,95 s 8,81 s Solução saturada de NaCl 8,61 s 8,42 s 8,15 s 8,39 s Solução glicerina/água 11,68 s 12,76 s 14,09 s 12,84 s Através dos dados obtidos foi possível determinar a viscosidade dinâmica das duas soluções. Para tal, primeiramente foi necessário calcular a viscosidade absoluta e, então, aplicá-la na fórmula da viscosidade dinâmica: Solução saturada de NaCl µ = (µágua × t × ρ) ÷ (tágua × dágua) µ = (0,9111 × 8,39 × 1,1796) ÷ (8,81 × 0,9973) µ = 1,0262 Pa.s Ѵ = µ ÷ ρ Ѵ = 1,0262 ÷ 1,1796 Ѵ = 0,8700 cm2/s Solução glicerina/água µ = (µágua × t × ρ) ÷ (tágua × dágua) µ = (0,9111 × 12,84 × 1,1224) ÷ (8,81 × 0,9973) µ = 1,4944 Pa.s Ѵ = µ ÷ ρ Ѵ = 1,4944 ÷ 1,1224 Ѵ = 1,3315 cm2/s Conclusão A partir dos experimentos realizados foi possível determinar a densidade e a viscosidade dos líquidos e dos sólidos. Na determinação da densidade, calculou-se a razão entre a massa e o volume dos líquidos e sólidos. No caso dos sólidos, foi necessário considerar o V como a diferença de volume das provetas com e sem os mesmos. A fórmula leva a concluir que a densidade é inversamente proporcional ao volume, ou seja, quanto menor o volume ocupado por determinada massa, maior será a densidade. Na determinação da viscosidade cinemática dos líquidos, mediu-se o tempo médio de escoamento de cada um e calculou-se suas respectivas viscosidades absolutas, utilizando na fórmula a viscosidade, a densidade e o tempo de escoamento do fluido de referência escolhido, a água. As viscosidades da água são facilmente encontradas na literatura para uma ampla faixa de temperaturas e, por isso, trata-se de uma boa escolha como líquido de referência.Por fim, através da razão entre a viscosidade absoluta e a densidade dos líquidos em análise calculou-se a viscosidade cinemática. Um erro comum é presumir que líquidos com tempos de escoamento maiores são necessariamente mais viscosos do que outros com tempos menores. Entretanto, a fórmula da viscosidade absoluta leva a concluir que o que determina a viscosidade não é somente o tempo de escoamento, mas sim, seu produto com a densidade do líquido. Além disso, a temperatura é uma grande influência nos resultados, pois, dependendo da temperatura, o tempo de escoamento altera, alterando também o resultado da viscosidade absoluta. Em altas temperaturas ocorre a diminuição da viscosidade, onde as moléculas do líquido movimentam-se mais rápido e a atração entre elas diminui, o que significa que não gastam tanto tempo em contato umas com as outras. Bibliografia RUSSEL, J.B.. Química Geral. v 1. 2°ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1994. LENZI, E. et al. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro. Freitas Bastos, 2004. MOURA JUNIOR, C. F. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE E DA VISCOSIDADE. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/5196362/determinacao-de-densidade-e-de-viscosidade-2>. Acesso em: 02 abr. 2018. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: DENSIDADE E VISCOSIDADE. Disponível em: <http://www.iq.unb.br/images/downloads/apostilas/Apostila_-_Quimica_Geral_Experimental_-_1-2014-Parte2.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2018.
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