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A Criança de 0-3 anos Profª. Drª. Rafaela de Almeida Schiavo O Neonato As primeiras quatro semanas de vida são o período neonatal- período de transição da vida intrauterina para a vida externa. Um neonato ou recém-nascido tem em média cerca de 50 cm de comprimento e pesa aproximadamente 3,4 kg. Ao nascer 95 % dos bebês pesam entre 2,5 e 4,5 kg e medem entre 45 e 55 cm de altura. Avaliação médica e comportamental inicial Teste de Apgar (medico) avalia 5 sinais: frequência cardíaca, respiração, musculatura, reflexos e cor da pele. Cada item vale 2 pontos e um bebê com nota máxima alcançará 10 pontos. Na repetição do teste 5 minutos depois, o bebê que atingir 7 pontos é considerado em boas condições; 4 pontos ou menos indicam que sua adaptação deverá ser observada, com acompanhamento cuidadoso. Se o bebê é prematuro, receberá cuidados especiais numa unidade de tratamento intensivo neonatal, onde será colocado em uma incubadora que lhe dará condições para que complete sua maturação e se adapte à vida fora do útero. Reflexos Bebês: nascem com muitos reflexos. Reflexos: reações físicas desencadeadas involuntariamente por estímulos específicos. Presentes - crianças normais (nascimento). A maioria desaparece entre o 3º e o 6º mês. Muitos permanecem: flexão do joelho, piscar automático, estreitamento das pupilas (luz). 6 6 Reflexos Adaptativos: auxiliam o bebê a sobreviver Desaparecem: Reflexos de sugar e engolir Reflexo de busca: auxilia na amamentação Reflexo de preensão ou palmar (Resíduo de um passado primitivo) Se mantém Abertura e retraimento da pupila: iluminação Retraimento a estímulos dolorosos 7 7 Auxiliam o bebê a sobreviver. Reflexos de sugar (sucção), engolir, busca (enraizamento – virar automático da cabeça quando tocado na face, que ajuda o bebê a colocar o bico do seio na boca) - não encontrados em crianças maiores e adultos. Retraimento a estímulos dolorosos, abertura e fechamento da pupila - ainda encontrados. Reflexo de preensão ou palmar (importantes na história evolutiva e ainda presentes nos recém-nascidos), encontrado em macacos e chimpazés, sendo muito útil nesses casos, porque o bebê vai se prender ao corpo da mãe ou num galho de árvore (resíduo do nosso passado evolutivo). Reflexo de Marcha: quando se segura um bebê pelas axilas e coloca-se a planta de seus pés em contato com uma superfície, a criança começa a flexionar-se, alternando suas pernas, como se estivesse andando. Reflexos Primitivos: Controlados pelas partes primitivas do cérebro (medula e mesencéfalo) Desaparecem por volta dos 6 meses – se não desaparecer é sinal de problema neurológico Reflexo de Moro ou de abraçamento Reflexo de Babinsky: estica e encolhe os dedos 8 8 Desaparecem por volta dos 6 meses, quando o cérebro está mais desenvolvido. Reflexo de Moro ou abraçamento: o bebê se assusta diante de um som alto e joga os braços para frente e arqueia as costas. É um sobressalto, um susto. Reflexo de Babinsky (após os 6 meses, pode constituir sinal de problema neurológico, sendo instrumento de diagnóstico de neurologistas): estimulando o pé do bebê, ele estica os dedos e depois encolhe. Habilidades Perceptivas Melhores do que os pais acreditam que sejam e melhores do que muitos médicos e psicólogos acreditavam anos atrás. Longo caminho no desenvolvimento de habilidades mais sofisticadas. 9 9 Conjunto surpreendentemente amadurecido de habilidades perceptivas. As habilidades perceptivas dos recém-nascidos são melhores do que os pais acreditam e melhores do que muitos médicos e psicólogos acreditavam anos atrás. Embora haja um longo caminho no desenvolvimento de habilidades mais sofisticadas. Habilidades Perceptivas Focalizar os olhos no mesmo local (24 - 30 cm) Seguir objetos em movimento com os olhos (poucas semanas) Ouvir sons de voz humana Discriminar vozes individuais (mãe) Sentir os quatro gostos básicos: salgado, doce, azedo e amargo Identificar odores corporais familiares: mãe e estranha Habilidades de percepção impressionam: adaptadas para as interações que terá com as pessoas. 10 10 24 cm é a melhor distancia, em semanas segue objetos em movimento com os olhos. Habilidades Motoras Iniciais Não impressionam: Não consegue alcançar as coisas; Não é capaz de manter a cabeça ereta; Não consegue rolar ou sentar-se; Desamparo motor do recém-nascido; Habilidades emergem com rapidez: 1 mês: mantém o queixo afastado do colchão 2 m: dá palmadinhas em objetos próximos 11 11 Sono - RN – poucos ritmos dia e noite em padrões sono (16/18 hs dormindo) dormem quantidades + ou – iguais dia/noite - 6 meses – dormem até 14 hs/dia: padrões de sono noturno, dormem a sesta em horários mais ou menos previsíveis 12 12 Sono A maioria dos bebês (neonatos) passam por diferentes estados do sono e vigília vão do sono profundo ao sono mais leve e depois vigília e o estado manhoso, o ciclo se repete mais ou menos de duas em duas horas. Aspectos do Sono Irregularidade nos padrões: pode ser um sintoma de doença ou problema. Bebês de mães drogaditas: incapazes de estabelecer padrão de sono e vigília. Bebês com danos cerebrais: apresentam a mesma dificuldade. 14 14 Aspectos do sono que interessam aos psicólogos... Choro Sinal importante por parte da criança dizendo que necessita de atenção. Repertório de sons de choro diferentes: dor, fome, raiva, sono... Mães discriminam melhor estes padrões do que os pais. Cólicas: 2 semanas a 3 ou 4 meses: final tarde, início noite – cerca de 3hs 15 15 Pode ser irritante para alguns, mas... As mães reconhecem melhor os padrões por passar mais tempo com as crianças. O choro parece aumenta ao longo das 6 semanas de vida, diminuindo depois. Choro de cólicas: desaparece por volta dos 3 ou 4 meses. Pesquisas: demonstram que bebês de alto risco apresentam choros mais agudos, intensos e penetrantes e que este padrão de choro nestes bebês estão relacionados a escores mais baixos de QI e ao comprometimento do desenvolvimento motor. Amamentação x Mamadeira Amamentação: superior do ponto de vista nutricional. Leite materno: anticorpos importantes, sistema imunológico (menos infecções). Mamadeira: as interações sociais não sofrem efeitos doentios. 16 16 Recém nascido pode se alimentar até dez vezes por dia e depois essa quantidade vai diminuindo, um mês = 5 mamadas. Se a mãe puder dar ao menos uma vez o seio (por conta de questões profissionais), o bebê já se beneficiará com isso. Se puder escolher, os bebês terão mais benefícios com o aleitamento materno. Bebês alimentados com mamadeira correm muito mais risco de doenças e morte: questões de higiene. Desenvolvimento Impulsionado pelo estímulo da maturação biológica e da estimulação social. Sem maturação não há progresso, mas esta por si só não promove o desenvolvimento. Criança: precisa de estimulação de habilidades, orientação, modelos, motivação, elogios por seus êxitos e exigências, afeto e apoio quando fracassa. 17 17 Anamnese... Conduta do Recém-nascido Automatismos e movimentos incontrolados. Processo maturativo: o automatismo vai se transformando em voluntário e o incontrolado em controlado. 18 18 A conduta do recém-nascido está repleta de movimentos incontrolados e automatismos. Controle da conduta: vai passando dos núcleos primitivos para as áreas mais evoluídas do cérebro. À medida que vai ocorrendo o processo maturativo, do centro para a periferia do cérebro, que o elemento automático vai se transformando em voluntário. Fatores que interferem no desenvolvimento do cérebro Elementos do meio: desde a nutrição até a estimulação. Ex. linguagem: não basta a maturação das áreas responsáveis, é preciso requisitos como a alimentação, estímulos físicos e sociais (alimento para os neurônios – estimulação).Níveis mínimos de estimulação garantem níveis mínimos de desenvolvimento. 19 19 Quando se deseja que o desenvolvimento ultrapasse os níveis mínimos, faz-se necessário proporcionar experiências ricas e variadas nos aspectos cognitivo, afetivo e social. Crescimento físico Muito rápido nos dois ou três primeiros anos. Primeiro ano: crianças aumentam o dobro de sua estatura. Entre o primeiro e o segundo ano: diferenças são mais evidentes quanto ao peso, pois triplica em relação ao nascimento. Terceiro ano: crescimentos menores, mas não cessa. 20 20 Na vida intra-uterina e nos dois primeiros anos cresce-se mais depressa. Mudanças nos Ossos Ossos de um bebê: são mais macios. Ossificação: processo de enrijecimento que ocorre até a puberdade, seguindo os padrões céfalo-caudal e próximo-distal. Bebê: à medida que os ossos enrijecem, consegue manipular mais o seu corpo, explora mais o ambiente, torna-se mais independente. 21 21 Ossificação: os ossos das mãos e dos pulsos enrijecem antes dos pés e tornozelos (seguindo os padrões). Com esse processo, o bebê consegue manipular com mais segurança seu corpo, aumentando o alcance da exploração. Mudanças nos Músculos O recém-nascido possui todas as fibras musculares que terá mais tarde. Inicialmente são pequenas, tornando-se mais longas e espessas, até a adolescência. A sequência segue os padrões céfalo caudal e próximo-distal: Ex: primeiro músculo do pescoço … controle musculatura da perna bem posterior 22 22 Inicialmente são pequenas e aquosas, tornando-se mais longas, espessas e menos aquosas, até a adolescência. Desenvolvimento Motor Habilidades Motoras – 3 grupos: Locomotoras: andar, correr, saltar e pular; Não-locomotoras: empurrar, puxar e inclinar; Habilidades manipulativas: agarrar, arremessar, pegar, chutar, movimentar objetos. (Malina, 1982) 23 23 Padrões ou habilidades locomotoras (quadro) Habilidade Motora As crianças nos primeiros dois anos adquirem várias habilidades motoras. Habilidades motoras gerais incluindo as que permitem o bebê se deslocar no ambiente tal como engatinhar e as habilidades motoras finas que envolvem o uso das mãos como empilhar blocos. Estereótipos Rítmicos Exibidos por bebês jovens: grande prazer Padrões de chutar, balançar, abanar, batucar, saltar, esfregar, arranhar, repetidos várias vezes e que parece propiciar prazer. Auge deste padrão: 6 ou 7 meses. 25 25 Embora possam ser percebidos antes deste período. Estes movimentos não parecem involuntários, mas também não parecem voluntários. Psicomotricidade Fonte de conhecimento e expressão dos conhecimentos que já se tem. Meta: controle do próprio corpo até poder extrair as possibilidades de ação e expressão. 26 26 Gerar vivências e emoções através da exploração do meio (movimentos e ações). Desenvolvimento Psicomotor nos dois primeiros anos Recém-nascido: movimentos incontrolados, não coordenados, que ocorrem em “sacudidas” dos braços e pernas. Final desse período: movimentos voluntários e coordenados, controla a posição do corpo e dos membros, capaz de andar e correr. Psicomotrocidade: global (grossa) e depois fina (que se aprimora bastante nos anos pré-escolares). 27 27 Que parte do Desenvolvimento Psicomotor ocorre nos dois primeiros anos? Movimentos que afetam braços e pernas ao mesmo tempo... Isso ocorre devidos as leis próximo-distal e céfalo-caudal... O controle das partes mais afastadas do eixo corporal (punho e dedos) é somente nos anos pré-escolares. Garatujas desordenadas precedem as garatujas em ziguezague que precedem as circulares. Movimento de pinça: habilidade específica, que enrique a psicomotricidade fina, que é um conceito complementar à psicomotricidade grossa (coordenação de grandes grupos musculares, envolvidos na locomoção, equilíbrio e controle postural). A lei proximo-distal explica porque o domínio da psicomotricidade fina é posterior ao domínio da psicomotricidade grossa. Marcos do Controle Postural Controle da cabeça: a sustentação da cabeça em linha de prolongação com o tronco ocorre em torno dos 3 a 4 meses. Coordenação olho-mão: coordenção visomotora - estabelecida em torno dos 3 a 4 meses. Posição sentada: 4 a 5 meses com apoio e 6 a 7 meses sem ajuda. 28 28 Graças aos progressos maturativos e aos estímulos, a criança vai sendo capaz de... Desde o nascimento as crianças conseguem girar a cabeça de um lado para outro quando em decúbito dorsal (barriga para cima) e erguer quando de bruços. Apresenta inicialmente movimentos grosseiros dirigidos a objetos. Marcos do Controle Postural Locomoção antes de andar: ocorrem sobretudo aos 8 meses. Manter-se em pé e caminhar: 9 a 10 meses fica em pé com apoio, e sem, aos 12 meses. Capaz de andar em torno dos 12 a 14 meses. 29 29 Se locomovem de um lugar para outro antes de serem capazes de andar..., engatinham... Manter-se em pé e caminhar: Até os 18 meses consegue correr... É importante ressaltar que estes marcos podem variar de uma criança para outra. Fatores que influenciam no desenvolvimento físico Maturação e Hereditariedade Efeitos ambientais: rotinas, dieta e exercícios Saúde 30 30 Marco inicial do desenvolvimento da linguagem Com cerca de um ou dois meses, o bebê começa a fazer alguns sons de riso e arrulhos. Sons de consoantes aparecem em torno de seis ou sete meses, com frequência combinados com vogal, formando uma espécie de sílaba. Os bebês nessa idade parecem brincar com esses sons repetindo-os várias vezes. Esses sons são chamados de balbucios. O balbucio parece ser uma preparação para a linguagem falada. Em torno de 9 – 10 meses os bebês parecem desenvolver também a linguagem gestual. TEORIA DO APEGO A teoria do apego é um estudo interdisciplinar que abrange os campos das teorias psicológica, evolutiva e etológica. Imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, crianças órfãs e sem lar apresentaram muitas dificuldades, e o psiquiatra e psicanalista John Bowlby foi convidado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a escrever um panfleto sobre o assunto. Posteriormente, ele formulou a teoria do apego. Bowlby Edward John Mostyn Bowlby foi um psicólogo, psiquiatra e psicanalista britânico, notável por seu interesse no desenvolvimento infantil e por seu trabalho pioneiro na teoria do apego. O impulso primário Bolwby estava procurando descartar a teoria do impulso primário que influenciava fortemente o pensamento científico da época. A ideia de impulso primário era associada a alimentação como a razão pela qual a criança desenvolve um forte laço com sua mãe e substituindo-a pelo sentimento de segurança, atribuindo a ela a noção de função biológica de proteção. Foi quando um cientista (Harlow) forneceu a evidência que ele precisava para contestar essa noção. Os estudos de Harry Frederick Harlow Harlow demonstrou por meio de seus experimentos com a mãe de arame/mãe felpuda que os bebês queriam ficar perto de suas mães não somente porque elas eram suas fontes de alimento, desmistificando o mito do amor materno como dispensador de alimento como pensavam os behavioristas da época. Apego Recém-nascidos apegam-se a adultos que são sensíveis e receptivos às relações sociais com eles, e que permanecem como cuidadores compatíveis por alguns meses durante o período de cerca de seis meses a dois anos de idade. Quando um recém-nascido começa a engatinhar e a andar, ele começa a usar as figuras de apego (pessoas conhecidas) como uma base segura para explorar além e voltar em seguida. A reação dos pais leva ao desenvolvimento de padrões de apego; estes, por sua vez, levam aos modelos internos de funcionamento, que irão guiar as percepções individuais, emoções, pensamentos e expectativas em relacionamentosposteriores. Constatações A ausência de contato e de estímulos perturbam os processos de maturação do sistema nervoso. Falta de afeto e de estímulos produzem desordens da organização cerebral. O sistema de apego é ativado para poder manter o contato após o nascimento por meio de comportamentos de protesto como chorar, buscar, bater, quando a mãe se separa. Definição de comportamento de apego Qualquer forma de comportamento que resulta em uma pessoa alcançar e manter proximidade com algum outro indivíduo, considerado mais apto para lidar com o mundo. Exemplo de figuras de apego: mãe, pai, avôs, tios, educadores, outros. Comportamentos de apego Os comportamentos de apego, se referem a um conjunto de condutas inatas exibidas pelo bebê, que promove a manutenção ou o estabelecimento da proximidade com sua principal figura provedora de cuidados, a mãe, na maioria das vezes. O repertório comportamental do comportamento de apego incluí chorar, estabelecer contato visual, agarrar-se, aconchegar-se e sorrir. Base Segura do Comportamento de Apego O termo “base segura”, no contexto da teoria do apego, refere-se a confiança que o indivíduo tem numa figura particular, protetora e de apoio, que está disponível e é acessível. O comportamento de apego será eliciado quando o bebê estiver assustado, cansado, com fome ou sob estresse, levando-o a emitir sinais que podem desencadear a aproximação e a motivação do cuidador. O comportamento de apego trás segurança e conforto e possibilita o desenvolvimento – a partir da principal figura de apego – do comportamento de exploração. Quando uma pessoa está apegada, ela tem um sentimento especial de segurança e conforto na presença do outro, e pode usar o outro como uma “base segura” a partir da qual explora o resto do mundo. 4 fases do apego (J. Bowlby) Pré-apego 0-6 semanas: O bebê prefere estímulos humanos (faces) Ele ainda não reconhece a figura do cuidador Reconhece a voz e o cheiro de sua mãe Não há qualquer apego. Formação do Apego 6 sem – 6/8 Mês: O bebê prefere pessoas ao qual está familiarizado; Recusa estranhos; Possui privilegiada interação com a mãe, sorrindo, chorando e produzindo vocalizações diferenciais na presença dessa. Apego bem definido 6º/8º mês – 18º mês: Quando a figura de apego se afasta, se produz a ansiedade de separação; Medo do desconhecido, buscando refugio na figura de apego; A criança sabe que a mãe continua a existir mesmo que não com ela. Formação de uma relação recíproca 18º/24º mês: A interação com a figura de apego evolui graças as novas capacidades mentais e linguísticas adquiridas pela criança . Os trabalhos de Mary Ainsworth Mary Ainsworth, discípula de Bolwby, criou uma metodologia chamada de Situação Estranha para classificar os tipos de apego que a criança tem para com a mãe. Técnica de Situação Estranha (comportamento das crianças de 12-14 meses) Diante da presença de uma pessoa estranha; Em um ambiente desconhecido; Com ou sem a presença da mãe Reflexos dos sentimentos de segurança e de confiança de acordo com o vínculo de apego estabelecido com a mãe. Procedimento Episódios O experimentador, estranho para ambos, acompanha-os a uma sala de jogos; A mãe se senta e a criança se põe a jogar e a explorar o ambiente; O estranho entra na sala, conversa com a mãe e observa a reação da criança; A mãe sai do local, deixando o estranho com a criança. Observa-se a ansiedade pela separação; A mãe regressa e consola o filho se isso se fizer necessário. O experimentador sai e observa a reação da criança; A mãe sai e a criança fica só. Observa-se a ansiedade de separação; O estranho regressa e consola a criança. Observa-se se a criança pode ser consolada pelo estranho; A mãe volta, consola a criança, observa-se a reação da criança no reencontro na presença da mãe. Categorias de apego de Ainsworth Apego seguro: quando ameaçada a criança busca ajuda na mãe, separa-se com facilidade, é consolada sem dificuldades pela mãe, prefere a mãe a estranhos. Apego inseguro (desinteressado/evitativo): A criança evita o contato com a mãe, não inicia a interação, não tem preferencia nem pela mãe nem por estranhos. Apego inseguro (resistente/ambivalente): A criança explora pouco o ambiente e fica desconfiada da estranha, separa-se com dificuldade da mãe, mas não se consola com facilidade, evita e busca a mãe em momentos diferentes. Apego inseguro (desorganizado/desorientado): Foi uma categoria introduzida por Mary Man no qual o comportamento entorpecido e contraditório, pode se aproximar da mãe evitando o seu olhar, por exemplo.
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