Buscar

Análise de Estágio em Educação Especial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO – EDUCAÇÃO ESPECIAL
O período de observação teve início no dia 10 de agosto de 2009 e encerrou no dia 13 de agosto de 2009. Tendo como sujeitos um grupo de crianças de uma sala de pré-escola com duas crianças deficiente em processo de inclusão, a professora da turma, o corpo técnico-administrativo.
O ambiente onde as aulas ocorreram foi à sala de aula, mas tivemos a oportunidade de conhecer toda a escola.
O espaço escolar deve ser ambiente vivo de interações e, por isto, a estrutura física é peça fundamental no desenvolvimento de novos projetos. Ao observar- mos o aspecto físico, percebemos que Escola UCRI conta com novas e modernas instalações como: Laboratório de Informática, Piscina Coberta, Sala de Música, Biblioteca, uma rádio, Sala de Balé, Judô e Capoeira, dentre outras tudo isso, visando dar suporte ao processo educacional e auxiliar no desenvolvimento de seus alunos.
Para maior conforto e segurança, a escola UCRI conta com todas as suas salas climatizadas e ainda com um sistema de câmeras. Cobrindo 24 ambientes, com monitoramento permanente.
Contudo, quanto aos recursos dispostos, especificamente, para o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais, a escola deixa a desejar, pois a mesma não está preparada para receber alunos com NEE, não tem professores especializados, nem salas de aulas inclusivas, bibliotecas inclusivas, banheiros inclusivos, projeto pedagógico inclusivo, e, principalmente, professores formados em educação especial.
A comunicação dos alunos que não possuem NEE entre si e com as Professoras é muito boa. Mas, a interação dos alunos com necessidades educacionais especiais com os demais alunos dificilmente ocorre, pois, em momento algum os coleguinhas de classe do aluno com autismo, o qual foi o nosso foco, não chegaram perto para brincar nem falar com ele, o mesmo muitas vezes não se interage.
O momento de interação com a professora só ocorria no momento de fazer a tarefinha, a mesma sentava em sua frente e ajudava a fazer.
Antes de iniciar as aulas a professora canta musicas, geralmente duas, logo após conta uma historinha, às vezes com livros, às vezes com fantoche.
Quando utiliza fantoche, sempre havia a interação com os alunos, ela chama um de cada vez para contar uma historia. Depois, passa um filminho, eles vão para o lanche, quando voltam brincam de massinha e logo em seguida ela explica o dever. Após o dever eles assistem filme até a hora da saída.
Observando as aulas pudemos perceber que em nem momento a professora chamava o aluno autista para participar das brincadeiras, as outras crianças nem sequer falam com ele, o mesmo ficava perdido andando pela sala de aula com o dedo no ouvido, pois o barulho o incomodava e ele ficava chorando.
Só houve um momento em que ele participou de uma brincadeira junto com as outras crianças, mas elas nem percebiam sua presença, ele brincava como se estivesse sozinho. A brincadeira foi no parquinho, no escorregador.
No primeiro dia de estágio, a criança com autismo chorou muito, a professora nos disse que ele estava passando por algumas mudanças no comportamento e que ela não estava preparada pra lidar com isso.
A professora nos falou que as crianças com autismo, no gera apresentam dificuldades em aprender a utilizar corretamente as palavras, ainda são observadas alterações na visão, audição, equilíbrio, entre outros. E que o aluno R. não vai desenvolver se continuar ali com ela, pois ele precisa de um professor especial.
A escola não dispõe de psicólogos, nem profissionais preparados em educação especial. A mesma indica um psicólogo para os pais levarem seus filhos.
A observação nos fez perceber uma distância entre o que se fala acerca da inclusão e do cotidiano dos atores do processo educacional. Além disso, percebemos que existem diferentes ações na escola estagiada que, ao invés de incluir, parecem causar a exclusão no processo de escolarização, e isso a partir da Educação Infantil.
Como por exemplo, a falta de educador especializado, acompanhando o professor dentro das salas onde há alunos com NEE, e projetos educativos envolvendo os mesmos.
Pois entendemos que levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado, ignorar as necessidades específicas da criança e esperar que os professores de classe regular ensinem as crianças portadoras de necessidades especiais sem um suporte técnico. Não é inclusão e sim exclusão.
Nenhum funcionário da escola é capacitado para lidar com a inclusão. Assim, uma escola para ser inclusiva não basta ter alunos com NEE, é preciso esta preparada para recebê-los, não só o seu corpo docente, mas todos os seus funcionários. Bem como, sua estrutura e seu projeto pedagógico.
Nesse sentido segundo Ferreira e Ferreira, um dos desafios a serem superados na construção de uma educação inclusiva seria a estruturação de uma política continuada para professores da educação básica na perspectiva da diversidade.
O ministério de Educação e Cultura, por meio da Secretaria de Educação Especial (SEE), em 2003, começou a publicar uma serie pedagógica destinada ao ensino de crianças autistas de zero a seis anos, com comentários sobre a identificação do aluno, avaliação pedagógica e estruturação de uma proposta de ensino.
 
ANEXO
Plano de Estágio das Professoras Elma, Irani, Natasha e Maria
Tema: inclusão
Justificativa: Desenvolver a cooperação e a tolerância e adquirir grande senso de responsabilidade e melhorar o rendimento escolar. Identificando que os espaços sociais não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano
Objetivos
 Ampliar o conhecimento dos alunos com relação à inclusão.
 Levar o aluno a perder o medo e o preconceito em relação ao diferente.
 Socialização da turma com o aluno autista.
Proposta de trabalho:
 Assistir o filme patinho feio. 
 Discutir as cenas do filme centrais para os alunos, estabelecendo a necessidade da inclusão nas salas de aula. 
 Debater também o quanto a diferença entre as pessoas só tem a contribuir para construção de seres humanos melhores. E que para a que a inclusão realmente aconteça só depende de nós.
 Incentivar os alunos a observar as principais cenas do filme. Depois pedir que eles exponham suas opiniões desenhando e contando o que o desenho representa.

Continue navegando