ARTIGO FOTO

Prévia do material em texto

�Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
Luz e Sombra
Ana Paula Pereira da COSTA
Anna Flávia Lima PINHEIRO
Deivi E. OLIARI
Centro universitário Leonardo da Vinci 
RESUMO
A Fotografia artística é um dos meios mais acessiveis e rápidos para gravação e reprodução de manifestações culturais e tendo como objetivo principal deste trabalho exercer os ensinamentos a respeito de luz e sombra apresentados em sala de aula, procurando fugir do comum e passar um pouco de personalidade por meio de uma câmera fotográfica. Utilizamos técnicas e padrões diferentes para conseguir o resultado desejado, o objetivo em si era sair do tradicional.
Palavras-chave 
Fotografia; arte; sentimento; feminilidade.
INTRODUÇÃO
A fotografia artística é a arte de fotografar o que nossas mentes e nosso coração enxerga., é ver mais que a realidade e conseguir captura-la por meio de equipamentos fotográficos, pinturas, desenhos, etc. A muito tempo atrás, só era possível fotografar em preto e branco, com o passar do tempo e com a evolução da tecnologia, foram introduzindo mais cores e vida as fotos produzidas, nos dias atuais, fotografar em preto e branco é questão de opinião, preferência e estilo. A vantagem de fotografar nesse estilo se dá pelo fato de conseguir mais contraste de luz, além de tons de cinza, variando de acordo com a proposta requisitada. 
O ver da fotografia esta além do simples olhar, esta ligado com seus conceitos, ideias, ideais, vivencia, convívio, cultura, e tudo o que faz uma pessoas refletir e possuir uma opinião, tudo está ligado e resulta em um tipo de visão, em um tipo de olhar, que consequentemente acaba o tornando diferente de outras pessoas. Luis Humberto (2000) o olhar fotográfico é um hábito visual seletivo, animado por uma percepção sensibilizada por motivações de diversas origens-filosóficas, culturais e afetivas presentes em todos nós mesmo que nem sempre identificamos de forma nítida.
A sensibilidade é uma das características que mais diferenciam o ser humano de outros seres, conseguir ter um sentimento ao olhar algo que não foi vivenciado pelo mesmo, pode provar essa afirmação. Partindo da defesa de Luis Humberto sobre o olhar fotográfico citado a cima, optamos por criar um ambiente, uma ideia e um conceito que fosse possível compreensão de todos, independente de gênero, classe social, e questões que podem diferencias a identidade e o ver de uma pessoa.
OBJETIVO
A escolha do nu artístico se deu pelo fato de querermos mostrar através da fotografia, de modo cru, toda a delicadeza e mistério envolvidos no tema. A beleza da mulher, atualmente, tem se limitado apenas a padrões impostos pelas mídias e meios de comunicação, e, através da foto, optamos por também passar a ideia de que as proporções do corpo feminino não importam de todo modo, o que mais importa é como e quais efeitos as proporções produzem o resultado final. Uma boa imagem é aquela na qual nos obriga a revê-la e examina-la, além de uma simples foto, o intuito seria passar uma mensagem colocar um pouco de nós mesmas em uma imagem, pois segundo Luis Humberto
“O resultado do agir fotográfico decorre, basicamente, de um ato de escolha, de uma decisão desenvolvida inteiramente no Âmbito do universo pessoal, no tumulto de interações que envolvem componentes políticas, ideológicas, filosóficas, culturais afetivas, informados pelo imprescindível domínio dos meios”. 
Ao fazer de um sentimento algo concreto, deve-se pensar que questionamentos e opiniões irão vir como resultado, levando isso em conta, não queríamos passar nada problemático, ou que pudesse criar uma certa indignação ou estranhamento, preferimos algo simples e poético, escolhemos um clichê adaptado a nossa identidade. Queremos que a clareza obtida no resultado final fosse compreendida por todos.
JUSTIFICATIVA
Usando nossa perspectiva do mundo por trás da imagem reproduzida, nosso conceito é retratar o que há de mais bonito no corpo de uma mulher, o que vai além de sua beleza física, a sua feminilidade, tendo como referencia Peter Coulson, admirado fotógrafo que tem como marca, fotos femininas em preto e branco. Usado como base de estudo, e partindo de uma ideia de introduzir nossa personalidade no trabalho, escolhemos entre diversos ângulos, uma foto de perfil, na qual a modelo esta com o seu rosto inclinado para cima, simbolizando o que pode se dizer empoderamento, sua boca levemente fechada faz conjunto com uma parte do busto, induzindo uma sensualidade, cortando a foto da cabeça até metade do busto, não vemos o rosto detalhado da modelo devido ao fato de querermos mostrar apenas suas curvas, dando a impressão que não precisamos de muito para conhecer a personalidade de alguém.
O pescoço tem certo destaque em conjunto ao restante da composição fotográfica, pois o pescoço é a parte do corpo conhecido como o mais sensível, ao levantar a cabeça passa a ideia de que a modelo não tem receio em fazê-lo. 
A imagem possui um alto contraste, devido aos elementos utilizados, para que assim, o conteúdo da foto ficasse mais destacado, sem outros elementos que tirassem o foco da mensagem inserida. Possuímos sentidos e resultados diferentes para cada ato praticado, isso inclui cada pensamento que temos ao enxergar algo. Colocando em prática conteúdos passados em aula, o resultado foi a conclusão que ao ver uma fotografia colorida, o receptor mantém em sua mente um breve sentimento de alegria, mas ao receptar uma fotografia em preto e branco, que além de ser diferente do que já é acostumado a ver no dia a dia, o mesmo acaba mantendo uma atenção maior, mais cuidado ao examina-la, se vem o sentimento de atenção, drama, contradições, sendo assim, de seriedade.
Equilibrando a ideia de seriedade com sensualidade, mexeu com conceitos, ideias e ideais que criamos na cabeça decorrentes do que já estamos acostumados a ver, fugir do óbvio para passar uma mensagem clichê, mas que ainda sim merece ser vista.
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
	A imagem foi produzida no laboratório de fotografia da UNIASSELVI. A câmera utilizada foi uma Canon Rebel T5, com uma lente 18-55 mm em 24mm, ISO baixo para manter a luminosidade com ar de mistério, com abertura de diafragma em f/11 para não comprometer a luz ambiente. 
O arquivo não foi gerado em Raw, pois se tratando de uma imagem o planejamento não seria editar de forma alguma, não necessitava de um formato sem compressões e com maior capacidade de tratamento digital. Optou-se por utilizar um ângulo fechado e plano próximo, para melhor transmitir os detalhes da fotografia. Fora também utilizado a regra dos terços, que é de grande importância para o enquadramento da fotografia em si. Segundo Michel Babut du Marès,
“Em suma, o essencial é saber que podemos escolher o cenário a nossa vontade. E a nossa escolha consistirá em acentuar, com ajuda desse cenário, a impressão que queremos conferir à nossa fotografia [...] Tudo é questão de intenção!” 
A utilização da iluminação dura teve o intuito de demarcar a silhueta, mostrando o contraste nítido do claro e escuro. Com os contornos no rosto bem marcados, passa seriedade e mistério ao mesmo tempo em que passa sensualidade e ternura, pela soma de composição que existe, entre todos os elementos, desde a posição da modelo, a iluminação, e a expressão de seu rosto a fotografia se tornou harmoniosa e significativamente forte.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
Só foi possível a produção do trabalho, com os conteúdos teóricos e práticos passados em sala de aula, desde a manutenção de uma câmera fotográfica, posicionamento, planos, angulos, luz, iluminação, contraste, até a perspectiva,
O trabalho foi passado com o tema livre, em que podiamos abusar da criatividade. Após o assunto escolhido, mantivemos as duvidas esclarecidas com o professor ao decorrer dos dias até a produção.
 	A escolha do tema foi baseado em debates e argumentações sobre o ser humano em si, assunto na qual ambas do grupo possuiinteresse, levando ao resultado do tema, fotografar a feminilidade. O intuito era conseguir fotografar um plano em que a modelo não tivesse seu corpo a mostra, emas que mesmo assim mantendo osso conceito inicial. Com o decorrer de diversas tentativas, obtvemos o resultado esperado.
Procurando criar uma atmosféra mágica, em que não se tivesse noção de um local específico na qual foi tirado a foto, a cena foi realizada em um local escuro, e com um ponto de luz nao visível, para manter uma ideia de mistério. O fim do processo se manteve o mesmo conceito do inicío, com um breve roteiro do que havia sido criado, foi possível reproduzir com sucesso o conceito inicial.
CONSIDERAÇÕES
A fotografia, sendo como uma linguagem e forma de expressão muito utilizada na atualidade, desde modo de ganho de renda ao aprofundamento artístico sendo utilizado sob qualquer pretexto, resultam em uma busca incessante pelo diferente para se destacar dentre os outros vários fotógrafos emergentes. 
O propósito deste artigo, por fim, foi o de apresentar de forma reflexiva uma fotografia que demanda nada mais que as expressivas curvas femininas, atreladas ao mistério que cada qual possui no intrínseco de seus seres, conciliando os trabalhos e orientações em sala e a criatividade exercitada através dos mesmos. 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
MARÈS, Michel; MARÈS, Jacques. Guia Fotografia: A preto e branco e o laboratório. Livraria Bertrand, Amadora, 1979.
HUMBERTO, Luis; Fotografia: A poética do banal. Editora UnB, Brasília/DF, 2000. 
MARTINS, Nelson; Fotografia: da analógica à digital. Senac editoras, Rio de Janeiro/RJ, 2010.
EWING, William; El rosto humano: El nuevo retrato fotográfico. Art Blume, Barcelona, 2008 
ANEXO
Figura 1 Fotografia Artística "Luz e Sombra"
�PAGE �
�PAGE �6�