Caso 3 - Aula 4 - Consignação em Pagamento

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CABO FRIO – 2018.1
CURSO DE DIREITO – PRÁTICA SIMULADA II – MESTRE RAFAEL TARTARI
CASO 2 - AULA 3 = RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
ALUNA: Kenia Serena Ungaretti dos Santos MATRÍCULA: 2014.02.19710-1
MERITÍSSIMO JUÍZO FEDERAL DO TRABALHO DA ... VARA DO
TRABALHO DE .../UF
(Espaçamento: de 5 a 10 linhas)
LV, pessoa jurídica de direito ..., CNPJ nº..., com sede em ..., CEP,
endereço eletrônico, neste ato representada por seu advogado infra-assinado,
OAB/UF, endereço profissional completo, endereço eletrônico, para fins do
Artigo 105 do CPC, vem a este MM Juízo, respeitosamente, propor a presente
AÇÃO CONSIGNATÓRIA,
pelo procedimento especial dos Artigos 539 e ss do CPC, aplicado ao processo
trabalhista por força do Artigo 769 da CLT nf IN 27/05 do TST, em face de
JOSÉ, nacionalidade, estado civil, recepcionista, genitora, identidade, CPF/MF
nº ..., CTPS nº ..., PIS nº ..., residente e domiciliado à/ao ..., CEP, endereço
eletrônico, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O CPC em seu Artigo 98 prevê a possibilidade de uma pessoa jurídica
gozar do benefício da Justiça Gratuita se não possuir recursos suficientes para
arcar com as custas e demais despesas processuais.
A própria CLT corrobora essa possibilidade em seu Artigo 790, § 4º,
assinalando a necessidade de comprovação de hipossuficiência econômica nesse
sentido.
Assim, a Consignante requer seja-lhe concedido tal benefício e, para tal,
junta o documento nº ... a esta inicial, com o condão de comprovar a insuficiência
de recursos que lhe obsta pagar as custas deste processo.
II - DOS FATOS
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CASO 2 - AULA 3 = RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
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Consignante e Consignatário firmaram contrato de trabalho a 11 de maio
de 2015, para a função de recepcionista, cuja remuneração equivalia a R$1.200,00
(mil e duzentos reais).
No curso do contrato, precisamente na data de 19 de junho de 2016, o
Consignatário afastou-se das funções por motivo de doença, recebendo a partir de
então auxílio-doença, situação que perdurou até 20 de julho de 2016.
Entretanto, passado o limbo, o mesmo não retomou as atividades laborais,
tampouco justificou sua ausência. Ato contínuo, em 30 de julho de 2016, a
Consignante notificou-o com sucesso, conforme aviso de recebimento
(documento nº...).
Perdurando a inércia do Consignatário até 20 de agosto de 2016, publicou-
se edital de convocação em jornal de grande circulação (documento nº...). Ainda
assim, o mesmo não manifestou-se, ensejando a rescisão do contrato de trabalho
por justa causa pautada no abandono de emprego, conforme Artigo 482, “i” da
CLT.
Portanto, para não incorrer em mora, juros e multas cabíveis, diante da
mora accipiendi do Consignatário, é que a Consignante recorre ao judiciário com
o fim de cumprir sua obrigação de pagar os créditos trabalhistas aos quais aquele
faz jus e, então, lograr a extinção da respectiva obrigação.
III - DO DIREITO
O Código Civil, em seu Artigo 334, equipara ao pagamento o depósito
judicial, determinando que este extingue a obrigação originária do débito. Já no
Artigo 335, II, do diploma em comento, elencada como fundamento do referido
meio de cumprimento de obrigação está a mora accipiendi do credor que não vai
receber seu crédito no lugar, tempo e condições devidos, e tampouco manda
alguém fazê-lo.
Nesse esteio é que se apresenta o presente pedido de consignação em
pagamento, posto que os créditos trabalhistas abaixo especificados encontram-se à
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disposição do Consignatário que, todavia, não manifestou-se no intuito de recebê-
las, nem constituiu mandatário para fazê-lo em seu nome, embora tenha sido
devidamente notificado por duas vezes, conforme narrativa fática supra realizada.
Configurados estão, portanto, os fundamentos da presente demanda, sendo
a mesma cabível para fins de que seja quitada e extinta a obrigação devida.
IV - DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS
Em atenção ao Artigo 477, § 2º da CLT, passa-se a discriminar as parcelas
que compõem o pretendido consignado, para esclarecimento do valor líquido que
constará nos pedidos, conforme rege o Artigo 319, IV do CPC.
Importante é recordar que, nos termos do Artigo 146, parágrafo único
da CLT e da Súmula 171 do TST, as férias proporcionais tornam-se indevidas
quando há dispensa por justa causa, bem como há supressão do 13º salário
proporcional em tal caso, de acordo com o Artigo 3º da Lei 4.090/62.
Desta feita, deve-se ao Consignatário:
A) Saldo de Salário de R$ 712,26 (setecentos e doze reais e vinte e seis centavos);
B) Férias Vencidas acrescidas do Terço Constitucional no total de R$ 1.600,00
(mil e seiscentos reais).
Oportunamente, informa-se que as parcelas de FGTS relativas ao extinto
contrato de trabalho encontram-se devidamente depositadas conforme
comprovantes anexos à esta exordial (documento nº...).
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o Consignante requer a esse MM Juízo:
a) A concessão do Benefício da Gratuidade de Justiça;
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b) A procedência liminar do depósito judicial no valor de R$ 2.312,26 (dois mil,
trezentos e doze reais e vinte e seis centavos);
c) A citação do Consignatário para levantar o crédito consignado ou oferecer
contestação, se quiser;
d) A procedência do pedido para declarar extinta a obrigação de pagar originária
do crédito consignado;
e) A determinação ao Consignatário para apresentar sua CTPS para as devidas
anotações e baixa do contrato de trabalho;
f) A condenação do Consignatário ao pagamento dos Honorários Sucumbenciais
na forma do Artigo 791-A da CLT, bem como das custas e demais despesas
processuais.
VI - DAS PROVAS
Protesta a Consignante pela produção de provas documental, testemunhal e
depoimento pessoal do Consignatário, bem como outras que admitidas em direito,
na forma do Artigo 369 do CPC.
VII - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ R$ 2.312,26 (dois mil, trezentos e doze reais e
vinte e seis centavos)
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data.
Advogado, OAB/UF