Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade I ADMINISTRAÇÃO INTERDISCIPLINAR Profa. Rosely Gaeta Interdisciplinaridade “A interdisciplinaridade é a grande mola para a preparação da era pós-industrial, eliminando compartimentos estanques, limitadores do ato de educar. Estamos diante da complexidade a qual exige novas maneiras de perceber, nova postura e novo parâmetro de pensar. O complexo nos convida a um novo modo de pensar e a uma ordem nova,de grande beleza, profunda, irreversível.” (WERNECK, 1998, p.20) Racionalismo Racionalismo: visa procurar, estabelecer e propor caminhos fundamentados na lógica, na razão. Objetivo: alcançar determinados fins. Ser racional: orientar-se pela razão Eficácia Eficiência Maximizar a realização de objetivos Minimizar a utilização de recursos Racionalismo técnico Racionalismo técnico: eficiência & redução de custos; visão anatômica da organização: órgãos que compõem a estrutura organizacional; relações formais (organograma) e funções (atividades). Objetivo: assegurar a máxima eficiência. Estrutura Forma como as pessoas se ligam umas às outras na organização. Expressa pelo organograma. Organograma e Estrutura Matricial Fonte: Administração teoria e prática no contexto brasileiro. cap. 6. Sobral & Peci. Ed Pearson. Níveis Hierárquicos Unidades de Trabalho – Departamentos ou Cargos Teoria clássica Divisão do trabalho Unidade de comando Especialização Organização formal Máxima eficiência Amplitude de controle Princípios gerais de administração Teoria clássica – funções da administração Fayol 1916. Operações empresariais. Técnicas: produção, fabricação, transformação. Comerciais: compra e venda, permutas de matérias-primas e produtos. Financeiras: procura e gerência de capitais. De segurança: proteção e preservação dos bens e das pessoas. Contábeis: inventários, balanços, custos e estatísticas etc. Administrativas (previsão, organização, comando, coordenação e controle). Princípios gerais da administração – Taylor Administração Científica Cada trabalhador faria, de acordo com suas aptidões, a tarefa mais elevada possível. Cada trabalhador deveria produzir em quantidade igual ou superior a um padrão estabelecido. Padrão estabelecido: base na produção de um trabalhador hábil,não excepcional, da sua classe e no horário normal de trabalho . Remuneração por unidade produzida. Divisão do trabalho Unidade de comando Especialização Organização formal Máxima eficiência Amplitude de controle Princípios gerais de administração Divisão do trabalho Adam Smith 1776, A Riqueza das Nações Sistema econômico: rede de inter-relações de produtores especializados; propensão para a troca, intercâmbio, transação. Divisão do trabalho: etapas por meio da simplicidade de tarefas; aumento da produtividade; Remuneração proporcional ao volume produzido. Divisão do trabalho Unidade de comando Especialização Organização formal Máxima eficiência Amplitude de controle Princípios gerais de administração Divisão do trabalho Unidade de comando Especialização Organização formal Máxima eficiência Amplitude de controle Princípios gerais de administração Especialização – Taylor Elimina todos os elementos estranhos, a fim de que a atenção esteja concentrada na tarefa essencial. Divisão do trabalho: consiste em uma especialização para aumentar a eficiência. Unidade de comando O agente deve receber ordens de um único chefe. Portanto, deve estar vinculado a um determinado departamento. Divisão do trabalho Unidade de comando Especialização Organização formal Máxima eficiência Amplitude de controle Princípios gerais de administração Amplitude de controle Divisão do trabalho Unidade de comando Especialização Organização formal Máxima eficiência Amplitude de controle Princípios gerais de administração Organização formal Organização formal Organização informal •Estruturada de acordo com normas e regulamentos. •Estabelecimento de hierarquia de autoridade. •Responsabilidades claramente definidas. •Geralmente: •formada por poucas pessoas; •objetivos não estão definidos de forma rígida; •não possui regras e procedimentos escritos. Divisão do trabalho Unidade de comando Especialização Organização formal Máxima eficiência Amplitude de controle Princípios gerais de administração Interatividade A estrutura empresarial é expressa pelo(a): a) Organograma. b) Chefia. c) Liderança. d) Custo operacional. e) Segmento da empresa. Conceitos: Diretos (apropriados diretamente em cada P/S produzido) Variam com a quantidade produzida. Dispên- dios ou gastos Custos Na esfera da produção Indiretos (apropriados por rateio em cada P/S produzido) Não variam com a quantidade produzida. Despesas Fora da esfera da produção (geralmente são fixas: variam muito pouco com a quantidade produzida) Perdas (involuntárias, sem contrapartida) Tipologia dos diversos dispêndios ou gastos de uma organização Redução de custos De acordo com Porter (1986): a competição entre empresas intensificou-se de forma drástica ao longo das últimas décadas, praticamente em todas as partes do mundo; poucos são os setores remanescentes em que a competição ainda não interferiu na estabilidade e na dominação dos mercados; por razões de sobrevivência, as empresas tornam-se maiores. Economias originadas pelo crescimento das empresas Economia de escala: por produzirem em maior quantidade, as empresas maiores conseguem ter um custo menor por unidade produzida. Economia de escopo (ou de gama): presença de matérias-primas comuns na fabricação de dois ou mais produtos; produção conjunta de uma única firma é maior do que a produção que poderia ser obtida por duas firmas diferentes, cada uma produzindo um único produto. Suportar objetivos a longo prazo É uma vantagem destacada por Ansoff (1990), além da rentabilidade a curto prazo. Objetivos a longo prazo com o crescimento da organização: flexibilidade; diversificação de riscos; estabilidade geral; reputação. Valorização da logística para economias de escala e escopo Razões: ser elemento essencial para os serviços prestados aos clientes; produzir consideráveis reduções de custos para a empresa e para os consumidores; a imensa variedade de produtos, criando a necessidade de um aprimorado gerenciamento de logística; aprimoramento da tecnologia da informação, criando a oportunidade de maior eficiência na distribuição. (KOTLER & ARMSTRONG, 1999) Logística x Transporte Logística: planejar, implementar e controlar; fluxo e armazenagem de: matéria-prima a produto acabado; ponto de origem ao local de consumo. Transporte: deslocamento de bens de um ponto para outro da rede logística; foco nas restrições e integridade da carga; prazos de entrega. Logística de suprimentos Foco: matéria-prima e insumos. Inclui: o desenvolvimento, a especificação e o projeto do produto; a previsão de demanda (quanto os clientes devem comprar); o planejamento das necessidades de novas fontes de fornecimento; as compras, o recebimento, a estocagem de matérias-primas; e componentes e seus respectivos controles. (FLEURY 2000) Logística de produção Foco: etapa de transformação dos insumos em produto final. Inclui: planejamento, programação e o controle da produção; planejamento dos recursos da distribuição; estocagem: estoque de produtos acabados; embalagem (unitização); processo de pedidos. (FLEURY, 2000) Logística de distribuição Foco: o que foi produzido. Inclui: planejamento distribuição – centros de distribuição, depósitos, atacadistas, varejistas, revendedores, lojas e representantes; definição de modalidades de transporte – rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo e fluvial; definição de rotas (por roteirizadores); transporte (próprio ou terceiros). Processo: desde a expedição, a partir da retirada dos estoques, até a entrega ao cliente final (consumidor). (FLEURY 2000) Custos logísticos nos processos Custos de logística de abastecimento Materiais nacionais Materiais importados fretes fretes outros Custos de logística de planta (fábrica) Custos dos produtos fabricados Custos de manutenção de inventário Custos financeiros Perdas com obsolescência Custos de propriedades Produtos defeituosos Custos de risco Perdas no processo de logística Outros Custos logísticos nos processos Custos de TI e processamento de pedidos Custos de logística de distribuição Custos decorrentes da movimentação de estoques Custos decorrentes da entrega de mercadorias a clientes Despesas com embalagem (vendas) Transporte Fonte: Machado e Rodrigues (2006, p.21) Interatividade Matéria-prima é: a) O bem ou serviço utilizado no processo de transformação. b) O material processado para fabricar o produto. c) O produto a ser vendido ao cliente externo. d) Recursos da distribuição dos produtos fabricados. e) Todas as alternativas estão corretas. Acidentes de trabalho Organização Internacional do Trabalho (OIT) Fundada em 1919. Objetivo: promover a justiça social. Foco: estabelecer e adotar normas internacionais de trabalho sob a forma de convenções ou recomendações (ex.: trabalho escravo ou infantil). Única agência ONU com estrutura tripartite: representantes dos empregadores; representantes dos trabalhadores; mesmos direitos que o governo. Acidentes de trabalho OIT: 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, desde 2003. No mundo:~ 270 milhões de acidentes de trabalho/ano; ~ 2,2 milhões resultam em mortes. Brasil: ~1,3 milhão de casos. Principais causas: o descumprimento de normas básicas de proteção aos trabalhadores; más condições nos ambientes e processos de trabalho (dados, 2009 – Causa Operária). Acidentes de trabalho De acordo com estudo da OIT, o Brasil ocupa o quarto lugar em relação ao número de mortes, com 2.503 óbitos. 1º) China (14.924) 2º) Estados Unidos (5.764) 3º) Rússia (3.090) 4º) Brasil (2.503) (Causa operária on-line, 2009) Acidentes de trabalho (Fonte: OIT – 23/04/2013) 2,02 milhões de pessoas morrem/ano por enfermidades relacionadas ao trabalho. 321 mil pessoas morrem a cada ano por acidentes no trabalho. 160 milhões de pessoas sofrem de doenças não letais relacionadas com o trabalho. 317 milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem a cada ano. A cada 15 segundos, 1 trabalhador morre de acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho. A cada 15 segundos, 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral. Acidentes de trabalho “Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da empresa e provoca lesão corporal ou perturbação funcional, que pode causar a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.” (PANTALEÃO, 2011a) É contemplado na Constituição Federal, artigo 7º, inciso XXVIII. Acidentes de trabalho Doença profissional ou do trabalho: produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. Acidente típico: aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. Acidente de trajeto: aquele que ocorre no percurso do local de residência para o de trabalho ou desse para aquele, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis como percurso do referido trajeto. Custos com acidentes de trabalho (OIT/Ministério da Previdência Social) INSS Pagamento dos benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho + Pagamento das aposentadorias especiais decorrentes das condições ambientais do trabalho = ~ R$ 14,2 bilhões por ano, em 2009. Fonte: PERFIL DO TRABALHO DECENTE NO BRASIL Organização Unida no Brasil – OIT – 2012 Custos com acidentes de trabalho (OIT/Ministério da Previdência Social) INSS (benefícios) + Custo operacional do INSS + Despesas na área de saúde e afins = R$ 56,8 bilhões > Produto Interno Bruto (PIB) em Acre + Roraima + Amapá + Tocantins + Piauí (em 2009) Fonte: PERFIL DO TRABALHO DECENTE NO BRASIL Organização Unida no Brasil – OIT –2012 Custos com acidentes de trabalho (OIT/Ministério da Previdência Social) Custos dos acidentes são ainda maiores ao se considerar os custos indiretos: despesas com contratação e treinamento de trabalhador substituto (quando o afastamento é definitivo ou prolongado); perda (ainda que momentânea) de produtividade do trabalho; custos atrelados aos danos materiais e eventual interrupção do processo produtivo; perda de bônus quando da renovação do seguro patrimonial; custos com assistência jurídica, inclusive para o processo de regularização do local do acidente; Custos com acidentes de trabalho (OIT/Ministério da Previdência Social) (cont.) custo associado à imagem da empresa; custos com assistência jurídica, dentre outros. Não passível de mensuração: irreparável prejuízo físico e psíquico-emocional causado aos acidentados, familiares e colegas. Comunicação de acidente de trabalho Lei nº 8.213/91 (BRASIL, 1991, Art. 22): determina que todo acidente do trabalho ou doença profissional deve ser comunicado pela empresa ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), sob pena de multa em caso de omissão. Importância da comunicação (preenchimento do formulário completo e exato), do ponto de vista: previdenciário; estatístico e epidemiológico; trabalhista; social. Interatividade O que significa a sigla EPI? a) Empresa protetora do indivíduo. b) Estabelecimento de proteção interna. c) Equipamento de proteção individual. d) Estabelecimento de proteção interna e externa. e) Equipamento protetor interno. Cipa – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Constituída por representantes indicados pelo empregador + membros eleitos pelos trabalhadores. Finalidade: de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Foco: compatibilizar trabalho & preservação da vida & promoção da saúde do trabalhador. Suporte legal da CIPA Artigo 163 da CLT NR 5 aprovada pela Portaria nº 08/99 2, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Cipa – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – algumas das principais atribuições Identificar os riscos do processo de trabalho. Elaborar mapa de riscos do trabalho. Elaborar plano de ação preventiva. Requerer paralisação de máquina ou área onde considere haver risco. Fazer análise das causas das doenças e acidentes de trabalho. Divulgar e treinar a força de trabalho. Medir e controlar ações de prevenção. Avaliar prioridades de ação. Custos ambientais – conceitos Despesas ambientais:atividades inerentes à proteção ambiental. Ex.: material utilizado no processamento de efluentes. Perdas ambientais: recursos empregados sem benefício algum. Ex.: multas por inadequação à legislação; perdas decorrentes de recuperação de áreas degradadas. Custos ambientais – conceitos Ativos ambientais: fatores de produção a serem consumidos visando à preservação, recuperação e controle ambiental. Ex.: bens de longa vida útil empregados na preservação ambiental; investimentos em tecnologia de reparação ambiental. Custos ambientais – conceitos Passivos ambientais: investimento que uma organização deve fazer para corrigir os impactos ambientais adversos gerados em decorrência de suas atividades e que não tenham sido controlados ao longo dos anos de suas operações. Ex.: reparação da contaminação do solo, água, ar na região de atuação. Prática de gestão da responsabilidade socioambiental Custos e despesas relacionados à gestão do ambiente, pela sua importância, exigem que a empresa tenha o que se pode identificar como gestão da responsabilidade socioambiental. Gestão da responsabilidade socioambiental “Ter postura ética e responsável em relação aos danos potenciais que os produtos, processos ou instalações possa causar à sociedade”. (SANCHES, MARIETTO, PAIXÃO, 2011) Gestão da responsabilidade socioambiental (FNQ) Contribuição da organização para o desenvolvimento sustentável, por meio de: minimização dos impactos negativos potenciais de seus produtos, processos e instalações na sociedade; conservação dos recursos e a preservação dos ecossistemas. Esses conceitos devem ser considerados durante todo o ciclo de vida do produto: desde o projeto até a disposição final. A organização deve envolver as partes interessadas nas questões relativas à responsabilidade socioambiental. Gestão da responsabilidade socioambiental Fonte: Meireles (2004) Práxis de gestão da responsabilidade socioambiental Planejar e operar Evitar e reduzir Corrigir Compensar Planejar e operar Danos ou agressões à sociedade e ao meio ambiente Em caso de eclosão Modelo: Questionário para atividades de Planejamento P – Plan (Planejamento) D T D I C C T 1. A empresa estimula e recompensa empregados que apresentam sugestões para a melhoria dos processos internos. 2. Ao projetar um produto, a empresa busca reduzir o impacto poluidor durante seu uso. 3. Ao projetar um produto, busca-se utilizar materiais que possam ser reciclados ou reutilizados por meio de um mercado secundário. 4. Ao projetar um produto, leva-se em conta o não uso de CFC. 5. Ao projetar processos, busca-se promover a substituição de insumos e materiais por produtos que provoquem menos danos ao meio ambiente. 6. A empresa investe na atualização ou mudança do seu padrão tecnológico com o objetivo de reduzir a utilização de recursos naturais ou substituir insumos não renováveis por outros menos danosos ao ambiente. Fonte: Sanches, Marietto e Paixão (2011, p. 14-5). Modelo: Questionário para atividades de Controle C – Check (Controle) D T D I C C T 33. A geração de efluentes é controlada. 34. A geração de emissões atmosféricas é controlada. 35. A geração de resíduos sólidos é controlada. 36. A geração de ruídos é controlada. 37. A geração de vibrações é controlada. 38. Continuamente é feito o monitoramento do tratamento de resíduos e efluentes. 39. Há um processo contínuo para reavaliar produtos e processos com critérios relacionados ao meio ambiente. 42. Mantém um sistema de monitoramento com metas específicas para reduzir o consumo de combustíveis fósseis no processo produtivo ou no transporte de bens. Fonte: Sanches, Marietto e Paixão (2011, p. 16). Interatividade Segundo Meireles, na práxis gerencial considerada sob a ótica do método PDCA, é certo na etapa A (de action): a) Planejar processos, produtos e serviços com o mínimo de dano ou agressão à sociedade. b) Compensar os danos e as agressões à sociedade. c) Operar os danos e as agressões à sociedade. d) Evitar ou reduzir os danos e as agressões à sociedade. e) Corrigir em caso de eclosão os danos e as agressões à sociedade. ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar