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DIMENSIONAMENTO DAS ÁREAS DA UAN/UND Planejamento de UAN Profa. Márcia Lopes Weber COMPOSIÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE ÁREAS - Inclui o cálculo da área necessária para cada setor e a definição das dimensões dos diferentes setores, ou áreas. – Área maior que necessário: deslocamentos desnecessários, necessidade de manter limpeza e organização em espaços ociosos, elevado investimento financeiro. – Área menor que necessário: aumento do risco de acidentes, dificuldade na elaboração de cardápios variados, falta de espaços para equipamentos, bancadas e móveis necessários. – Área adequada: conforto a funcionários e clientes, desgaste mínimo dos funcionários, incremento na produtividade. COMPOSIÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE ÁREAS Parâmetros que influenciam o dimensionamento: tipo de estabelecimento: coletividade sadia, enferma, escolar, comercial; sistema de distribuição de refeições: tradicional, cozinha de montagem (produtos pré-preparados), cook-chill (área de armazenamento de preparações prontas maior que na tradicional); número refeições diárias; tipo de refeições: considerar maior turno e composição do cardápio; COMPOSIÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE ÁREAS Parâmetros que influenciam o dimensionamento: padrão do cardápio: interfere no número de funcionários, tipo e quantidade de equipamentos; política de compras e estoque: frequência de abastecimento interfere no tamanho da área de armazenamento; número de funcionários: sanitários, vestiários, salas administrativas e de treinamentos; disponibilidade de espaço: restrições podem limitar área de alguns setores; disponibilidade financeira: relação custo-benefício. ÍNDICES PARA DIMENSIONAMENTO DE ÁREA MAIS UTILIZADOS • Planejar setores a integrar a UAN. • Dimensionar área total e cada setor, individualmente, conforme as características da UAN. • Necessário delimitar áreas, mesmo que não seja possível separar fisicamente os setores, garantindo segurança na manipulação e fluxo adequado • Prioridade: separar alimentos crus de cozidos, e utensílios limpos de sujos. • Pouca informação na literatura, com índices insuficientes e com limitações. ÍNDICES PARA DIMENSIONAMENTO DE ÁREA MAIS UTILIZADOS UAN – COLETIVIDADE SADIA 1. Portaria 3.214/1978 Empresas com mais de 300 funcionários devem ter: Refeitório com 1 m2/usuário, para refeitório, abrigando 1/3 do total de usuários por turno (base no maior turno): 600 funcionários- refeitório com 100 m2, atendendo ao menos 100 funcionários/vez. + 35% da área do refeitório para a cozinha; + 20% da área do refeitório para depósito de gêneros. 2. LANZILLOTTI, 1973 Dimensiona área p/ restaurantes populares, escolares e industriais utilizando os índices: Número m2 / Pessoa 250 0,80 500 0.80 600 0,75 700 0,72 800 0,70 900 a 1000 0,60 acima de 1000 0,50 Conforme padrão do cardápio, deve-se acrescentar: 5% da área p/ padrão médio e popular; 10% da área p/ padrão luxo. Informações Relevantes: Para coletividade sadia, recomenda- se tomar como padrão 0,90 a 1 m2/ usuário, até 500 usuários. Em UND hospitalar, com distribuição descentralizada, recomenda-se utilizar mais 15% de área para circulação. Serviço: popular - + 5%; médio - + 10%; luxo - + 15%. 3. SILVA FILHO (UAN) Determinação de áreas para UAN institucional. Considerar o nº de refeições do maior turno (geralmente almoço) para definir área total da cozinha geral /administração e estocagem/ apoio. Para a sala de refeições, recomenda-se: Restaurantes Comerciais: mesa com 4 lugares, arrumação comum - 1,5 m2/usuário; arrumação em diagonal - 1,2 m2/usuário. Restaurantes Institucionais: mesa de 4, 6 ou 8 lugares - 1,0 m2/usuário. Nº Refeições Coeficiente 100 0,90 150 0,80 200 0,70 250 0,60 300 0,50 400 0,40 500/600 0,35 700/800 0,30 900/1000 0,30 1500 0,28 2000 0,26 3000 0,24 5000 0,20 Nº refeições X Coeficiente = ÁREA COZINHA GERAL, ADM. E ESTOQUE, APOIO PARA DISTRIBUIÇÃO Para definir a área total da UAN, adicionar cálculo da Sala de Refeições. MÉDIA: 40% área total para produção, 40% para atendimento, 20% para armazenamento. UND – COLETIVIDADE ENFERMA 1. MEZOMO, 2002 Determina, p/ hospital de 200 leitos, 1,80 m2/ leito, quando distribuição for descentralizada. Distribuição Descentralizada: recepção e estocagem - 20% preparo e cocção - 50% demais dependências - 30% Distribuição Centralizada (2 m2/leito) recepção e estocagem - 20% distribuição - 45% demais dependências - 35% 2. PASSOS, 1982 Dimensiona área para UND hospitalar partindo do nº leitos do hospital, não enumerando os setores de trabalho e o seu dimensionamento. até 60 leitos - 1 m2/ leito de 61 a 150 leitos - 0,75 a 0,90 m2/ leito mais de 150 leitos - estudo especial 3. MINISTÉRIO DA SAÚDE,1974 Recomenda, para UND hospitalar, com distribuição centralizada: até 50 leitos - 1,50 m2/ leito; 51 a 150 leitos - 1,20 m2/ leito (área mínima 75 m2); mais 150 leitos - 1 m2/ leito (área mínima de 180 m2 ). 4. RDC 50/2002 complementada pela RDC 307/2002 até 200 refeições/turno - 0,45 m2/refeição; 201 a 400 refeições/turno - 0,3 m2/refeição; 401 a 800 refeições/turno – 0,18 m2/refeição; Acima de 800 refeições/turno – 0,16m2/refeição. 4. RDC 50/2002 complementada pela RDC 307/2002 Prever: Recepção e inspeção de alimentos e utensílios; Armazenamento de alimentos; Guarda de utensílios; Pré-preparo de alimentos; Cocção de dietas normais; Preparo de desjejum e lanches; Cocção de dietas especiais; Distribuição de dietas normais e especiais. REFERÊNCIAS • BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria 3.214, de 08/06/1978. • BRASIL. Ministério da Saúde. Normas de construção e instalação do hospital geral. Rio de Janeiro, 1974. • LANZILLOTTI, H.S. Ssitemática de funcionamentos para restaurante de comerciários. Documento 1973; 13:6-80. • PASSOS, C.M. Organização de cozinhas hospitalares. São Paulo: Associação Paulista de Hospitais, 1982. • SANT´ANA, H.M.P. Planejamento físico-funcional de UAN. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. • SILVA FILHO, A.R.A. Manual básico para planejamento e projeto de restaurantes e cozinha industrial. São Paulo: Varela, 1996. • TEIXEIRA, S.M.F.G. et al. Administração aplicada às Unidades de Alimentação e Nutrição. Rio de Janeiro, Atheneu, 2006.
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