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o ensino aprendizagem da lingua materna

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Prática como Componente Curricular (PCC) 
Disciplina: Linguística 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para aprovação em 
Prática como Componente Curricular (PCC) 
vinculadas à disciplina Linguística, ministrada no 
curso de Letras, pela 
Profa. Dra. Denise Durante. 
 
 
 
 
 
 
 
Santos 
Maio/2018 
 
 
 ​SUMÁRIO 
 
 
1. ​Introdução ​……………………………………………………………………………….. 1 
2​. O que é variação linguística​………………………………………………………….. 2 
3​. Estratégia para o ensino sobre variação linguística no Ensino Médio​…….....3 
4. ​Considerações finais​…………………………………………………………………...4 
5. ​Referências​……………………………………………………………………………….5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
1. Introdução 
A variação linguística esteve por muito tempo ausente na proposta 
pedagógica do ensino da Língua Portuguesa. Há algum tempo, a escola passou 
a considerar o Português dos alunos falho e ocupou-se de aproximá-los da 
norma padrão. 
Esse PCC tem o objetivo de apresentar um método de ensino de variação 
linguística em crônicas para o ensino médio brasileiro. Aqui será apresentado 
alguns fenômenos da variação linguística que ocorre no português brasileiro, vendo 
suas implicações no processo de ensino e aprendizagem da linguagem, sobretudo, 
em relação ao ensino da Língua Portuguesa no Ensino Médio. 
O estudo e o conhecimento dessa área contribui para melhorar a qualidade 
do ensino da Língua Portuguesa pois trabalha sobre a realidade linguística dos 
usuários dessa língua, levando em conta além dos fatores internos da língua 
(fonologia, morfologia, sintaxe, semântica) também os fatores externos da língua 
(sexo, etnia, faixa etária, origem geográfica, situação econômica, escolaridade, 
história, cultura, entre outros.). 
O trabalho teve como principal base as obras de Cecília Meireles, uma 
escritora/cronista muito renomada na literatura brasileira, Antônio Cândido, um dos 
maiores intelectuais da história do Brasil, crítico literário, sociólogo e professor da 
USP, e Marcos Bagno, professor, doutor em filologia, linguista e escritor brasileiro 
de muito renome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
2. O que é variação linguística 
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversidade dos 
signos linguísticos. Ela existe pelo fato das línguas serem dinâmicas e sensíveis, 
permitindo mudanças de acordo com fatores como: o perfil do falante, a localização 
regional, a situação em que o falante encontra-se e etc. 
No Brasil, as variações linguísticas possuem riquezas, heranças culturais e 
representam a identidade do povo brasileiro. De acordo com a identidade de cada 
grupo, as variações podem sofrer influência de diversos fatores, por que “esse 
caráter individual da fala é responsável pela diversidade da língua: cada falante 
acaba utilizando-a de maneira peculiar, de modo que a forma utilizada por um 
falante individualmente é diferente da utilizada pelos demais” (Terra, 2008, p. 84). 
Para Mussalin & Bentes (2006, p. 34), “de uma perspectiva geral, podemos 
descrever as variedades linguísticas a partir de dois parâmetros básicos: a variação 
geográfica ou (ou diatópica) e a variação social (ou diastrática)”. As autoras também 
asseguram que: 
A variação geográfica ou diatópica está relacionada 
às diferenças linguísticas distribuídas no espaço 
físico, observáveis entre falantes de origens 
geográficas distintas. A variação social ou 
diastrática, por sua vez, relaciona-se a um conjunto 
de fatores e que têm a ver com a identidade dos 
falantes e também com a organização sociocultural 
da comunidade de fala (Mussalin & Bentes, 2006, p. 
34). 
Essas variações ficam visíveis quando se escuta falantes de diferentes 
regiões brasileiras atribuindo nomes diferentes para o mesmo substantivo, como no 
sudeste chamam a mandioca de aipim e no nordeste de macaxeira. Ou até mesmo, 
quando você está em um ambiente de trabalho e a pessoa fala de uma maneira 
mais rebuscada e fora do ambiente de trabalho ela fala totalmente diferente, de uma 
forma mais coloquial e descontraída. 
Outra variação bastante conhecida também, é a variação diastrática que está 
relacionada ao âmbito social como; onde o falante vive, com quem convive, o uso 
de gírias, entre outros. 
 
 
 
3 
3. Estratégia para o ensino sobre variação linguística no Ensino Médio 
 A aula com a temática Variações do Português do Brasil em Crônicas seria 
desenvolvida em power point (slides) abordando as principais características sobre 
o tema e os tópicos mais relevantes. 
Antes de tudo, seria feito uma breve introdução sobre o conceito de variações 
linguísticas para que os alunos pudessem ter uma base sobre o que é variação. 
Para complementar a introdução sobre variações, seria comentado alguns dos 
vários tipos de variações para que eles entendessem na prática, seria levado os 
mais presentes, como: variação diafásica, diastrática e diatópica. 
Após isso, seria comentado um pouco sobre preconceito linguístico, 
abordando uma citação de BAGNO, 199, p. 44, assunto esse que é mais comum do 
que se pensa, principalmente entre jovens. Explicaria-se que não existe o certo e o 
errado, e sim, as variações entre os falantes, e que isso ocorre por conta das 
variações que já fora explicado. 
Concluindo a parte de variação linguística daria-se início sobre o conteúdo 
principal da aula; as crônicas. Seria falado o conceito de crônica e no que ela 
consiste, suas principais características e autores que mais marcaram com suas 
obras no Brasil. Ao terminar a parte teórica referida à crônica, seria passado um 
vídeo de uma leitura da crônica Primavera, de Cecília Meireles, 1998. Ao fim do 
vídeo, na apresentação de power point terá trechos da obra com algumas palavras 
grifadas para trabalhar com os alunos significado e sinônimos de palavras e ao 
mesmo tempo a questão da riqueza de variações contidas em crônicas. E, que a 
variação também ocorre na norma padrão, diferente do que muitas pessoas 
pensam. 
O que algumas pessoas chamam de erro, outras chamam de variação. E isso 
será passado para a turma através da apresentação. 
 
 
 
 
 
4 
4. Considerações finais 
​O trabalho teve como objetivo principal fazer com que a turma do ensino 
médio ampliasse o seu conhecimento em relação à língua e trabalhar um assunto 
que é pouco mencionado nas escolas, até porque, a escola normalmente ensina 
que o correto é a norma padrão culta, e tudo que desvia disso é errôneo, mas não é 
assim. 
O intuito da aula foi fazer com que os alunos aprendam um pouco sobre o 
que é variação linguística e que não existe nada de errado quando isso ocorre. E 
que as variações são mais comuns do que pensamos, elas estão presentes em 
todos os lugares, desde a periferia até obras de grandes autores, como foi visto na 
crônica da Cecília Meireles. 
Fazer essa desconstruçãode que as coisas que fogem da norma padrão, das 
coisas que eles ouviram a vida inteira que eram erradas, nem sempre será tão fácil, 
por isso, foi escolhido um texto de uma autora de renome para mostrar que isso não 
ocorre somente no dia-a-dia de pessoas desconhecidas e na forma coloquial, mas 
que também ocorre em grandes obras e na linguagem culta. E, isso é mais comum 
do que se pensa e que nem sempre o que é errado para sociedade realmente 
estará errado e a linguística está aí para comprovar isto. 
De modo geral, esse trabalho é um processo simples e rápido, porém, muito 
importante para que os jovens saibam que o errado não existe e toda forma de 
variação é aceita e não merece sofrer o tão recorrente preconceito linguístico. 
Errado é achar que o outro está errado só por que ele é diferente de você e do que 
a sociedade impôs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
5. Referências Bibliográficas 
 
BAGNO, Marcos: Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação 
linguística. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2007. 
 
BAGNO, Marcos: Não é errado falar assim – em defesa do português brasileiro. 
São Paulo: Parábola, 2009. 
 
BENTES, Anna Christina. Linguística Textual. In: MUSSALIM, Fernanda; Introdução 
à Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2006, p. 34. 
 
BUNZEN, C; MENDONÇA, M. (Org.) Português no ensino médio e formação do 
professor​. ​São Paulo: Parábola, 2006. 
 
TERRA, Ernani (2008). Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione.

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