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Cárcere privado e sequestro art 148

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Sequestro e Cárcere Privado Art 148
1 – Breve introdução ao Tema.
Há uma diferença entre ambos os crimes, pois no sequestro a vítima tem maior liberdade de locomoção (vítima presa numa fazenda). Já no cárcere privado, a vítima vê-se submetida a uma privação de liberdade num recinto fechado, como por exemplo: dentro de um quarto ou armário.
O crime de cárcere privado pode se dar de duas formas, por meio da detenção e sequestro; a detenção ocorre quando a violência exercida sobre a pessoa consiste no impedimento ou obstáculo de sair de um certo determinado lugar; e já no sequestro compreende-se o fato de conservar a pessoa em lugar solitário e ignorado, de modo que difícil seria a vítima obter socorro de outro.
2 - Descrever o artigo a ser analisado em seguida classificá-lo com os
seguintes elementos.
2.1. Elemento objetivo do tipo.
Privar alguém de sua liberdade (física e não intelectual ), mediante sequestro ( retirar a liberdade de alguém) ou cárcere privado ( prisão promovida por particular ). A pena é de reclusão, de um a três anos. A privação da liberdade de alguém, mediante sequestro ou cárcere privado, exige permanência, isto é, deve perdurar no tempo por lapso razoável. Tanto assim que o crime é permanente, aquele cuja consumação se prolonga no tempo. Uma conduta instantânea de impedir que alguém faça alguma coisa que a lei lhe autoriza concretiza, segurando-a por alguns minutos, configura o delito de constrangimento ilegal.
2.2. Elemento Subjetivo do tipo.
É o dolo
2.2.1. Se houver elemento subjetivo específico.
Não há
2.3. Elemento normativo do tipo ou elementar.
2.4. Sujeito Ativo
É um crime comum, pode ser cometido por qualquer pessoa.
2.5. Sujeito Passivo.
Qualquer pessoa, mesmo as impossibilitadas de se locomover.
2.6. Cabe Tentativa?
como crime material admite-se a tentativa, que se verifica com a pratica de atos de execução, sem chegar à restrição da liberdade da vítima, como, por exemplo, quando o sujeito ativo esta encerrando a vítima em um deposito é surpreendido e impedido de consumar seu intento. Tratando-se, porém, da forma omissiva, a tentativa é de difícil ocorrência.
2.7. Momento consumativo?
consuma-se no instante em que a vítima se vê privada de sua liberdade de ir e vir. Assim, não há que se falar em consumação apenas quando a vítima ficar um tempo razoável em poder do agente. Como dito alhures, o dolo é específico: privar a liberdade de pessoa humana. Ou seja: privada a liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado, nem que seja por cinco minutos, restará consumado o delito.
2.8. Classificação quanto a consumação.
Comum; material ; de forma livre; comissivo; permanente; unissubjetivo; plurissubsistente.
2.9. OBJETO JURIDICO
A liberdade individual 
2.10 OBJETO MATERIAL
A pessoa que sofreu a privação da liberdade
3. Exemplo.
Um dos casos de sequestro e cárcere privado mais famosos do mundo é o da jovem austríaca Natascha Kampusch. Ela foi sequestrada em 1998, quando tinha 10 anos e estava caminhando para a escola. Ela conseguiu fugir em 2006 e seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, cometeu suicídio na mesma noite.
(Fonte: https://noticias.r7.com/internacional/casa-do-terror-outros-casos-de-carcere-privado-pelo-mundo-16012018)
Referências: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 10ª edição. 2014