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DIREITO PENAL III Prof: LUIZ FRANCISCO DISCENTE: FELIPE EMANOEL CHERR DA SILVA MATRÍCULA: 050836 ATIVIDADE AVALIATIVA IX CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 155 ao 158 do Código Penal Furto Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Furto qualificado § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. § 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 1. Classificação Doutrinária Crime comum, material, doloso, de dano, de forma livre, comissivo em regra, instantâneo ou permanente, unissubjetivo, plurrisubsistente, não transeunte e admite tentativa. Entendemos exequível o cometimento de furto por omissão. 2. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, salvo o proprietário ou possuidor da coisa. 3. Sujeito Passivo: É a pessoa física ou jurídica que detenha a posse ou propriedade da coisa. 4. Objeto Material A conduta criminosa recai sobre a coisa alheia móvel, que são considerados os animais, aeronaves, os navios, os títulos de crédito, os talões de cheques, os frutos, as árvores, etc. O furto de gado é conhecido como abigeato. As coisas de uso comum também podem ser objeto de furto como a água e luz. A coisa abandonada (rês derelicta) e a coisa de ninguém (rês nullius) não podem ser objeto material de furto, pois não são coisas alheias. Se o agente pensou que se tratava de coisa abandonada e dela se apoderou haverá erro de tipo que excluirá o dolo. Quanto a cadáver, se a subtração for com intuito de lucro haverá caso de furto, caso contrário, o crime será de subtração de cadáver, previsto no art. 211 do CP. Quem subtrair cadáver de faculdade de medicina com o fim de retirar o ouro existente na arcada dentaria incorrerá em crime de furto. 5. Objeto Jurídico: Tutela-se a posse e a propriedade. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612107/artigo-211-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 6. Tipo objetivo Subtrair significa retirar, pegar coisa alheia móvel, ou seja, qualquer objeto ou substância corpórea que tenha valor econômico e que possa ser removida, destacada ou deslocada de um lugar para o outro. Coisa alheia para os juristas não é só a pertencente a outrem, mas também a que se acha legitimamente na posse de terceiro. O tipo exige o ânimo do agente em assenhorar-se da coisa alheia. Doutrina e jurisprudência admitem o furto cometido por ladrão contra outro ladrão, reconhecendo, contudo, como sujeito passivo, o proprietário original da coisa. 7. Tipo Subjetivo O tipo requer dois elementos subjetivos: o primeiro dolo do agente é genérico, a vontade livre e consciente de subtrair coisa alheia móvel. O segundo exige uma finalidade especial, o dolo específico, o fim de assenhorar-se da coisa em definitivo, contido na expressão "para si ou para outrem" (animus furandi) O furto de uso, ou seja, a fruição da coisa momentaneamente sem efetivo prejuízo ao ofendido, com restituição da coisa no estado em que antes se encontrava não é contemplado pela norma penal em estudo. O furto de uso somente será reconhecido se não era exigível outra conduta do agente a não ser sacrificar direito alheio, como subtrair o veículo da vítima para socorrer o filho ao hospital, por exemplo. Será excluído o dolo e, consequentemente, o fato será considerado atípico se o agente subtrair coisa alheia pensando ser própria (erro de tipo). É pacifico na jurisprudência o reconhecimento do estado de necessidade em caso de furto famélico. É imperativo que a conduta do agente se realize com o único objetivo de saciar a fome, num estado de extrema penúria, não podendo esperar mais, por ser a situação insuportável e que somente por meio do ato ilícito consiga resolver o problema de falta de alimentação. 8. Consumação Ocorre no momento em que o agente tem a posse tranquila da coisa, ainda que por pouco tempo. Consuma-se quando a coisa sai da esfera de disponibilidade e de proteção da vítima e ingressa na disponibilidade do sujeito ativo. Para a jurisprudência do STF, para a consumação dos crimes de furto e de roubo basta a posse do bem em poder do agente, independentemente de vigilância da vítima ou posse tranquila, de modo que a fuga logo após o furto caracteriza a inversão da posse, e o furto está consumado mesmo havendo perseguição imediata e consequente retomada do objeto (teoria do amotio). Sendo crime instantâneo, a consumação se verifica no exato instante em que o delito é cometido. O crime também restará consumado quando a coisa estiver ocultada, mesmo encontrando- se perto da vítima. 9. Tentativa Crime material, exigindo assim o resultado naturalístico, a tentativa é perfeitamente admissível na hipótese de o agente não conseguir subtrair a coisa por circunstâncias alheias à sua vontade. Também caracteriza a tentativa na hipótese de ser perseguido pela polícia e preso logo após a subtração, pois a coisa não saiu da esfera de proteção e disponibilidade da vítima. 10. Furto e a desistência voluntária, arrependimento eficaz, arrependimento posterior e crime impossível Diferentemente da tentativa em que a não consumação ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente, na desistência voluntária e no arrependimento eficaz (art. 15), a execução é interrompida pela própria vontade do agente (medo, remorso, baixa qualidade do objeto material, dor de barriga). Ocorre desistência voluntária, por exemplo, se A ingressa na residência de B, mas por qualquer motivo, desde que voluntário, desiste de prosseguir e foge sem nada levar. Responde por invasão de domicílio. Arrependimento é considerado eficaz se A subtrai um livro de B e antes de ter sua posse tranquila devolve o objeto. Sua conduta foi de encontro com à continuidade do processo de execução de uma típica iniciada. Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Arrependimento posterior Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. O arrependimento posterior é uma causa especial de diminuição de pena e só tem aplicação nos crimes materiais, pois seu reconhecimento se verifica com a reparação do dano ou a restituição da coisa. O indivíduo que, voluntariamente, decorrido de alguns dias após o furto de um veículo, arrepende-se e comunica à vítima o local onde o mesmo se encontra será beneficiado por esta entidade criminal. 11. Repouso Noturno É o período em que as pessoas descansam de acordo com os costumes de cada região do País, a vítima encontra-se mais vulnerável e por isso a pena será aumentada de um terço. Doutrina e jurisprudência são pacíficas ao admitirem sua aplicação apenas ao furto simples. 12. Furto de Pequeno Valor e Criminoso Primário Se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisafurtada o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa. Primário é o sujeito que não é reincidente, isto é, aquele que mesmo cometendo outros crimes ainda não foi definitivamente condenando. Pequeno valor é aquele em que a coisa furtada não ultrapassa o valor equivalente ao salário mínimo vigente à época do fato criminoso. 13. O Privilégio e o Furto Qualificado Segundo reiterada jurisprudência do STJ, não se aplica ao crime de furto qualificado o beneficio previsto no parágrafo 2º do art. 155 do CP, uma vez que a existência da qualificadora inibe a aplicação do privilégio, não obstante a primariedade e o pequeno valor ou pequeno prejuízo, em razão da flagrante incompatibilidade. 14. Furto de Energia Elétrica Equipara-se a coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Captar energia antes de sua passagem pelo aparelho medidor configura o delito, considerado permanente, possibilitando, assim, a prisão em flagrante do agente enquanto perdurar seu efeito. Se o agente, porém, alegrar o relógio de luz e passar a pagar metade da energia elétrica consumida, o crime será de estelionato. A ligação clandestina para a utilização de TV por assinatura, conhecida como "gato", para nós, não pode se equiparada a furto de energia elétrica. O fato é ilícito, mas não chega a ser típico. A conduta deve ser apurada na esfera cível. A energia elétrica quando subtraída depois e armazenada, causa perda patrimonial, diferentemente do sinal de TV a cabo, em que sua utilização http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619772/par%C3%A1grafo-2-artigo-155-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619836/artigo-155-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 não gera dano, isto é, não há perda de energia de valor econômico, mas ausência de ganho por parte da empresa. 15. Furto Qualificado A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; A violência aqui é empregada contra obstáculo que está impedindo a subtração da coisa. II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; Abuso de confiança é a quebra da fidelidade, do vínculo de amizade existente entre algumas pessoas. Emerge de uma condição particular de lealdade. É preciso gozar absolutamente de confiança para incidir na qualificadora. Fraude é o ardil na prática do crime, o engodo, a mentira, o embuste, utilizados para facilitar a subtração da coisa. A conduta do agente nesta espécie de furto é no sentido de subtrair os bens da vítima iludindo-a momentaneamente, o delito é cometido sempre sobre a vigilância da vítima. A qualificadora também se aplica quando a vítima não tem capacidade de entender o caráter ilícito do fato, como o doente mental ou uma criança. Difere do estelionato, pois neste a vítima é enganada, seu consentimento é viciado pelo erro. A própria vítima faz a entrega da vantagem ilícita ao agente. O sujeito, mediante fraude, cria no espírito da vítima um sentimento distorcido da realidade. No furto com fraude haverá sempre subtração como a ladra profissional que se finge de doméstica para furtar a casa que se empregou. Escalada é a qualificadora que se caracteriza pelo ingresso no local pretendido por via anormal demandando um esforço incomum do agente para vencer o obstáculo existente, como numa residência subindo uma árvore ou um muro alto, ou ainda escavando um túnel etc. Destreza é a habilidade manual do agente, por exemplo, o batedor de carteira. III - com emprego de chave falsa; Considera-se chave falsa todo e qualquer instrumento, com ou sem forma de chave como a gazua, moca, alfinete, arame etc. Capaz de abrir fechadura ou dispositivo análogo. Se a verdadeira chave encontra-se na fechadura haverá o furto simples, pois "porta fechada com chave na fechadura é porta aberta", mas se for conseguida ardilosamente para o cometimento do delito, como, por exemplo, subtraí-la da bolsa da vítima para depois adentrar sua residência, qualificadora será fraude. IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. A norma busca impedir a somatória de forças para o cometimento do crime, enfraquecendo, assim, a resistência do ofendido. Basta que apenas um dos agentes seja culpável. Desse modo, nada impede para a sua configuração a participação de inimputáveis. 16. Furto e o Concurso de Crimes: Ao furto nos demais crimes contra o patrimônio aplicam-se as regras do concurso material, formal e do crime continuado. 17. Parágrafo 5º do art. 155 § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. Requer o tipo penal o elemento subjetivo especial (dolo específico), ou seja, deve o agente ter consciência de que está ultrapassando os limites de um Estado ou país com o objeto material. É necessário, portanto, para a consumação do delito, que o veículo tenha transportado as fronteiras do Estado ou do território nacional. O crime de subtração de veículo que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior só se consuma após o seu exaurimento. 18. Concurso de Qualificadoras Incidindo duas ou mais qualificadoras no furto o entendimento prevalente é de que apenas uma será aplicada, servindo aos demais como agravantes genéricas. Há, todavia, quem entenda que a pluralidade de qualificadoras interfere na dosagem da pena como circunstância judicial. FURTO DE COISA COMUM Art. 156. Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 1º - Somente se procede mediante representação. § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente. 1. Classificação Doutrinária Crime próprio, de dano, material, não transeunte, instantâneo, comissivo ou omissão impróprio, unissubjetivo, plurissubsistente, de forma livre e admite tentativa. 2. Sujeito Ativo: É somente o condômino, coerdeiro ou sócio. Trata-se de crime próprio que se comunica em caso de concurso de pessoas. 3. Sujeito Passivo: Pode ser o condômino, o coerdeiro, o sócio, ou ainda um terceiro quem detém legitimamente a coisa 4. Objeto Material: A conduta recai sobre a coisa subtraída. É o que incide, por exemplo, o proprietário de um apartamento que subtrai da área comum de um prédio um relógio de parede. 5. Objeto Jurídico: Tutela-se a propriedade ou a posse legítima. 6. Tipo Objetivo A conduta consiste em subtrair, que tem o significado de retirar, pegar coisa comum de quem legitimamente a detém, isto é, a coisa que pertence não apenas ao agente, mas também a outras pessoas. Condômino é o proprietário que divide o domínio da mesma coisa com outras pessoas. Herdeiro é o sucessor que concorre a uma herança (patrimônio falecido que transmite aos herdeiros) deixada pelo de cujus. Sócio é o membro de uma sociedade (reunião de duas ou mais pessoas que mediante contrato se obriga, a combinar seus esforços ou bens para a consecução de fins comuns). 7. Tipo Subjetivo É o elemento específico do tipo, dolo específico dos clássicos, consubstanciado na expressão para si ou para outrem, qual seja, a finalidade de assenhoraremos da coisa comum. 8. Consumação Ocorre quando a coisa comum sai da esfera de proteção do sujeito passivo. Passa o agente a ter posse tranquila da coisa comum, ainda que por pouco tempo. 9. Tentativa Quando a coisa comum não sai da esfera de disponibilidade do ofendido por circunstâncias alheias à vontade do condômino, herdeiro ou sócio. 10. Coisa Fungível Não é punível a subtraçãode coisa fungível, cujo valor não excede a quota que tem direito o agente, coisa fungível é aquela que pode ser substituída por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade. Trata-se de causa excludente de ilicitude. Por outro lado, haverá o delito em estudo se a coisa foi infungível, qual seja, a que não por ser substituída por outra. 11. Ação Penal O crime é de ação pública condicionada. Somente se procede mediante representação do ofendido. Infração de menor potencial ofensivo sujeita as normas da Lei nº 9.099/1995. ROUBO Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103497/lei-dos-juizados-especiais-lei-9099-95 V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. § 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além de multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. 1. Classificação Doutrinária Crime comum, material, instantâneo, de forma livre, de dano, unissubjetivo, comissivo ou omissivo impróprio, plurissubsistente, complexo e admite tentativa. 2. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 3. Sujeito Passivo Pode ser qualquer pessoa, mas sendo crime que tem tutelados vários objetos jurídicos, nada impede o surgimento de dois ou mais ofendidos, como ocorre, por exemplo, com aquele que sofre violência e o outro que tem o bem subtraído durante a ação criminosa. Em regra, porém, sujeito passivo é o titular do direito da propriedade ou da posse. 4. Objeto Material: A conduta criminosa recai sobre a pessoa e coisa alheia móvel. 5. Objeto Jurídico A lei tutela o patrimônio (posse e propriedade), a vida, a integridade física, a saúde e a liberdade pessoal, daí ser considerado crime complexo em que são conjugados emprego de violência ou ameaça e a subtração patrimonial. 6. Tipo Objetivo O tipo refere-se à subtração de coisa móvel alheia, mas é acrescido pelo emprego de violência, grave ameaça ou qualquer outro meio que reduza a possibilidade de resistência da vítima. A violência pode ser: A) física (vis absoluta) que compreende as vias de fato, lesão corporal leve, grave ou morte (essas duas últimas qualificam o delito); B) moral (vis compulsiva) que se constata em atemorizar ou amedrontar a vítima com ameaças, gestos ou simulações, como a de portar arma, por exemplo. A ameaça pode ser dirigida à vítima ou a terceiro; C) imprópria é a que reduz a capacidade de resistir, como a superioridade física do agente, colocar droga na bebida da vítima, jogar areia nos seus olhos, hipnotizá-la, induzi-la a ingerir bebida alcoólica até a embriaguez etc. O roubo difere do furto qualificado pelo rompimento de obstáculo porque neste a violência é exercida contra a coisa, naquele, contra a pessoa. Em outras palavras, roubo nada mais é que um furto cometido com violência ou grave ameaça contra a pessoa. Objetos que estão presos ao corpo como brinco, corrente, relógio, pulseira etc., e que são arrancados pelo ladrão caracterizam o roubo. Quando soltos como boné, óculos, bolsa, celular etc., o crime é de furto. Não se aplica no furto o princípio da insignificância, haja vista que a conduta do agente revela maior periculosidade e atinge não apenas o patrimônio do ofendido, mas também a sua integridade física, sua saúde e até sua vida em caso de latrocínio. Institutos como o crime impossível, o roubo de uso, o pequeno valor da coisa, o estado de necessidade etc., que podem ser admitidos no furto não o são no roubo por tutelar outros bem jurídicos e não apenas o patrimônio do ofendido. 7. Tipo Subjetivo O tipo requer dolo duplo: o primeiro, genérico, consistente na vontade livre e consciente de subtrair coisa móvel alheia mediante violência ou grave ameaça; o segundo, elemento subjetivo especial do tipo, exige que a subtração seja para o agente ou para terceiro. É o dolo específico dos clássicos contido na expressão "para si ou para outrem". 8. Consumação do roubo impróprio Predomina na doutrina o entendimento de que o crime consuma-se quando o agente tem a posse tranquila da coisa, ainda que por pouco tempo ou quando a coisa subtraída sai da esfera de proteção, de disponibilidade da vítima. Também se diz consumado o delito quando a vítima não recupera os objetos subtraídos, mesmo em casos de prisão em flagrante. Restará consumado ainda quando a vítima permanece dominada pelo autor do roubo no interior do veículo, perdendo a disponibilidade do bem. Na jurisprudência, porém, tem-se entendido como consumado o delito quando ocorre a subtração dos bens da vítima, mediante violência ou grave ameaça, ainda que, em seguida, o próprio ofendido detenha o agente e recupere a res. 9. Tentativa No roubo próprio o entendimento é pacífico no sentido de sua admissibilidade. Ocorre quando o agente após o emprego de violência ou grave ameaça não consegue efetivar a subtração da coisa por circunstâncias alheias à sua vontade nem tem a posse tranquila da coisa, ainda que por breve tempo. 10. Roubo impróprio É aquele em que o agente logo depois de subtraída a coisa emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. No roubo próprio a violência ou grave ameaça é praticada antes ou durante a subtração da coisa. No impróprio ela é cometida logo depois de subtraída a coisa para assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa. Na hipótese de o agente ser surpreendido pela vítima em sua residência e abandonar o objeto material empregando violência para a fuga, o crime a ser reconhecido é o de tentativa de furto em concurso material com lesão corporal. 11. Tentativa de roubo impróprio Entendemos não ser possível a tentativa de roubo impróprio. Ou o agente emprega a violência ou a grave ameaça, logo depois de subtraída a coisa e o crime se consuma, ou não subtrai a coisa, mas emprega violência para fugir e, então, o crime será de tentativa de furto em concurso material de lesão corporal. E outra partem deve-se reconhecer o furto e não o roubo impróprio na ação do agente que após a subtração se desvencilha do ofendido que o agarra, sem contudo, ameaçá-lo ou agredi-lo e foge com a res. 12. Causas de aumento de pena I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; O fundamento da agravante reside no maior perigo que o emprego da arma envolve motivo pelo qual é indispensável que o instrumento usado pelo agente (arma própria ou imprópria), tenha idoneidade para ofender a incolumidade física. Com o cancelamento da Súmula 174 do STJ que autorizava o aumento de pena quando o agente utilizava arma de brinquedo para cometer o crime, esta conduta passou a ser considerada uma grave ameaça relacionada ao roubo simples. II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; A doutrina prevalente assevera que não há necessidade de estarem todos os agentes presentes no local do crime, basta haver o concurso de duas ou mais pessoas. III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. A normatutela aqueles que transportam valores. Qualquer tipo de valor como ouro, dinheiro, pedras preciosas etc. O agente deve saber que a vítima está a transportar valores, dolo direto, portanto. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; Para a consumação do delito é necessário que o veículo seja levado para outro Estado ou país, não havendo, assim, possibilidade de ocorrer tentativa. Ou leva e ingressa com o veículo em outro Estado ou país e o crime está consumado, ou não ingressa e o crime será de furto ou roubo conforme a circunstância. V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. objeto do agente, após o emprego da violência ou grave ameaça, é manter a vítima em seu poder e assim facilitar a subtração. A restrição de liberdade da vítima deve ser por tempo razoável, suficiente para que o agente consuma o delito sem ser descoberto pela polícia. 13. Pluralidade de causas de aumento de pena Muito comum na prática a incidência de mais de uma majorante no roubo. Diverge a doutrina quanto à aplicação da pena. A primeira corrente entende que o juiz aplicará apenas uma majorante e a outra funcionará como circunstância judicial na fixação da pena-base. A segunda assevera que o número de majorantes deve ser proporcional ao número de causas presentes. Duas ou mais permitem ao juiz aumento a pena de dois quintos até a metade. 14. Qualificadoras do roubo Se a violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 a 15 anos, além de multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo de multa. Trata-se de crime considerado qualificado pelo resultado em que as lesões graves ou morte podem advir de dolo ou culpa. O tipo fala em violência que deve ser entendida como física e não moral, logo se a vítima num roubo, mediante grave ameaça, vier a morrer em virtude de uma parada cardíaca, o crime será de roubo em concurso material com homicídio e não de latrocínio. 15. Homicídio consumado e roubo consumado: Haverá latrocínio. 16. Homicídio tentado e roubo tentado: Haverá tentativa de latrocínio. 17. Tentativa de homicídio e roubo consumado: Haverá tentativa de latrocínio. 18. Homicídio consumado e roubo tentado Haverá latrocínio. Doutrina e jurisprudência têm considerado consumado o latrocínio quando ocorre a morte da vítima, ainda que o agente não tenha logrado apossar-se da coisa que pretendia subtrair. 19. Roubo com pluralidade de vítimas Doutrina e jurisprudência são unanimes em reconhecer o concurso formal quando o delito é cometido contra várias vítimas num mesmo contexto. Assim, lesionou o patrimônio de duas vítimas, aplica-se o concurso formal. De outra parte, quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão, praticar vários roubos (crimes considerados da mesma espécie) e pelas condições de tempo (nao pode ultrapassar 30 dias), lugar (devem ser próximos), maneira de execução (modus operandi) e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, poderá se reconhecer o crime continuado. Isto é uma ficção jurídica, pois há uma pluralidade de delitos, mãos legislador presume que eles constituem um só crime, apenas para efeito de sanção penal. Nesses casos, aplica-se a regra do art. 71, ou seja, dependendo das circunstâncias jurídicas, a pena de um só dos crimes poderá ser aumentada até o triplo. EXTORSÃO Art. 158. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009) 1. Classificação doutrinária Crime comum, formal ou material, de forma livre, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente, comissivo, doloso, de dano, complexo e admite tentativa. 2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa 3. Sujeito passivo Qualquer pessoa. É possível a existência de dois sujeitos passivos ao mesmo tempo; o que sofre a lesão patrimonial e o que sofre o constrangimento. A pessoa jurídica tambem pode ser sujeito passivo do crime. 4. Objeto material: A condita delitiva recai sobre a pessoa humana e a coisa móvel ou imóvel. 5. Objeto jurídico Tutela-se não apenas a inviolabilidade do patrimônio, mas também a vida, a liberdade pessoal e a integridade física e psíquica da pessoa humana. 6. Tipo objetivo A conduta consiste em constranger (obrigar, forcar, coagir), mediante violência (física: vias de fato ou lesão corporal) ou grave ameaça (moral: intimidação idônea explicita ou explicita que incute medo no ofendido) com o objetivo de obter para si ou para outrem indevida (injusta, ilícita) vantagem econômica (qualquer vantagem seja de coisa móvel ou imóvel). Haverá constrangimento ilegal se a vantagem não for econômica e exercício arbitrário das próprias razoes se a vantagem for devida. 7. Tipo subjetivo O tipo é composto de dolo duplo: o primeiro constituído pela vontade livre e consciente de constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, dolo genérico; o segundo exige o elemento subjetivo do tipo específico na expressão "com intuito de". 8. Consumação Discute-se na doutrina se o crime de extorsão é formal ou material. Para os que o consideram formal, a consumação ocorre independentemente do resultado. Basta ser idôneo ao constrangimento imposto à vítima, sendo irrelevante a enfeitava obtenção da vantagem econômica indevida. O comportamento da vítima nesse caso é fundamental para a consumação do delito. É a indispensabilidade da conduta do sujeito passivo para a consumação do crime, se o constrangimento for sério, idôneo o suficiente para ensejar a ação ou omissão da vítima em detrimento do seu patrimônio, perfaz-se o tipo penal do art. 168 do CP. Da outra parte, se entendido como crime material, a consumação se dará com obtenção de indevida vantagem econômica. Seguimos esse entendimento, para nós o crime de extorsão é material consumando-se com a efetiva obtenção indevida vantagem econômica. 9. Tentativa Admite-se quer considerando o crime formal ou material. Surge quando a vítima mesmo constrangida, mediante violência ou grave ameaça, não realiza a condita por circunstâncias alheias à vontade do agente. A vítima, então não se intimida, vence o medo e denuncia o fato a polícia. A tentativa, portanto, ocorrerá quando praticada a violência ou grave ameaça com o intuito de obter vantagem econômica indevida e a vítima não cumpre o exigido pelo agente. 10. Diferença entre extorsão e roubo Para os clássicos a distinção infalível é a de que no roubo o agente toma a coisa por sim mesmo; na extorsão faz com que lhe seja entregue. Embora a extorsão se assemelhe ao roubo em face da pena, dos meios de execução, da natureza e da objetividade jurídica, com ele não se confunde. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617844/artigo-168-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 Ademais, não são considerados crimes da mesma espécie. No roubo o agente subtrai a coisa e na extorsão a vítima é quem lhe entrega; no roubam o comportamento da vítima não é imprescindível para a sua realização (nao é necessário que colabore com o agente);na extorsão, ele é fundamental (há a necessidade de colaboração da vítima); no roubo o mal é iminente; na extorsão o roubo é futuro. 11. Causas de aumento de pena Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta- se a pena de um terço até a metade. Há necessidade das duas pessoas estarem presentes no local dos fatos para incidir na majorante, assim como o emprego efetivo da arma quando da realização do delito. No caso de ocorrer morte ou lesão corporal grave, o fato de o coautor não haver disparado a arma, não afasta a sua responsabilidade pela extorsão qualificada. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO (SEQUESTRO RELÂMPAGO) Art. 159. Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. § 1º Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Pena - reclusão, de doze a vinte anos. § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. § 3º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. 1. Classificação doutrinaria Crime comum, doloso, formal, permanente, de dano, plurisubsistente, de forma livre, comissivo, não transeunte, unissubjetivo, hediondo e admite tentativa. 2. Sujeito ativo Qualquer pessoa. Sujeito ativo do crime é todo aquele que pratica qualquer conduta necessária para a obtenção do resultado almejado durante o período consumativo do crime, exemplo, o vigia do cativeiro, o mensageiro, o seqüestrador, o mentor do plano. 3. Sujeito passivo Qualquer pessoa, consignando que, na maioria das vezes, figuram no polo passivo o sequestrado e quem sofre a lesão patrimônios, geralmente membro da família. A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo quando compelida a pagar o valor do resgate. 4. Objeto material A conduta criminosa recai sobre a pessoa humana privada de liberdade bem como aquele que tem diminuído o seu patrimônio. 5. Objeto jurídico Tutela-se, pelo rigor falena cominada, não apenas o patrimônio e a liberdade de locomoção do ofendido, mas também a sua vida e a integridade física. 6. Tipo objetivo A conduta gira em torno de sequestrar pessoa, isto é, privá-la de liberdade de locomoção, arrebatá-la, com o fim de obter vantagem de natureza econômica ou patrimonial. A posição dominante da doutrina crê a vantagem econômica deve ser indevida, pois do contrário haveria sequestro em concurso formal com exercício arbitrário das próprias razoes. 7. Tipo subjetivo O tipo requer além do dolo genérico, definido como a vontade livre e consciente de seqüestrar pessoa, o elemento específico do tipo, o denominado dolo específico, contido na expressão "com o fim de obter para si ou para outrem", qualquer vantagem como condição ou preço do resgate. 8. Consumação Por tratar-se de crime formal, consuma-se com o sequestro independentemente da vantagem patrimonial, isto é, a consumação opera-se no momento em que ocorre a privação da liberdade da vítima independentemente do efetivo recebimento do resgate. Suprimida a liberdade de locomoção da vítima por um período relevante, além do intuito de obter, por esse meio, qualquer vantagem econômica, o crime está consumado. Na jurisprudência predominante o entendimento de que o crime se configura mesmo quando os criminosos não conseguem obter o resgate e ainda que não tenham tido tempo pedi-lo. 9. Tentativa Possível somente se o item criminis for interrompido no início da execução do delito por circunstâncias alheias à vontade do agente, bem como se comprovar a real intenção dos delinquentes, qual seja, a de sequestrar com a finalidade de obter vantagem como condição ou preço do resgate. Assim, pode-se reconhecer, na prática, a extorsão mediante sequestro tentada nos seguintes casos: A) Prisão em flagrante; B) Fuga dos sequestradores quando interceptados pela polícia; C) Conseguir a vítima desvencilhar-se do sequestrador. 10. Extorsão mediante sequestro qualificada Se o sequestro dura mais de 24h, se o sequestrado é menor de 18 e maior que 60 anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha a pena será de reclusão de 12 a 20 anos. Quanto maior o tempo em que a vítima estiver em poder do criminoso, maior será o dano à saúde e integridade física. Quanto ao crime cometido por bando ou quadrilha, entende-se como a reunião permanente de mais de três pessoas para cometer e não uma reunião ocasional para cometer o sequestro. Predomina na doutrina e jurisprudência o entendimento de que se o crime for praticado por mais de três pessoas que se reuniram especificamente para tal desiderato, sem associarem-se de forma estável e permanente, haverá concurso de pessoas, não incidindo a qualificadora. 11. Extorsão mediante sequestro com lesão corporal grave Se o fato resulta lesão corporal de natureza grave a pena será de reclusão de 16 a 24 anos; se resulta a morte a pena será de reclusão de 24 a 30 anos. Observa-se de imediato a diferença deste delito com o de roubo qualificado pelo resultado. No art. 157 do CP a lei diz: "se da violência resultar lesão grave ou morte"; logo, num roubo em que vítima cardíaca diante de uma ameaça vem a falecer, haverá roubo em concurso material com homicídio e não latrocínio. O tipo exige o emprego da violência. Na extorsão mediante sequestro a lei menciona: "se dos ato resultar lesão grave ou morte", pouco importando para qualificar o delito que a lesão grave seja culposa ou dolosa.. Evidentemente, se a lesão grave ou morte resultar de caso fortuito ou força maior, o resultado agravados não poderá ser imputado ao agente. A qualificadora somente atinge o sequestrado e não terceira pessoa. 12. Extorsão mediante sequestro e tortura Entendemos que os institutos possuem objetividades jurídicas distintas e autônomas. Na extorsão são mediante sequestro ofende-se o patrimônio, a liberdade de ir e vir e a vida. Na tortura atinge-se a dignidade humana, consubstanciada na integridade física e mental. Cm efeito, a nosso, juízo, nada impede o reconhecimento do concurso material de infrações. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619340/artigo-157-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
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