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Relaxamento de prisão e liberdade provisória

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RELAXAMENTO DE FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. 
 
Cabimento 
A liberdade é direito fundamental, na medida em que ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei 
admitir liberdade provisória com ou sem fiança (CF, art. 5º, LXVI). A prisão, portanto, constitui medida excepcional, pois 
a regra consiste em responder o processo em liberdade, isto é, o que se denomina “liberdade provisória”. 
 
Prisão e outras cautelares 
Além da prisão, o CPP prevê outras espécies de cautelares pessoais (art. 319). As medidas cautelares penais são 
decretadas observando a necessidade e a adequação (CPP, art. 282). 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou 
do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
 
Espécies de prisão 
a) Definitiva: decorrente de sentença condenatória definitiva. 
b) Cautelar: prisão em flagrante (CPP, art. 301 e ss.), prisão preventiva (arts. 311 e ss.) e prisão temporária (Lei 
7.960/89). 
c) Prisão preventiva domiciliar: forma especial de prisão preventiva, nas hipóteses do art. 317 do CPP. 
OBS.: a prisão temporária não é passível de pedido de liberdade, uma vez que tem prazo determinado, o qual, 
assim que expirado, gera a liberação automática do preso. 
 
Prisão em flagrante 
 Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 I - está cometendo a infração penal; 
 II - acaba de cometê-la; 
 III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração; 
 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da 
infração. 
 Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a 
permanência. 
Ocorrendo prisão em flagrante, deverá ser lavrado o Auto de Prisão em Flagrante pela autoridade policial, com 
observância das formalidades legais. O descumprimento de formalidade configura a ilegalidade da prisão, gerando o 
relaxamento da prisão pelo juiz. 
Caso estejam cumpridas as formalidades, o juiz homologa o APF, podendo converter o flagrante em prisão preventiva 
ou conceder liberdade provisória. 
 
Prisão preventiva 
Deve ser decretada pelo juiz, fundamentadamente, desde que, presentes as condições gerais das medidas cautelares 
(art. 282 do CPP). De um modo geral, é decretada quando a cautela se faz pertinente, diante de fumus comissi delicti e 
do periculum libertatis. 
a) Cabimento: art. 313 do CPP. 
b) Pressupostos: indícios de autoria e prova da materialidade. 
c) Fundamentos: garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da instrução criminal, 
garantia da futura aplicação da lei penal, descumprimento de outras medidas cautelares (art. 312). 
d) Oportunidade: (i) quando houver conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva; (ii) quando as 
circunstâncias demonstrem a necessidade da prisão; (iii) quando o acusado descumprir outra medida 
cautelar. 
Após a decretação da prisão preveniva, devem ser observados os prazos processuais, os quais, segundo a 
jurisprudência, não podem ser contados isoladamente. Somados, totalizam 120 dias na justiça estadual e 125 na 
esfera federal. O prazo é contado desde a data da prisão até o término da instrução, aplicando-se a Súmula 52 do STJ. 
O descumprimento gera excesso de prazo e enseja a revogação da prisão preventiva. 
A prisão preventiva pode ser cumprida em domicílio em casos especiais (art. 318). 
A revogação da prisão preventiva ocorre quando esta se torna abusiva ou desnecessária. 
Relaxamento da prisão em flagrante 
Segundo a CF, a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária (art. 5º, LXV). Hipóteses de 
relaxamento: 
a) falta de formalidade do APF; 
b) Inexistência de hipótese de flagrante; 
c) atipicidade do fato; 
d) excesso de prazo no APF. 
 
Liberdade provisória 
Caso o juiz verifique a legalidade do flagrante, não poderá haver relaxamento. Nesse caso, poderá haver conversão 
em prisão preventiva ou concessão de liberdade provisória. A liberdade provisória deverá ser concedida ao acusado 
sempre que não estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva ou quando estiver evidente uma excludente da 
ilicitude. Trata-se de direito fundamental, pois ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir 
liberdade provisória com ou sem fiança (CF, art. 5º, LXVI). 
O pedido de liberdade provisória será feito com base no art. 321 e no art. 310, III, do CPP e terá como fundamento 
ausência das hipóteses legais de cabimento da prisão preventiva (art. 313), ausência dos requisitos da prisão 
preventiva (art. 312) ou evidências de exclusão da ilicitude (art. 314). No pedido, deve ser invocado que o réu tem 
emprego e residência fixa e, se for o caso, bons antecedentes, o que afasta a existência de risco à instrução criminal, à 
aplicação da lei penal ou à ordem pública ou econômica. Alternativamente, deverá ser requerida a substituição da 
prisão por outra medida cautelar ou, quando cabível, a prisão preventiva domiciliar. 
Há duas espécies de liberdade provisória: 
a) Liberdade provisória com fiança; 
b) Liberdade provisória sem fiança. 
Segundo entendimento majoritário, a inafiançabilidade do crime não impede a liberdade provisória. Porém, nesse caso, 
não se admite fiança, podendo haver outra medida cautelar prevista no art. 319. A inafiançabilidade está prevista nos 
arts. 323 e 324 do CPP. 
RESUMINDO: 
- Relaxamento do flagrante: quando a prisão em flagrante for ilegal (art. 310, I); 
- Liberdade provisória sem fiança, mediante comparecimento a todos os termos do processo, nos casos de 
inafiançabilidade (arts. 323 e 324), nos casos do art. 310, parárafo único, ou quando as condições do requerente 
autorizem a dispensa (art. 325, § 1º, I). 
- Liberdade provisória com fiança. 
- Liberdade provisória com outra medida cautelar (art. 319). 
- Prisão preventiva domiciliar (art. 318). 
MODELO DE PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE: 
1 linha 
Processo nº 
8 linhas 
 
 NOME E SOBRENOME DO PROBLEMA, qualificado nos autos do 
processo em epígrafe, ação penal que lhe move o Ministério Público, vem respeitosamente, por seu advogado 
signatário, forte nos artigos 310, III, e 321 (ou 310, parágrafo único), do Código de Processo Penal, requerer 
LIBERDADE PROVISÓRIA, pelos fatos e fundamentos adiante expostos. 
 DOS FATOS: 
 O requerente foi preso em flagrante delito porque, segundo o 
autor de prisão em flagrante/o Ministério Público... 
(pular 1 linha) 
 DO DIREITO: 
 Segundo a Constituição Federal, ninguém será mantido preso 
quando a lei admitir a liberdade provisória com ou sem fiança (art. 5º, LXVI). 
 O Código de Processo Penal, a seu turno, dispõe que o juiz 
concederá a liberdade provisória quando não estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva (art. 321). 
 O requerente é primário, consoante folha de antecedentes, tem 
trabalho, conforme documento anexo, e residência fixa, o que afasta os requisitos da prisão preventiva 
elencados no art. 312 do CPP, uma vez que não se configura risco à ordem pública ou à instrução criminal, 
tampouco à aplicação da lei penal. 
 ___ o ___ 
 O auto de prisão em flagrante indica que o requerente praticou o 
fato em cristalina situação de legítima defesa, pois, conforme os depoimentos colhidos... Com efeito, impõe-se 
observar a regra da liberdade provisóriaprevista no artigo 310, parágrafo único do Código de Processo Penal. 
 ___ o ___ 
 Caso se entenda que deve haver a imposição de outra medida 
cautelar, sugere-se a medida do art. 319, inciso ____, por estar totalmente adequada à situação aventada no 
auto de prisão em flagrante, atendendo assim aos imperativos do artigo 282 do CPP. 
 Outrossim, em face das condições econômicas do requerente, 
deve este ser dispensado do recolhimento de fiança, ou a fixação desta no mínimo legal, na forma do art. 325, § 
1º, incisos I e II, do CPP. 
 ___ o ___ 
 O caso não comporta fiança, haja vista o disposto no art. 323, 
inciso ____, do CPP. 
 ___ o ___ 
 Alternativamente, requer-se o cumprimento da prisão preventiva 
em regime domiciliar, conforme art. 318, inciso ___, do CPP, haja vista tratar-se de pessoa... 
 (pular 1 linha) 
 
 
DO PEDIDO: 
 Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência o arbitramento 
de fiança em patamar mínimo e a concessão de liberdade provisória, consoante o disposto no art. 5º, LXVI, da 
Constituição Federal, bem como artigos 310, III, e 321 do CPP, expedindo-se alvará de soltura mediante 
compromisso de comparecimento a todos os atos do processo. 
 OU 
 Diante do exposto, requer-se Diante do exposto, requer-se 
concessão de liberdade provisória sem fiança, consoante o disposto no art. 5º, LXVI, da Constituição Federal, 
bem como artigos 310, III, e 321 do CPP, expedindo-se alvará de soltura mediante compromisso de 
comparecimento a todos os atos do processo. 
 Alternativamente, requer-se a substituição da prisão pela 
medida cautelar de ...., na forma do art. 319, ___, do CPP. 
 Termos em que espera deferimento. 
 
 (pular 1 linha) 
 Local e data. 
(pular 3 linhas) 
 ADVOGADO 
 
 OAB/xx Nº _____ 
====================================================================================== 
 
MODELO DE PEDIDO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE: 
1 linha 
Processo nº 
8 linhas 
 NOME E SOBRENOME DO PROBLEMA, qualificado nos autos do 
processo em epígrafe, ação penal que lhe move o Ministério Público, vem respeitosamente, por seu advogado 
signatário, forte no art. 5º, inciso LXV, da Constituição Federal, c/c art. 310, I, do Código de Processo Penal, 
requerer RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, pelos fatos e fundamentos adiante expostos. 
 DOS FATOS: 
 O requerente foi preso em flagrante delito porque, segundo o 
autor de prisão em flagrante/o Ministério Público... 
(pular 1 linha) 
 DO DIREITO: 
 Segundo o art. 5º, LXV, da Constituição Federal, a prisão ilegal 
será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária. O Código de Processo Penal, a seu turno, dispõe que 
o juiz deve relaxar a prisão ilegal (art. 310, I). 
 A ilegalidade da prisão está evidenciada, senão, vejamos. 
 (narrar todas os vícios apresentados no problema, enumerando 
o respectivo dispositivo violado). 
 (pular 1 linha) 
 DO PEDIDO: 
 Diante do exposto, com esteio no 5º, inciso LXV, da Constituição 
Federal, c/c art. 310, I, do Código de Processo Penal, requer-se o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, 
porquanto eivada de ilegalidade, expedindo-se o competente alvará de soltura, para imediata colocação do 
requerente em liberdade. Termos em que espera deferimento. 
 (pular 1 linha) Local e data. 
(pular 3 linhas) 
 ADVOGADO 
 OAB/xx Nº _____

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