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Aula08-Concordância Verbal

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Concordância Verbal 
e Nominal
Comunicação e Expressão | EAD
01
 Concordância Verbal e Nominal - Aula 08
Concordância Verbal e Nominal
O que é concordância?
Em tudo na vida é necessário concordância. Você já deve ter percebido que só se 
pode ir à diante se conseguirmos organizar o que está ao nosso redor. Assim tam-
bém é com as palavras, com o texto. Precisamos organizá-las de maneira tal que se 
relacionem e produzam sentido. Veja o que nos diz o Dicionário Michaelis em sua 
versão online:
Releia atentamente o conceito 3. A partir desse conceito, você pode entender que as 
classes gramaticais variam, mudam de estrutura para se organizarem. Essa organi-
zação segue padrões, não é aleatória! 
Tipos de concordância
A harmonia entre os termos da oração pode ocorrer de duas formas: damos o nome 
de Concordância Verbal à relação entre o verbo e seu sujeito; damos o nome de Con-
cordância Nominal à relação entre o artigo, o adjetivo, o pronome ou o numeral e o 
substantivo. São duas questões gramaticais muito importantes que estão presentes 
em todos os textos, sejam eles orais ou escritos.
Observe o texto abaixo:
concordância 
con.cor.dân.cia 
sf (concordante+ia2) 1 Ato de concordar. 2 Acordo, conformidade, harmonia. 
3 Gram Acomodação flexional de uma palavra com outra ou outras a que 
esteja relacionada. 4 Mús Harmonia, consonância. 5 Identidade. 6 Geol 
Relação entre duas ou mais camadas estratificadas que têm a mesma in-
clinação e direção. Na concordância de uma sequência de sedimentos, as 
camadas geralmente são horizontais e paralelas, e os substratos se sucedem 
em uma mesma disposição; conformidade. 7 Relação, em ordem alfabética, 
das palavras mais significativas encontradas na Bíblia, com indicação dos 
textos em que se encontram. 8 Obra que apresenta a concatenação entre 
os textos evangélicos, especialmente a dos sinópticos. Antôn (acepção 2): 
discordância.
FONTE: http://sereduc.com/KE3ldD
Desenvolvedores de máquinas italianos querem seguir o exemplo do Brasil.
Comunicação e Expressão | EAD
02
 Concordância Verbal e Nominal - Aula 08
Após a leitura do pequeno texto acima você certamente pode responder: O que é 
de nacionalidade italiana, as máquinas ou os desenvolvedores? Claro que são os 
desenvolvedores, e nada é dito sobre a origem das máquinas que desenvolvem. 
E por que você sabe disso? Porque o adjetivo “italianos” está no masculino plural, 
concordando com o substantivo também masculino plural: “Desenvolvedores”. Se, 
ao contrário, o adjetivo estivesse no feminino plural: “Desenvolvedores de máquinas 
italianas querem seguir o exemplo do Brasil.”, você teria certeza de que as máquinas 
desenvolvidas seriam de origem italiana, mas não poderia afirmar o mesmo sobre os 
desenvolvedores.
No mesmo texto, você irá encontrar outra relação: entre o substantivo “Desenvolve-
dores”, que funciona como núcleo do sujeito e o verbo querer, na terceira pessoa do 
plural “querem”. Essas relações são evidenciadas pelas marcas de flexões, pelas 
terminações das palavras e orientadas pela concordância. É a concordância que faz 
com que nós entendamos o sentido de cada parte de um texto.
Aspectos da concordância
Para você entender um pouco melhor o mecanismo da concordância, leia atenta-
mente a definição expressa pelo linguista Jean Dubois, em seu livro Dicionário de 
Linguística.
Vamos conversar sobre os três aspectos discutidos pelo conceito acima.
I. Concordância é um fenômeno sintático – numa frase as palavras criam víncu-
los entre si; se uma oração apresentar um substantivo como núcleo, os possí-
veis adjuntos adnominais estarão subordinados ao substantivo e concordarão 
com ele, ou seja, os artigos adjetivos, os pronomes e os numerais vão alterar 
suas desinências de número (singular/plural) e gênero (feminino/masculino) 
para se adaptarem ao substantivo. O mesmo acontece entre o sujeito e o 
verbo, como demonstramos na frase acima: “Desenvolvedores de máquinas 
italianos querem seguir o exemplo do Brasil”.
Concordância é o fenômeno sintático pelo qual um substantivo ou um 
pronome pode exercer pressão de alteração formal sobre os pronomes 
que o representam, os verbos de que é sujeito, e os adjetivos ou par-
ticípios que a ele se referem. Como resultado dessa coerção formal, os 
referidos pronomes em causa recebem as marcas de pessoa, gênero e 
número, os verbos, as de pessoa e número, e os adjetivos e particípios, 
as de gênero e número, em relação ao substantivo ou pronome a que 
se referem. Assim, em As batatas estão cozidas, sendo batatas um 
substantivo feminino usado no plural, o artigo toma a forma do feminino 
plural, porque se refere a batatas, o verbo estar se põe no plural e na 
terceira pessoa, o particípio passado cozido toma o gênero e o número 
de batatas.
(DUBOIS, Jean et al. Dicionário de Linguística. São Paulo: Cultrix, 1986. p. 136.)
Comunicação e Expressão | EAD
03
 Concordância Verbal e Nominal - Aula 08
II. Alteração formal – a concordância é construída pela flexão de algumas pa-
lavras, portanto é uma alteração formal. No caso dos pronomes, temos as 
flexões de pessoa, número e gênero.
Veja:
Assim acontece, semelhante à forma descrita e exemplificada acima, com os ad-
jetivos, os artigos e os numerais. No caso dos verbos há a flexão de pessoa e de 
número.
Veja:
O pronome suas está no
feminino plural porque o
substantivo anotações também
está no feminino plural.
O pronome seus está no
masculino plural porque o
substantivo tópicos também
está no masculino plural.
O pronome seu está no
masculino singular porque o
substantivo resumo também
está no masculino singular.
Leia suas anotações para revisar a 
aula.
Leia seus tópicos sobre o assunto.
Leia seu resumo sobre o tema.
O verbo lemos está na primeira
pessoa do plural porque o
sujeito Nós também está na
primeira pessoa do plural.
O verbo leu está na terceira
pessoa do singular porque o
sujeito Você também está na
terceira pessoa do singular.
O verbo li está na primeira
pessoa do singular porque o
sujeito Eu também está na
primeira pessoa do singular.
Eu li suas anotações.
Você leu seus tópicos.
Nós lemos seu resumo.
Comunicação e Expressão | EAD
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 Concordância Verbal e Nominal - Aula 08
III. Dois tipos de concordância – na língua portuguesa temos dois tipos distin-
tos de concordância: a nominal e a verbal. A nominal se estabelece entre o 
substantivo ou pronome substantivo que constitui o núcleo de um termo que 
o acompanhe como adjunto adnominal ou predicativo. A verbal se estabelece 
entre o substantivo ou pronome substantivo que constitui o núcleo do sujeito e 
o verbo em torno do qual é organizado o predicado.
Não vamos aqui tratar de regras específicas, mas sim das principais dificuldades 
encontradas no dia a dia dos que se propõem a escrever um texto sem erros. Essas 
regras estão demonstradas nos Infográficos da aula. 
Recursos estilísticos da concordância
Interessante ainda ressaltar que as regras de concordância podem ser modificadas 
com o propósito de criar efeitos de sentido. Mas não na escrita profissional! Leia a 
capa do jornal O Dia, do Rio de Janeiro, para homenagear Chico Anysio na época 
em que o humorista faleceu:
FONTE: http://sereduc.com/kjKD4y
Você deve ter percebido, rapidamente, que a concordância não está sendo respeita-
da (“Morreu Chico Anysio” seria a concordância formal). Mas o propósito do jornalista 
é expressar a ideia de que, pelo número de personagens que o humorista criou, ele 
não pode ser considerado um só, mas vários. Daí a utilização do verbo no plural 
(Morreram), mesmo estando o sujeito no singular. O recurso apresentado, transgre-
dindo a norma culta, é chamado de silepse ou concordância ideológica. Essa capa 
tem sido elogiada por diversos meios de comunicação e vem sendo considerada 
uma das dez melhores primeirascapas da história.
Comunicação e Expressão | EAD
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 Concordância Verbal e Nominal - Aula 08
Mas nem todos os escritores, sejam da publicidade, sejam da literatura, preferem a 
concordância ideológica. Veja esse trecho da canção “Folhetim”, de Chico Buarque 
de Hollanda:
Você deve ter notado que, nos versos sublinhados, foi omitida a palavra “uma”, e, no 
lugar da palavra “das” foi utilizada a palavras “dessas”, o que lhe permitiu colocar o 
verbo “dizem” no plural. Você entenderá melhor observando as duas formas:
É importante perceber que as duas estruturas apresentam sentido claro. Na primei-
ra, o compositor preferiu a lógica de que existem várias mulheres com o costume de 
sempre dizer “sim”, e a mulher que se descreve no texto é uma delas. Na segunda 
frase, criamos uma concordância distante da norma culta, para mostrarmos que é 
possível dar destaque ao termo com o qual o verbo concorda. Assim, criamos uma 
concordância ideológica para dar destaque a uma mulher que diz “sim”, em meio a 
várias mulheres que existem.
O conhecimento, portanto, das possibilidades da concordância nos ajuda a criarmos 
mais expressividade no texto e valorizar a informação mais importante. Mas use es-
sas alternativas com muita cautela! Não se esqueça: nada de fugir das normas de 
concordância na redação profissional.
Acesse os slides para conhecer e identificar as regras da concordância. Procure fa-
zer anotações sobre elas e, se surgirem dúvidas, entre em contato com nossa equipe 
e continue construindo seus conhecimentos. 
Em seguida realize a atividade e perceba o quanto aprendeu e o que é necessário 
revisar.
Na próxima aula continuaremos nosso estudo das regras gramaticais: a Regência 
será nosso tema!
Bom estudo e até breve!
Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres
Que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, 
um botequim
FONTE: http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=folhetim_77.html
Sou uma dessas mulheres que só diz sim.
Sou “uma” dessas mulheres que só dizem sim.

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