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TRIBUNAIS D CIVIL AULA 02 PESSOA JURIDICA

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ANALISTAS DE TRIBUNAIS DO TRABALHO -2015 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
 
1 
Pessoa Jurídica 
Tema II 
 
Material para o Curso Módulo Básico dos 
Tribunais. 
Elaboração: Luciano L. Figueiredo1. 
 
 
1. Conceito e Aquisição da Personalidade 
Jurídica 
 
Proposta atual de leitura da Pessoa Jurídica 
sobre o influxo da Função Social. Nesse 
contexto o enunciado nº 53 da Jornada de 
Direito Civil: 
 
Deve-se levar em consideração o 
princípio da função social na 
interpretação das normas relativas à 
empresa, a despeito da falta de 
referencia externa. 
 
Quando adquire a personalidade? 
 
Art. 45 – Começa a existência legal 
das pessoas jurídicas de direito 
privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, 
precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do poder 
executivo, averbando-se no registro 
todas as alterações por que passar o 
ato constitutivo. 
 
Parágrafo único. Decai em três anos 
o direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, 
por defeito do ato respectivo, 
contado o prazo da publicação de 
sua inscrição no registro. 
 
 
1 Advogado. Sócio do Figueiredo & Figueiredo Advocacia e 
Consultoria. Graduado em Direito pela Universidade Salvador 
(UNIFACS). Especialista (Pós-Graduado) em Direito do Estado 
pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em 
Direito Privado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). 
Professor de Direito Civil. Palestrante. Autor de Artigos 
Científicos e Livros Jurídicos. Fan Page: Luciano Figueiredo 
(Professor). Twitter: @civilfigueiredo. Instagram: 
@lucianolimafigueiredo. 
Qual a teoria adotada no Brasil para o 
surgimento da Pessoa Jurídica? 
 
Faz-se necessária alguma outra autorização? 
 
Qual a natureza jurídica do registro da 
Pessoa Jurídica? 
 
# Regras importantes sobre administração da 
Pessoa Jurídica: 
 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os 
atos dos administradores, exercidos 
nos limites de seus poderes definidos 
no ato constitutivo. 
 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver 
administração coletiva, as decisões 
se tomarão pela maioria de votos dos 
presentes, salvo se o ato constitutivo 
dispuser de modo diverso. 
Parágrafo único. Decai em três anos 
o direito de anular as decisões a que 
se refere este artigo, quando 
violarem a lei ou estatuto, ou forem 
eivadas de erro, dolo, simulação ou 
fraude. 
 
Art. 49. Se a administração da 
pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a 
requerimento de qualquer 
interessado, nomear-lhe-á 
administrador provisório. 
 
 
Na hora da prova? 
 
01 (FCC/TRT/1 R/ 2013). A empresa Y, que 
atua no ramo de cosméticos, situada na 
cidade do Rio de Janeiro, tem 
administração coletiva exercida pelos seus 
dez sócios, nos termos preconizados pelo 
seu Estatuto Social. Em uma reunião de 
diretoria, a maioria dos presentes decide 
tomar uma decisão para o futuro da 
empresa que contraria o estatuto social e a 
lei. Neste caso, para Manoel, um dos 
sócios, inconformado com a decisão 
tomada pela diretoria da empresa, o direito 
de anular esta decisão decairá, de acordo 
com o CC, em 
 
(A) três anos. 
 
 
 
 
 
 
 
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2 
(B) um ano. 
(C) dois anos. 
(D) quatro anos. 
(E) cinco anos. 
 
 
2. Princípio da Separação ou 
Independência ou Autonomia 
 
Desprovido de artigo específico versando 
sobre ele no Código Civil, decorre da 
inteligência dos artigos 46, V e 1052, ambos 
do Código Civil. 
 
Art. 46. O registro declarará: 
V - se os membros respondem, ou 
não, subsidiariamente, pelas 
obrigações sociais; 
 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a 
responsabilidade de cada sócio é 
restrita ao valor de suas quotas, mas 
todos respondem solidariamente pela 
integralização do capital social. 
 
2.1 Desconsideração da Pessoa Jurídica: 
(“Disregard Doutrine”) 
 
Código Civil: 
 
Art. 50. Em caso de abuso de 
personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe 
couber intervir no processo, que 
os efeitos de certas e determinadas 
relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos 
administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
 
O CC adota uma teoria maior e objetiva. E os 
outros ramos do direito? 
 
# A jurisprudência do STJ tem diferenciado a 
“teoria maior” da “teoria menor” da 
desconsideração da pessoa jurídica: (Idem no 
Informativo 415, STJ). 
 
Responsabilidade civil e Direito do 
consumidor. Recurso especial. 
 
Shopping Center de Osasco-SP. 
Explosão. Consumidores. Danos 
materiais e morais. Ministério 
Público.Legitimidade ativa. Pessoa 
jurídica. Desconsideração. Teoria 
maior e teoria menor. Limite de 
responsabilização dos sócios. 
Código de Defesa do Consumidor. 
 
Requisitos. Obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados 
aos consumidores. Art. 28, § 5º. 
 
- Considerada a proteção do 
consumidor um dos pilares da ordem 
econômica, e incumbindo ao 
Ministério Público a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais 
indisponíveis, possui o Órgão 
Ministerial legitimidade para atuar em 
defesa de interesses individuais 
homogêneos de consumidores, 
decorrentes de origem comum. 
 
- A teoria maior da desconsideração, 
regra geral no sistema jurídico 
brasileiro, não pode ser aplicada com 
a mera demonstração de estar a 
pessoa jurídica insolvente para o 
cumprimento de suas obrigações. 
 
Exige-se, aqui, para além da prova 
de insolvência, ou a demonstração 
de desvio de finalidade (teoria 
subjetiva da desconsideração), ou a 
demonstração de confusão 
patrimonial (teoria objetiva da 
desconsideração). 
 
- A teoria menor da desconsideração, 
acolhida em nosso ordenamento 
jurídico excepcionalmente no Direito 
do Consumidor e no Direito 
Ambiental, incide com a mera prova 
de insolvência da pessoa jurídica 
para o pagamento de suas 
obrigações, independentemente da 
existência de desvio de finalidade ou 
de confusão patrimonial. 
 
 
 
 
 
 
 
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- Para a teoria menor, o risco 
empresarial normal às atividades 
econômicas não pode ser suportado 
pelo terceiro que contratou com a 
pessoa jurídica, mas pelos sócios 
e/ou administradores desta, ainda 
que estes demonstrem conduta 
administrativa proba, isto é, mesmo 
que não exista qualquer prova capaz 
de identificar conduta culposa ou 
dolosa por parte dos sócios e/ou 
administradores da pessoa jurídica. 
 
- A aplicação da teoria menor da 
desconsideração às relações de 
consumo está calcada na exegese 
autônoma do § 5º do art. 28, do 
CDC, porquanto a incidência desse 
dispositivo não se subordina à 
demonstração dos requisitos 
previstos no caput do artigo indicado, 
mas apenas à prova de causar, a 
mera existência da pessoa jurídica, 
obstáculo ao ressarcimento de 
prejuízos causados aos 
consumidores. 
 
- Recursos especiais não 
conhecidos. 
 
(RESP 279.273/SP, Rel. Ministro ARI 
PARGENDLER, Rel. p/ Acórdão 
Ministra NANCY 
ANDRIGHI,TERCEIRA TURMA, 
julgado em 04.12.2003, DJ 
29.03.2004 p. 230) 
 
# Questões polêmicas sobre 
desconsideração: 
 
a) Extingue a pessoa jurídica? 
b) Pode atingir qualquer modalidade de 
pessoa jurídica? (Enunciado 284, CJF) 
c) Pode ser arguida pela própria pessoa 
jurídica? (Enunciado 285, CJF) 
d) Pode ser na modalidade inversa? 
(Enunciado 283, CJF) 
e) E na Justiça do Trabalho? 
f) E sucessiva?2.2 Direitos da Personalidade da Pessoa 
Jurídica 
 
Art. 52. Aplica-se às pessoas 
jurídicas, no que couber, a proteção 
dos direitos da personalidade. 
 
Súmula 227, STJ - A pessoa jurídica 
pode sofrer dano moral. 
 
3. Classificação das Pessoas Jurídicas 
 
3.1 Quanto à atividade executada 
 
3.1.1 de Direito público – são aquelas 
previstas em Lei. Podem ser: 
 
a) DIREITO PÚBLICO INTERNO: poder 
público constituído (União, Estados, DF, 
Municípios, Territórios, suas autarquias e 
fundações). 
 
Art. 41. São pessoas jurídicas de 
direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e 
os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as 
associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter 
público criadas por lei. 
 
b) DIREITO PÚBLICO EXTERNO: 
submetidas ao direito internacional público (as 
diversas nações, inclusive a Santa Sé, e os 
organismos internacionais como a ONU, a 
OEA, a FAO, a UNESCO etc) – art. 42, CC 
 
Art. 42. São pessoas jurídicas de 
direito público externo os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que 
forem regidas pelo direito 
internacional público. 
 
3.1.2 De direito privado - todas as demais 
(que não são previstas em lei): 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de 
direito privado: 
 I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações 
 
 
 
 
 
 
 
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IV – as organizações religiosas; 
(Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003) 
V – os partidos políticos. (Incluído 
pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
VI – Empresas Individuais de 
Responsabilidade Limitada – EIRELI. 
 
Na hora da prova? 
 
TJ -PE 2012 - FCC 
 
02. Com relação às pessoas jurídicas de 
direito público interno e as de direito 
privado, é correto afirmar que: 
 
a) a criação, a estruturação interna e o 
funcionamento das organizações religiosas é 
livre, mas o poder público pode negar-lhes o 
registro dos atos constitutivos necessários ao 
seu funcionamento. 
b) as fundações e organizações religiosas são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
c) os partidos políticos e as associações são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
d) o direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito no respectivo ato constitutivo, decai 
em três anos, contados na publicação da 
inscrição no registro competente. 
e) a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado começa com a inscrição dos 
atos constitutivos no respectivo registro, 
precedida, em qualquer hipótese, de 
aprovação ou autorização do Poder 
Executivo. 
 
 
3.2 Quanto à estrutura: 
 
3.2.1 Corporações (universitas personarum). 
Dividem-se em: 
 
a) Sociedades 
 
> Simples – são as antigas civis. 
> Empresárias – são as antigas comerciais. 
 
# Segundo o Código Civil, a sociedade 
empresária há de observar dois requisitos: 
 
I) tem por objeto o exercício de atividade 
própria de empresário (art. 966); 
 
Art. 966. Considera-se empresário 
quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para 
a produção ou a circulação de bens 
ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera 
empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício 
da profissão constituir elemento de 
empresa. 
 
II) Registro no Registro Público de Empresas 
(Junta Comercial). 
 
# Segundo o art. 982: 
 
Sociedade de ações – sociedade empresária 
 
Sociedade cooperativa – sociedade simples 
 
# Sociedade entre cônjuges: (art. 977) é 
possível. A restrição imposta é de que não 
tenha casado no regime de comunhão 
universal de bens ou no da separação 
obrigatória. 
 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges 
contratar sociedade, entre si ou com 
terceiros, desde que não tenham 
casado no regime da comunhão 
universal de bens, ou no da 
separação obrigatória. 
 
b) Associações 
 
Tem finalidade ideal: 
 
Art. 53 – Constituem-se as 
associações pela união de pessoas 
que se organizem para fins não-
econômicos. 
 
Qual o quórum de convocação? 
 
Art. 60. A convocação dos órgãos 
deliberativos far-se-á na forma do 
estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) 
dos associados o direito de promovê-
la. 
 
 
 
 
 
 
 
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Estatuto pode instituir categorias de 
associados com diferentes vantagens: 
 
Art. 55. Os associados devem ter 
iguais direitos, mas o estatuto poderá 
instituir categorias com vantagens 
especiais. 
 
A qualidade de associado transmite-se? 
 
Art. 56. A qualidade de associado é 
intransmissível, se o estatuto não 
dispuser o contrário. 
 
Para exclusão do associado há de ter devido 
processo? 
 
Art. 57. A exclusão do associado só 
é admissível havendo justa causa, 
assim reconhecida em procedimento 
que assegure direito de defesa e de 
recurso, nos termos previstos no 
estatuto. 
 
O que fazer com o patrimônio na hipótese de 
extinção? 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o 
remanescente do seu patrimônio 
líquido, depois de deduzidas, se for o 
caso, as quotas ou frações ideais 
referidas no parágrafo único do art. 
56, será destinado à entidade de fins 
não econômicos designada no 
estatuto, ou, omisso este, por 
deliberação dos associados, à 
instituição municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos ou 
semelhantes. 
 
§ 2º Não existindo no Município, no 
Estado, no Distrito Federal ou no 
Território, em que a associação tiver 
sede, instituição nas condições 
indicadas neste artigo, o que 
remanescer do seu patrimônio se 
devolverá à Fazenda do Estado, do 
Distrito Federal ou da União. 
 
3.2.2 Fundações (universitas bonorum) –
(universalidade de bens) 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o 
seu instituidor fará, por escritura 
pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, 
e declarando, se quiser, a maneira 
de administrá-la. 
 
Parágrafo único. A fundação 
somente poderá constituir-se para 
fins religiosos, morais, culturais ou de 
assistência. 
 
Esse rol de finalidades previstos no art. 62 e 
taxativo ou exemplificativo? 
 
Posicionamento para Prova: Taxativo. 
 
Instituição é irretratável? 
 
Art. 64. Constituída a fundação por 
negócio jurídico entre vivos, o 
instituidor é obrigado a transferir-lhe 
a propriedade, ou outro direito real, 
sobre os bens dotados, e, se não o 
fizer, serão registrados, em nome 
dela, por mandado judicial. 
 
E se o patrimônio for insuficiente? 
 
Art. 63. Quando insuficientes para 
constituir a fundação, os bens a ela 
destinados serão, se de outro modo 
não dispuser o instituidor, 
incorporados em outra fundação que 
se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
 
Alteração dos estatutos? 
 
Art. 67. Para que se possa alterar o 
estatuto da fundação é mister que a 
reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos 
competentes para gerir e representar 
a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim 
desta; 
III - seja aprovada pelo órgão do 
Ministério Público, e, caso este a 
denegue, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 68. Quando a alteração não 
houver sido aprovada por votação 
unânime, os administradores da 
fundação, ao submeterem o estatuto 
ao órgão do Ministério Público, 
requererão que se dê ciência à 
minoria vencida para impugná-la,se 
quiser, em dez dias. 
 
Quem é o fiscal das fundações? 
 
Art. 66. Velará pelas fundações o 
Ministério Público do Estado onde 
situadas. 
 
§ 1º. Se funcionarem no Distrito 
Federal, ou no Território, caberá o 
encargo ao Ministério Público 
Federal. 
 
§ 2º. Se estenderem a atividade por 
mais de um Estado, caberá o 
encargo, em cada um deles, ao 
respectivo Ministério Público”. 
 
Diga-se que o §1º do art. 66 foi declarado 
inconstitucional pelo ADI 2794, proposta pela 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MEMBROS 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO – CONAMP. 
Seguiu o STF o Enunciado 10 do CJF. 
 
No caso de extinção: 
 
Art. 69. Tornando-se ilícita, 
impossível ou inútil a finalidade a que 
visa a fundação, ou vencido o prazo 
de sua existência, o órgão do 
Ministério Público, ou qualquer 
interessado, lhe promoverá a 
extinção, incorporando-se o seu 
patrimônio, salvo disposição em 
contrário no ato constitutivo, ou no 
estatuto, em outra fundação, 
designada pelo juiz, que se proponha 
a fim igual ou semelhante. 
 
Na hora da prova? 
 
03 (FCC/TRT/1 R/ 2013). A Fundação Juju 
foi regularmente criada para atuar no 
benefício de crianças carentes e está em 
plena atividade na cidade do Rio de 
Janeiro. Uma das pessoas competen- tes 
para gerir e representar a Fundação Juju 
pretende alterar o seu estatuto. Para tanto, 
a alteração não pode contrariar o fim da 
Fundação e, além disso, deverá ser 
deliberada 
 
(A) pela maioria absoluta dos competentes 
para gerir e representar a fundação e 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, 
com possibilidade de suprimento judicial caso 
este denegue a aprovação. 
(B) por dois terços dos competentes para 
gerir e repre- sentar a fundação e aprovada 
pelo órgão do Ministério Público, com 
possibilidade de suprimento judicial caso este 
denegue a aprovação. 
(C) pela maioria simples dos competentes 
para gerir e representar a fundação e 
homologada pelo Juiz competente, após 
aprovação pelo Ministério Público. 
(D) pela maioria absoluta dos competentes 
para gerir e representar a fundação e 
homologada pelo Juiz competente, após 
aprovação do Ministério Público. 
(E) por todas as pessoas competentes para 
gerir e re- presentar a fundação e 
homologada pelo Juiz com- petente, após 
aprovação do Ministério Público. 
 
 
5. Extinção da Pessoa Jurídica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
01. A 
02. D 
03. B

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