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Atividade Discursiva: Enfermagem e o Controle da Infecções relacionada a Assistência à Saúde.
Paciente J.S, 78 anos, sexo masculino, internado na Clínica médica com HD de AVE isquêmico há 5 dias, evoluiu:
Neurológico: escala de Glasgow 11, pupilas isocóricas, fotorreagentes, hemiplegia a direita, disfagia.
S. pulmonar:  expansibilidade diminuída a direita, padrão respiratório abdominal e uso de musculatura acessória, MV presente diminuído a direita, com presença de roncos a direita, nebulização 10 l/min, FR  35 rpm.
S.cardiovascular: BRNF sem sopro, perfusão periférica diminuída, EC4 SEG, pulsos filiformes presentes, acesso venoso periférico em MSD sem sinais de infecção.
S. gastrointestinal: abdômen globoso, flácido, RHA presentes diminuído, s/ VCM, percussão timpânica, SNE recendo dieta, sem evacuação a 1 dia.
S genitourinário: SVD com bom débito urinário de coloração amarelada.
A partir da análise do caso clínico, responda:
 a) Técnico de enfermagem foi aferir os sinais vitais do paciente J.S solicitando avaliação da Enfermeira Patrícia, ao examinar o paciente a mesma realizou algumas intervenções: posicionou o paciente em decúbito elevado, realizou aspiração das VAS, interrompeu a administração da dieta, realizou aferição dos sinais vitais, ajustou a oxigenoterapia, mesmo assim paciente não apresentou melhora sendo solicitado avaliação médica devido ao desconforto respiratório importante. Após avaliação médica foi realizado a IOT e instalado o ventilador mecânico. Quais seriam as intervenções de enfermagem para o controle e prevenção de pneumonia hospitalar?
 Os cuidados de enfermagem para controle e prevenção da pneumonia hospitalar são, a manutenção da cabeceira elevada entre 30 e 45, avaliação diária da sedação e a diminuição da sedação sempre que possível bem como a aspiração da secreção e a higiene oral com antissépticos como cloroxedina ,3 vezes ao dia. A medida mais importante é a higienização das mãos para evitarmos a transmissão cruzada de infecções. Existem evidencias de que a bactéria pode viver por uma semana em superfícies e objetos e uma outra medida indica seria o isolamento do paciente. Além disso vamos lembrar que os pacientes devem ser mantidos em precaução e contato e devemos identificar claramente o leito dos mesmos, verificar se os instrumentos como estetoscópio por exemplo foram desinfetados com álcool 70% antes de ser usado no paciente, também examinar as superfícies e leitos e os ambientes e assim utilizar o desinfetante. Não vamos esquecer que o acompanhante em hipótese alguma não pode sentar na cama desse paciente.
 Profissionais sempre lavar e higienizar as mãos como já foi dito acima, usar luvas e aventais também para que a contaminação não seja passada para outros pacientes.
 Deve-se atentar também que a vigilância da pressão do cuff, inserida na prática clínica para que desta forma a incidência de complicações decorrentes dos extremos de pressões possam ser reduzidas. Além disso, faz-se necessário observar às condições do filtro para análise de sua eficácia, prudência e regularidade na troca de fixação do TOT e o preenchimento apropriado dos umidificadores, contribuindo assim de forma positiva para a recuperação do paciente
 Foi observado que as medidas relacionadas ao controle e prevenção das PAVM, como a realização da higiene oral, aspiração endotraqueal, higienização das mãos, posicionamento no leito e manuseio do circuito do VM são de extrema importância. Em relação à realização da HO, conclui-se que os cuidados realizados durante essa ação contribuem para a prevenção da PAVM e deve-se enfatizar a importância da higienização das mãos e uso de EPIs não apenas para o profissional, mas, sobretudo, para o cliente, adequando-a a realidade e necessidade de cada ambiente assistencial e os produtos disponibilizados pela mesma.
B) Neste mesmo dia, paciente apresentou piora clínica com taquicardia, hipotensão arterial, febre, foi encaminhado para UTI onde foram realizadas as culturas ao ser admitido. Constataram que o paciente estava com enterococcos resistente à vancomicina em secreção traqueal. Quais as intervenções devem ser tomadas referente a precaução?
 O Enfermeiro responsável pela unidade, juntamente com a equipe de profissionais que presta assistência ao paciente, cabe organizar os cuidados imediatamente a seguir da identificação do paciente colonizado/infectado por MR, destacando o reforço das orientações sobre higienização das mãos, reconhecida como a principal medida para reduzir a disseminação de patógenos no ambiente hospitalar. 
 As recomendações da OMS para a higienização das mãos englobam cinco indicações, sendo justificadas pelos riscos de transmissão de micro-organismos e descreveremos a seguir todos.
 Para a maior parte dos pacientes colonizados/infectados por MR devem ser adotadas precauções de contato e mantido o uso de máscara cirúrgica na situação de possibilidade de respingos, assim como os demais EPIs recomendados para manter precauções padrão. 
 Manter o paciente em quarto privativo, quando não for possível, deve-se providenciar uma Área Isolada ou Coorte conforme recomendação do manual de Prevenção de Transmissão de Agentes Infecciosos no Ambiente Hospitalar. Colocar na porta do quarto ou em local próximo ao leito do paciente a Ficha com Instrução para as Precauções Anti-infecciosas a serem adotadas e também a placa de identificação de MR na cabeceira do leito; materiais e equipamentos para aferir sinais vitais devem ser de uso exclusivo do paciente, devendo realizar a desinfecção com álcool a 70% diariamente. 
 Após a alta do paciente devem ser submetidos à rigorosa limpeza e desinfecção, inclusive encaminhar a braçadeira esfigmomanômetro de tecido para a lavanderia; não fazer estoque de materiais no quarto do paciente, pois os mesmos no final de isolamento devem ser desprezados quando alta, transferência externa e óbito, nos casos de transferências internas encaminhar com o paciente. 
 Manter a disponibilidade dos EPIs recomendados, para serem dispostos próximo à enfermaria do paciente, se possível utilizando uma mesa auxiliar, garantindo acondicionamento adequado dos mesmos. Manter a disponibilidade de sabão com Clorhexidine para higienização das mãos nas pias próximas ao local de alojamento do paciente com MR orientar o paciente, seus acompanhantes e os profissionais do setor sobre as precauções necessárias; escalar profissional da equipe de enfermagem exclusivo para atender especificamente este paciente, quando possível. Orientar os profissionais das áreas de apoio, que realizam atendimento na área de internação do paciente, sobre a necessidade de utilizar as precauções recomendadas e garantir a rigorosidade na higienização das mãos. 
 Aos profissionais do SCIH cabe no momento de sua visita diária, ou quando solicitado pela equipe de profissionais da assistência ao paciente, as atividades seguintes; reforçar as orientações sobre higienização das mãos, reconhecida como a principal medida para reduzir a disseminação de patógenos no ambiente hospitalar; avaliar diariamente os resultados de culturas enviados ao setor; identificar os casos de MR e verificar junto às equipes das unidades de internamento as medidas que foram ou que deverão ser adotadas; elaborar o resumo de orientação de cuidados para MR específico para cada paciente e anexar ao prontuário; auxiliar a equipe durante a orientação do paciente e seus acompanhantes, assim como sanar dúvidas dos profissionais sobre as precauções necessárias.
IMPORTANTE: 
 O álcool 70% quando utilizado direto sobre a matéria orgânica fixa ainda mais a mesma sobre a superfície. O álcool 70% elimina os patógenos quando friccionado por 30 segundos e quando seca. Por isto, sempre aplique o álcool e espere secar, realizando esta técnica por 03 vezes. Nunca despejar/jogar álcool: alto risco de incêndio. Retiraras luvas ao sair do quarto, lavar as mãos, calçar novas luvas, lavar todos os materiais e desinfetar com Ácido Peracético/peróxido de hidrogênio ou álcool. Descartar os panos de limpeza. Retirar o restante da paramentação e lavar as mãos. Ao limpar locais com trânsito de pessoas, sinalizar a área com placas amarelas, alertando sobre o risco de quedas, local úmido. Ao limpar um local, iniciar do fundo para frente, do limpo para o local mais sujo, usar mais de um pano, trocando-o a cada parte. Após concluída a desinfecção terminal, secar tudo, repor sacos de lixo e papel toalha, verificar refil de sabão líquido e álcool nos dispensadores para higienização das mãos. Se possível, utilizar panos pequenos e descartáveis.