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AlmirInaciodaNóbr~ga
MANUAL DE
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I.v J
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SÉRIETECNOLOGIAEM RADIOLOGIAMÉDICA
KellenAdrianaCureiDaros(Org.)
r(~CENTRO UNIVERSI"
.
ÁRIO
'VSÃOCAMILO
Sumário
1TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, 1
AspectosHistóricos,1
O Método,1
PrincípiosBásicos,2
A ImagememMatriz,3
GeraçõesdeTC,4
O SistemaHelicoidal,5
TC Multislice,7
O TubodeRaios-XdoTC,8
Detectores,8
ReconstruçãodasImagens,9
Retroprojeção,9
O MétodoInterativo,9
O MétodoAnalítico,10
EscaladeHounsfield,10
ProblemasComunsemTC,11
AspectosdeSegurança,12
2 O EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, 15
TC- GeneralElectric- ModeloCTI - Hi-speed,15
Gant1}~15
A MesadeExames,17
A MesadeComando,17
Computador,18
p'owerDistributionUnit - PDU,18
3EXAMES POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA,19
O ExameTomográfico,19
Crânio,22
O CrânioemCortesCoronais,24
SeiosParanasais,24
SelaTúrcica,26
OssosTemporais,27
Face,28
Órbitas,29
Pescoço,29
Tórax,30
TC doTóraxemAltaResolução,32
EstudodosGrandesVasos,32
TécnicaparaT.E.P.,33
Abdome,33
AbdomeSuperior,37
TC doAbdomenoAparelhoUro-excretor,37
TC doAbdomenosAneurismasdaArtériaAorta,38
ColunaVertebral,38
ColunaLombar,39
ColunaCervical,40
ColunaTorácica,40
PelveeArticulaçãoCoxofemoral,41
Joelho,41
Tornozelo,43
Pés,43
Ombro,44
Cotovelo,45
Punho,46
ExtremidadesemGeral,47
4 TRATAMENTODIGITAL DA IMAGEM TOMOGRÁFICA,49
RadiologiaDigital,49
ImagemDigital,51
ImagensDigitaisnosAtuaisCentrosdeDiagnósticoporImagem,53
Workstation,54
TratamentodaImagemDigital,54
Formatação,54
Apresentação(Disp/ay),55
Reformatação,55
Magnificação,56
Lupa,56
Deslocamento(Sero/l),56
Anotação,57
Apagar(De/ete/Erase),57
Rodar(Flip/Rotate),57
Medidas(Measure),57
FiltrosDigitais,58
ImagensdeReferência,59
AlgoritmosdeReconstrução(TC),59
Arquivo,60
Documentação,61
ReconstruçõesTridimensionais,61
ReconstruçõesVasculares,64
AngioTC,64
ProtocolosTC, 67
5 MODELOS DE PROTOCOLOS,69
CrânioRotina,69
SeiosParanasais- Axial,70
SeiosParanasais- Coronal,70
SelaTúrcica- Coronal,71
OssosTemporais- Axial,71
OssosTemporais- Coronal,72
Pescoço,72
Tóraxrotina,73
Tórax- AltaResolução,73
Tórax- T.E.P.,74
AbdomeSuperior,74
AbdomeTotal,75
ColunaCervical,75
ColunaLombar,76
ColunaTorácica,76
ColunaSegmento(Bloco),77
Ombro,77
Cotovelo,78
Punho,78
ArticulaçãoCoxofemoral,79
Joelho,79
Patela- comAngulações,80
Tornozelo- Axial,80
Tornozelo- Coronal,81
Pés- Axial,81
Pés- Coronal,82
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 83
ÍndiceRemissivo,85
Tomografia
Computadorizada.i
ASPECTOS HISTÓRICOS
A tomografiacomputadorizadacomo mé-
todo de diagnósticopor imagemfoi apresen-
tada à sociedadecientíficano ano de 1972
por Godfrey N. Hounsfield- engenheiroele-
trônico- em Middlesex-, Inglaterra.
O método obteve grande repercussão,
particularmentepelas suas propriedadesde
avaliaçãode tecidos"moles" como os mús-
culos,asvíscerase o parênquimacerebral,até
entãodifíceisde seremdemonstrados.
A tomografiacomputadorizadaguardaain-
da umaoutraimportânciahistórica,o inícioda
erada informáticano diagnósticopor imagem.
A introduçãodestatécnica revolucionou
o diagnósticoneurológico.Até a sua introdu-
ção,a avaliaçãodo hematomano traumacra-
nioencefálico,ou mesmo,do acidentevascular
cerebral,sópodiaserfeitode formaclínicaou
com maior segurançana abordagemcirúrgi-
ca, com todosos inconvenientese riscosine-
rentesa essesprocedimentos.
Empoucotempoatécnicatomográficafoi
ampliadae passoutambéma serutilizadanos
demaissistemase órgãosdo corpo humano,
passandoa incorporaros principaiscentrosde
diagnósticopor imagemdo mundo.
A tomografia,ainda hoje, parecenão ter
alcançadoosseuslimitespotenciaise vemso-
frendo grandestrânsformações,sendoobjeto
CAPÍTULO 1
de constantespesquisas,todasvoltadas,prin-
cipalmente, para a redução nos tempos de
examese ganhosde resoluçãodas imagens
produzidas.Programasde computadorpermi-
temaindadiversificaro alcancedestatécnica,
possibilitandoapresentaçõesdinâmicas,fun-
cionaise de navegaçãovirtualpelo interiorde
vasose víscerasocas.
Ao que tudo indica a tomografiacompu-
tadorizadaainda nos revelarágrandessurpre-
sas,o seu potencialé incalculável.
o MÉTODO
A tomografiacomputadorizadaé um mé-
todo dediagnósticopor imagemquecombina
o usode raios-Xobtidospor tubosde altapo-
tência com computadores especialmente
adaptadospara processargrandevolume de
informaçãoe produzir imagenscom altograu
de resolução.
O tubode raios-Xestádispostono interior
do corpo do aparelhoem um dispositivorota-
tório de forma justapostaa um conjunto de
elementos que coletam o residual do feixe
de radiaçãoqueatravessao pacientee conhe-
cidos por detectores.O conjuntode detecto-
resconstituio principalelementodacoletado
sinalda tomografiae é responsávelpelatrans-
formação da energia residual incidente em
correnteselétricasque podemfacilmenteser
processadaspor computador(Fig.1.1).
1
Fig.1.1- O métodotomográfico:Apósmúltiplasproje-
çõesumsistemacomputadorizadoreconstróiimagens
transversaisdo corpo.
Durantea aquisiçãode umcortetomo-
gráfico,enquantoo tubogiraaoredordopa-
ciente,umfeixederadiaçãoé emitido,indo
incidirnosdetectoresquecoletamasinforma-
çõesobtidasa partirde múltiplasprojeções.
Asinformaçõessãoentãoenviadasaocompu-
tadorresponsávelpelo processamentodas
imagens.
O primeirotomógrafoutilizadoemradio-
diagnósticofoi apresentadopor GodfreyN.
Hounsfield,engenheiroeletrônico,em1972,
naInglaterra.O equipamentofoifabricadopela
empresaE.M.I. e constavade um tubo de
raios-Xsimplesdeanodofixoealvodedimen-
sõesrelativamenteexageradas(3 X 13 mm),
massuficientementepotenteparasuportaro
alto"calor"produzidopelossucessivosbom-
bardeiosdeelétrons.A construçãodoscortes
tomográficos(scans)sefaziapormeiode um
feixeestreitoda espessuraaproximadade
umlápisque,apósatravessaro corpodo pa-
ciente,incidiaemdispositivosdetectoresda
radiaçãoresidual.
A imagemeraformadaa partirdo sinal
obtidonosdetectores.Cercade 160exposi-
çõeseramrealizadasaolongodeumadireção
(\/ã.m~d\ml\\\'\eã.f'.A:Qósc.offi\?\etafesta\/ã.ffe-
durao conjuntotubo/detectoresfazia um
movimentoderotaçãode1 gràue umanova
varreduralinearseiniciava.O movimentode
rotaçãoserepetiacercade180vezes,alteran-
do-seacada1grau.Osdadosobtidosearma-
zenadosno computadorpodiamentãoser
utilizadosnareconstruçãodocortetomográfi-
co. O feixedo primeirQequipamentotinha
dimensõesaproximadasde3x 13mm.
PRINcíPIOS BÁSICOS
Nosatuaistomógrafoscomputadorizados,
umtubode raios-Xemiteumfeixede radia-
çãolaminaremformadelequeedeespessura
muitofinaqueatravessao pacienteindosen-
sibilizaroconjuntodedetectores.Este,porsua
vez,seencarregadetransmitirossinaisobti-
dosemformadecorrenteselétricasdepeque-
nasintensidadesa umdispositivoeletrônico
quetransformaossinaisobtidosemdígitosde
computador.
Paraquea imagempossaserinterpretada
comoumaimagemanatômica,múltiplaspro-
jeçõessãorealizadasapartirdediferentesân-
gulos.O computadorde possedos dados
obtidosnasdiferentesprojeçõesconstróiuma
imagemdigital.Cadaelementode imagem
(pixel)seapresentarácomumtomde cinza
correspondenteà suadensidaderadiológica.
Estruturascom altadensidaderadiológica,
comoos ossos,por exemplo,seapresentam
claras,"hiperatenuantes",na imagemtomo-
gráfica,oar,pelasuabaixadensidade,seapre-
sentaescuro"hipoatenuante".
A escalade Hounsfieldrepresentaem
unidadesHU (HounsfieldUnit)asdensida-
des radiológicasdas diferentesestruturas
anatômicas,atribuindo-Ihesumagraduação
específicanaescaladecinzasdoequipamen-
to de tomografia.
CaracterísticasdoMétodo
1.A tomografiaapresentaumfeixedeas-
pectolaminareemformade leque.
2."Aaquisiçãodasimagensocorrenopia-
nodogantry,oque,primariamente,gera
cortestransversaisaoplanodocorpo.o /
CAPíTULO 1
3. A imagemfinal é digitale pode serfa-
cilmentemanipuladapor softwares.
4. Quanto maiora matriz,melhorseráa
resoluçãoda imagem.
A MATRIZ DA IMAGEMDE TC
A matrizem TC podeserdefinidacomo o
arranjodas linhase colunasque formaa ima-
gemdigital.Quanto maioro númerode linhas
e colunasmelhorseráa resoluçãoda imagem.
O elementode imagemformadopela in-
tersecçãodas linhase colunasé denominado
pixel, uma formaabreviadada expressãoem
inglês"pictureelement".Uma matrizde alta
resoluçãoapresentapixelsdepequenasdimen-
sões,o que lhe garantemaior resolutividade.
A espessurado cortede umaimagemformada
pela TC estárelacionadaà profundidadedo
corte.O volumeformadopelasdimensõesdo
pixele profundidadedo corteéconhecidopor
voxel (Fig.1.2).
Nos equipamentosatuaisde tomografia
computadorizadasão geradasimagenscom
matrizde dimensões512 linhasx 512 colunas
(Fig.1.3).
Fig. 1.2 - Representaçãodo Voxel.
CAPÍTULO 1
:5
3. A imagemfinal é digitale pode serfa-
cilmentemanipuladaporsoftwares.
4. Quanto maiora matriz,melhor seráa
resoluçãoda imagem.
A MATRIZ DA IMAGEMDE TC
A matrizem TC podeserdefinidacomo o
arranjodaslinhase colunasque formaa ima-
gemdigital.Quanto maioro númerode linhas
e colunasmelhorseráa resoluçãoda imagem.
O elementode imagemformadopelain-
tersecção das linhas e colunas é denominado
pixel, umaformaabreviadada expressãoem
inglês"pictureelement".Uma matrizde alta
resoluçãoapresentapixelsde pequenasdimen-
sões,o que lhe garantemaior resolutividade.
A espessurado cortede umaimagemformada
pela TC estárelacionadaà profundidadedo
corte.O volumeformadopelasdimensõesdo
pixele profundidadedo corteé conhecidopor
voxel (Fig.1.2).
Nos equipamentosatuaisde tomografia
computadorizadasão geradasimagenscom
matrizde dimensões512 linhasx 512 colunas
(Fig.1.3).
Fig. 1.2 - Representaçãodo Voxel.
Ix,
IX2
Ix)
Ix.
Ixs
Fig. 1.3 - Imagemmatricial- Pixel(Elementode imagem);Voxel(Volumede imagem).
CAPÍTULO 1 3
No primeirotomógrafoEMI apresentado
por Housnfield,a matrizapresentavaresolu-
ção de 80 linhasx 80 colunas.
Como ossinaisprovenientesdosdetecto-
ressãotransformadosem imagem?
Para que a imagemde tomografiapossa
ser reconstruídade formaa demonstrarases-
truturasem sua forma real, são necessárias
múltiplastomadasde dadosem diferentesân-
gulosde projeção.A partirdosdadosobtidos
em cada leitura,o computador interpretao
graude densidadedos diferentestecidosatri-
buindo a cada um o valorcorrespondentede
uma escalade tonscinza. O resultadofinal é
apresentadopelospixelsque formama ima-
gemtomográfica.
Cada voxelrepresentaa unidadede volu-
me da imagem,considerandoa espessurado
corte, e apresentacoeficientede atenuação
linearespecífico.
GERAÇÕES DE T.C.
1~ Geração
O tomógrafode primeirageraçãocomo o
apresentadoà sociedadecientíficano ano de
1972 por GodfreyN. Hounsfield,apresentava
asseguintescaracterísticas:
Feixede radiaçãomuito estreito,medin-
do aproximadamente3 X 13 mm, que fazia
múltiplasvarreduraslinearessobre o objeto,
Fi~.1.4- Primeirageração.
4
coletandoinformaçõesde 160feixesdistintos.
Após a primeiravarredura,o tubo sofriauma
rotaçãode 1 graupara iniciarnovavarredura
e coletaroutros160 feixesna nova projeção.
Esseprocessoera repetidopor 180 vezes,va-
riando-secadaprojeçãoem umgrau.
O tempode aquisiçãode um único corte
tomográficopodia chegara cinco minutose
um estudocompletofreqüentementedurava
maisde umahora (Fig.1.4).
2~ Geração
O equipamento de 2i!.geração trouxe
como inovaçãoa aquisiçãode dadosa partir
de umconjuntode detectores,e não maisum
único, como era no equipamentode 1i!.gera-
ção.Estatecnologiapossibilitoua reduçãodrás-
ticadotempodeaquisiçãodasimagens.Nesses
equipamentoso feixepassoua serlaminar,em
forma de leque, suficienteparacobrir o con-
junto de detectoresque podiam variarentre
20 e 40, dependendodo fabricante(Fig.1.5).
O princípiode aquisiçãodas imagensera
semelhanteao dosequipamentosde primeira
geração,ou seja, múltiplasprojeçõesdefasa-
das de movimentode rotaçãode 1 grau até
perfazerumtotalde 180 projeções.Nosequi-
pamentode 2' geraçãoos temposde aquisi-
ção dos cortesficaramreduzidosa menosde
um minuto,com umsubstancialganhoem re-
laçãoaosequipamentosde l' geração.Hoje,
I
Fig. 1.5 - Segundageração.
CAPÍTULO 1
estesequipamentosforamproibidosdeoperar
no mercadoporapresentaremtaxasdedoses
nãocompatíveiscomosníveispermissíveis.
3!!Geração
Osequipamentosdeterceirageraçãoapre-
sentaramumaevoluçãosignificativa.Nesses
equipamentos,eliminou-seoqueconhecemos
porvarreduralinear.A partirdeentão,ostu-
bosmudaramdo procedimentodevarredura
acadagrauepassaramafazermovimentosde
rotaçãocontínuoscomacoletasimultâneados
dados.Umconjuntodedetectorescomapro-
ximadamente600unidades,suficientespara
coletarosdadosde umfeixelargode radia-
ção/girandodeformasincrônicacomo tubo
deraios-X,pôdereduzirostemposdeaquisi-
çãodoscortesparaalgoemtornode doisà
cincosegundosporimagem.O processamen-
to dasimagenspelocomputadortambémfoi
sensivelmentereduzido,variandoentrecinco
e 40segundos(Fig.1.6).
Os tomógrafosde terceirageraçãoainda
sãolargamenteutilizadoseestãopresentesem
grandepartedosserviçosde diagnósticopor
imagemdo país,emboraestejamsendogra-
dativamentesubstituídospeloschamadÇ>sTC
heiicoidais/muItidetectores.
Fig. 1.6 - Terceirageração.
4.!!Geração
Umaquartageraçãodeequipamentosde
TCsurgiucomumconjuntodedetectaresdis-
tribuídospelos360grausdogantry,ocupando
CAPÍTULO 1
assimtodoo anel(Fig.1.7).A principalinova-
çãoobservadaa partirdessesequipamentos
foia introduçãodatecnologiaSlip-ring.
O slip-ringconstitui-sedeumaneldeligas
especiais,quefornecea tensãoprimáriaao
anoqoe aocatododotuboderaios-X,sema
conexãodecabos.Umsistemadeescovasque
ligaosgeradoresasuperfíciedoslip-ringleva
asinformaçõespreviamenteajustadaspelosis-
tema/particularmentenoqueserefereàsdo-
sesdeexposição.
A ausênciadecabospermitiuogirocontí-
nuodostubosnumaúnicadireçãoe agilizou
o processodeaquisiçãoe processamentodas
imagens.
Houveumamelhorasignificativanaesta-
bilidadedosdetectares,maso seualtocusto
inviabilizouasuaprodução.
Poucasunidadesdestageraçãoforamco-
mercializadas.
Fig.1.7- Quartageração.
o SISTEMA HEUCOIDAL (oa ESPIRAL)
O tomógrafohelicoidalsucedeuo equi-
pamentodequartageração,tendoassociado
a tecnologiaslip-ring,quepermitiua rotação
contínuado tuboao deslocamentosimultâ-
neodamesa.Oscortestomográficossãoob-
tidoscoma mesaemmovimento,de forma
queas"fatias"nãosãonecessariamentepla-
nas/masna formade hélices,enquantoo
métododeaquisiçãoassemelha-seaummo-
deloespiral(Fig1.8).
Fig.1.8- Técnicahelicoidal.
Um sistemade computaçãomodernoe
maispotenteserviudebaseparaqueo méto-
doganhasseemagilidade.Tornou-sepossível,
porexemplo,a realizaçãodeexamesdocrâ-
nioemmenosde 20segundos,quando,em
umaparelhodeterceirageraçãoo tempomé-
dioeradecercadetrêsminutos.
A tecnologiahelicoidalreduziudeforma
drásticao tempode realizaçãodosexames.
Novastécnicasforamimplementadase, com
isto,o potencialdiagnósticodo métodofoi
sensivelmenteelevado.
Novosconceitosforamintroduzidos,des-
tacando-se:Revolução,Pitche Interpolação.
1.Revolução:Compreendeo girode360
grausdo conjuntotubo-detectores.O
tempodeaquisiçãodoscortesinfluen-
ciaavelocidadederotaçãodoconjun-
to. Nos TCs helicoidaiso tempode
revoluçãomédioédeumsegundo.
2.Pitch:Representaa razãoentreo des-
locamentoda mesapelaespessurade
corte.Nasaquisiçõesdasimagensheli-
coidaiscompitchde 1:1,observamos
quea mesasedeslocanamesmapro-
porçãodaespessurado corteemcada
revolução.Assim,seoscortesforemde
10 mm,paracadaimagema mesase
deslocará10mm.
Se alterarmosa relaçãodo pitch
para2:1, a mesase deslocaránuma
distânciaequivalenteao dobrodaes-
pessurado corteporrevolução(Fig
1.9).Nessascircunstânciaspodemos
concluirqueo temponecessáriopara
aaquisiçãode20imagensserádedezsegundos,considerando-seumtempo
de revoluçãodeumsegundo.
6
Um fatorimportantea considerar
noscasosdetrabalhocompit~hsdere-
laçãomaioresque1:1éa reduçãoda
quantidadede radiaçãopor fatiade
corte,o conhecidofatormAs.A redu-
çãodesefatorafetadiretamenteaqua-
lidadedaimagemgerada,quepoderá,
dependendodascondiçõesemquefoi
obtida,se apresentarcom excessível
nívelde ruído, inviabilizandoo seu
aproveitamentoparafinsdiagnósticos.
Deslocamentodamesa
PITCH=
Espessurade corte
Fig.1.9- Técnicahelicoidal(A- Pitch1:1/8-Pitch2:1).
3. Interpolação:A aquisiçãodosdadosem
TC helicoidalgeraimagensque,embo-
ra nãosejamperceptíveisao olhohu-
mano,apresentamumaspectoemforma
de hélice,resultadodaaquisiçãoespi-
ral.Nosprotocolosemquesefazneces-
sárioo usodepitchacimadarazãode
1:1,observa-sequeasimagensefetivas
apresentamespessuramaiorquea 1')0-
minal,resultadodoincrementonaaqui-
siçãoespiral.Nosentidodeevitarquea
espessuradoscortesapresentevariações
muitoamplas,algunsequipamentosfa-
zema aquisiçãodosdadosemapenas
180grausdomovimentodotubo,inter-
polandodadosnospróximos180graus,
CAPÍTULO 1
calculadospelo computador,com base
nasinformaçõesobtidasa partirda pri-
meiraparteda aquisição.
TOMOGRAFIA HEUCOIDAL
MOLTlDETECTORES (MULTISUCE)
Os equipamentoshelicoidais evoluiram
principalmenteem função da tecnologias/i-
pring,tubosde raios-Xmaispotentese emfun-
çãodeultramodernossistemascomputacionais.
Na expectativade aumentarainda maisa
capacidadede obtençãode cortespor unida-
de de tempo,surgiramos equipamentosheli-
coidaisdetecnologiamulti-detectoresou mais
popularmente conhecidos por "mu/tis/ice".
Essesequipamentos passarama apresentar
múltiplosconjuntosde anéisdetectoresdefor-
maestrategicamenteemparelhada,tornando-
se possívela aquisiçãosimultâneade vários
cortesde imagens(Figs.1.10 e 1.11).
Fig.1.10 - Múltiplos detectares.
----
Fig.1.11- Múltiplos cortes.
CAPÍTULO 1
Estatecnologiavemevoluindomuitorapi-
damente. Os primeirosequipamentosdesta
geração apresentavamquatro conjuntos de
anéisdetectores.Os maisatuaisapresentam64
anéis,o quepossibilita,nosequipamentoscom
tempode revoluçãomenorque0,5segundo,a
aquisiçãode até140 imagenspor segundo.
A cadaciclocompletode rotaçãodo tubo,
ou revolução,pode-seoptarpelaaquisiçãode
umou tantoscortesquantopermitiremosde-
tectorespresentes.
Os tomógrafosmultidetectorestrabalham
comváriosanéisou coroasde detectoresem-
parelhados.Os detectoresnestesanéispodem,
ou não, apresentarasmesmasdimensões.Al-
gunsfabricantesoptam por um conjunto de
detectoresde diferentesdimensõespor en-
tenderemque, destaforma, obtém-semaior
estabilidadenasrespostasdos sinaisparade-
terminadasespessurasde corte.
A possibilidadedeobtençãodecortescom
a espessuramenorque 1 mm(tecnologiasub-
milimeter)permite,nopós-processamentodas
imagens,a obtençãode modelostridimensio-
nais e de reformataçõesvascularescom alto
graude resolução.
Outra característicanotáveldos tomógra-
fos multidetectores,estárelacionadaà veloci-
dadecomqueo conjuntotubo-detectoresgira
no interiordo gantry.Observa-se,em alguns
equipamentos,revoluçõescom tempomenor
do que 0,5 segundo( tecnologiasub-second).
Estereduzidotempo permitiunovosprotoco-
losde estudosem tomografiacomputadoriza-
da e possibilitouaindaa realizaçãode exames
com sincronizaçãocardíaca.
A sincronização cardíaca (gating),asso-
ciada a pequenas espessurasde corte, está
implementadanos protocolos de estudo do
coração. Com esta técnica obtém-se ima-
genscardíacascom alta resoluçãoanatõmi-
ca e definição suficiente para analise das
artériascoronárias.
A obtencãodegrandenúmerode imagens
por segundo,possibilitoua aquisiçãoem tem-
po próximodo realdas imagensde tomogra-
fia. Com esta técnica tornou-se possível a
7
realização deestudoscom maiorgraude de-
talhamentodasestruturasanatômicase, parti-
cularmente, dos sistemas vasculares. Esta
grandevelocidadepermitiuainda uma maior
dinâmica e precisão nos procedimentosde
biópsiasguiadaspor TC
o TUBO DERAIos-X DOTC
Os tubosempregadosem TC sãobastante
similaresaos utilizadosnosequipamentosra-
diológicosconvencionais.Na constituiçãodes-
sestubos,umaênfaseespecialé dadaàforma
de dissipaçãodo calor,umavezqueficamsu-
jeitos a uma maior freqüênciade exposição,
exposiçõesmaislongase altasdosesde expo-
sição.A suadisposiçãono interiordo gantry,
particularmenteno queserefereao eixocato-
do-anodo, ocorrede forma perpendicularao
seumovimentode rotação,evitando-seassim,
a influênciado efeitoanódico.
Os tubosde TC possuem,na suagrande
maioria,dois pontosfocais associadosa fila-
mentosde diferentesdimensões.O filamento
menoré utilizadoquando a potêncianão ex-
cede20 kW, e o filamentolargo,nasdosesde
alta potência.Algunsequipamentos,quando
usamalgoritmosparareconstruçãode tecidos
de alta densidade,utilizam,automaticamen-
te, o pequenofilamento.
Nos equipamentode terceirageração,os
tubosapresentam,em geral,umavida média
de cercade 100.000cortes.Nos equipamen-
tos helicoidaise nos multislice,os tubos são
projetadosparaapresentarvidamédiadeapro-
ximadamente500.000 cortes.
DETECTORES
Os detectores nos equipamentos de tomo-
grafia são tão importantes quanto o tubo de
raios-X. As principais características dos detec-
tores estão relacionadas com:
· custo;
· eficiência;
· estabilidade;
· velocidade.
8
O custodos detectoresé o principalfator
dos altospreçosdosTCs àtuais.
Distinguem-sebasicamentedois tipos de
detectores:Os de cristaisluminescentese os
de câmarade ionização.
Detectores de Cristais
Luminescentes
Essesdetectores são formados a partir de
cristaisde iodetode sódio,acopladosa pe-
quenascâmarasfotomultiplicadoras(Fig1.12).
Quandoo feixeinteragecomessescristais,uma
pequenaquantidadede luz é emitidana ra-
zãodiretamenteproporcionalà intensidadeda
radiação incidente. Um tubo fotomultiplica-
dor acopladoa estescristaisencarrega-sede
amplificaro sinal recebido,transformando-o
numacorrenteelétricade pequenaintensida-
de. O resultadofinalé armazenadonamemó-
ria do computador.
Os detectoresdecristaisluminescentessão
bastanteeficientes,emboraapresentemo in-
convenienteda fosforescência,que ocasiona
respostasnão linearesparadiferentesintensi-
dadesde radiações.Esteproblemase reflete
principalmenteentretecidosde grandesdife-
rençasde densidades,como os ossose o ar.
Esquema:
RX cristal luz S i na 1
~---------------------
Fig. 1.12 - Crista//uminescente.
Detectores de Câmara de lonização
Os detectoresque usamcâmarade ioni-
zaçãosãoconstituídosporpequenostubosque
possuemgásnobre em seu interior,freqüen-
tementeo xenônio (Fig. 1.13). Na presença
de radiação,estesgasessofremumaionização
temporária,suficientepara fazer surgiruma
pequenacorrenteelétricaque levaráa infor-
maçãoao computador.A correnteelétricaserá
proporcionalà ionizaçãogeradano interiordo
CAPÍTULO 1
detectare refletea intensidadeda radiação
residualnasuatrajetória.
Osdetectaresdecâmaradeionizaçãosão
maissimplesqueosdecristaisluminescentes,
masnãomaiseficientesporcausada baixa
quantidadede moléculasdegásnoseuinte-
rior,no entanto,estesdetectaresapresentam
melhorrepostaàsvariaçõesnaintensidadeli-
nearentrediferentesestruturas.
Esquema:
Fig.1.13- lonizaçãodoxenônio.
A RECONSTRUÇÃODAS IMAGENS
A tomografiaé um métodoquemedea
intensidadedaradiaçãoresidualapósumfei-
xeter interagidocomumórgãoou objetoe
tersensibilizadoumdetectar.
A IntensidadedeRadiaçãoResidualcom-
preendea radiaçãoincidentemenosa radia-
çãoabsorvidapeloobjetoe podeserobtida
segundoaequação:
N =NO.e-(P)x
Onde:
N =Intensidadede RadiaçãoResidual
NO = Intensidadede RadiaçãoIncidente
e = Basedo logaritmonatural(2,718)
Jl = Coeficientedeatenuaçãolinear
x =Espessuradoobjeto
Considerandoquea imagemtomográfica
é formadapor"n"pequeninosblocosdeima-
gemcorrespondentesacadavoxeldamatriz,
a equaçãosetornamaiscomplexaàmedida
queasmatrizesvãoapresentandomelhorre-
solução.Numequipamentoatualquetraba-
lhacommatriz512x 512,aequaçãopoderia
serassimrepresentada:
CAPÍTULO 1
N =NO .e-(p1 + J12+ J13+ J1512).x
O número deequaçõesutilizadaspara
reconstruçãode umaimagemaumentaem
funçãodo númerode detectaresdo equipa-
mentoe do númerode projeçõesutilizadas
naconstruçãodaimagem.Nosequipamentos
atuaisdematrizdealtaresoluçãosãonecessá-
rias,muitasvezes,o empregode 200.000
equaçõesparaa reconstruçãode umaúnica
imagem,daía necessidadede umsistemade
computaçãopotenteeveloz.
Métodos de Reconstrução
das Imagens
O métodomatemáticoutilizadonarecons-
truçãodasimagensé denominadoalgoritmo.
Basicamentetrêsformasdecálculossãoutili-
zadaspara estefim:
1. retroprojeção;
2.o métodointerativo;
3.o métodoanalítico.
Retroprojeção
É um métodoteórico,nãoutilizadonos
equipamentosatuais.
Consistebasicamentenaobtençãodeima-
gensemdiferentesprojeções,coma corres-
pondentesomatóriadosresultadosobtidosem
cadaprojeção.O resultadofinalapresentaa
imagemrealdoobjeto,contaminadapeloefei-
todasinúmerasprojeções.
Formaçãoda imagemporretroprojeção:
Obtençãodaimagemdeumobjetoemforma
decruz(Fig.1.14).
o Método Interativo
O métodointerativoconsideraumvalor
médiode atenuaçãoparacadacolunaou li-
nhada imagem.A partirdestepressuposto,
comparaos resultadosobtidoscoma média
previamenteestabelecidae fazosajustesne-
cessáriosadicionando-see subtraindo-seva-
Iaresemdensidadesparacadaelementoda
9
e- e- e- e- e-
e-e- e-
e- e- e- e-
Projeção02
~u~~
=:lQl êê lQl-~ NSc2 ~-
/ N6N1N8N9NI02 4 842
L ' .----Coer,AtenuaçãoIDear 11
Projeção O I
RETRQ-PROJEÇÃO (Somoróriodo.cOtlji<;m,..)
0=10
Fig.1.14- Esquemadaformaçãodaimagemporretro-
projeção,
imagem,atéa suareconstruçãofinal.O pri-
meiroequipamentodetomografiaE.M.I.utili-
zouestemétodoparaa reconstruçãodesuas
imagens.Emboraparecidocomo métododa
retroprojeção,apresentaimagensmaisnítidas,
poreliminaras"contaminações".
o MétodoAnalítico
Éo métodoutilizadoemquasetodosos
equipamentoscomerciais.
O métodoanalíticoaindaé divididoem
doismétodosamplamenteconhecidosentre
osmatemáticos:
- aanálisebidimensionaldeFourier;
- retroprojeçãofiltrada.
AnáliseBidimensionalde Fourier
O métododa análisebidimensionalde
Fourierconsisteemanalisarfunçõesdetempo
e deespaçopelasomadasfreqüênciaseam-
plitudescorrespondentes.Trata-sedeummé-
todocomplexoparaosnossosconhecimentos
e quefogeaoescopodestetexto.
A vantagemdo usodo métodoanalítico
pelaanálisebidimensionalde Fourierreside
nofatodeo computadorpodertrabalharcom
maiorvelocidade,dadoesterelevanteemqual-
quersistemadetomografia.
10
RetroprojeçãoFiltrada .
O métodoanalíticoderetroprojeçãofil-
tradaésimilaraoderetroprojeção,excetopelo
fatodequeasfreqüênciascorrespondentesao
borramentoverificadona retroprojeçãosão
eliminadas,tornandoa imagemmais nítida.É
um método utilizadoem algunsequipamen-
tos comerciais.
A EsCAlA DE HOCJNSAELD
Sendoa tomografia um método que mede
a radiaçãoresidual,étambémummétodoque
avaliaa densidadeentreos diferentestecidos.
Assim,adota-seumaescalade densidadesco-
nhecidapor Escalade Hounsfield,cujasuni-
dades assumemvalorespré-estabelecidosa
partirda atribuiçãodo valor zero (O)corres-
pondenteà densidadeda água.Tecidoscom v
densidademaiorque a da águaassumemva- 1.1
lorespositivose, os de densidademenorque
a água,valoresnegativos.A escalade Hounsfi-
eld assume valores entre -1.000 (ar) até
+1.000 (chumbo)(Tabela1.1).
Tabela1.1
Escalade Hounsfield
UnidadesHounsfield(HU)rrecido
I -500a -800
L
- 1.000
Pulmâo
Ar
Nível da imagem(Window Leve/)- WL
Larguradajanela (Window Width)- WW
CAPÍTULO 1
..
300-1.000 Ossodenso/ cortical
100-200 Ossonormal "1.,«)
L60 Fígado -' ",
50 Pâncreas
36 Parênquimacerebral
20 Músculo
,
O Agua-
-20a- 80 Gordura
A documentaçãotomográficaé a última
etapado examede tomografiacomputadori-
zada. Uma boa documentação,além de de-
monstrarzelocomo exame,podeserdecisiva
paraumacorretainterpretaçãodo estudo.As
imagensdevemserdocumentadaslevando-se
em consideraçãoqual o tecidode maiorinte-
resse(assunto)e, evidenciando-se,namedida
do possível,o contrasteda imagem.
O tecido de interesseé estabelecidopelo
nívelda imagem(WindowLeveI)e representa-
do pelovalorWL. O contrasteda imagemde-
pendedaamplitudedajanela(WindowWidth),
representadapor WW. Janelas muito amplas
apresentamimagenstomográficasacinzenta-
das e, portanto,de baixo contraste,maspo-
demrepresentarfatordequalidadenamedida
em que um maiornúmerode estruturasesta-
rão presentesna imagem(Figs.1.15 e 1.16).
Fig.1.15- Janela "Fechada"Alto contraste.
Fig. 1.16 - Janela ':Aberta"Baixocontraste.
A Resolução da Imagem
A resolução,ou o graude definiçãodas
imagens,estárelacionadacoma matrizutili-
zada.Quantomaiora matriz,nwJhorserá-'L
" resoll!ção, pois osEfxelsse apresentarão com
dimensõe~ reduzidas.
CAPÍTULO 1
o campodeVisão - FOV
(Fieldof View)
O campode visãorefere-seà áreaexami-
nadapelatomografia(Tabela1.2).Normalmen-
te o FOV é definido em centímetros.Assim,é
normalestabelecerum FOV de 22 cm parao
estudotomográficodo crânio.
Tabela1.2
ExemplosdeCamposdeVisão(FOV)
PROBLEMAS COMUNS EM
TOMOGRAFIA COMPOTADORlZADA
O Efeito de Volume Parcial
Em tomografia, a imagem final representa
a densidade correspondente de cada tecido
atravésde uma escalade cinzas. Particularmen-
te nas imagens com pouca resolução (matrizes
baixas), um voxel pode ser representado numa
tonalidade de cinza não correspondente ao
tecido que representa. Isto pode acontecer, por
exemplo, quando um voxel representa a ima-
gem de um material de baixa densidade e par-
cialmente a imagem de um material de alta
densidade. Os cálculos efetuados pelo compu-
tador podem atribuir uma tonalidade de cinza
correspondente a de um tecido muscular, cau-
sando um artefato de imagem conhecido por
Efeito de Volume Parcial. Esteefeito tende a ser
reduzido nas matrizes de alta resolução.
ARTEFATOS
Artefatos de Anel (Rings Artifacts)
Os artefatosemformadeanelqueseapre-
sentam na imagemestão inicialmente rela-
11
Crânio 22cm
Tórax 35em
Abdome 40 em
Joelho 18em-
Faee 14 em
Coluna 14 em
cionadoscom problemas nosdetectores. Como
os detectores necessitam de calibração com o
"ar" para reconhecimento dos demais tecidos,
ocasionalmente pode ocorrer de perderem os
valores de referência, o que ocasiona artefatos
na imagem na forma de anéis. O primeiro pro-
cedimento do operador nestascircunstâncias é
efetuar uma calibração nos detectores.
A periodicidade com que devemos fazer
essas calibrações varia de aparelho para apa-
relho. A maior parte dos equipamentos mo-
dernos admite uma única calibração diária.
Materiais de Alta Densidade (Strike)
)' Objetosmetálicos,comoprojéteisdebala,
c li;' implantes de materiaisde altadensidade, como
().\.-\J1' \ as obturaçõesdentárias,entreoutros,produ-
, {.~\' zem artefatoslinearesde alta densidadeem
\ (' conseqüênciadosaltoscoeficientesde atenu-
a; . (,..ação linearapresentadospor estesmateriais.
n
('\ ~ A presençadessesartefatospodeserate-
nuadaa partirdo usode umfeixedealtaener-
gia (120/140kV), embora não possam ser
evitados.
Materiais de Alto Número Atômico
Os materiaisde númeroatômicoaltoten-
dema secomportarcomoosmateriaismetáli-
cos e a produzirartefatosdo tipo "strike".Os
meiosde contrastepositivos,como o iodoe o
bário,em altasconcentrações,devemserevi-
tadosou usadoscom critério.
RuídodaImagem
--" O ruído,aspectoqueconferegranulosi-
dade às imagens,ocorre principalmenteem
conseqüênciada utilizaçãode feixesde baixa
energiaou quando o objeto apresentagran-
des dimensões,como no casodos pacientes
obesos.
Nessascondições,há que se aumentara
dosede exposiçãopeloaumentoda kilovolta-
gem, da miliamperagemou pelo tempode
exposição.
12
ASPECTOS DE SEGURANÇA
·O equipamentode tomografiaopera com
raios-Xe por issorequeroscuidadoscomuns
de proteçãoradiológicaprevistosna Porta-
ria453, de 02/06/98, da AgênciaNacional
de VigilânciaSanitária(ANVISA).
·Para prolongar a vida útil, o tubo de raios-X
deveseraquecidoapósduashorasdeinati-
vidade (Warm-Up).
· Após o aquecimentodo tubo, é convenien-
te, pelo menosumavezao dia, fazera cali-
bração dos detectores.Esteprocedimento
evita o aparecimentode artefatosna ima-
gem,especialmenteos do tipo anelar.
·Nos equipamentosdotadosde lâmpadas
faser, para posicionamento do paciente,
deve-se tomar o cuidadopara não direcio-
naro feixeluminosonosolhosdo paciente.
·O limitedepesoestipuladopelo fabricante
deveser respeitado,evitando-seassim,da-
nosà mesade examese problemasno seu
deslocamentoduranteo procedimento.
·Alguns equipamentos são dotados de meca-
nismos de segurança especiaisquepermi-
teminterrompera alimentaçãoelétricado
conjunto gantry/mesa. Estesmecanismos são
particularmenteimportantesquandoseob-
serva a presença de fumaça, fogo ou faíscas
nestes componentes.
·Equipamentosqueeventualmente apresen-
temproblemasde desempenhodo software
necessitam sertotalmentedesligados(shut-
down).Após algumtempo, levanta-seo sis-
tema(startup)e observa-sese o problema
foi solucionado.Nãoseobtendoresultado
satisfatório,contata-seo fabricante.
· Cuidado especialdeveser dado àsangula-
ções do gantryduranteos exames.Alguns
pacientespodemterpartedo corpo pressio-
nada pelo equipamentoou, atémesmo,
apresentarfobiaaporcausada proximidade
do equipamento.Algunsfabricantesobrigam
os operadoresa fazer angulaçõessomente
no paineldo gantry.
CAPíTULO 1
· A posturacorretadooperadordo equipa-
mentoevitao aparecimentode doenças
relacionadasàscondutasinadequadasno
trabalho,comoa LER(Lesãopor Esforços
Repetitivos).
·A posiçãodo monitordeveestarnaalturados
olhosdooperador,numadistânciaentre40
e80cm.Ospésdevemficartotalmenteapoia-
dosnochãoouemumsuporteparaestefim.
As mãosdevemdeslizarlivrementesobreo
tecladode formaqueos antebraçosperfa-
f' ,e>
çamum ângulode aproximadamente90
grauscomosbraços.·Um controledequalidadeperiódicodeve
serimplementado,comênfasenaapura-
çãodaespessuradecorte,resoluçãoespa-
cial,ruídodaimagem,precisãodalâmpada
faser.
·Normalmenteostestesdecontroledequa-
lidadefazempartedosequipamentosque
tambémdispõemde fantonsespecíficospara
estefim.
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'"11
CAPÍTULO 1
1 "
13
. j f..J 'I'""
. fGl,., . "
,
" ILC
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y r>Tr"'
VI . [ L r.c "
,
o Equipamento
deTomografia
Computadorizada
Os atuaisequipamentosde tomografia
computadorizadasão,emsuagrandemaio-
ria,dotipohelicoidalcomumúnicocanalde
detectores(sing/e-s/ice),ouhelicoidalcommúl-
tiploscanaisdedetectores(mu/tislice).Emli-
nhasgeraisapresentamarquiteturamuito
parecidas,excetoquantoaosdetectores.
Essesequipamentosapresentamumcor-
po (gantry),constituidode umgrandebloco
contendonoseuinteriorumaaberturacircu-
larporondeseposicionao paciente.Na par-
te interiordestaabertura(aneldogantry)se
encontramfixadoso tuboderaios-X,osgera-
doresdealtatensão,o conjuntodedetecto-
reseoscomputadoresdebordoresponsáveis
realizaçãodastarefasdefinidasna mesade
comando.Todoesteconjuntogiraao redor
do pacienteenquantoproduzemasimagens
portomografia.
O tuboderaios-Xempregadonosequipa-
mentosdeTCsãodealtapotênciaeapresen-
tamcaracterísticasespeciaisque permitem
umarápidadissipaçãodocalorproduzidono
seuinterioremresultadodapesadarotinade
trabalhoaquesãosubmetidos.
Osdetectoresutilizadossãoemgeraldo
tipo "cristalluminescente".A escolhades-
sesdetectoressedeveasuamaiorestabili-
dade e temposde respostasmaiscurtos
quandocomparadosaosdetectoresde câ-
marade ionizacão.
CAPíTULO 2
Os atuaistomógrafoscomputadorizados
exigemcomputadoresvelozes,comprocessa-
dorespotentese altacapacidadedearmaze-
namentodedados.A plataformadetrabalho
deveincluiraindao tratamentográficodas
imagens,necessárioparaareconstruçãode
modelosde reformatacoesmultiplanares,re-
construçõestridimensionais,modelosde na-
vegaçãoetc.
UmsistemadeTC estáconstituidode:
·corpo do aparelho(gantry);·mesadeexames;·mesadecomandos;
·computadorparaprocessamentodas
imagens;
·unidadededistribuiçãodeforça(Fig.2.1).
GANTRY
O gantryéocorpodoaparelhoecontém:·tuboderaios-X;
·conjuntodedetectores;
·DAS (DataAquisitionSystem);
·OBC (On-boardComputer);
·STC (StationaryComputer);
·transformadordo anodo;·transformadordocatodo;
15
r~ ..IIII!;"
I ,
(.
..'..
..
. .-0.
'~
Fig.2.1- EquipamentodeTC A. Gantry;B.Mesade
comando.
· transformadordo filamento;
· botões controladores dos movimentos da
mesa e do gantry;
· painelidentificadordo posicionamento
damesae dogantry;
·dispositivo faser de posicionamento;
· motorpararotaçãodo tubo;
·motor para angulação do gantry (Figs.2.2
a 2.5).
No interiordogantryencontra-seo tubode
raios-Xcom potênciade cercade 50 kVY,nor-
malmenterefrigeradoa óleo e com duplapista
focal.O focomenorpodeapresentardimensões
de 0,7 x 0,7 mme o maior1,2x 1,2 mm.
O tubo estádispostotransversalmenteem
relaçãoaogantrydeformaque o efeitoanódi-
co sobreas imagensfica atenuado.A alimen-
taçãodo tubo com altatensãoé feitaa partir
de dois tanques, um do anodo e o outro do
16
Fig2.2 - Esquemado gantryde umTChelicoidal
(Detectorsimples).
Fig.2.3 - Tampaanterior.
Fig.2.4 - Tampaposterior.
CAPÍTULO2
Fig.2.5 - Detalhedo conjuntodetector.
catodo,queficamestrategicamentecolocados
no interiordogantrye quegiramjuntoscomo
tubo e os detectoresdurantea aquisiçãodos
cortes.Com ostanquesencontramosaindaos
inversoresdo anodo e do catodo, responsá-
veispelatransformaçãoda correntealternada
em correntecontínua.O filamentoé alimen-
tado por umacorrentede baixatensãoa par-
tir de umterceirotanque.
Um computador de bordo (OBC - On
board computer) acompanha o conjunto
tubo-detectorese tem por função controlar
o kVe o mAe ainda receberosdadoscoleta-
dos pelo DAS, transferindo-osao processa-
dor de imagens.
Um computadorfixo localizadono inte-
riordo gantry,o STC (StationaryComputer),é
responsávelpela interaçãodos comandosdo
painel de controle com o sistema.O STC é
responsável,entre outrasfunções, pelo con-
troleda correnteque alimentao slipring,dis-
positivo que fornece a tensão primária aos
tanquesdo catodoe anodo.
Encontramosainda no interiordo gantry
dois motores:um reponsávelpelo movimen-
to de rotaçãode todo o conjunto envolven-
do o tubo, os tanques,o OBC, Controlador
do Fili'lmentoe o DAS;e o outro, responsá-
vel pela angulaçãodo gantry. A angulação
do gantry pode ser ajustadade um ângulo
de 30 grausinferior a 30 graussuperior em
relaçãoao paciente.
O feixe luminosoutilizadoparafixarum
pontode referênciano paciente,fatoresteco-
nhecido como "zero" no posicionamento,
pode ser do tipo fasere serveparaalinharo
pacientesegundoos planosanatômicossagi-
tal, caronare transversal.
CAPÍTULO2
A MEsA DE ExAMEs
A mesade examese o local onde o pa-
cienteficaposicionado.Deveserconstituídade
materialradiotransparantee ser de alta resis-
tência.Os principaisacessóriosusadosnamesa
são:ossuportesde crânio,a extensãoda mesa,
os dispositivosde contençãodo paciente,os
suportesde soro e outros.Em geralas mesas
suportampacientescomate180 kgde peso.
As mesasapresentam:
· tampodeslizante;
· suporteparaposicionamentodo paciente;·sistema de elevação do tampo (Fig. 2.6).
Fig.2.6- Mesadeexamese corpodoaparelho(gantry).
A Mesa de Comando
A mesade comando é o local de onde
enviamosas informaçõespara o sistema.Na
mesade comando encontram-searmazena-
dos osprotocolos para a aquisiçãodas ima-
gens. E com freqüência também o local
utilizado parao tratamentoe documentação
das imagensadquiridas.
A mesade comandopode estarconstituí-
da de um ou dois monitores.
Quandoa mesase apresentacom dois
monitores,um delesé responsávelpelasfun-
çõesde aquisiçãodasimagens.Nestemonitor
podem-seacessaros protocolosdos exames
previamentegravadosatravésdo mousejunto
17
ao teclado.No decorrerdo exameé possível
acessara páginado planejamentoonde, entre
muitasfunções, se permitealterarqualquer
parâmetrode umaimagemque aindanãote-
nha sido adquiridaou apenasobservartecni-
camenteas imagensque já foramrealizadas.
O segundomonitor estádestinadobasi-
camenteà visualizaçãodosestudose ao pós-
processamentodas imagens.A partir deste
monitorsefaztodaa documentaçãodasima-
gens adquiridas. Um software conectado à
câmara faserou outro dispositivode docu-
mentaçãopermitea escolhado filme, a defi-
nição da sua formatação, e possibilita a
gravação das imagens.
O teclado alfa numérico é o dispositivo que
utilizamos para nos comunicar com o sistema.
No teclado inicializamos a aquisição dos cor-
tes a partir das teclas denominadas IIstart"ou
"scans".No tecladofreqüentemente estãoaco-
piadosum IImouse"e/ou um IItrackball".
Após montado o filme com as imagens de
interesse, um comando IIprint" é utilizadopara
a impressão do filme.
Na mesade comando podemos encontrar:
· monitor para planejamento dos exames;
· monitor paraprocessamentodas imagens;
· tecladoalfa-numérico;
· mouse;·trackball;
·sistema de comunicação com o paciente
(Fig.2.7).
COMPUTADOR PARA PROCESSAMENTO
DAS IMAGENS
O computador responsávelpelo proces-
samento das imagensencontra-secom fre-
qüênciajunto à mesade comandos.Dentreas
características principais queumprocessador
de imagensdeveterdestacam-se:agrandeve-
locidadedeseuprocessador;aaltacapacidade
18
Fig. 2.7 - Detalhe de uma mesade comando com dois
monitores.
de sua memóriaRAM;a altacapacidadede
armazenamentodos dados adquiridos e os
potentesrecursosde computaçãográfica.
Após as imagensserem adquiridase re-
construídas,o processador de imagensasar-
mazena temporariamenteem um harddisk
junto a mesade comando. Essasimagensno
entanto,poderãoser armazenadasde forma
definitivaem discosópticos,fitasmagnéticas,
CDs ou outrosdispositivosde gravação.
POWER DISTRIBUTIONUNIT - PDU
O PDU é o dispositivoresponsávelpela
alimentaçãoda correnteelétricado equipa-
mentoprincipale dosdiversosacessóriosque
compõemo sistemade tomografiacomputa-
dorizada.
O esquemade alimentaçãomaisutilizado
é o do tipo trifásicocomtensãode entradade
480 Volts. O PDU pode estarlocalizadoem
uma salaa partedo sistemade TC paraque
possaser refrigeradocom temperaturasmais
baixas(17a 19graus)e assimobtermaioresta-
bilidadedefuncionamentodoequipamento.
CAPÍTULO2
Examespor Tomografia
Computadorizada
o ExAME TOMOGRÁFICO
o exametomográficoé indicadoquando
os métodosconvencionaisnãose mostramefi-
cazesna elucidaçãodiagnóstica,ou ainda, na
pesquisadepatologiasespecíficaspré-definidas.
Os protocolosutilizadosna realizaçãodos
examesporTC sofreramnosúltimosanosgran-
destransformaçõesemdecorrência,principal-
mente, dos novos recursos tecnológicos
incorporadose comespecialdestaqueparaos
equipamentosmultidetectores(Tabela3.1).
Estanova linha de equipamentos redu-
ziu impressionantementeo tempo de reali-
zação dos exames e passou a permitir a
aquisiçãode cortesde espessurasmuito pe-
quenas, que tiveram grande impacto nas
imagenspós-processadaspor este método,
gerandomodelostridimensionaise de refor-
mações multiplanares com impressionante
graude definiçãoanatõmica.Nasdescrições
dos examesseráconvenienteabordar a for-
ma como astécnicasforam modificadasnos
equipamentos multidetectores.
Convém, na faseque antecedeo exame,
fazeruma entrevistacom o paciente(Tabelas
3.2 e 3.3),a fim de seobterinformaçõesacer-
ca dasrazõesque o levaramao procedimento.
A entrevistaserá importantepara o planeja-
mentodo examee auxiliaráo radiologistanas
suasconclusõesdiagnósticas.
CAPÍTULO 3
Exames prévi9s relacionados com o estu-
do precisarão ser analisados e correlacionados
com os dados obtidos, devendo ficar retidos
para análise do médico radiologista.
Tabela3.1
PlanejamentodosFatoresTécnicos
SCOUT: Plano: O O grau O 90 grausO180 graus.
ÁREA:
SCANS: Modo: DAxial O Helicoidal O Cine.
INTERVALO (Gap):
ÂNGULO DO GANTRY:
DSaft O StandardDOetail DBane
FilTRO:
DEdge O Lung
19
kV: 100 120 140
mA: 50 100 200
Tempo de scan: 0,55 1 5 25
FOV (Fieldaf View):
ESPESSURA: -
INCREMENTO:
Tabela 3.2
Modelo de Entrevistacom o Paciente/Cliente
Nome: R.G.
Data: Hora:
Endereço:
Cidade: Estado: Tel.:
PESO: ALERGIA Sim () Não ( )
Exame:
Dados Clínicos:
Anamnese:
ExamesAnteriores:
CT:
RM:
RX:
MN:
US:
OUTROS:
Informaçõesadicionais:
Médico Tecnólogo Enfermagem
20 CAPÍTULO3
Tabela3.3
Modelode EntrevistaparaContraste
NOME: RG:
o CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DESTE HOSPITAL, COM O OBJETIVO DE OFERECER
MAIOR SEGURANÇA AOS SEUS USUÁRIOS, TEM ADQUIRIDO OS MEIOS DE CONTRASTE MAIS ADEQUADOS
DISPONíVEIS, O IODO EXISTENTE NA SUA FÓRMULA BÁSICA, ENTRETANTO, PODERÁ OCASIONAR
REAÇÕES ALÉRGICAS OU DE INTOLERÂNCIA SEGUNDO O GRAU DE SENSIBILIDADE DE CADA PESSOA. ATÉ
O MOMENTO, NÃO HÁ TESTESESPECíFICOS PARA AFASTAR POR COMPLETO O RISCO INERENTE AO SEU
USO.
EM ALGUNS EXAMES É NECESSÁRIO UTILIZAR UM MEIO DE CONTRASTE À BASE DE IODO POR VIA
ORAL, RETALOU VENOSA. REAÇÕES GRAVES SÃO MUITO RARAS E SEU EXAME SERÁACOMPANHADO POR
PROFISSIONAIS ESPEClALlZADOS.
SOLICITAMOS O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO ABAIXO, PARA VERIFICAÇÃO DE SEU
POTENCIAL ALÉRGICO.
(1) POSSUI ALGUM TIPO DE ALERGIA?
QUAL?
(2) REALIZOU ALGUM EXAME COM USO DE CONTRASTE 10DADO?
(3) TEVE REAÇÃO ALÉRGICA AO CONTRASTE?
(3) TEVEALERGIAOU INTOXICAÇÃOA ALIMENTOSCOMO
PEIXE, CAMARÃO E OUTROS FRUTOS DO MAR?
(5) TEVE ALERGIA A ALGUM MEDICAMENTO?
QUAL?
(6) POSSUI URTICÁRIA OU ALERGIA DE PELE?
(7) TEM ASMA, BRONQUITE OU RINITE ALÉRGICA?
(8) É HIPERTENSO OU CARDíACO?
(9) TEM INSUFICIÊNCIA RENAL?
(10) É DIABÉTICO?
(11) É PORTADOR DE MIELOMA MÚLTIPLO?
(12) ESTÁ GRÁVIDA?
SIM_ NÃO_
SIM_ NÃO_
SIM_ NÃO_
SIM_ NÃO_
SIM_ NÃO_
SIM_
SIM_
SIM_
SIM_
SIM_
SIM_
SIM_
NÃO_
NÃO_
NÃO_
NÃO_
NÃO_
NÃO_
NÃO
SINTA-SE À VONTADE PARA PERGUNTAR O QUE ACHAR NECESSÁRIO.
ESTANDO CIENTE DESTAS INFORMAÇÕES, AUTORIZE A REALIZAÇÃO DO EXAME SOLICITADO.
ASSINATURA DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL ENTREVISTADO POR:
CAPÍTULO3 21
ExAMEs DE ROTINA EM TC
Crânio
A tomografiade crânioestáindicada:
· nostumoresdo encéfalo;
· nos processosinfecciosos;
· nasdoençasvasculares;
· nasdoençasdegenerativas;
· no traumacraniencefálico;
· nasmalformações.
A entrevistapréviado pacienteserá útil
para a escolhaadequadado protocolo a ser
utilizadoe paraa viabilidadedo usodo meio
de contraste.
O contrasteemTC é utilizadosempreque
houveruma rupturada barreirahematoence-
fálica,como noscasosde tumoresvasculariza-
dos e nos processosinfecciosos ou, ainda,
quandoo objetivofor o contrastede vasosar-
teriaise/ou venosos.
O contrasteutilizadoé à basede iodo,
sendopreferívelosmeiosnãoiônicos,pelasua
menortoxicidade.O volumea seradministra-
do é determinadopelo médico que supervi-
siona o exame.Normalmenteo volumetotal
não excedea taxade 2 mUkg.
No examede crâniode rotinaem umsis-
tema helicoidala taxa de 1 mUkg é a mais
utilizada.
Exemplo:
Pacientede
70kg
Volumede
~
I contraste= 70mLI
O posicionamentopode variarentredife-
rentesserviços,no entanto,a convençãomais
aceitaestabelececomo parâmetrocortespa-
ralelosà linhaorbitomeatal(Figs.3.1 e 3.2).
Os cortesda fossaposteriorsão em geral
mais finos, variando entre 2, 3, e podendo
chegaraté5 mm (Figs.3.3 e 3.4).Com cortes
destaespessura,reduz-sea magnitudedosar-
tefatosproduzidospelamassaósseadensacor-
respondenteà porçãopetrosadoossotemporal.22
Os cortessupratentoriaissãorealizadosem ge-
ralcom 8 ou 10 mm(Fig.3:5e 3.6).
O planejamentoabrangeum númerode
cortesentre 15 e 20, indo do foramemagno
atéo vértexcerebral.
Quando o examefor realizadoem duas
fases (sem contrastee com contraste),será
importantemantero mesmoposicionamento
do pacienteantese após a injeçãodo meio
iodado.
A documentaçãopode ser feita em dois
filmes(um,coma sériesemcontraste,e o ou-
tro com a sériecontrastada),formatadoscom
20 exposiçõescada(Tabela3.4).
É convenientemanternaprimeiraexposi-
ção o scoutcom as linhasde referência.
EquipamentoMultidetector
A aquisição dos cortes nos equipamen-
tos multidetectores em geral não é muito
diferentesecomparadaà aquisiçãono equi-
pamento helicoidal, no entanto, se estiver
indicado o tratamentodas imagenscom re-
construções tridimensionais e/ou reforma-
tação multiplanares, os cortes deverão ser
adquiridos nessesequipamentoscom espes-
suras menor que 1 mm.
Documentação:
·Um filme com 19 imagens + scout (sem
contraste).
·Um filmecom19 imagens+scout(com
contraste).
·Um filme com janela óssea (se necessário).
Tabela3.4
Documentaçãoparao Examedo Crânio
CAPÍTULO 3
Nível - WL Janela- WW
P.arênquima 36 200 - 80
Tecido ósseo 250 2.000
TC - Crânio
Fig.3.1 - Posicionamento.
Fig.3.3- Basedocrânio.
Fig.3.5- Ventrículoscerebrais.Plexoscoróides.
CAPÍTULO3
Fig.3.2- Scout
Fig. 3.4 - Fossasposteriore média.
Fig.3.6 - Regiãoparietal.Linha média.
23
o CrânioemCortesCoronais
Eventualmentecortescoronaispodem
sernecessáriospara uma melhorelucidação
diagnóstica.
O posicionamentodopacienteésemelhan-
te à posiçãode Hirtz,utilizadanaradiologia
convencional.Algunsequipamentospermitem
o posicionamentoemdecúbitodorsal.Neste
caso,o pacienteficacomacabeçanumaposi-
çãomaisbaixaemrelaçãoaocorpo(Fig.3.7).
Algunspacientessentemumdesconforto
importanteno posicionamentocoronalem
decúbitodorsal.A posicãoemdecúbitoven-
tral,como mentoapoiadosobreumsuporte
radiotransparente(isopor)podesera alterna-
tiva(Fig.3.8).Emambososposicionamentos,
noentanto,sefaznecessárioangularogantry
paraqueoscortesseaproximemdaperpen-
dicularidadeda linhaorbitomeatal.
Fig.3.7- Decúbitodorsal.
Fig.3.8- Decúbitoventral.
24
Cortesde5 mm-Incremento5 mm.
Documentaçãodoscoltescoronais(Ta-
bela3.5).
Tabela3.5
Documentaçãodo CrânioemCortesCoronais
Seios Paranasais
O exametomográficodosseiosparana-
saisdeveserfeitoemdoisplanos.O axialeo
caronal.O campodevisãodeveestarajusta-
do àsdimensõesdascavidadesparanasais.
(Aproximadamente15 cm).Os cortesaxiais
com5mmdeespessura-IncrementoO(zero)
sãoparalelosao palatoduroe iniciamnum
planoabaixodosrecessosalveolarese ultra-
passamo limitesuperiordosseiosfrontais
(aproximadamente20cortes)(Fig.3.9).
Oscortesnoplanoaxialdevemserdocu-
mentadoscomduasjanelas:umaparaaspar-
tesmoleseaoutrapara o tecidoósseo.
A sériecoronaldeve,preferencialmente,
serobtidacomo pacienteemdecúbitoven-
trale como mentoapoiadosobrematerial
~'
.. ...
. (I
.....
Fig.3.9- Scout- Axia/.
CAPÍTULO 3
Nível- WL Janela- WW
Parênquima 40 180
Tecido ósseo 250 2.000
radiotransparente (isopor) (Fig. 3.10). Nesta po-
sição torna-se possível elucidar eventuais ní-
veis líquidos, comuns nos processos agudos.
Os cortes coronais, a critério do médico
radiologista, podem ser documentados com
duas janelas (partes moles e ossos) ou utilizan-
do-se apenas uma janela intermediária. Os
cortes no plano coronal freqüentemente são
de menor espessura que os axiais, 3 mm de
espessura com 4 mm de incremento.
Nas sinusopatias, rinites e em outras doen-
ças comuns das vias aéreas, não se faz neces-
sária a administração do meio de contraste.
Estaspatologias representam mais de 90% das
solicitações.
Fig. 3.10 - Scout - Coronal.
EquipamentoMultidetector
A aquisição dos cortes nos equipamentos
multidetectoresé feitaapenasno planoaxial.
Os cortesdevem apresentarespessurasme-
noresque 1 mm, cobrindo toda a regiãode
interesse,posteriormenteas imagenssão re-
formatadasnosplanosaxiale coronalcomes-
pessuraaproxim.adados cortes obtidos nos
equipamentosconvencionais.
Planejamento:·Scout(Àxial/Coronal)
CAPÍTULO3
Documentação (Tabelas3.6 e 3.7):
· Série Axial
Um filme para partesmoles (Figs.3.11
e 3.12).
Um filme para ossos (Fig. 3.13)
Dezenove imagens por filme +scout
com referência.
· Série Coronal
Um ou dois filmes com janela inter-
mediária (20 a 30 imagens) (Fig.3.14).
Sela Túrcica
O exameda selatem por objetivoa ava-
liaçãodostumoresqueacometema hipófisee
Tabela 3.6
Documentação dos Seios Paranasais em Axial
Tabela 3.7
Documentaçãodos Seios Paranasaisem Coronal
Nível- WL Janela- WW
Janelaintermediária 100 1.500
Fig.3.11- Seiosmaxilares.
25
Nível- WL Janela- WW
Partesmoles 30 250
Tecidoósseo 150 2.000
Fig.3.12- Seiosetmoidais.
Fig. 3.13 - Janela óssea- axial.
as patologiasque afetama integridadedo ar-
cabouço selar.Os microadenomase os ma-
croadenomassãoos tumoresmaisfreqüentes.
O exameéfeitonoplanocoronal.No exa-
me da sela túrcicadevemoster um cuidado
especialno planejamentopara evitarque os
cortespassempeloplanodasobturaçõesden-
tárias,o que causariaartefatosdo tipo strike.
O scout é feitoem perfilcom o paciente
posicionadoem decúbitodorsalou ventral.A
aquisiçãodos cortesé feita diretamentecom
meio de contraste.A injeçãodeveser rápida,
26
Fig. 3.14 - Janela intermediária- coronal.
preferencialmentecomo auxfliode umabom-
ba injetora,a umavelocidademédiade 2 a 3
mUs.O volumea serinjetadoé de 1mUkg.
Os cortessãoadquiridosemfaseprecoce,
aproximadamenteapós15segundosdo início
da injeção.A espessuradoscortespode variar
entre1 e 3 mm.
O FOV oscilaentre8 e 12 em.
Equipamento Multidetector
A aquisiçãodos cortesnosequipamentos
multidetectoresé feitaapenasno plano axial.
Os cortesdevemapresentarespessurasmeno-
res que 0,5 mm, cobrindo toda a regiãode
interesse,posteriormenteas imagenssão re-
formatadasnosplanosaxiale coronalcomes-
pessuraaproximadados cortes obtidos nos
equipamentosconvencionais.
Documentação(Tabela3.8);
· Um filme com 12 exposições- Janela
de parênquima.·Um filme com 12 exposições- Janela
óssea.
Osso Temporal
O osso temporal aloja as estruturasda ore-
lhainterna,médiae externa.
CAPÍTULO3
Tabela 3.8
Documentação para Sela Túrcica
Osdistúrbiosdeequilíbriosãofreqüentes
e podemestarrelacionadoscomasporções
médiae internadaorelha.A TC doossotem-
poralestáindicadanasseguintespatologias:·neurinomadoacústico;
·tumoresglômicos;·colesteatoma;
·otitesmédia,crônicae aguda;
· labirintite.
O estudodotemporaléfeitoemdoispIa-
nos:axiale coronal.Naspesquisasdetumo-
res,a utilizaçãodecontrasteiodadoajudaa
definirasdimensõesreaisdamassa.Nasoti-
tesenalabirintite,nãohánecessidadedeuso
de contraste,todavia,o radiologistapoderá
decidirpelasuaadministraçãoseassimjulgar
conveniente.
Os cortesdevemcobrirtodaa regiãoda
orelhamédia,comespessurasde1mmacada
1 mmde deslocamento(incremento=1).A
porçãomaisposteriorevidenciaos canaisse-
micircularesdo labirinto,particularmenteose-
micircularposterior.A porçãomedianadestaca
a imagemdo vestíbuloe dacadeiaossicular.
Naporçãoanteriorevidencia-sea imagemda
cóclea(Figs.3.15a 3.18).
Especialcuidadodeve-setercomo filtro
utilizadonoprocessamentodasimagenspelo
computador.Umfiltroparatecidodensodeve
serutilizado,considerando-seaaltadensida-
de daporçãopetrosado ossotemporal.Nos
equipamentosGeneralElectric,o filtroutiliza-
doéoEdge,tambémempregadonasimagens
dascorticaisósseas.
O posicionamentodevesero maissimé-
tricopossível,de formaqueseconsigaobter
nummesmoplanoosdoismeatosacústicos,
CAPÍTULO3
poiso estudodo temporalé freqüentemente
comparativo.No posicionamentodo pacien-
te,o profissionalderadiologiadeveráatentar
paraque a lâmpadade referênciacoincidabilateralmentecomo tragusnopavilhãoauri-
cular.Estecuidadoseráfundamentalparaum
examedequalidade.
Noposicionamentocoronaldeve-setomar
osmesmoscuidados.
Paraasaquisiçõesnesteplanoo paciente
podeestaremdecúbitoventraloudorsal.Na
escolhado posicionamentodeve-selevarem
consideraçãoo graudeconfortoe a estabili-
dadedo paciente.
Nãoéfácilestabelecerumasimetriadasore-
lhasmédiasnoplanocoronal.Porestarazão,é
comumumavarreduraalémdasestruturasco-
nhecidas,posteriormente,reconstruindo-seum
ladodecadavezcomumcampodevisãope-
queno(Figs.3.19e3.20).
A espessuradecorte,aexemplodoscor-
tesaxiais,devetambémserde1 mmobtidaa
cada1mmdedeslocamentodamesa.
Equipamento Multidetector
A aquisiçãodoscortesnosequipamentos
multidetectoresé feitaapenasnoplanoaxial.
Os cortesdevemapresentarespessurasme-
noresque1 mm,cobrindotodaa regiãode
interesse,posteriormenteasimagenssãore-
formatadasnosplanosaxiale coronalcom
espessuraaproximadadoscortesobtidosnos
equipamentosconvencionais.
CortesAxiais - Bilateral
Fig.3.15- Mastóides- CanaisS.e.Sup.
"';{'tf 1''11 L i ,,(p I.e) ..01híl~
ciG
27
Nível- WL janela- WW
Parênquima 40 180
Tecidoósseo 150 2.000
Fig.3.16- Orelhamédia- MAl.
Fig.3.17- Cóclea- Mesotímpano.
Fig.3.18- Cóclea- Hipotímpano.
CortesCoronais- Unilateral
Fig.3.19- Vestíbulo/C.S.C.
28
Fig.3.20- Cóclea/Martelo.
Documentação(Tabela3.9):·PlanoAxial- um filmeformatadoem
20- Janeladeossotemporal.·PlanoCoronal- umfilmeformatadoem
20 paracadaladodotemporal.·Janeladeossotemporal.
Total(trêsfilmes).
Obs.:Seinjetadocontrasteiodado,será
necessárioumadocumentaçãode par-
tesmoles.Istoseráespecialmenteimpor-
tantenaspesquisasde neurinomado
acústico.
Tabela3.9
DocumentaçãoparaOssosTemporais
Nível- WL Janela- WW
Janela para osso temporal 400 4.000
Janela partesmoles 40 200
Face
O estudodafaceéindicadoprincipalmen-
tenostumorese nostraumasfaciais.
O planejamentotípicoincluidoisplanos:
axiale cpronal,comdocumentaçãoemduas
janelas,umaparapartesmolese outrapara
ossos(Tabela3.10).
CAPÍTULO3
Tabela3.10
Documentação para Face
Nível- WL Janela- WW
Janela para ossos 150 2.000
Janela partesmoles 40 200
No planoaxial,oscortesde5 mmdees-
pessuravãodesdeo mentoatéo frontal,para-
lelosaoplanodopalatoduro.Especialcuidado
deve-setercomos pacientesportadoresde
prótesesfixase obturações.Nestescasos,po-
derãosernecessáriosdoisplanejamentos,de
formaa evitarqueoscortespassemsobreos
materiaisdealtadensidade.
Preferencialmente,o estudonoplanoco-
ronaldeveserfeitonodecúbitoventral,para
quesedemonstreeventuaisníveislíquidos,es-
pecialmentenascavidadesparanasais.Neste
planooscortesvãodesdeo seioesfenoidalaté
osossosnasais.A simetriano posicionamento
seráfundamentalparaaqualidadedoexame.
Cortesde5 mmacada5 mmdeespaça-
mento.
Equipamento Multidetector
A aquisiçãodoscortesnosequipamentos
multidetectoresé feitaapenasnoplanoaxial.
Os cortesdevemapresentarespessurasme-
noresque1 mm,cobrindotodaa regiãode
interesse,posteriormenteas imagenssãore-
formatadasnosplanosaxialecoronalcomes-
pessuraaproximadadoscortesobtidosnos
equipamentosconvencionais.
Documentação:
·Duasjanelasno planoaxial(ossos+ par-
tesmoles).
·Duasjanelasnoplanocaronal(ossos+
partesmoles).
Órbitas
O estudodasórbitasé feitoemdoispIa-
nos:axiale caronal.
CAPÍTULO3
Umafasesemcontrastenoplanoaxialcom
cortesde3mmdeespessuracomincremento
de3 mme FOVentre16e 20cm.
Apósa injeçãodomeiodecontraste,são
realizadoscortesnosdoisplanos.O axialse-
gueo mesmoplanejamentodasériesemcon-
traste.No planocoronaloscortesvãodesdeo
dorsodaselatúrcica(regiãodoquiasma)atéo
cristalino,emcortesde3mmdeespessuracom
incrementode3a 5 mm.
A documentaçãoé feitacomduasjanelas
(partesmoles+ ossos)emambososplanos.
Napesquisadetraumadaregiãoorbitária,
umareconstruçãotridimensionalpoderáenri-
queceradocumentaçãodoexame.Nostumo-
resdonervoóptico,asreconstruçõesnoplano
do nervoópticotambémsãodegrandevalia.
Equipamento Multidetector
A aquisiçãodoscortesnosequipamentos
multidetectoresé feitaapenasno planoaxial.
Oscortesdevemapresentarespessurasmeno-
resque0,5 mm,cobrindotodaa regiãode
interesse,posteriormenteas imagenssãore-
formatadasnosplanosaxialecoronalcomes-
pessuraaproximadadoscortesobtidosnos
equipamentosconvencionais.
Pescoço
O estudodopescoçoestáfreqüentemen-
te relacionadocoma pesquisade tumores,
gânglios,processosinfecciosose nódulosda
tireóide.
A tomografiadepescoçoé realizadadire-
tamentecomcontrasteiodado.Os vasosda
regiãodevemestarbemcontrastadosparadi-
ferenciardeeventuaisgângliosou nódulos.A
injeçãodomeiodecontrastedeveserfeitaem
duasetapas:50%dovolumenumafaseinicial
e 50%apósumminuto.Esteprocedimentoé
útilparademonstrarsimultaneamentecontras-
tenosvasosvenosose arteriais,aumentandoa
especificidadedo método.
A injeção da primeirafasedo contraste
podeserfeitamanualmente.Na segundafase,
o meio deve ser injetadopor bomba a uma
velocidadede 2 mL por segundo. Iniciam-se
29
......
oscortesapós20segundosdainjeçãoemaqui-
siçãohelicoidal.
O volumemédiodecontrasteéde1,5mL
porkg.
Exemplo:
· Pacientecom70kg= 100mL
Recomenda-seinstruiro pacientenomo-
mentodaaquisiçãodoscortesparaevitarque
engulasaliva.
Equipamento Multidetector
A aquisiçãodoscortesnosequipamentos
multidetectoresé feitaapenasnoplanoaxial.
Os cortesdevemapresentarespessurasme-
noresque1 mm,cobrindotodaa regiãode
interesse,posteriormenteasimagenssãore-
formatadasnosplanosaxialecoronalcomes-
pessuraaproximadadoscortesobtidosnos
equipamentosconvencionais.
Documentação(Tabela3.11):·Emgeralapenasjaneladepartesmoles.
Tabela3.11
DocumentaçãoparaPescoço
Nível- WL Janela- WW
Janela partesmoles 40 200
Tórax
O estudodotóraxnatomografiacompu-
tadorizadaéo métododeescolhanodiagnós-
tico diferencialdaspatologiasque afetamo
parênquimapulmonare, particularmente,o
interstício.É tambémum métodoaltamente
eficazno estudodosgrandesvasos;trombo-
embolismopulmonar,processosinfecciosose
tumoresemgeral.
PrincipaisobjetivosdoexamedotóraxnaTC:
·análisedo parênquimapulmonar;·análisedadistribuiçãovasobrônquica;·análisedasestruturasmediastinaise
hilares;
·análise dos grandesvasose área cardíaca;
30
·pesquisadetromboembolia;·integridadedo arcabouçoósseo.
A tomografiado tóraxpodesertecnica-
mentedivididaem:
·tóraxrotina;·tóraxemaltaresolução;·estudodevasos;·estudodetromboemboliapulmonar
(T.E.P.).
o ExamedeRotina
O tóraxrotinaéindicadonoestudogeral
da região,especialmentequandoo paciente
nãotemdefinidoo quadrodasuapatologia,
tambémnoscheck-upsenosrastreamentosde
metástases.
A critériodo radiologista,poderáou não
serrealizadocommeiodecontrasteiodado.
Oscortessãofeitoscomaproximadamen-
te10mmdeespessuraacada10mm(incre-
mentode 10mm)emaquisiçãohelicoidale,
preferencialmente,numaúnicaapnéia.
A varredurainicia-senoplanosuperioraos
ápicespulmonarese ultrapassaos recessos
costo-frênicos(Figs.3.21e 3.22).Nestenível
observamoscomfreqüênciaasglândulassu-
pra-renais,que,muitasvezes,sãoa referência
paraaconclusãodoestudo.
A fasecontrastadaé feitanormalmente
como mesmoplanejamentoutilizadonafase
semcontraste.
O volumedecontrasteemmédiaéde1,5
mLporkgdepeso.Deveseradministradopor
meiodebombainjetoraaumavelocidadede
2 a3mLporsegundo.Oscortestomográficos
sãoadquiridosaproximadamentecom30se-
gundosdo iníciodainjeção.
Equipamento Multidetector
A aquisiçãodoscortesnosequipamentos
multidetectoresé feitaapenasnoplanoaxial.
Oscor:tesdevemapresentarespessurasmeno-
resque1mm,cobrindotodaa regiãodeinte-
resse.O tempodeaquisiçãodoscortesdeve
CAPÍTULO3
Fig.3.21- Posicionamento.
Fig.3.22- Scoutcomplanejamento.
sersuficienteparaqueo pacienteconsigafa-
zer umaboaapnéia.Posteriormenteasima-
genssão reformatadasno planoaxialcom
espessuraaproximadadoscortesobtidosnos
equipamentosconvencionais,podendoainda,
seremfeitasreconstruçõescomespessurasfi-nasdealtaresolução.
A reformataçãonoplanocoronaldevefa-
zerpartedadocumentação.Esterecursoéum
dosdiferenciaisqueestatecnologiaoferece.
A documentaçãodo exameé feitacom
duasjanelas.Umavoltadaparao mediastino
(partesmoles)(Figs.3.23à3.26)eoutra,para
o parênquimapulmonar(pulmão)(Figs.3.27
e3.28).Nasuspeitadelesõesósseas,umater-
ceiradocumentaçãocomjanelaespecífica
devesera..crescentada.
CAPÍTULO3
Fig.3.23- Regiãodosápices.
Fig.3.24- Regiãosupra-aórtica.
Fig. 3.25 - Arco aórtico.
31
Fig. 3.26 - Câmaras/grandesvasos.
Fig.3.27- Janeladepulmão.
Fig.3.28- Basedospulmões.
Documentação(Tabela3.12):·Fasesemcontraste:
- Janelaparamediastino(partesmoles).
32
Tabela 3.12
Documentação para Examede Tórax
·Fasepós-contraste:
- Janelaparamediastino(partesmoles).
- Janelaparaparênquimapulmonar.
- Janelaparaossos(senecessário).
Obs.:Algunsserviçosadotamnoexame
de rotinadotóraxumafaseúnicadire-
tamentecomcontraste.
Tomografia Computadorizada do
Tórax em Alta Resolução (TCAR)
As patologiasqueafetamexclusivamente
o parênquimapulmonare, particularmenteo
interstício,sãomelhordemonstradasnoestu-
do pulmonarem altaresolução,técnicaco-
nhecidapelasiglaTCAR.
Pormeiodestatécnica,realizam-secortes
deespessuramuitoreduzida,normalmentede
1 mm,comespaçamentoacada10mm,co-
brindotodaa regiãopulmonar(aproximada-
mente25/30cortes).Utiliza-sefiltroespecífico
deparênquimapulmonar(/ung).
A documentaçãodesteexamedeveser
feitade formaa se colocaremevidênciaos
detalhesdo interstícioe datramavasobrôn-
quicapormeiodefotosampliadas.
Usualmente,formata-seo filme35 x 43
emseisquadrosounomáximoemnovequa-
dros.A documentaçãoé feitaexclusivamente
comjaneladepulmão.
Estudo dos Grandes Vasos
o estudodocoraçãoe dosgrandesvasos
dabase,comoaartériaaorta,aartériapulmo-
nareasveiascavas,constitui-senumsegmen-
toà partedoestudotorácico.
Como adventodosnovosrecursosgráfi-
cos,quepossibilitaramareconstruçãodemo-
CAPÍTULO3
Nível- WL Janela- WW
Parênquimapulmonar - 800 2.000
Mediastino 30 300
Ossos 200 2.000
delostridimensionaisemaltadefiniçãodos
vasosimpregnadospor contraste,tornou-se
importantea administraçãodestemeio,atra-
vésdebombainjetoraecomvelocidaderápi-
dade infusão.Administrando-sede2 a4 mL
por segundo,obtém-seumcontrasteunifor-
medosprincipaisvasos.Convémfazeraaqui-
sição com cortesde pequenaespessura,
normalmentede3a5 mm,emmodohelicoi-
dal.A aquisiçãono modohelicoidalpermite
queoscortespossamserreconstruídosa in-
crementosmenoresdo que a espessurado
corte.Esteprocedimentoéespecialmenteútil
quandohá interessenareconstruçãode mo-
delostridimensionaisouparatécnicasdena-
vegaçãono interiordosvasos.
Cortesfinosproduzemmelhoresmodelos
dereconstrução,noentanto,esteprocedimen-
toaumentaadosedeexposiçãonopacientee
tambémo tempototaldeaquisiçãodasima-
gens.Seo tempototalfor demasiadamente
longo,poderánãohaverumcontrasteunifor-
medosvasos.
A pesquisade aneurismada aortaé co-
mumemtomografia.
Nesteexame,o planejamentodoscortes
começano planoimediatamentesuperiorao
arcoaórticoe ultrapassaoslimitesdaáreacar-
díaca.O contrastedeveserinjetadoporbom-
bacomvelocidadeaproximadade3 mLpor
segundo.Oscortesdevemseradquiridoscom
30 segundosdo iníciodo contraste,utilizan-
do-sedetécnicahelicoidale como paciente
mantendo-seemapnéia.
Apósaaquisiçãodafaseprincipaldoexa-
me, convémacrescentarcortesde formaa
cobriro restantedoscampospulmonares.
Equipamento Multidetector
Entreasgrandesvantagensdatecnologia
multidetectoresestáa aquisiçãodasimagens
vascularescomaltadefiniçãoanatômica.
A rapideznaaquisiçãodasimagens,as-
sociadaà possibilidadedeobtençãodecor-
tesdeespessurasmuitoreduzidas,naordem
de0.5 mmou aindamenor,favoreceo pós-
tratamentodessasimagens,permitindoacri-
CAPÍTULO3
--
açãode impressionantesmodelosde apre-
sentaçõesvascularesedenavegaçãopeloin-
teriordosvasos.
Os estudosvascularesencontramhoje
grandeaplicaçãonosnessesequipamentos,
sendoesteo métododeescolha.
Documentação:
·janelademediastino.
·janeladeparênquimapulmonar.
·Filmeespecialemdocumentaçãotridi-
mensional.
Técnicapara Tromboembolismo
Pulmonar(T.E.R)
O estudodeT.E.P.requercortesfinosde3
mmdeespessura(máximode5 mm),cobrin-
dodesdea regiãosuperioraoarcoaórticoaté
a basedospulmõesemaquisiçãohelicoidal.
Os trombospodemserpequenose estar
comprometendopequenossegmentosdo tó-
rax,àsvezes,dedifícilinterpretação.
Os cuidadoscoma injeçãodo meiode
contrastesãoosmesmosobservadosnoestu-
do dosgrandesvasos.
Da mesmaforma,apósa faseprincipalo
examedeverásercomplementadocomuma
varreduradorestantedoparênquimapulmonar.
Os cortesobtidosdeverão,ainda,serre-
construídoscomincrementosdeaproximada-
mente50%daespessura.
Documentação(duasjanelas):·janelaparamediastino.·janelaparaparênquimapulmonar.
·Reconstruçãotridimensional.
Abdome
Asprincipaispatologiasqueafetamamor-
fologiado sistemadigestóriopodemserrica-
mentedemonstradaspormeiodatomografia
computadorizadahelicoidal,assimcomoas
alteraçõesvascularesdestaregião.
Ostumores,doençasinflamatórias,doen-
ças oclusivas, cálculos e as alterações nas pa-
33
redesecavidadesintestinaissãoasprincipais
patologiaspesquisadas.
Paraum resultadosatisfatórionestetipo
de exameé fundamentalumpreparoprévio
dopaciente.Estepreparoinclui,desdeumalim-
pezado intestinopormeiodousodelaxantes,
quecomeçaaindanacasado paciente,atéa
administraçãodo meiocontrasteporviaoral
e/ouretaI nafasequeantecedeo exame.
o PreparodoPaciente
PreparoPrévio(rotinamaiscomum):·Dozeshorasantesdo exame:laxante
(limpezadacavidade).
·Quatrohorasantesdo exame:jejum
absoluto.
·Umahoraantesdoexame:administra-
çãoporviaoraldo meiocontrasteio-
dadodiluído- cincocoposde200mL.
(1copoacada15minutos).
*A diluiçãodocontrasteoraléde20a
40 mLde iodoa 60%em1 litrodeágua.
RotinadoExamedeAbdomeTotal
ContrasteOral
Umcopodecontrasteoral(200mL)deve
seradministradono momentoemqueo pa-
cienteé posicionadono equipamento.Este
contrasteseráimportanteparaevidenciarapa-
redegástricainterna.
ContrasteRetal
Sefor prescritopeloradiologista,o con-
trasteretaIdeveserfeitonoiníciodoexame,
imediatamenteantesdaaquisiçãodoscortes.
A administraçãodo meioé feitapormeiode
infusãodiretadeaproximadamente250 mL
de sorofisiológicocontendo10 mLde con-
trasteiodadodiluído.
InjeçãoE.V.deContrastelodado
o acessovenosodevesersuficientepara
permitira infusãode grandequantidadede
contrasteem tempo relativamentecurto. A
velocidademédia da injeçãoé de 2 a 3 mL
34
por segundo.O volume a ser injetadovaria
em função do peso do paciente, na razão
médiade 1,5 a 2 mL por kgde peso.
Injeções rápidasproduzem desconforto,
podendo levaro pacientea sentirfortecalore
náuseas,muitasvezes,acompanhadasdevô-
mitos.Noentanto,namaiorpartedoscasos,a
injeção rápidaseráimprescindívelparaeluci-
dar o diagnóstico.
Seqüência de Aquisição das Imagens
FasePré-contrasteE.v. (Figs.3.29a3.34)
Aproximadamente24 imagensdo abdo-
me superior, varrendo-se desde as cúpulas
diafragmáticasatéa bifurcaçãoda artériaaor-
taem aquisiçãoaxialcomcortesde 10 mmde
espessura.
Fase Arterial (Fig. 3.35)
Aproximadamente20 cortesno abdome
superior,varrendo-setotalmenteofígadoeos
rins, em aquisiçãohelicoidal, com cortesde
10 mmde espessura.Apóso inícioda infusão
do meio de contraste,a fasearterialpoderá
serobtidaentre30 e 40 segundos.
FasePortal(Fig.3.36)
O mesmoplanejamentodafasearterialé
repetido,adquirindo-seos cortesentre 60 e
70 segundosdo início do contraste.Neste
momento,torna-seevidenteo contrastedo
sistemaportal.
Considerandoa importânciada cavidade
abdominalsuperior,particularmentepelapre-
sençade importantesvíscerasdo sistemadi-
gestório,o protocolopoderáseralteradonas
fasesarteriale portalparaobtençãode cortes
com menorespessura:7 ou 8 mm.
FasedeEquilíbrio(Figs.3.37a 3.40)
Nestafase,umavarreduraé feitaem todo
o abdome,desde as cúpulasaté o assoalho
pélvico,iniciando-seos cortesde2a 3 minu-
toscontadosa partirdo início da injeçãodo
contraste.
CAPÍTULO3
EquipamentoMultidetector
A aquisiçãonosequipamentosmultidetec-
toresé feitacomcortesdecercade 1 mmde
espessura,reformatando-seposteriormente
comasespessurasconvencionais.
A vantagemdarealizaçãonoequipamen-
to multidetectorestánapossibilidadede re-
construçõesvascularesdo abdome,casohaja
interesse,e napossibilidadedeapresentação
de planoscoronaise sagitaisportécnicasde
reformataçãomultiplanar.
Planejamento
Fig.3.29- Abdomesuperior.
Fig.3.30- Abdomelotal.
CAPÍTULO 3
Série Pré-contrasteE.V.
Fig.3.31- Corteinicial(cúpulas).
Fig.3.32- Fígado/estômago/baço.
Fig.3.33- Vesícula/pâncreas/baço.
35
Fig. 3.34 - Rins/alças.
Fase Arterial
Fig. 3.35 - 30 a 40 segundos.
Fase Portal
Fig.3.36- 60a 70segundos.
36
Fase de Equilíbrio (2 a 3 minutos)
Fig. 3.37 - VeiasPorta/Cava- Artéria aorta.
Fig.3.38- Drenagemrenal.
Fig. 3.39 - BexigaNes.seminais.
CAPÍTULO3
Fig. 3.40 - Assoalhopélvico.
Documentação
A documentaçãopoderáserfeitacom 20
imagenspor filme,seguindoa ordemde aqui-
sição das imagens.Na documentação,cada
fasede aquisiçãopoderá estarprecedidado
scoutcom os cortescorrespondentes.Na fase
conclusivadadocumentaçãoconvémacrescen-
tar asfotosdasprimeirasimagensdo abdome
superior,onde aparecepartedo parênquima
pulmonar com "janela" adequada (nível de
pulmão) para a demonstraçãode eventuais
alteraçõesnestaárea (Tabela3.13). .
A documentaçãodo abdome superioré
feitacomumajanelafechada,possibilitandoum
altocontraste(200a 300 WW) e, com o nível
no parênquimahepático(50a 70 WL).Após a
documentaçãoda imagemdo fígado,costuma-
se abrir a "janelada documentação"(300 a
400 WW) e reduziro nível(deOa 40 WL).
Tabela 3.13
Documentação para o Exame doAbdome
o AbdomeSuperior
O exametomográficodo abdome supe-
rior englobaas víscerasdo sistemadigestório
CAPÍTULO3
superior:fígado,estômago,pâncrease baçoe
tambémos rins.
O planejamentodo exame é similar ao
examede abdometotal,exceto,no plano de
conclusão,que, nestecaso, coincide com a
bifurcaçãoda artériaaortaabdominal.
No equipamentohelicoidalasimagenssão
adquiridasnasseguintesfases:
· fasepré-contrasteLV.;
· fasearterial;
· faseportal;
· fasede equilíbrio.
O preparodo pacienteincluicontrastepor
viaoral,comadministraçãode 200 mL a cada
dez minutos,perfazendoo totalde um litro.
Após 40 minutoso pacienteencontra-sepre-
paradoparainiciaros cortes.
TC do Abdome no Aparelho
Uroexcretor
A tomografiahelicoidalabriu novoshori-
zontes nas patologiasque afetamo aparelho
uroexcretor,tendo sido largamenteutilizada
paraestudodafuncionalidadedosrins,pesqui-
sasde cálculos,pielonefrites,hidronefrosesetc.
Estudo Funcional
O estudofuncional dos rins é realizado por
meio de quatro séries:
· uma série pré-contraste;·uma série córtico-medular (25 a 30 se-
gundosdo início do contraste).
· Uma sérienefrográfica(60a 80 segun-
dosdo início do contraste);
· umasérieexcretora(trêsa cinco minu-
tosdo início do contraste).
No planejamentodos cortes,as três pri-
meirasfasessãoobtidascom cortesde 5 mm
de espessura,cobrindo-setotalmenteos rins.
Na faseexcretora,os cortessão obtidoscom
espessurade 7 mmou 10 mm,cobrindodes-
de o planodospólossuperioresdos rinsatéo
assoalhopélvico.
37
- - -- - -- -
Nível- WL janela- WW
Abdomesuperior 50a 70 200a 300
Abdomemédio/inferior Zeroa 40 300a 400
Pesquisade Cálculos
A pesquisade cálculosporTC helicoidal
podesubstituircomalgumasvantagenso exa-
medeurografiaexcretoracomestamesmafi-
nalidade.O exameé feitosemnenhummeio
decontraste.A aquisiçãodasimagensobriga-
toriamentedeveserfeitanomodohelicoidal
emumaúnicaapnéia(umbloco).Os cortes
têminícionospólossuperioresdosrinsevão
atéo assoalhopélvico.
Nadocumentaçãodoexamedeverãoser
incluídasreformataçõesmultiplanaresnospIa-
noscoronais,sagitais,oumesmoreformatações
curvas,colocando-seemevidênciaaeventual
presençadecálculos.
TC doAbdomenosAneurismas
da ArtériaAorta
A tomografiaparapesquisadeaneurismas
daaortaabdominaldispensao preparoprévio
do paciente,exigindo-seapenaso jejumde
quatrohoras,temponecessárioparapermitir
o usodocontrasteiodado.
Umafaseinicialéfeitasemcontraste,com
cortesde 10 mmdeespessurae incremento
de20mm,apenasparadefiniralocalizaçãoe
extensãodo aneurisma.
A sériepós-contrastedeveserfeitacom
auxíliodeumabombainjetoracomvelocida-
dedeinfusãode3a5mLporsegundoevolu-
metotalna razãode 2 mL por kgde peso
(aproximadamente150mLnoadulto).
Nestasérieasimagenssãoobtidasemaqui-
siçãohelicoidalemumúnicobloco,comcor-
tesde7 mmdeespessura,abordandotodaa
aortaabdominaleaporçãoproximaldasarté-
riasilíacas.
Alémdoscortessemecomcontraste,a
documentaçãodo examedeveráconter
imagenstridimensionaisdaaortaemvárias
projeções.
A tomografiado abdomecominteresse
na artériaaortatem melhorresultadonos
equipamentosmultidetectores,sendoeste,
o métododeescolha.Nessesequipamentos
os cortessãoadquiridoscomespessurasde
38
cercade0,5mm,sendoposteriormentetra-
balhadasem reconstruçõestriPimensionais
e reformatação.
ColunaVertebral
O estudodacolunavertebralpormeioda
tomografiaé indicadonosprocessosdegene-
rativos,nascompressõesradiculares,nostrau-
mas,nosprocessosinfecciosose nostumores
destaregião.
O planejamentodos cortesmudaem
funçãodosobjetivosdoexame.A maiorfre-
qüênciade solicitaçãodeTC de colunaestá
relacionadacomascompressõesradiculares,
quersejapelapresençadehérniasdiscais,ou
ainda,pelapresençadedoençasdegenerati-
vasoO planejamentonestecasoédirecionado
paraosníveisaserempesquisados.Oscortes
sãoparalelosao discocorrespondentee vão
desdeo planodospedículosdeumavértebra,
aproximadamentenametadedocorpoverte-
bral,atéospedículosdavértebrainferior.Esta
faixacobreosforamesintervertebraisporonde
emergemosnervosperiféricos,podendoain-
daevidenciareventuaisherniaçõesdosdiscos
intervertebrais.
Quandoo interessenoestudodacoluna
estávoltadoparatumores,traumas,ou pro-
cessosinfecciosos,o estudopoderáserfeito
em bloco(umaúnicaangulaçãodo gantry),
comumnúmerodecortessuficienteparaco-
brirtodaa regiãodeinteresse.Nestescasos,é
convenientea aquisiçãohelicoidalparaque
sepossatrabalharcommodelosdereformata-
çõesmultiplanarese, eventualmente,recons-
truçõestridimensionais.
O usode equipamentosmultidetectores
noestudodacolunaalteraa formadeaquisi-
çãoe tratamentodasimagens.Nessesequipa-
mentosa aquisiçãoé feitapreferencialmente
emblococomcortesemtornode0,5mm.
Apósaaquisiçãoasimagenssãoreforma-
tadasacompanhandoo planodosdiscosin-
tervertebraisdossegmentosde interesse.Neste
métodoconvémaindarealizarreformatações
nosplanosagitale corona!.
CAPÍTULO3
ColunaLombar
o examede rotinadacolunalombarcom-
preendeos trêsúltimossegmentos,istoé: os
níveisL3-L4, L4-L5 e L5-S1. Normalmenteos
segmentosL1-L2 e L2-L3 só são realizados
quando solicitadosou se apuradassuspeitas
nestesníveispor ocasiãoda entrevistaou ain-
da se observadasalteraçõesimportantesno
scout nestesníveis.
Emcadaarticulaçãoéfeitoumplanejamen-
to de formaa seobtercortesparalelosao disco
de interesse.Aproximadamentede oito a dez
cortessãofeitospor nível,cobrindotodo o fo-
rameintervertebral(do pedículode umavérte-
braaopedículodavértebraadjacente)(Fig.3.41).
O campodevisãodeveestarajustadoàspeque-
nasdimensõesdasvértebras,cercade 14em.
Os cortessãoadquiridosemfiltrostandard,
devendoaindaseremreconstruídoscomfiltro
ósseoparadocumentaçãoprópria (Figs.3.42
a 3.44).
Planejamento
Fig.3.41- NíveisLJ-L4 / L4-L5/ L5-S1.
Documentação (Tabela 3.14)
· Filme formatado 20:1 - Com referên-
cias dos níveis de corte.
· Janela de partes moles.
· Janela- óssea.
CAPÍTULO3
Fig.3.42- Pedículos/sacodural.
Fig. 3.43 - Foramesintervertebrais.
Fig.3.44- "Janelaóssea"
39
Tabela3.14
DocumentaçãoparaColunaLombarColuna Cervical
oestudodacolunacervicalé indicadonas
doençasdegenerativas,quadrode compres-
sãoradicularaltae traumasnaregião.
A exemplodacolunalombar,o estudoé
direcionadoaosprincipaisníveisde interesse,
informadospelomédicosolicitanteouapura-
dosnaentrevistado paciente.Quandoosní-
veisnãosãoespecificados,a rotinaincluios
segmentosC4-C5,C5-C6eC6-C7,eoscortes
sãoefetuadosnosplanosdosdiscos(Figs.3.45).
No examedacolunacervical,o paciente
deveestarorientadoparanãodeglutirduran-
te a aquisiçãodoscortes,evitando-seassim
artefatosde movimento.
É bastantefreqüentea solicitaçãodo exa-
meparaaavaliaçãodetraumasnaregião.Nes-
tecasoo planejamentodoscortesdeveráser
feitoembloco,e aáreadecoberturaabrange
todaacolunacervical.Preferencialmenteaaqui-
siçãoseráfeitanomodohelicoidal,visando-se,
nomomentodadocumentação,àsreformata-
çõesmultiplanares,particularmenteassagitais,
quemostramcomprecisãoo canalmedular.
Notrauma,asimagenssãoobtidascomfil-
troparaossoe reconstruídascomfiltrostandard
paraavaliaçãodetecidosmoles(Fig.3.46).
Documentação(Tabela3.15)
·Filme:formatação=20:1- comníveis
dereferência.
·Janeladepartesmoles.·Janelaparaossos.
Coluna Torácica
Édifícilidentificaro nívelresponsávelpor
umquadroderadiculopatiadeorigemtoráci-
40
Fig. 3.45 - Scout C4-C5.
Fig. 3.46 - TomogramaC4-C5.
Tabela 3.15
Documentaçãopara Coluna Cervical
ca, porestemotivo,o estudodestaregiãoé
maiscomumenterealizadocomumavarredura
emtoqososníveis(T1aT12),comcortesde
espessuraiguala 5 mme incrementode 7 a
10 mm.Apósessavarredura,poderáserim-
CAPÍTULO3
Nível- WL Janela- WW
Partesmoles 30 200a 400
Janelaóssea 200 2.000
Nível- WL Janela- WW
Partesmoles 30 180
Ossos 200 2.000
portanteumacomplementaçãocomcortesmais
finosemumaregiãoquetenhamostradoalte-
raçõescompatíveiscomo quadrodopaciente.
O examedacolunatorácicaérealizadocom
FOVdeaproximadamente18cmeadocumen-
taçãoemduasjanelas(partesmoles+ossos)(Ta-
bela3.16).
Documentação
·Filme:formatação= 20:1- comníveis
de referência.
·Janeladepartesmoles.
·Janelaparaossos.
Tabela 3.16
Documentação para Coluna Torácica
o Exameda Pelvee da Articulação
Coxofemoral- Com Interesse
Ósseo
Comalgumafreqüêncianosdeparamos
com solicitaçõesde estudoda pelve,com
interessena suaestruturaóssea,exemplo
doscasosdostumoresque acometemes-
sestecidos.
Seráimportante,no momentoda entre-
vistacomo pacientee a partirdasinforma-
çõesdo médicosolicitante,a identificação
destasituação,descaracterizandoassima ne-
cessidadedepreparodopacientecomcon-
trasteorale/ouviareta!.
A critériodo médicoradiologista,o pa-
cientepoderáounãofazeroexamecomcon-
trasteiodado.
Parao estudode todaa pelve,oscortes
sãofeitoscom5 mmdeespessuradesdeum
planosuperioràscristasilíacasatéumplano
inferioraosísquios.O FOVdevecobrirtodaa
regiãoda pelve.A documentaçãoé feitaem
CAPÍTULO3
duasjanelas,uma paraossoe outra parapar-
tesmoles.A documentaçãoaindapoderáser
enriquecida com a inclusão de modelos de
reformataçõescoronaise sagitais,ou recons-
truçõestridimensionais.
Quando o estudo está restrito apenas a
uma dasarticulaçõescoxofemorais,tomamos
asseguintesprecauções:·FOVreduzidoà regiãode interesse(22
a 28 cm);
·cortesiniciando-senumplanosuperior
aoacetábuloe ultrapassandoos limites
do trocanterfemoralmenor;
·espessurade cortede 3 mm - incremen-
to de 3 mm;
·posicionamento dos pés com discreta
rotaçãointerna;
·documentaçãode partesmoles e osso e
reconstruçõestridimensionaismaisrefor-
mataçõescoronaisno planodo colo do
fêmur.
Nos equipamentosmultidetectoreso es-
tudo da pelvee do quadril é feitocom cortes
de 0,5 mm de espessura,seguido de refor-
mataçõesmultiplanaraesde cadaarticulação
isoladamente.
Joelho
Com o advento da aquisição helicoidal,
aumentouaespecificidadedatomografiacom-
putadorizadano estudo das articulações.Os
equipamentoshelicoidaispermitirama aqui-
siçãode grandesblocos de imagens,muitas
vezesde pequenaespessura,com a possibili-
dade de reconstruçõesem curtos intervalos,
favorecendo os modelos de reformatações
multiplanarese tridimensionais.
O estudodo joelho com cortesde 3 mm
de espessurareconstruídosa cada 1,5 mm é
um procedimento largamente utilizado
quando se pretendetrabalharcom modelos
de reconstruçõesdiversos. Alguns serviços
chegam mesmoa fazer planejamentoscom
cortes de 1 mm, com reconstruçãode to-
mogramasa cada 0,5 mm. Estatécnica per-
41
Nível- WL janela- WW
Partesmoles 50 400
Ossos 200 2.000
mite aobtençãodemodelosdealtaresolu-
çãoe podeserempregadanosexamesde
artro-tomografia,evidenciando-se,alémdo
tecidoósseoe muscular,asestruturascarti-
laginosase ligamentares.
Indicações:tumores,fraturaspatológicas,
lesõescartilaginosas,lesõesósseasemgeral.
O planejamentodoexamederotinaestá
voltadoparaumestudounilateral.O scout
pode serfeito de frenteouperfil,sendo pre-
ferívelo de perfil.O estudoincluicortesde
5 mm,iniciando-senumplanosuperioràpa-
telae ultrapassandoaarticulaçãofibulotibial
proximal(Fig.3.47).
Primariamenteos cortessãoadquiridos
comfiltroparaosso,devendoserreconstruí-
dos com filtrostandardparaavaliaçãodas
partesmoles(Figs.3.48a3.50).No posicio-
namentoconvémretirarcompletamentea
pernaopostado campodeexploração,evi-
tando-seassimartefatosna imagem.
Algumasvezes,o estudocomparativoé
necessário,particularmentenasdisfunções
patelarese nasalteraçõesdascartilagensre-
tro-patelares.Nestescasospoderá ser neces-
sárioestudocomflexãodosmembrosinferiores
de 15graus,30grause aindaumaaquisição
comflexãode30graussimplese30grauscom
contraçãodoquadríceps.
EquipamentosMultidetectores
Nos equipamentosmultidetectoreso
examedojoelhoéfeitoemblocoúnicocom
c;ortesde0,5mmdeespessuraedocumen-
tadocomreformatacoesnosplanoscoronal
e sagital.
Documentação(Tabela3.17)
·Filme:formatação:20:1.·Janelaóssea.
·Janelade partesmoles.
Tornozelo
O estudodotornozeloéfeitoemdoispIa-
nos:axiale coronal.
42
Fig. 3.47 - Planejamento.
Fig. 3.48 - Corte axial.
Fig. 3.49 - Côndilos.
CAPíTULO 3
Fig. 3.50 - Patela- janela óssea.
Tabela 3.17
Documentação paraJoelho
EstudoAxial
No plano axial os cortessão obtidosem
aquisiçãohelicoidal,comespessurade 3 mm.
Os cortesiniciam-seno planosuperiorà arti-
culaçãotibio-társicae ultrapassamo calcâneo.
O FOV é deaproximadamente16cme aaqui-
sicãoé inicialmenteobtidacomfiltroparaosso.
No posicionamentoaxial,asuperfícieplan-
tar deveráestara 90 grausda perna.
Nesteplano a documentaçãoé feitacom
janela paraossose tambémpartesmoles(Ta-
bela3.18).
EstudoCoronal
O posicionamentocoronal é feito com a
pernado pacienteflexionarlade formaa fazer
um ânguloaproximadode 45 grauscoma su-
perfícieda mesa.A imagemobtidanesteposi-
cionamentoé, naverdade,um"falsocorona!",
no entanto,muitoútilparaasconclusõesdiag-
nósticasdo médico radiologista.
CAPÍTULO3
Neste plano, os cortes iniciam-se poste-
riormenteà articulaçãotibiotársica,indo além
do tálus,comespessurade 3 mme incremen-
to de 3 mm.
A documentaçãodos cortescoronaispo-
deráserfeitaapenascom "janelaóssea".
EquipamentosMultidetectores
Nosequipamentosmultidetectoreso exa-
me do tornozeloé feitoem bloco único,com
cortesde 0,5 mmde espessurae documenta-
do com reformataçõesnos planoscoronal e
sagital.
Tabela 3.18
Documentação para Tornozelo
Pés
Normalmenteo estudodos pés é feito
de forma comparativa. Por esta razão, de-
vemos ter um cuidadoespecialcom o seu
posicionamento.
Os pésdevem estar,tanto quantopossí-
vel,simétricos,possibilitandoavisualizaçãonos
cortestomográficosdasmesmasestruturasana-
tômicas.Estacondutaretratao zelo narealiza-
ção do examee ajuda o médico radiologista
nassuasinterprretações.
EstudoAxial
No planoaxialoscortespoderãoserobti-
dosem aquisiçãohelicoidalcomespessurade
3 mm. Os cortesiniciam-separalelamenteà
superfícieplantare ultrapassamo dorsodo pé.
O FOVé deaproximadamente26cmeaaqui-
siçãoé inicialmenteobtidacomfiltroparaosso.
No posicionamentoaxialasuperfícieplan-
tardeveráestara 90grauscoma perna.Reco-
menda-se, neste momento, a utilizaçãode
suportesradiotransparentes.
43
Nível - WL janela - WW
Partesmoles O 200 a 500
Janela óssea 200 1.800
Nível - WL janela - WW
Partesmoles O 200 a 500
Janela óssea 200 1.800
Nesteplanoadocumentaçãoé feitacom
janelaparaossose tambémpartesmoles(Ta-
bela3.19).
Estudo Coronal
o posicionamentocoronalé feitocoma
pernado pacienteflexionadadeformaa fa-
zerumânguloaproximadode45 grauscom
asuperfíciedamesa.A imagemobtidaneste
posicionamentoé, naverdade,um"falsoco-
ronal",noentanto,muitoútilparaasconclu-
sõesdiagnósticasdo médicoradiologista.
Dependendodosobjetivosdo exame,os
cortescoronaispodem"varrer"todaaexten-
sãoplantarcomcortesde5 mmdeespessura
e 5 mmdeincremento.No entanto,emfun-
çãodahistóriadopaciente,oscortescoronais
poderãoaindaserplanejadosnumaáreame-
nor,comespessuradoscortesreduzidae au-
mentodaresoluçãodasimagens.
A documentaçãodoscortescoronaispo-
deráserfeitaapenascom"janelaóssea".
Equipamentos Multidetectores
Nos equipamentosmultidetectoreso
examedo pé é feitoem blocoúnico,com
cortesde 0,5mmdeespessurae documen-
tadocomreformataçõesnosplanoscoronal
e sagital.
Tabela 3.19
Documentação para o Exame do Pé
Ombro
O estudodo ombrotem como princi-
palindicaçãoostraumasacompanhadosde
fraturase, menosfreqüentemente,podeser
indicadoparaestudodaspatologiasdolo-
rosase degenerativas.A aquisiçãodeveser
44
feitanomodohelicoidal.Modelostridimen-
sionaise reformataçõesmultiplanaresserão
importantesna documentação.Os cortes
sãode 3 mmde espessura,adquiridosde
formacontígua(Figs.3.52a3.54).
No posicionamentodoombro,o membro
superiorcorrespondentefica em extensão
máxima,coma palmadamãovoltadaparaa
frentee juntoao corpo;o membrosuperior
opostoé elevado,ficandoporsobreacabeça
do paciente.O scouté feitode "frente",e o
planejamentodoscortesnãosofreangulação
(gantry=Ograu)(Fig.3.51).
Equipamentos Multidetectores
Nosequipamentosmultidetectoreso exa-
medoombroéfeitoemblocoúnicocomcor-
tesde0,5 mmde espessurae documentado
comreformataçõesnosplanoscoronale sagi-
tal,acompanhandocomoreferênciao plano
dasescápulas.Nocasodeapresentaçãodefra-
turasa documentaçãodeveincluiraindare-
construções3D.
Planejamento
Fig.3.51- Scout
Documentação(Tabela3.20)
·Film.e:formatação:20:1·Janelaparaosso.·Janelapartesmoles.
CAPÍTULO3
Nível - WL janela - WW
Partesmoles Zero 200 a 500
Janela "óssea" 200 1.500
Fig.3.52- Partesmoles.
Fig.3.53- Art.escápulo-umeral.
Fig.3.54- Diáfiseumeral!lâmina.
CAPÍTULO3
Tabela3.20
Documentaçãoparao ExamedoOmbro
Cotovelo
o estudodo cotoveloé muitoutilizado
nasfraturascomplexasdestaregião.
A aquisiçãodeveserhelicoidal.A docu-
mentaçãoincluireformataçõesmultiplanares
e reconstruçõestridimensionais.
O posicionamentodocotoveloétrabalho-
soe, preferencialmente,deveserfeitocomo
braçodo pacienteparacima,deformaqueo
cotoveloultrapasseo limitesuperiordocrânio.
Os cortessãofeitoscom3 mmdeespessura.
Quandonãoforpossíveloposicionamentocom
obraçoparacima,~acienteficarácomobra-
çoemextensãoaolongodocorpo,comapal-
madamãovoltadaparacima.Nestecasoserá
necessárioumaumentosignificativodadosede
exposição,considerandoqueo corpodo pa-
cienteestarátambémnatrejetóriadofeixe.
EquipamentosMultidetectores
Nosequipamentosmultidetectoresoexame
docotoveloé feitoemblocoúnicocomcortes
de0,5mmdeespessurae documentadocom
reformataçõesnosplanoscoronalesagital.
Planejamento
Figs.3.55e3.56.
Documentação(Tabela3.21)
·Filme:formatação:20:1.·Janelaóssea.·Janeladepartesmoles.
Punho
O estudodo punhoé largamenteutiliza-
donasfraturasqueacometemosossosdocar-
po,particularmenteo escafóide.
45
Nível- WL Janela- WW
-- - -
Partesmoles 50 300
Ossos 200 2.000
Fig. 3.55 - Scout "braçopara cima".
Fig. 3.56 - Janela óssea(antebraçoproxima/).
Tabela 3.21
Documentação para o Examedo Cotovelo
o posicionamentoé feitocomo braço
paracimae compronaçãodo membrosu-
perior(Fig.3.57).Os cortesdeverãoserde
pequenaespessura,sendorecomendávelde
46
1 mma cada1 mmde espaçamento,ad-
quiridos no modo helicoidale posterior-
menterecontruídosa cada0,5 mm. Uma
únicaaquisiçãocobrindotodaa regiãodo
carpo é suficiente(aproximadamente60
cortesde 1 mm).
Nosequipamentosmultidetectoresoscor-
tessãofeitoscomespessurasmenoresque0,5
mmeasimagensdocumentadasemreforma-
taçõesmultiplanaresdiversas(Fig.3.58).
Planejamento
Fig. 3.57 - Scout 60 cortesde 1 mm.
Fig.3.58- Punho: partesmoles.
CAPÍTULO 3
Nível- WL Janela- WW
Partesmoles zero 200
Ossos 200 2.000
Documentação(Tabela3.22)
·Filme:formatação:20:1.
·Cortes axiais:janela óssea+ partesmoles.
·Reconstruçãocoronal:umfilme12:1.
·Reconstruçãosagital:umfiIme12:1.
Tabela3.22
Documentação do Examedo Punho
o Examedas Extremidades
emGeral
Asextremidadessãoestudadaspelatomo-
grafiaparaavaliaçãodefraturascomplexase
tumoresemgeral.O estudodeverá,emgeral,
serfeitoemaquisiçãohelicoidal,visando-seà
documentaçãodoexamecomreformatações
emdiferentesplanosea inclusãod~odelos
tridimensionais.
Os softwareshojeutilizadosnasrecons-
truçõestridimensionaispermitemaconstrução
demodelosorientadosparadiferentestecidos.
Assim,porexemplo,pode-serealizarumexa-
medotornozeloe incluirfotografiastridimen-
sionaisdosossosda regiãoou apenasdos
CAPÍTULO3
tendões,facilitandoacondutaterapêuticano
tratamentodo pacienteou mesmoo planeja-
mentodeumacirurgia.
Os examesdasextremidadessãoprima-
riamentedocumentadoscomjanelaparatecido
ósseo.No entanto,a documentaçãode partes
molespoderáfornecerinformaçõesimportantes
parao médicoradiologistaeserpreponderante
naorientaçãodaterapêuticaaserutilizadapelo
médicoespecialista.Convémrealizarumado-
cumentaçãocomesta"janela"empelomenos
umdosfilmesdoexame(Tabela3.23).
Documentação
·Filme:formatação20:1.·Janelaóssea.·Partesmoles.
·Filmesespeciaiscom reformatações
multiplanares.
·Filmesespeciaiscomreconstruçõestri-
dimensionais.
Tabela 3.23
Documentação em Extremidades
47
Nível- WL Janela - WW
Partesmoles zero 200
Ossos 200 2.000
Nível - WL Janela - WW
Partesmoles zero 200 a 400
Ossos 200 2.000
TratamentoDigitalda
Imagem Tomográfica'-t
RADIOLOGIA DIGITAL
A radiologiadigitalé o ramodo diagnósti-
co emsaúdequeempregasistemascomputaci-
onais nosdiversosmétodosparaa aquisição,
transferência,armazenamento,ousimplesmen-
te tratamentodasimagensdigitaisadquiri~as.
A evoluçãoda computação,especialmen-
te naáreamédica,permitiuumenormeavan-
ço no diagnóstico por imagem.A partir de
modernossistemascomputacionaisdesenvol-
vidosemplataformasapropriadasdetratamen-
to gráfico tornou-se possível uma gama de
aplicaçõesque vão,desdeumasimplesmedi-
da linear,até um complexomodelo de apre-
sentaçãotridimensional.Os mecanismosde
comunicação,transferênciade arquivose ar-
mazenamentode informaçõespossibilitaram
aindao estabelecimentodo trabalhoem rede,
cujos equipamentosconectadosentresi pas-
sarama trocarinformaçõessobreo paciente,
os exames,os protocolos, ou simplesmente
passarama fazer o armazenamentode ima-
gense documentaçãoradiográficaem impres-
soras faser.
O ambientede redecomum nosserviços
de diagnósticopor imagemé conhecido pela
siglaRIS(RadiofogyInformationSystem).A rede
RIS apresentamelhor eficiênciaquando co-
nectadaao Sistemade Informaçõesdo Hospi-
tal- HIS (HospitaflnformationSystem).
CAPÍTULO 4
Com o auxíliode redesde transmissãode
altavelocidadeou mesmoviainternet,tornou-
se possívelo envio de imagensparaequipa-
mentos localizados em pontos distantesdo
serviçode origem.Estetratamentoda imagem
digitalconstituia baseda telerradiologia.
A comunicaçãoentreosequipamentosde
diagnósticopor imageme estaçõesremotas
tornou-sepossívelgraçasao desenvolvimentode redesde computaçãode longa distância
(WAN - Wide Área Network)e de softwares
modernosde transmissãode dados.
A partirdo uso da telerradiologia,hospi-
tais,clínicasou mesmoresidênciasparticula-
res,localizadasem pontosdistantes,passaram
a receberarquivosde imagens,permitindoa
seususuáriosum tratamentointerativoa dis-
tância,abrindonovasperspectivasparao tra-
tamentodas imagenscom finsdiagnósticos.
o Computador
O computadorusao sistemabinário de
informaçõescomo basenuméricapara inter-
pretaçãoe execuçãodassuasfunções.
O elementobásicode informaçãoé o bit
(binaryinteger),unidadeque admiteo estado
lógico"um" ou "zero" (ON / OFF).
A ordemde execuçãode umatarefaa um
computadoré dadapormeiodo byte.O byte,
49
porsuavez,é a informaçãocontidanumcon-
junto de oito bits.
Os computadorespodem receberordem
a partirde oito bits (um byte),16 bits (dois
bytes),32 bits(quatrobytes)ou mesmo64 bits
(oitobytes).
A CPU (Central Processing Unil)
A CPU é o principalprocessador das in-
formações.A velocidadecom que uma CPU
trabalhaos dados é fundamental,particular-
mentena radiologiadigitalque lida com ima-
gensmédicas,muitasvezes,de altaresolução
(Tabela4.1).
Nos computadores pessoais o proces-
sador Pentiumé o maiscomum, sendo tam-
bém utilizado em algunssistemasdigitaisde
imagens.
Tabela4.1
VelocidadedeAlgunsProcessadoresemMIPS
(Milhõesde InstruçõesporSegundo)- ------
SUN - SPARC 100
ALPHA 1.000
PENTIUM100Mhz 100
PENTIUM-IV1 Ghz 1.000-- --- - --
PENTIUM-IV 2 Ghz 2.000- -.
Memória
MemóriaRAM (RandomAccess
Memory)
Os computadores utilizam-se de dispo-
sitivos que armazenam informações como
"bits", por meio de capacitores,semicondu-
tores e transistores,denominados memória
RAM. A memória RAM contém os progra-
mas que fazem o computador funcionar e
só estádisponível quando o equipamento
está ligado. Os equipamentos de imagem
possuemcomputadorescom memória RAM
entre 16 e 256 Mb.
50
SinalAnalógico
Os sinaisanalógicossão transmitidosde
formacontínuae periódica.A propagaçãodo
som é um exemplotípico de sinalanalógico
(Fig4.1).
.-
Propagaçãodaenergia
Fig. 4.1 - Propagaçãodo sinal anal6gico.
Sinal Digital
Os sinaisdigitaissão transmitidosde for-
ma discreta,isto é, em valoresabsolutos,e
podemfacilmenteser manipuladospor com-
putãeror.Neste caso os valoresdiscretossão
transformadosemdígitose convertidosno sis-
tema binário. Os sinaisdigitaisconstituemo
princípioda formaçãodas imagensdigitais.
Conversão do Sinal Analógico para
Digital
A conversãodossinaisanalógicosparadi-
gitaisdeveobedecerao Teoremade Nyquist.
Diz o teoremaque para a representaçãoem
valoresdiscretosde um sinalanalógicoperió-
dico, devemosobter no mínimo duasamos-
trasdo sinalpor período (Figs.4.2e4.3).
Fig.4.2- SinalAnal6gico.
CAPÍTULO4
Fig.4.3- SinalDigital.
Um númerode amostrasinferiorao pro-
postopor Nyquistseriaincapazde reproduzir
com fidelidadea informaçãoanalógica.Nú-
mero de amostrassuperiorao propostopro-
duz excesso de informação "overrange",
ocasionando"aliasing".
IMAGEM DIGITAL
As imagensgeradasnos diferentesequi-
pamentosde diagnósticopor imagempodem
ser reconstruídasa partirda transformaçãode
um númeromuitograndede correnteelétrica
em dígitos de computador, formando uma
imagemdigital. ~
A imagemdigitalé apresentadaem uma
tela de computadorou filme radiográficona
formade umamatrizformadapeloarranjode
linhase colunas.Na intersecçãodaslinhascom
ascolunasforma-sea unidadebásicada ima-
gemdigital,o Pixel(pictureelement).
Paraque a imagemdigitalpossaser inter-
pretadacomo a imagemde um objetoou de
umaestruturaanatômica,osdígitosdecadapixel
da imagemsão convertidosem tonsde cinza
numaescalaproporcionala seusvalores.
A imagemdigitalfinalseráo resultadodo
arranjode uma grandequantidadede pixels,
apresentandotonalidadesdiferentesde cinzae
formandono conjuntoumaimagemapreciável.
Características
Pixel
o arranjo de linhas e colunas forma a
matriz da i!Y1agemdigital (Tabela 4.2). Quanto
CAPÍTULO 4
maiora quantidadede linhase colunas,me-
nor seráo pixele, conseqüentemente,melhor
seráa resoluçãoda imagemfinal. No entanto,
a imagemnão terá necessariamentemelhor
qualidade,poisossinaisprovenientesdepixels
de pequenasdimensõesapresentamgrande
quantidadede ruídoeletrônico,prejudicando
as imagensque passarãoa se apresentarcom
aspectogranulado.
Tabela4.2
MatrizesUsuaisde ImagensDigitais
em Diagnóstico
----
Simétricas Assimétrk:sl
I---
MN 64x 64
~MN- --~96
64x 32
i"2'8796 ..,.
---
MN/RMN 28x 128 256x 192
--
MN/RMN 192x 192 '
MN/RMN/CT
CT/RMN/ASD
CT/ASD/ RD
256 x 256
--
512x512 512 x 256
1.024 x 1.024
'"T.õ48:2.048~ ~----RD--
As imagensdigitaispoderãoaindaseapre-
sentarcom resoluçãodiferentedaquela em
que foramadquiridas.Com a ajuda do com-
putadore pelatécnicade interpolaçãode da-
dos,umaimageminicialmenteadquiridacom
matriz 192 x 192 poderá ser apresentada
como de matriz 256 x 256. Neste caso o
preenchimentodospixelsserácalculadocom
base nas informaçõesdisponíveisna memó-
ria do computador.
Em ressonânciamagnética,a técnica de
interpolaçãode dados reproduz imagensem
matrizcom resoluçãode até1.024x 1.024.
Voxel
Emtomografiacomputadorizadae resso-
nância magnéticanuclear,as imagensrepre-
sentamas estruturasanatômicasem "cortes"
ou "fatias".A espessurado corteestárelacio-
51
nadacomaprofundidadedaimagem.O cubo
de imagemformadopelopixelmaisa espes-
suradocortequerepresenta(profundidade)é
denominadovoxel(elementodevolume).
O voxelpoderáser isotrópico,quando
apresentarasmesmasdimensõesentrea sua
largura,alturae profundidadeou anisotrópi-
co, quandoessasmedidasforemdiferentes
(Figs.4.4e4.5).
Fig.4.4- Voxelisotrópico.
Fig.4.5 - Voxelanisotrópico.
O conjuntode imagensutilizadasnapre-
paraçãodemodelostridimensionaisoudere-
formataçãomultiplanardeverá,tantoquanto
possível,seaproximardo modeloisotrópico.
Comosmodelosisotrópicosobtemosimagens
de reconstruçãoou reformataçãocomquali-
dadecomparávelàsimagensadquiridasorigi-
nalmente(Figs.4.6e4.7).
Osdiversosmétodosdediagnósticoque
trabalhamcom imagemdigitalnecessitam
fazerumaconversãoda imagemanalógica
paraa linguagemcompreendidapeloscom-
putadores,o sistemabináriode informação
52
Fig.4.6- Modeloisotrópico.
Fig.4.7~odelo anisotrópico.
(Tabela4.3).O dispositivoresponsávelpela
transformaçãodossinaisdaimagememequi-
valentenosistemabinárioéoADC (Analogto
DigitalConverter).Estedispositivotemporfi-
nalidadeconverteravoltagemcorresponden-
te a um pontoem particulardo objetoem
dígitosdecomputador.
Tabela4.3
Matriz
- - - - --
As informaçõespresentesnacurvasenoi-
daidavoltagemsãotransformadasemamos-
trasqueobedecemaoprincípiodafreqüência
deNyquist(Informaçõesnãoinferioresa2 xa
freqüênciadeumaonda).
CAPÍTULO4
Filme 35x 43 mm 3.500x 4.000 10pixels/mm
Vídeo625linhas 512x512 1pixel/mm-
Vídeo 1.249 linhas 1024 x 1024 2 pixels/mm
DAC- ConversorDigitalAnalógico
Nossistemasdigitais,osdadosbrutosar-
mazenadospelocomputadorserãoprocessa-
dospelodispositivoconhecidoporDAC(Digital
AnalogConverter),queseencarregarádeatri-
buiraosdiferentesdígitoso correspondente
deumaescaladecinzas.
Apóso processamento,estaimagemesta-
rá disponívelparaserapresentadana forma
de umamatrizcomescalade cinzasemum
terminaldevídeo,impressora,ou mesmo,fil-
meradiográfico.
Qualidade da Imagem Digital
O ruído,principalfatorqueafetaaquali-
dadedeumaimagemdigital,podeserdefini-
docomoumartefatoeletrônicoesecaracteriza
pelapresençade"granulação"naimagem.A
presençado ruídodependedeváriosfatores:
Detectares
Osdetectoressãoresponsáveispeloruído
quântico,resultadoda interaçã<y:lofluxode
fótonsdo feixecomo materialsensitivodos
detectores.
Eficiênciana digitalização
Eficiêncianaconversãodossinaisanalógi-
cosnacodificaçãobinária.Dependedireta-
mentedaeletrônicautilizadanoequipamento.Magnificação
Diminuindo-seo campodevisão,dimi-
nuiadensidadedefótons,o queaumentao
ruído.
Resoluçãoda imagem
A resoluçãodaimagemdigitalestárela-
cionadacomamatriz.Quantomaioroarran-
jo da matriz,melhorseráa resoluçãoda
imagem.O tamanhodopixelvariaemfunção
docampodavisão(FOV)utilizado.
CAPíTULO4
O tamanhodopixelédadopelafórmula:
FOV
Pixel=Matriz
A resoluçãoda imagempodeaindaser
definidaem linhaspormm(Lpmm-1)espe-
cialmentenasimagensapresentadasemtelas
decomputador.
A mamografiadigital18x24cmnecessita
deumamatriz2.048x 2.048para"fornecer
umaresoluçãodeaproximadamente0,1mm.
ProcessamentodasImagens
Digitais
A grandevantagemdaimagemdigitalestá
napossibilidadedoseuprocessamento,que
permitealterar,comtécnicassimplesdecom-
putação,o realcedoscontornos,a suaviza-
çãodasimagens,magnificação,inversãode
coresetc.
Distinguimosdoistiposbásicosdefiltros
digitaisque influenciamna qualidadedas
imagensdigitais:o filtroLowPasse o filtro
HighPasso
Lowpass(Smoothingfilter):Suavizaa ima-
gem,reduzindoo ruídoaparente.
Highpass(Enhancingfilter):Aumentao
detalhedaimagempormeiodorealcedoscon-
tornos.Tambémaumentao ruídoaparente.
O processodefiltragemdigitalassociauma
escalamaiorou menordetonscinzaquere-
presentarãoos dígitosnosdadosbrutosda
imagem.
IMAGENSDIGITAIS NOS ATUAIS
CENTROS DE DIAGNÓSTICOPOR
IMAGEM
A tecnologiadigital,implementadanos
últimosanos,permitiuqueasimagensprodu-
zidasnosatuaiscentrosdediagnósticopudes-
semsertrocadasou simplesmenteenviadas
paradiferentesequipamentos,estaçõesdetra-
53
balho,oumesmoparadiferentessetoresem
uma unidade hospitalar,como por exemplo,
entre o setorde diagnósticose a unidadede
terapia intensiva.Estetrabalho, no entanto,
nunca foi de fácil implantaçãopor causado
tamanhodos arquivosgeradospelasimagens
digitais,poismuitasvezesnosdeparamoscom
examesque apresentamum número muito
grandede imagens.Outro fatorde limitação
está relacionadocom a velocidadede trans-
missãode dados.Seosdadosforemtransmiti-
dos a velocidadesbaixas,esteprocedimento
poderánão serviável.
Sistema D/COM 3.0
Com o objetivode unificaros arquivosde
imagense facilitara manipulaçãoe transferên-
cia dessesarquivosentre os diversosequipa-
mentose setoresde um hospital,o American
Collegeof Radiology-ACR, em conjuntocom
o NationalElectricalManufacturersAssociation
- NEMA - criou no anode 1993umprotocolo
de imagensmédicasdenominadoDicom.
O sistema Dicom - Digital Image and
Communicationsin Medicine, é um protoco-
lo que permitea manipulaçãoe transferên-
cia de imagensusadasem medicina entre
diferentesequipamentos.
Uma imagemarquivadaem modoDicom
pode ser manipulada,modificadaou mesmo
transferidaparaqualquerestaçãode trabalho
compatívelcom esteprotocolo.
As plataformasusuaisde manipulaçãode
imagensdigitaissão:Silicon Graphics,Digital
Graphics,SunSystems,Windowse Linux.
WORKSTATION
A worskstation(estaçãode trabalho)(Fig.4.8)
é o posto onde se processamas imagensdigitais
com diversasfinalidades, destacando-se:
· reformatações multiplanares;
· reconstruções 3D (tridimensionais);
· reconstruções vasculares;
· medidas linearesde ângulose de volumes;
· análise de densidades;
54
· adiçãoou subtraçãode imagens;
· análisesfuncionais;
· outras.
Características de uma Workstation
Monitor: 17 a 21 polegadas,colorido.
Necessita de ajuste de brilho/contraste
com o sistemade impressãode filmes, nor-
malmenteumacâmaralaser.
Keyboard:Tecladoalfanuméricoacrescido
de funçõesque agilizemdeterminadastarefas
de rotina.
Mouse: Usualmenteapresentatriplo co-
mando. Normalmenteo botão da esquerda
executaoscomandosprincipaise seassemelha
à tecla"enter"do computador.O botãoda di-
reitaexecutatarefasde rotinapré-definidas.O
botão centralcontrolao brilho e o contraste,
auxiliandona documentaçãodasimagens.
Trackball:O trackballé umdispositivoem
formade esfera,que em algunscasossubstitui
o mousee estárelacionadocom o tratamento
gráficõClasimagens.
j
I,
; I
. I
Fig.4.8- WorkstationGeneral Electric.
TRATAMENTO DA IMAGEM DIGITAL
Principaistarefasem uma Workstation.
Formatação(Format)(Figs4.9e4.10)
· Tela (Screen).
· Filme(Film).
CAPÍTULO 4
Fig.4.9- Filme 5 x 3.
Fig.4.10- Monitor2 x2.
A formataçãoestárelacionadacomadis-
posiçãodasimagensapresentadasno filme
ou natelado monitor.Podemosformatara
telaoufilmeparaapresentarumaúnicaima-
gemou múltiplasimagens.Normalmentea
telado monitoré formatadaparaapresenta-
çãode umaúnicaimagem,enquantoo fil-
me podeapresentarumaformataçãopara
até60 imagens.
CAPÍTULO 4
Apresentação (Display)
Depoisde adquiridas,as imagenspo-
derãoaparecernateladomonitorsemnenhu-
maalteraçãoouaindamagnificadas,invertidas,
emcoresetc.
Reformatação (Reformat)
A reformataçãoé umatécnicaque per-
mitea reconstruçãode imagensemdiferen-
tesplanosa partirde umblocode imagens
previamenteadquiridascom estafinalida-
de(Figs.4.11,4.12e4.13).A técnicadere-
construçãodeimagensemplanosdiferentes
dooriginalmenteadquiridoé conhecidapor
reformataçãomultiplanar.
Fig. 4.11 - Reformat curva.
Fig. 4.12 - Reformatcoronal.
55
Fig. 4.13 - Reformatradial.
A reformataçãopermitea reconstruçãode
imagensnosplanos:
· axial;
· coronal;
·sagital;
·oblíquo;
·curvo;
· radial.
Na obtençãodas imagens-fonteque se-
rãoutilizadasnareformataçãomultiplanarde-
verãosertomadasasseguintesprequções:
1. quantomenoraespessuradocdrte,me-
lhor seráo modelode reformatação;
2. o centrode reconstruçãonão deveser
mudadoentreaprimeirae aúltimaima-
gemdo bloco;
3. o FOV e a espessurado corte devem
permanecer constantes no bloco de
imagens-fonte.
Magnificação (Zoom - Magnify)
Fatorde Magnificação(MF).
A magnificaçãoé a técnicaque modifica
asdimensõesda imagem.Quando o fatorde
magnificaçãofor igual a um, a imagemserá
apresentadanasuadimensãonormalde aqui-
sição. Fatoresmaioresque um mostramuma
imagemampliadaem relaçãoà original.Fato-
res menoresque um mostramuma imagem
menorque a original(Fig.4.14).
O fator de magnificaçãode 1,2 apresen-
taráumaimagemcom ampliaçãode 20%em
relaçãoà original.O fator 2,0 apresentauma
imagemcomo dobrodo tamanhoda original.
56
Fig. 4.14 - Magnificação.
Lupa (Magnifying Glass)
A lupaé um pequenoquadradoou círcu-
lo que se apresentasobrea tela do monitor,
podendo ser deslocadaparacolocar em evi-
dênciaáreásde interessena imagem.
Deslocar Imagem (Scrolling)
Comaa ajuda do mouse ou trackball é
possível deslocar a imagem na tela do compu-
tador. Esta função é especialmente útil quan-
do desejamos enquadrar uma imagem ou área
de interesse antes de fotografá-Ia.
Fechar Área na Imagem (Shot/Matte)
A função matte ou shotpermiteque se
escolhaumaáreada imagemcolocando-aem
evidência e apagando-seo que não for de
interesse.(Fig.4.15). Estafunçãoé útilparare-
tirarda imagemeventuaisartefatose imagens
indesejadas.
CAPÍTULO4
Fig. 4.15 - FunçãoSHOT/MATTE.
Anotação (Write/Annotate)
Recursoquepermitea inserçãodetextos,
setasepequenosgráficosnaimagem(Fig.4.16).
Ocm
"
TROIWO
tL~~~\ " J/t
"\~.. . ~'" =6' L
~~/
Fig.4.16- Funçãoescrever.
Remover/Apagar
(Erase/Delete/Remove)
Apagaumaimagem,partede umaima-
gem,umasérieou mesmoumexame.
CinelDinâmica
(Cine/Paging/Looping)
Recursoque permitea apresentaçãodi-
nâmicadasimagensdeumasérieoudetodo
umexame.A apresentaçãodinâmicaé muito
importantenO,estudodocoraçãoemRNM.
CAPÍTULO4
Girara Imagem(Rotate/Flip/Mirror)
A apresentaçãodasimagenspodesofrer
variaçãoparacorrigirumposicionamentoou
colocaremênfaseumadeterminadaestrutura
anatômica(Fig.4.17).
Assimas imagenspoderãoseapresentar
deformanormal(Up).
Decabeçaparabaixo(Down).
Invertidasquantoao lado(Left/Right).
Poderão,aindaserapresentadassegundo
umângulode interesse(15°/30°/45°).
Fig.4.17- Rotate.
Medidas (Measure- Distance -
Angle - Volume - ROI)Distância
A funçãodistancemedeadistânciaentre
doispontos(Fig.4.20).
Volume
Medidasdevolumesãoobtidaspormeio
decírculos,figurasgeométricasdefinidase fi-
gurasobtidasportraçadolivre.
Angle
Medidasde ângulosnecessitamde pelo
menostrêspontosdefinidosouduasretasque
seintersectam(Fig.4.18).
57
ROI (Regianaf Interest)
o ROI (regionof interest)é uma função
muitoutilizadaem tomografiacomputadoriza-
da.O ROI correspondea umafigurageométri-
cacoloca.dasobrea imagem,normalmenteum
círculo,e medeadensidaderelativado tecido
segundoa escalade Hounsfield,a áreacorres-
pondenteem milímetrosquadradose o seu
desviopadrão(Fig.4.19).
Fig. 4.18 - Angle.
Fig.4.19- ROI.
58
Fig. 4.20 - Medida linear.
Filtros de Imagem
(Enhance/Smooth!Sharp )
As imagensdigitaispodem recebertrata-
mento que alteramo seu aspectovisual.Os
tratamentossão obtidos por filtrostipo High
Passe Low Passo
·Os filtrosHigh Pass dão realce às ima-
gense podemserdo tipo:
- Enhance/Sharp/Edge.
· OsfiltrosLowPasssuavizama imageme
podemserdo tipo:
- Smooth/Soft.
Inversão de Tela (Inversion)
Funçãoque permitea inversãoda escala
de cinzas na tela, útil na documentaçãode
estudosvasculares(Figs.4.21 e 4.22).
, '
Fig. 4.21 - Imageminvertida.
CAPÍTULO 4
Fig. 4.22 - Imagemnormal.
Imagens de Referência
(Reference Image/Cross Reference)
ReferenceImage
Pequena imagemcolocada no canto da
tela e que mostraa orientaçãoanatõmicada
imagemprincipal(Fig.4.23).
Fig. 4.23 -Reference Image.
CAPÍTULO 4
Cross Reference
Mostra o planejamentode toda uma sé-
rie, ou partedela, ou mesmode uma única
imagempormeiodademonstraçãográficados
planosde cortesrealizados(Fig.4.24).
Fig. 4.24 - Cross Reference.
AIgorítmos de Reconstrução (TC)
Emtomografiacomputadorizada as imagens
podem ser reconstruídasutilizando-se de algo-
ritmosde reconstruçãoque colocam em evidên-
cia alguns tecidos em particular (Tabela4.4).
A classificação está relacionada com a na-
tureza do tecido estudado (Figs.4.25 a 4.27)
Tabela4.4
TiposdeAlgoritmosemTC
I Soft Tecidosmolesem crianças.--
Standard Tecidosmoles no adulto.
Músculos e vísceras.
r-
I Oetail
I
Tecidosde densidade intermediária
entre músculose ossos.
Bane Ênfase aos tecidos ósseos.
Edge. Ênfase aos tecidos ósseos densos.
Cortical óssea.
Lung Parênquima pulmonar.
59
Fig. 4.25 - Standard.
Fig.4.26- lung.
Fig. 4.27 - Bane.
60
Ordenar(SortBy)
Os estudos,sériese imagenspodem ser
ordenadossegundoparâmetrospróprios.A
indexaçãopodeserfeitapordata,nome,lo-
calizaçãoetc.(Tabela4.5).
A função50rtBypermiteaordenação.
Tabela4.5
Funções 50rt By----
50rtbynumber Númeroda imagem.- -
50rt by /ocation Ordena por localização.
---
50rt by echo Ordena por ecos na RMN.- - - - -- --
50rt by phase
50rt by type-
Por fase do batimentocardíaco.
-----
Pelo tipo da imagem.-----
50rt by date Ordena por data.
-- -----
Arquivo(Archive)
- 5ave.
- Restore/Retrieve.
As imagenspodemserarquivadasemdi-
versosmeios:discosflexíveis,disquetes,dis-
cosópticos,fitasmagnéticas,fitasDATeCO.
Oscomandosutilizadosparasalvarasima-
gensnasdiferentesmídiassão:·5ave.·Archive.
As imagensarmazenadaspodem ser recu-
peradas do equipamentoou da workstation
para o harddiskpormeiodoscomandos:·Retrieve
·Restare.
RededeComunicação(Network)
Os modernoscentrosdediagnósticodis-
põemde recursosdecomunicaçãoentredife-
rentesequipamentosou aindacom outros
departamentosdo hospitalouclínica.
CAPíTULO4
Os principaiscomandosutilizadosnas
redesde comunicaçãosãoapresentadasna
Tabela4.6).
Tabela4.6
ComandosdeRede
--- --
Transfer!Push/Send Permiteenviar um exameou
partedele.------- --- - ---
Pu/l/Receive/Get Permitequeserecebaum
exameou partedele.
Accept Aceita.
Pause Paralisaumaação.
--- - ---- ,
Retomaumaoperação.Resume
Stop Suspendeumaoperação.
End/Done Concluiumaoperação--- -
Documentação
(Filming- Film Composer)
A documentaçãousualdosexamesreali-
zadosemtomografia,naressonânciamagné-
ticaenamedicinanuclearé feitaemsistemas
faser.Apósa impressãodosfilmes,osmesmos
sãoencaminhadosparaprocessadorasconven-
cionaisdesistemaúmido(wet-system),oupara
processadorasdefilmesaseco(dry-system).
No processodedocumentação,o primei-
ro passoadefiniré a formataçãodo filmede
acordocomo protocolodoserviço,levando-
sesempreemconsideraçãoa quantidadede
imagensa documentar.O comandoparaim-
pressãodaspelículaséo Print.
Noscentrosmodernosdediagnósticoa
impressoraafasernormalmenteficaacoplada
aumaprocessadoradefilmesparatornarprá-
ticoo processodeconclusãodadocumenta-
çãodeumexame.
RECONSTRUÇÕESTRIDIMENSIONAIS
Asreconstruçõestridimensionaissãomui-
toúteisnademonstraçãodasfraturascomple-
xasobtidaspelatomografiacomputadorizada
CAPÍTULO 4
1 ,~
~ .. .-. i~- ~
Fig.4.28- Processadorae câmaralaseracopladas.
enasapresentaçõesdosestudosvascularesem
tomografiae ressonânciamagnética.
Como desenvolvimentodossoftwaresde
reconstruçõestridimensionais,particularmente
a técnicaderenderização"volumerendering"
(Fig.4.29),osmodelospassarama reproduzir
commaiorfidelidadeaanatomiadaregiãode
interesse.Assim,tornou-sepossívelpormeio
destatécnicaademonstraçãodosossosdeuma
articulaçãojuntocomosseusligamentos,ou
mesmo,coma musculaturadaregião.
Convenientementetrabalhados,osmode-
lospodemapresentarosdiversostecidospor
diferentescores,facilitandoa interpretação
anatõmica.
Fig.4.29- a - mu/tis/ice- coração.
61
Matrizesde altadefiniçãoe cortesde pe-
quena espessuraformando modelosisotrópi-
cos são fundamentaisparauma reconstrução
com qualidade.
ConstruindoumModelo
Tridimensional
Passos
EscolheroConjuntodeImagens
Selecionaro examee, nele,escolhera sé-
rie de interesse.
Na sérieselecionamoso conjuntode ima-
gensparaa construçãodo modelo.
Os cortesdevempossuirosmesmosparâ-
metrosde reconstrução(FOV/ Espessura/ Cen-
tro de reconstrução).
Definiros LimitesdaIntensidadedo
Sinal(Threshold)
O thresholdou limiaré umparâmetrorela-
cionadocomaintensidade(brilho)dopixelque
aparecenatelado monitor.Ospixelsqueapre-
sentamatonalidadecinza-escuroestãorelacio-
nadoscom materiaisde baixadensidade(Ex.:
ar);ospixelsque apresentama tonalidadecin-
za-claroestãorelacionadoscom materiaisque
apresentamaltadensidade(Ex.:osso).
Os limitesmínimo e máximode intensi-
dade de sinalescolhidosparaa reconstrução
dos modelostridimensionaisinfluenciamdi-
retamentenasestruturasquetomarãoparteno
modelo final.
· Thresholdmínimo.
· Thresholdmáximo.
ComandosparaExecuçãoda Tarefa
·3D - Buildmodel- Reconstruct.
Trabalhando o Modelo
Numa etapainicial,os modelostridimen-
sionaispodem se apresentarcom muitasim-
perfeições.Vários recursosestãodisponíveis
62
paramelhoraro modelo,otimizandoo resul-
tado final.Obviamenteestesrecursosmudam
entrediferentesfabricantes.
Os recursoscomumenteencontradossão:
Filtro (Filter)
Recursoutilizadoparaextrairdo modelo
ruídosde imagem,pequenosfragmentose ar-
tefatosisolados.
Corte(Cut)
A ferramentacorte (cut)é muitoutilizada
para eliminarpartesindesejadasna imagem,
ou ainda,paraapresentaro modelocomvisão
dirigidaao seu interior.
Os cortespodem ser aleatóriosou estar
relacionadosa planosou quadrantespré-de-
terminados.
(Pintura(Paint)
O modelo poderá ser pintado por uma cor
de interesse ou ainda por cores diferentes em
regiões específicas, a critério do operador.
UnindoPartesdeumModelo(Mixing)
Às vezes, a função "corte" é utilizada
para dividir um modelo em duas ou mais
partes.Cada partepoderásertratadade for-
ma isolada.A função mixingpermitea união
das partestratadasisoladamente,formando
o modelo final.
ModelosPré-definidos
A maneiramaisrápidae fácilde lidarcom
as reconstruçõestridimensionaisé utilizar-se
de modelospré-definidos,normalmentedis-.
ponibilizadospelosfabricantes.
Estesmodelosapresentamdefinidos os
valoresmínimoe máximoda intensidadedos
pixelsqueserãousadosnareconstruçãoe tam-
bém as coresque serãoutilizadaspara cada
tecido em particular.
CAPÍTULO 4
Os modelosmaiscomumenteencontra-
dossão:
CT- Bane
Estruturasósseasnatomografiacomputa-
dorizada(Fig.4.30).·Indicação:Fraturascomplexas.·Thresholdmínimo:100
·Thresholdmáximo:(máximo).
Fig.4.30- 3D - ColunaCervical.
CT- 50ft
Parareconstruçõesde partesmolesem
tomografia(Fig.4.31).
· Indicação:face,malformações.
· Thresholdmínimo:-300.
·Thresholdmáximo:(máximo).
CT - Lung
Reconstruçõesda distribuiçãovasobrôn-
quicaedo parênquimapulmonar(Fig.4.32).
· Indicações:tumores,T.E.P.
· Thresholdmínimo:-1.000.
·Th(esholdmáximo:100.
CAPÍTULO4
Fig.4.31- 3D- Partes"Moles"
Fig.4.32- 3D - Pulmão.
CT- Angio
·Reconstruçãode modelosangiográficos
emTe.
Volume Rendering
Modelosde reconstruçãotridimensional
quecolocamemevidênciadiferentestecidose
a~resentammelhorpercepçãodeprofundida-
de.Os modelosdevolumerenderingpodem
serapresentadosdeformacolorida,oferecen-
do assimmelhorperspectivatridimensional
(Figs.4.33e4.34).
63
Fig. 4.33 - 3D - Vascular.Aorta Abdominal.
Fig. 4.34 - Volume RenderingPunho - a
RECONSTRUÇÕES V ASCULARES
Normalmente as reconstruções vasculares
sãoobtidasnatomografiacomputadorizada após
injeção de meio de contraste.O tempo exato de
obtenção doscortesseráfundamentalparaa qua-
lidade final do modelo vascular.Os cortes pri-
mários deverão ser adquiridos no momento de
maior concentração de contrasteno interiordos
vasos,tornando a luz destesintensaao monitor.
Em RMN nem sempre será necessário o
uso de meio de contraste. Neste método, di-
64
ferentestécnicaspodem tornar o sangueno
interiordos vasoshiperintenso(juandovisua-
lizadoao monitor.
As reconstruçõesvascularesestãorelacio-
nadasprincipalmentecom ospixelsque apre-
sentamgrandeintensidadede sinal.A técnica
utilizadapara estefim é conhecida por MIP
(MaximumIntensityPixe~eestárelacionadacom
a reconstruçãode modelosque colocamem
evidênciaapenasospixelscom sinalintenso.
Os valoresde thresholdmínimodependem
muitoda qualidadedoscortesprimáriose po-
dem variarbastante,exigindodo operadorha-
bilidadeno manuseiodoscortesprimáriospara
a obtençãode um modelode qualidade.
Fig. 4.35 - Aorta - TC antesdo tratamento.
Fig. 4.36 - Aorta - TC após o tratamento.
CAPÍTULO4
AngioTomografiaComputadorizada
Torácica(Fig.4.37)
Fig.4.37- Aorta torácica- RFMT.
CAPíTULO4
Abdominal(Fig. 4.38)
Fig.4.38- Aortaabdominal.
65
Angio TomografiaComputadorizadaHelicoidal
Cerebral(Fig. 4.39) Tóraco-abdominal(Figs. 4.40)
Fig.4.39- AngioTC- cerebral.
A reconstruçãodo modelovascularsegue
osmesmosprincípiosdareconstruçãotridimen-
sional.Nestecaso,emparticular,asfunçõesde
cortee filtrodosmodelosserãomuitoimpor-
tantes,umavezquesóosvasosinteressarão.
Os valoresde thresholdpodemsercons-
tantementemodificadosduranteoprocessode
reconstrução,paraevitarquetecidosqueapre-
sentemintensidadesde sinalpróximasà do
vasode interessecontaminemo modelo,em-
boranemsempreistoserápossível.
66
Fig.4.40- AngioTC- aortatóraco-abdominal.
Emtomografiacomputadorizadaospixels
querepresentamasestruturasósseasseapresen-
tamintensosà imagemtornando-sedifíceisde
separá-Iosdasimagensdosvasoscontrastados
(Figs.4.35e4.36).
CAPÍTULO4
AngioTomografiaComputadorizada(Multslice)(Figs.4.41e 4.42)
Fig. 4.41 - CoraçãoTe - Multislice. Fig. 4.42 - Pericárdio/Brónquios- Multislice.
Protocolos
Cálculodo De/ay
.. Punção: Braçodireito
De/ay = tempo de infusão + tempo do contraste- tempo de aquisição.
Tempo do Contraste (fisiológico)
Aorta ascendente: 16 s :!: 2
Aorta descendente: 18 s :!: 2
Crânio: 20 s :!: 2
DEIAY = Tempo de esperaentreo início da injeção e a aquisiçãodos cortes.
CAPÍTULO4 67
ModelosdeProtocolos
TERMOS TÉCNICOS
· FOV: (Fie/dofView) - Campodevisão-
Área de interesse.
·De/ay:Tempode esperaentreo início
da injeçãodo contrasteeaaquisiçãodos
cortes.
·Scout: Imagemdigitalusadano planeja-
mento.
·Incremento:Deslocamentodamesade
examesporcorte.
·GAP: Espaçoentreos cortes.
·Filtro:Recursoalgorítmicousadonos
processosde reconstruçãodasima-
gens.·Pitch: Razãoentre o deslocamentoda
mesapelaespessuradocorte.
CRÂNIO ROTINA
N2 decortes:1O- fossaposterior
8 - regiãosupra-tentorial
Scout:Perfil
kV:120 mA:160
Incremento:5 a10mm GAP: 2 mma OmmEspessura:3 a 10mm
FOV:22cm
Mododeaquisição:Axial
Tempo:25
Filtro:Standard
Pitch:
Volumedecontraste:1 mLkg1peso(Adulto- 70mL)
Velocidadeda infusão:manual/normalDe/ay:umminuto
Comando:
FossaPosterior- Cortessupra-tentoriais
Janela W150 L 36
Obs.: Cortesparalelosà linhaórbito-meatal
CAPÍTULO 5
W90 L36
69
NQ decortes:20
Espessura:5 mm
kV:120
FOV:15cm
Mododeaquisição:Axial
Volumedecontraste:
De/ay:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W250
SEIOSPARANASAlS- AXIAL
Scout:Perfil
Incremento:5 mm
mA:160
Filtro:StandardlBone
Pitch:
Velocidadeda infusão:
L 25 W 2.000
Obs.: Sinusopatia- semcontrasteiCortesnoplanodo palatoduro.
Multidetector:Aquisiçãoemblococomcortesde0,5mm.
NQdecortes:25
Espessura:3 mm
kV:120
FOV:15cm
Mododeaquisição:Axial
Volumedecontraste:
De/ay:
Comando:
Intermediária
Janela W 1.500
Obs.:Preferencialmenteemdecúbitoventral.
70
SEIOSPARANASAIS- CORONAL
Scout:Perfil
Incremento:4 mm
mA:180
Filtro:Bane
Pitch:
Velocidadeda Infusão:
L 100 W
GAP:O
Tempo:25
L 150
GAP:1 mm
Tempo:25
L
CAPÍTULO5
NQ decortes:12a 15
Espessura:3 mm
kV:120
FOV:10cm
Mododeaquisição:Axial
SELATÚRCICA - CORONAL
Scout:Perfil
Incremento:2 mm
mA:180
Filtro:Standard/Bone
Pitch:
Volumedecontraste:1mLkglpeso(Adulto- 70mL)
Velocidadeda infusão:2 mUsDe/ay:20s
Partesmoles- Ossos
Comando:Nãoengolirsalivadurantea aquisiçãodoscortes.
Janela W180 L 36 W 2.000
Obs.:Multidetector:Aquisiçãoemblococomcortesde0,3mm.
NQdecortes:20
Espessura:1 mm
kV:140
FOV:16em
Mododeaquisição:Axial
Volumedecontraste:
De/ay:
Comando:
Ossodenso
Janela W 4.000
OSSOSTEMPORAIS- AXIAL
Scout: Frente
Incremento:1 mm
mA:160
Filtro:Edge
Pitch:
Velocidadeda infusão:
L 400 W
Obs.:Otitecrônica/Disacusia/Zumbido.
Cortesdocanalsemicircularsuperioratéo hipotímpano.
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,3mm.
CAPíTULO 5
GAP:1 mm
Tempo:2 5
L 150
GAP:O
Tempo:2 5
L
71
TÓRAXT.E.P.
NQ decortes:50 Scout: Frente
Espessura:3 mm Incremento:3 mm GAP:O
kV:120 mA:300 Tempo:255
FOV:35cm Filtro:Standard
Mododeaquisição:Helicoidal Pitch:2:1
Volumedecontraste:1,5mLkg1peso(Adulto- 100 mL)
De/ay:30s Velocidadeda infusão:3 mL!s
Comando:Respirarfundoe prendera respiração.
MediastinoPulmão
Janela W300 L 20 W 1.800 L- 800
Obs.:Cortesdoarcoaórticoatéseiocardiofrênico.Multidetector:aquisiçãoemblococom
cortesde1 mm.Fazerreformataçõesnoplanocarona!.
ABDOME SUPERIOR
NQ decortes:24/ fase Scout: Frente
Espessura:10mm Incremento:10mm GAP:O
kV:120 mA:260 Tempo:205
FOV:38cm Filtro:Standard
Mododeaquisição:Helicoidal Pitch:1,2:1
Volumedecontraste:1,5mLkg1peso(Adulto- 100mL)
De/ay:30s Velocidadedainfusão:3 mL!s
Comando:Respirarfundoe prendera respiração.
Partesmoles
Janela W300 L 20 W L
Obs.:4 fases:1~fase- Pré-contraste,2~fase- ArterialQOa40s),3~fase- Portal(60a70s),
4~fase- Equilíbrio(2a 3 min.).Multidetector:aquisiçãoem blococomcortesde 1 mm.
74 CAPÍTULO5
ABDOME TOTAL
N2 decortes:24 - Abdomesuperior 48- Abdometotal Scout:Frente
Espessura:10mm Incremento:10mm GAP:O
kV:120 mA:260 Tempo:205
FOV:38cm Filtro:Standard
Mododeaquisição:Helicoidal Pitch:1,2:1
Volumedecontraste:1,5mLkg1peso(Adulto- 100mL)
De/ay:30s Velocidadeda infusão:3mUs
Comando:Respirarfundoe prendera respiração.
Partesmoles
Janela W300 L 20 W L
Obs.: 4 fases:1afase- Pré-contraste,2afase- Arterial(30a40s),3afase- Portal(60a 70 s),
4i fase- Equilíbrio(2a 3 min.).
* 1a,2ae 3afasesapenasdoabdomesuperior(cúpulasatébifurcaçãoaorta).
4i fasedoabdometotal(cúpulasatéassoalhopélvico).
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde1 mm.
COLUNA CERVICAL
N2decortes:8/ nível Total:24 Scout:Frente+ Perfil
Espessura:3 mm Incremento:2 mm GAP:1 mm
kV:120 mA:120 Tempo:25
FOV:12em Filtro:Standard/ Bone
Mododeaquisição:Axial Pitch:
Volumedecontraste:Semcontraste
De/ay: Velocidadeda infusão:
Comando:Nãoengolirsalivaduranteaquisiçãodoscortes.
Partesmoles- Ossos
Janela W180 L 36 W 1.800 L 200
Obs.:Na rotinasãofeitososníveis:C4-C5/C5-C6/C6-C7
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,5mme reformatacaonosplanos
do~discos,emsagitale carona!.
CAPÍTULO5 75
COLUNA LOMBAR
N2 decortes:10/ nível Total:30 Scout:Frente+ Perfil
Espessura:3 mm Incremento:3 mm GAP:O
kV:740 mA:760 . Tempo:2 5
FOV:14cm Filtro:Standard/ Bone
Mododeaquisição:Axial Pitch:
Volumedecontraste:semcontraste
De/ay: Velocidadeda infusão:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W350 L25 W 7.800 L 200
Obs.:Na rotinasãofeitososníveis:L3-L4/ L4-L5/ L5-S1.
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,5mme reformataçãonos
planosdosdiscos,emsagitalecorona!.
COLUNA TORÁCICA
N2decortes:40 Scout:Frente+ Perfil
Espessura:5 mm Incremento:7 mm GAP:2
kV:720 mA:760 Tempo:25
FOV:16cm Filtro:Standard/ Bone
Mododeaquisição:Axial Pitch:
Volumedecontraste:Semcontraste
De/ay: Velocidadeda infusão:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W300 L10 W 7.800 L 200
Obs.:Cortesretosespalhadossobreacolunatorácica.
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,5mmereformataçãosagitalecorona!.
76 CAPÍTULO 5
COLUNA SEGMENTO (BLOCO)
NQdecortes:Dependedosegmento Scout:Frente+ Perfil
Espessura:3 mm Incremento:3 mm GAP:O
kV:120 mA:260 Tempo:20a405
FOV:16cm Filtro:Standard/ Bone
Mododeaquisição:Helicoidal Pitch:1:1a2:1
Volumedecontraste:Semcontraste
Oe/ay: Velocidadeda infusão:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W300 L 30 W 1.800 L 200
Obs.:Cortessobreo segmentode interesse.
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,5mm.
OMBRO
NQdecortes:30 Scout:Frente
Espessura:3 mm Incremento:3 mm GAP:O
kV:140 mA:180 Tempo:25
FOV:22cm Filtro:Standard/Bone
Mododeaquisição:Axial Pitch:
Volumedecontraste:Semcontraste
De/ay: Velocidadeda infusão:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W400 L10 W 1.800 L 200
Obs.:Estudounilateral.O ladode interessecomo membroemextensãoesupinaçãoe o
membrocontra-lateralsobreacabeça.
M..ultidetector:aquisiçãoe mblococomcortesde0,5mm.Reformataçõesnoplano
daescápula.
CAPÍTULO5 77
COTOVELO
N2 decortes:40 Scout: Frente
Espessura: 3 mm Incremento:3 mm. GAP:O
kV: 120 mA: 180 Tempo: 40 5
FOV: 15 cm Filtro:StandardlBone
Modo de aquisição:Helicoidal Pitch: 1:1
Volumede Contraste:Semcontraste
De/ay: Velocidadeda infusão:
Comando:
Partes moles - Ossos
Janela W400 L10 W 1.800 L 200
Obs.: Decúbitoventralcom o braçode interesseacimada cabeçana posiçãosupino.
Multidetector:aquisiçãoem bloco com cortesde 0,5 mm.
PUNHO
N2 decortes:60 Scout: Frente
Espessura: 1 mm Incremento:1 mm GAP:O
kV: 120 mA: 180 Tempo: 60 5
FOV: 12 cm Filtro:StandardlBone
Modo de aquisição:Helicoidal Pitch: 1:1
Volumede Contraste:Semcontraste
De/ay: VelocidadeInfusão:
Comando:
Partes moles - Ossos
Janela W180 L 20 W 1.800 L 200
Obs.: Estudounilateral.Decúbitoventral.Braçoparacima em pronação.
Multidetector:aquisiçãoem bloco com cortesde 0,3 mm.
78 CAPíTULO 5
ARTICUlAÇÃO COXOFEMORAL
NQ decortes:36 Scout:Frente
Espessura:3 mm Incremento:3 mm CAP:O
kV:140 mA:180 Tempo:2 5
FOV:25cm Filtro:StandardI Bone
Mododeaquisição:Axial Pitch:
Volumedecontraste:Semcontraste
De/ay: Velocidadeda infusão:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W400 L 10 W 1.800 L 200
Obs.:Cortesdoplanosuperioraoacetábuloatéo planoinferioraotrocanterfemoralmenor.
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,5mm.Reformataçõesisoladas
dasarticulações.
JOELHO
NQ decortes:40 Scout:Frente+ Perfil
Espessura:3 mm Incremento:3 mm CAP:O
kV: 120 mA: 200 Tempo: 40 5
FOV: 16 cm Filtro: StandardlBone
Mododeaquisição:Helicoidal Pitch:1:1
Volumedecontraste:Semcontraste
De/ay: Velocidadedainfusão:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W400 L10 W 1.800 L 200
Obs.: Retirarapernaopostadocampo.
Multidetector:aquisiçãoem bloco comcortesde0,5mm.Reformataçõesnos
planoscoronale sagital.
CAPÍTULO5 79
PATELA - o / 30GRAUS/ CONTRAÇÃOQUADRfcEPS
NQdecortes:15porsérie Total:60
Espessura:3 mm Incremento:3 mm
kV:140 mA:160.
FOV: 30 cm
Mododeaquisição:Axial
Volumedecontraste:Semcontraste
De/ay:
Comando:
Ossos
Janela L200W 1.800
Scout:Perfilem cadasérie
Filtro:Bone
Pitch:
Velocidadeda infusão:
GAP:O
Tempo:2s
Obs.:Estudobilateral.Cortessobreapatela.1~sériecomosmembrosemextensão;2~série
comosmembrosemflexãode15graus;32sériecomosmembrosemflexãode
30grause 42sériecomflexãode30grausecontraçãodoquadríceps.
NQdecortes:30
TORNOZELOS- AXIAL
Scout:Perfil
Espessura:3 mm Incremento:3 mm
kV:120 mA:200
FOV:22cm
Mododeaquisição:Helicoidal
VolumedeContraste:semcontraste.
De/ay:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W400 L10
Filtro:Standard/ Bone
Pitch:1:1
Velocidadeda infusão:
W 1.800
GAP:O
Tempo:305
L 200
Obs.:Cortesdoplanosuperioràsarticulaçõestíbio-társicasatéo planoinferioraoscalcâneos.
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,3mm.
Reformataçõesnosplanoscoronale sagital.
80 CAPÍTULO5
NQ de cortes:30
Espessura:3 mm
kV:120
FOV:22cm
Mododeaquisição:Axial
TORNOZELOS- CORONAL
Scout:Perfil
Incremento:3 mm
mA:220
Filtro:Bone
Pitch:
Volumedecontraste:Semcontraste
Velocidadeda infusão:De/ay:
Comando:
Ossos
Janela W 2.000 L 200 W
GAP:O
Tempo:15
L
Obs.:Decúbitodorsalcomflexãodosmembrosinferioresde90graus(falsocorona!).
NQ decortes:30
Espessura:3 mm
kV:120
FOV:28cm
Mododeaquisição:Axial
PÉS- AXIAL
Scout:Perfil
Incremento:3 mm
mA:220
Filtro:Standard/Bone
Pitch:
Volumedecontraste:Semcontraste
Velocidadeda infusão:De/ay:
Comando:
Partesmoles- Ossos
Janela W400 L10 W 1.800
Obs.:Cortesparalelosàsuperfícieplantar.
Multidetector:aquisiçãoemblococomcortesde0,5mm.
Reformataçõesnosplanoscoronale sagital.
C1}.PÍTULO5
GAP:O
Tempo: 1 5
L 200
81
NQ decortes:40
Espessura:5 mm
kV:120
FOV:22cm
Mododeaquisição:Axial
PÉS- CORONAL
Scout:Perfil
Incremento:5 mm.
mA:220
Filtro:Bone
Pitch:
Volumedecontraste:Semcontraste
Velocidadedainfusão:De/ay:
Comando:
Ossos
Janela W 2.000 L 200 W
Obs.:Decúbitodorsalcomflexãodosmembrosinferioresde90graus.
82
GAP:O
Tempo:15
L
CAPÍTULO5
ReferênciasBibliográficas
·AdvantageWindows- CoreSystem- OperatorManual2111830-100.GeneralElectric
Company,1994.
· AdvantageWindows3DAnalysisPackage.GeneralElectricCompany- OperatorManual,
1994.
· Cinnamonj. PickerMultisliceVolumetricSpiralCT- Principies& Applications- Apostila
PICKERInternacional,1999.
· Curry111TS,DowdeyjE,Murrayjr RC.Christensen'sPhysicsofDiagnosticRadiology.4.ed.
Media,PA:Willians& Wilkins,Philadelphia,1990.
· DowsettDJ, KennyPA,johnstonRE.ThePhysicsof DiagnosticImaging.1st.Chapman&
HallMedical,London,1998.
· Haagajr, LanzieriCF,SartorisDj,ZerhouniEA.TomografiaComputadorizadae Ressonân-
ciaMagnéticadoCorpoHumano.3 ed.Riodejaneiro:GuanabaraKoogan,1996.
· MaranboniA,QuirogaG,MarcheggianiSH.ManualparaIarealizacióndetomografiaaxial
computada(TAC).1ed.Argentina:LaserPrint,Córdoba,1998.
· RochaMS.TomografiaComputadorizada,RessonânciaMagnética-Gastroenterologia.SãoPaulo:Sarvier,1997.
· WegenerOH. WholeBodyComputedTomography.2nd.BlackwellScientificPublica-
tions,Inc.,Bonn/Germany,1993.
.cAPÍTULO 6 83
SÉRIETECNOLOGIAEMRADIOLOGIAMÉDICA.
Manualde
Tomografia
Computadorizada
Autor
ALMIR INACIO DA NÓBREGA
Biólogo. TécnicoemRadiologia.
Professorde TécnicasRadiológicasdo Centro UniversitárioSão Camilo,
São Paulo, SP.
OrganizadoradaSérie
KELLEN ADRIANA CURCI DAROS
Coordenadorado Cursode TecnologiaemRadiologia. Médica do Centro
UniversitárioSão Camilo. Física da CoordenadoriadeFísicae Higienedas
Radiaçõesdo Departamentode Diagnósticopor Imagemda Universidade
Federal de São Paulo, Unifesp.
.\Atheneu r(.CENTRO UNIVERSITÁRIO')I SÃO CAMILO
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(CâmaraBrasileirado livro, SP, Brasil)
Nóbrega,AlmirInácioda
ManualdetomografiacomputadorizadaI AlmirInácioda
Nóbrega.- SãoPaulo:EditoraAtheneulCentroUniversitário
SãoCamilo,2005.- (Sérietecnologiaemradiologiamédica;11
organizadoraKellenAdrianaCurciDaros)
Bibliografia.
1.TomografiacomputadorizadaI. Daros,KellenAdrianaCurei.11.
Título.m. Série.
05-3751
CDD-616.0757
NLM-WN 160
índices para catálogo sistemático:
1.Tomografia computadorizada:Medicina 616.0757
N6BREGA, A.i.; DAROS,K.A.C(org.)
ManualdeTomografiaComputadorizada
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