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p U N I V E R S I D A D E E S T A D U A L D E S A N T A C R U Z D e p a r t a m e n t o d e C i ê n c i a s E x a t a s e T e c n o l ó g i c a s C o l e g i a d o d o C u r s o d e E n g e n h a r i a Q u í m i c a Físico-Química I – 2017.1 Prof. Dr. Fernando Rangel DETERMINAÇÃO DO VOLUME MOLAR PARCIAL DISCENTES: Juciclésio Oliveira Silva (201611128) Mateus Alves Amorim (201611349) Stéfany Saraiva Viana (201610833) Julho - 2017 Ilhéus-Bahia 1. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados dispostos na tabela 1 são referentes às medidas da massa do picnômetro vazio e com água, obtidas para a determinação do volume do picnômetro. Os valores de medida das massas incluem uma incerteza de 1×10−4𝑔 associada a balança analítica utilizada. Nesta etapa a temperatura verificada da água foi de 25ºC. TABELA 1. Massa do picnômetro vazio e do picnômetro com água. Massa do picnômetro vazio/g Massa do picnômetro com água/g 1°Medida 25,52 77,95 2°Medida 25,52 77,95 3°Medida 25,51 77,94 𝑀𝑝 =25, 52g 𝑀𝑝+𝑎 = 79,94𝑔 𝑀𝑎 =52,42𝑔 Com a (Eq.1) (Todas as equações usadas se encontram no apêndice) e o valor teórico da densidade da água a 25ºC (𝜌𝑎 =0, 99704 𝑔𝑐𝑚 −3) o volume real do picnômetro pode ser determinado: 𝑉𝑟 =52,58 𝑐𝑚 3 Foram feitas as soluções de água-álcool nas proporções indicadas na tabela 2. A partir desses dados determinou-se o número de mol do etanol e da água, bem como a densidade da solução, com segue na tabela 2. Tabela 2. Valores experimentais da experiência sobre volume molar parcial. Solução Massa de etanol/g Massa de água/g n° de etanol/ mol n° de água/ mol Densidade da solução/(gmL- 1) 1 0,00 51,16 0,00 2,84 0,97 2 5,04 44,94 0,11 2,50 0,95 3 10,06 39,26 0,22 2,18 0,94 4 15 32,98 0,32 1,83 0,91 5 25,06 20,64 0,54 1,14 0,87 6 35,06 7,56 0,76 0,42 0,81 7 40,1 0,00 0,87 0,00 0,76 Pela análise dos dados, observa-se que a densidade quando se apresenta uma porção maior de água na solução, o valor experimental tende a se aproximar ao valor teórico da água, e ocorre de maneira análoga quando tem uma porção maior de etanol na solução. A partir dos números de mol de etanol e água na solução, obtém-se o número total de mol da solução, a fração molar tanto de etanol quanto de água e o volume molar da solução. Como segue na tabela 3. Tabela 3. Valores experimentais da experiência sobre volume molar parcial. Solução Número total de mol Volume molar/ (cm3mol-1) Fração molar de água Fração molar de etanol 1 2,84 18,50 1,00 0,00 2 2,60 20,17 0,96 0,04 3 2,40 21,91 0,91 0,09 4 2,15 24,36 0,85 0,15 5 1,70 31,10 0,68 0,32 6 1,18 44,51 0,35 0,64 7 0,87 60,39 0,00 1,00 Foram feitos os gráficos de Volume molar da solução versus fração molar da água e volume molar da solução versus fração molar do etanol. Como segue abaixo. Gráfico 1. Volume molar da solução versus fração molar da água. Onde 𝑓 ′(𝑥) = 8,388𝑥 − 46,05. y = 4.1943x2 - 46.052x + 60.389 0 10 20 30 40 50 60 70 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Volume molar x Fração molar da água Gráfico 2. Volume molar da solução versus fração molar do etanol. Onde 𝑔′(𝑥) = 8,388𝑥 + 37,66. A partir dos pontos do gráfico faz-se o ajuste de tendência no Excel, no intuito de encontrar a reta tangente em cada ponto para usar nas equações (Eq.2) e (Eq.3) para determinar o volume molar parcial da água e o volume molar parcial do etanol, assim como o volume da solução. Como segue os resultados na tabela 4. Tabela 4. Valores experimentais da experiência sobre volume molar parcial. Solução Volume da solução/mL) Volume molar parcial da água Volume molar parcial do etanol 1 52,5827 18,50 56,16 2 52,5829 18,60 56,60 3 52,5830 18,41 56,84 4 52,5832 18,49 57,42 5 52,5834 18,11 58,47 6 52,5832 16,76 59,83 7 52,5827 14,35 60,40 Imaginemos um grande volume de água pura, a 25°C. Quando a este volume se adiciona 1 mol de H2O, há um aumento de 18 cm3, e podemos dizer que 18 cm3 mol-1 é o volume molar da água pura. Porém, se juntarmos 1 mol de H2O a um grande volume de etanol puro, o aumento de volume é de somente 14 cm3. A razão da diferença entre os dois aumentos de volume está no fato de o volume ocupado por um determinado número de moléculas de y = 4.1943x2 + 37.664x + 18.531 0 10 20 30 40 50 60 70 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Volume molar x Fração molar do etanol água depender da natureza das moléculas que as envolvem. No segundo caso, há muito etanol presente, de modo que cada molécula de H2O está envolvida por moléculas de etanol. A rede de ligações de hidrogênio que normalmente mantém as moléculas de H2O a uma certa distancia umas das outras na água pura não pode ser formada. O agrupamento das moléculas faz com que o aumento de volume, pela adição de H2O, seja de apenas 14 cm3. Esta grandeza, 14 cm3 mol-1, é o volume parcial molar da água no etanol puro. Em geral, o volume molar parcial de uma substância A em uma mistura é a variação de volume da mistura por mol de A adicionado a um grande volume da mistura. [1] Extraindo a média dos valores a partir da (Eq.5) obtemos os valores do volume da solução, volume molar parcial da água e volume molar parcial do etanol. E assim obtém-se: Volume da solução = (52,58304±0,00028) cm3. Volume molar parcial da água = (17,60±1,56) cm3.mol-1. Volume molar parcial do etanol = (57,96± 1,65) cm3.mol-1. Com a obtenção experimental dos volumes molar parcial da água e etanol, é possível obter o erro relativo em relação ao valor teórico dos volumes molar parcial da água e etanol que é respectivamente 18 mL.mol-1 e 58,3 mL.mol-1, como é apresentado a seguir: Erro em relação ao volume molar parcial da água = 2,2%. Erro em relação ao volume molar parcial da água = 0,6%. 2. CONCLUSÃO A luz da teoria os resultados obtidos no experimento se mostraram satisfatórios, uma vez que o desvio entre o valor observado e o valor esperado do volume molar parcial é justificado através da Lei de Raoult, que fornece um parâmetro acerca da idealidade de soluções. Ressalta-se também a tendência gráfica que segue a literatura uma vez que é notória a tendência decrescente do volume molar da solução quando esta possui maior contribuição da água e, observa-se tendência oposta quando a solução está mais concentrada. Listam- se fatores que interferiram no resultado experimental: no processo de calibração e manejo do picnômetro há uma perca na precisão do instrumento decorrente de repetidos toques com a mão que podem transferir gordura e outras substâncias para o instrumento levando a erros experimentais; o índice de pureza informado pelo fabricante do etanol é de 99,8% apresentando 0,2% de impurezas em sua maioria água que interferem diretamente nos resultados obtidos; aproximações do Excel uma vez que os gráficos deste experimento foram realizados por software e não se sabe acerca da precisão; uso repetido do instrumento para soluções de concentrações distintas sendo que possíveis resíduos da solução anterior interferem diretamente nos resultados. Justificados os desvios e com base nos valores experimentais, conclui- se o êxito do experimento descrito. 3. APÊNDICE Densidade - 𝜌 = 𝑀 𝑉 (Eq.1). Volume molar parcial- 𝑉𝑚 = 𝑉𝐵 + ( 𝜕𝑉𝑚 𝜕𝑥𝐴 ) 𝑥𝐴 (Eq.2). 𝑉𝑚 = 𝑉𝐴 + ( 𝜕𝑉𝑚 𝜕𝑥𝐵 ) 𝑥𝐵 (Eq.3). Média - 𝑦 = 1 𝑁 ∑ 𝑦𝑖𝑁𝑖=1 (Eq.4). Erro relativo- 𝑒 = |𝑉𝑇𝐸Ó𝑅𝐼𝐶𝑂− 𝑉𝐸𝑋𝑃𝐸𝑅𝐼𝑀𝐸𝑁𝑇𝐴𝐿| 𝑉𝑇𝐸Ó𝑅𝐼𝐶𝑂 𝑋100% (Eq.5). 4. REFERÊNCIAS [1] ATKINS, P.W.Físico – Química I, Volume 1, 9ª edição,LTC,2012.
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